“Brincadeiras Antigas: Resgatando a Cultura de Alagoinhas na Educação Infantil”

Este plano de aula tem como proposta explorar as brincadeiras antigas, com foco na cidade de Alagoinhas, visando proporcionar aos alunos da Educação Infantil a vivência de práticas lúdicas que marcaram diversas gerações. Nesse sentido, as brincadeiras não só entretêm, mas também promovem importantes aprendizados sociais e emocionais aos pequenos. A intenção é envolver as crianças na reflexão e na valorização de sua cultura local, através da prática de atividades que incentivem a interação e a cooperação entre os colegas.

A abordagem das brincadeiras antigas é fundamental para o desenvolvimento de uma identidade cultural e histórica nas crianças, possibilitando que elas se conectem com suas raízes e aprendam a respeitar e valorizar as características de sua cultura. Além disso, ao brincar, as crianças exercitam habilidades motoras e cognitivas, que são essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento integral.

Tema: Brincadeiras Antigas
Duração: 2 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o reconhecimento e a prática de brincadeiras antigas da cidade de Alagoinhas, estimulando a cooperação, o respeito e a convivência entre as crianças, além de promover o desenvolvimento de habilidades motoras.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a valorização cultural por meio da prática de brincadeiras tradicionais.
– Estimular a comunicação e a expressão de sentimentos e ideias das crianças.
– Promover a interação social, desenvolvendo habilidades de empatia e cooperação.
– Proporcionar o desenvolvimento da coordenação motora por meio da execução de atividades físicas.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– (EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

Materiais Necessários:

– Cordas para pular
– Bolas de diferentes tipos
– Materiais recicláveis (caixas, garrafas etc.)
– Pinturas e materiais para desenho
– Um espaço amplo e seguro para as atividades

Situações Problema:

– Como as brincadeiras antigas podem nos ensinar sobre __companheirismo__ e __diversão__?
– De que maneira as brincadeiras tradicionais se relacionam com a cultura da nossa região?

Contextualização:

As brincadeiras antigas fazem parte do legado cultural que é transmitido de geração a geração, refletindo a identidade e a história de uma comunidade. Em Alagoinhas, brincadeiras como casinha, peteca e brincadeiras de roda são fundamentais para a construção da sociabilidade entre as crianças, permitindo que elas desenvolvam vínculos afetivos e aprendam a importância do trabalho em equipe.

Desenvolvimento:

1. Roda de conversa: Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde as crianças serão incentivadas a compartilhar suas experiências com brincadeiras antigas. Pergunte: “Quais brincadeiras os pais e avós de vocês costumavam brincar quando eram pequenos?”.

2. Apresentação das brincadeiras: Após a roda de conversa, o professor pode apresentar as brincadeiras que serão praticadas em sala, explicando as regras e a história de cada uma.

3. Prática das brincadeiras: As crianças serão divididas em grupos, onde poderão experimentar as brincadeiras.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Brincadeira de Roda
Objetivo: Promover a interação e a musicalidade.
Descrição: Formar um círculo e cantar músicas tradicionais de roda, como “Sapo Não Lava o Pé”, utilizando gestos e movimentos.
Instruções Práticas: Ensinar a letra e a melodia, e incentivar as crianças a inventar novas brincadeiras com alteração dos versos.
Materiais: Nenhum material é necessário, apenas um espaço amplo.
Adaptação: Para crianças tímidas, permitir que participem apenas observando, até se sentirem confortáveis.

Atividade 2: Pular Corda
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e o ritmo.
Descrição: As crianças formarão filas e revezarão para pular corda ao som de uma música.
Instruções Práticas: O professor poderá demonstrar os movimentos e ajudar as crianças durante o processo.
Materiais: Cordas para pular.
Adaptação: Para aquelas que não podem pular ainda, oferecer a oportunidade de girar a corda ou fazer contagem de quantas pessoas conseguem pular.

Atividade 3: Peteca
Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e de agilidade.
Descrição: Brincar de manter a peteca no ar com as mãos.
Instruções Práticas: Ensinar as regras e estimular o trabalho em equipe.
Materiais: Petecas feitas com materiais recicláveis.
Adaptação: Em lugar da peteca, usar uma bola leve, para facilitar a atividade.

Discussão em Grupo:

Propor uma conversa sobre a importância das brincadeiras na vida de cada um e como elas podem ensinar valores como respeito, cooperação e amizade.

Perguntas:

– O que você mais gostou na brincadeira?
– Como você se sentiu brincando com os colegas?
– Você conhece alguma outra brincadeira que também é muito divertida?

Avaliação:

A avaliação será formativa, observando a participação, o respeito e a interação dos alunos durante as brincadeiras, além da comunicação das vivências compartilhadas.

Encerramento:

Reunir as crianças para uma reflexão final, onde elas poderão compartilhar suas experiências e pensamentos sobre as brincadeiras feitas e como se sentiram durante as atividades.

Dicas:

– Estimular a criação de novas canções e versos que possam ser adicionados nas brincadeiras.
– Promover o uso de materiais recicláveis para confecção de novos objetos de jogo.
– Reforçar a importância da inclusão, assegurando que todas as crianças consigam participar e se divertir.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras antigas, especialmente as que permeiam a cultura de Alagoinhas, são peças fundamentais na formação da identidade de uma comunidade. Elas transmitem valores que vão muito além do simples ato de brincar, abrangendo uma gama de relações sociais, afetivas e históricas que são fundamentais na vida das crianças. Brincar é uma das formas mais puras de aprendizagem; através da brincadeira, as crianças exploram suas emoções e se relacionam com o outro, criando laços que perdurarão por toda a vida.

Cada brincadeira carrega consigo uma história e, muitas vezes, um significado que vincula as crianças ao contexto que estão inseridas, utilizando a herança cultural que é o legado de suas famílias. Por exemplo, ao brincar de ‘roda’, as crianças não apenas se divertem, mas também se conectam com as práticas de suas gerações passadas. Essas interações são essenciais para o desenvolvimento da empatia, do respeito mútuo e da valorização das diferenças.

Portanto, entender o valor das brincadeiras antigas vai além da diversão; é uma maneira de conectar os alunos com suas raízes e promover a sensação de pertencimento a uma cultura. O resgate dessas experiências lúdicas fortalece a convivência e a harmonia em grupo, desenvolvendo habilidades que são indispensáveis para a vida em comunidade, como a comunicação, a colaboração e o entendimento do outro.

Desdobramentos do plano:

A partir da vivência das brincadeiras antigas, os educadores podem expandir essa temática, buscando histórias e relatos de avós e pais sobre suas experiências lúdicas. Tal relato pode resultar em um projeto multidisciplinar, onde as crianças poderão produzir livros com ilustrações e histórias sobre as brincadeiras que aprenderam, incentivando o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Essa atividade pode culminar em um evento escolar onde cada criança poderá apresentar seu livro e contar a sua experiência.

Além disso, o uso de materiais recicláveis na confecção dos objetos de jogo pode abrir discussões sobre sustentabilidade e o papel que a comunidade e a escola desempenham na construção de um mundo melhor. A partir dessa perspectiva, é possível incluir o desenvolvimento de habilidades de ciências e artes nas atividades, ao trabalhar questões de composição de materiais e utilização de cores e formas nos desenhos feitos pelas crianças.

Por fim, a experiência pode ser enriquecida com um “Dia da Brincadeira”, onde todos os alunos da escola são convidados a participar de um dia dedicado às brincadeiras, trazendo suas próprias propostas. Isso promoverá uma troca cultural, onde os alunos poderão compartilhar suas tradições e fortalecer a importância da diversidade cultural.

Orientações finais sobre o plano:

O desenvolvimento do plano de aula deve ser flexível e adaptativo, atendendo às necessidades e características dos alunos. A observação do comportamento das crianças durante as atividades é uma parte crucial que pode guiar o professor em intervenções pedagógicas, garantindo que cada aluno se sinta incluído e respeitado.

É fundamental que o professor crie um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças possam se expressar livremente e aprender umas com as outras. O professor deve estar atento às dinâmicas de grupo, intervindo quando necessário para promover a inclusão e a harmonia.

Por último, a promoção das brincadeiras antigas é apenas o começo de uma jornada que pode levar as crianças a explorar mais sobre a história de seu lugar de origem, desenvolvendo um sentimento de pertencimento e identidade que se refletirá em suas vivências pessoais e sociais.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeiras de Fazer de Conta: Organizar localmente um espaço com materiais que simulem um ambiente familiar, onde as crianças possam brincar de “família”. Os alunos criam histórias sobre as atividades que realizam em casa, estimulando a fala e a imaginação.
Objetivo: Desenvolver a criatividade e a comunicação.
Materiais: Caixas, roupas antigas, utensílios de cozinha.
Adaptação: Para crianças mais tímidas, podem ser oferecidas opções de personagens para representar, como avós, mães, pais.

2. Jogos de Bolinhas: Criar vários jogos utilizando bolinhas, como boliche, onde as crianças devem derrubar garrafas plásticas.
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora.
Materiais: Garrafas plásticas e bolinhas.
Adaptação: Crianças podem formar duplas ou trios, garantindo uma maior interação.

3. Caça ao Tesouro: Planejar uma caça ao tesouro, onde as crianças devem seguir pistas escondidas pelo espaço externo ou interno.
Objetivo: Estimular o raciocínio lógico e o espírito de equipe.
Materiais: Pistas escritas ou ilustradas em papel.
Adaptação: Criar categorias para diferentes idades, aumentando ou reduzindo a complexidade das pistas.

4. Dança das Cadeiras: Realizar uma dança com cadeiras e músicas típicas da cultura local, promovendo interações e risadas.
Objetivo: Trabalhar o ritmo e a coordenação.
Materiais: Cadeiras e uma caixa de som.
Adaptação: Inclua jogos de troca de lugar sem eliminar crianças para promover uma dinâmica mais inclusiva.

5. Teatro de Fantoches: Criar fantoches simples para que os alunos possam encenar pequenas histórias, também relacionadas às brincadeiras tradicionais.
Objetivo: Estimular a expressão oral e a criatividade.
Materiais: Meias, tecidos e materiais recicláveis.
Adaptação: Para cada grupo, possibilitar que um aluno conte uma história enquanto os demais manipulam os fantoches.

Esse plano de aula não apenas promove a brincadeira, mas também a conexão entre as crianças e sua cultura, tornando o aprendizado significativo e divertido.

Botões de Compartilhamento Social