“Atividades Lúdicas para Ensino de Números na Educação Infantil”

A proposta deste plano de aula é proporcionar uma atividades lúdicas e educativas que ajudem as crianças pequenas, na faixa etária de 4 a 5 anos, a desenvolverem o conhecimento sobre números e quantidades de forma dinâmica e envolvente. As atividades foram pensadas para serem realizadas em um ambiente colaborativo, onde as crianças possam interagir, brincar e aprender juntas, constituindo um espaço de aprendizagem rica e interativa.

O plano é estruturado para que os educadores consigam conduzir as atividades de maneira clara e eficiente, estimulando não apenas o aspecto cognitivo, mas também as relações sociais entre os alunos. As atividades se alinham aos campos de experiências da *Base Nacional Comum Curricular (BNCC)*, promovendo a valorização do aprendizado em grupo e a construção de conceitos matemáticos básicos.

Tema: Números e Quantidades
Duração: 60 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4-5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão de números e quantidades por meio de atividades práticas e lúdicas, incentivando a exploração e a curiosidade das crianças.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a identificação e a comparação de quantidades.
– Estimular a comunicação e a cooperação entre as crianças durante as atividades.
– Desenvolver habilidades motoras finas através de atividades de contagem e manipulação de objetos.

Habilidades BNCC:

– (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.

Materiais Necessários:

– Cartões com números de 1 a 10
– Grãos de feijão ou outros objetos pequenos para contagem
– Papel em branco e lápis de cor
– Caixas ou recipientes para armazenar os objetos
– Fitas adesivas ou colas
– Materiais de arte (tinta, pincéis, carimbos)

Situações Problema:

– Como podemos contar objetos diferentes?
– Quantos objetos precisamos para formar grupos de números?
– O que acontece se juntarmos dois grupos de objetos?

Contextualização:

Ainda muito jovens, as crianças já podem ser estimuladas a reconhecer números e quantidades através de brincadeiras, histórias e atividades práticas que envolvam o seu cotidiano. O uso de objetos que estão presentes em suas vidas diárias facilita a relação entre quantidades e números, criando situações de aprendizado significativas e prazerosas.

Desenvolvimento:

1. Início (10 minutos): Apresentar aos alunos os números de 1 a 10 utilizando cartões ilustrativos. Cada número deve ser mostrado, e os alunos incentivados a repetir em coro. Pergunts simples podem ser feitas, como “quem tem 3 dedos levantados?”, para desenvolver a contagem.

2. Atividade 1: Jogo de Contagem (20 minutos):
– Objetivo: Identificar quantidades em diferentes grupos de objetos.
– Instruções: Dividir as crianças em pequenos grupos e distribuir grãos de feijão para cada um. Pedir que contagem os feijões e relacionem com o número correspondente em cartões. Acompanhar e incentivar a troca de insights entre os grupos.

3. Atividade 2: Criação de Números com Desenhos (15 minutos):
– Objetivo: Relacionar a quantidade a representações gráficas.
– Instruções: Oferecer papel e lápis de cor, pedindo que desenhem o número que contaram de feijões e ilustrem a quantidade correspondente. Essa atividade estimula a criatividade e a expressão através de desenhos.

4. Fechamento da Atividade (15 minutos):
– Propor a cada grupo compartilhar com os demais o seu desenho e quantidade. As crianças devem explicar o que desenharam e quantas unidades ligam ao seu número, promovendo a habilidade de comunicação.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Jogo de Contagem com objetos visuais.
– Materiais: Grãos, cartões com números.
– Objetivo: Relacionar números e quantidades.
– Adaptação: Utilize diferentes objetos (tampas, bolinhas) para variar.

Dia 2: Desenhos para criação de números.
– Materiais: Papéis, tintas, pincéis.
– Objetivo: Visualizar quantidade através do desenho.
– Adaptação: Para crianças que não desenham, permitir colagens de imagens.

Dia 3: Histórias com números.
– Materiais: Livros ilustrativos de contagem.
– Objetivo: Desenvolver a escuta ativa e a expressão verbal.
– Adaptação: Usar fantoches para tornar a história mais interativa.

Dia 4: Brincadeira do “Números e Saltos”.
– Materiais: Espaço livre, cordas ou fitas adesivas marcando números no chão.
– Objetivo: Relacionar movimento e números.
– Adaptação: Criar uma versão com números em braille.

Dia 5: Caça ao Tesouro Numérico.
– Materiais: Itens pela sala relacionados aos números.
– Objetivo: Revisitar a contagem e a busca colaborativa.
– Adaptação: Diferenciar a complexidade para grupos com diversas habilidades.

Discussão em Grupo:

– Por que é importante saber contar?
– Quais outras situações usamos números em nossas vidas?
– Como nos sentimos quando ajudamos uns aos outros a contar?

Perguntas:

– Quantos grãos você tem?
– Você pode me mostrar como desenhar o número 5?
– O que acontece se somarmos 2 e 3?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, observando a participação das crianças, a forma como interagem umas com as outras e o entendimento que terão sobre a relação entre números e quantidades. O professor poderá registrar as observações e interações durante as atividades.

Encerramento:

Finalizar a atividade com uma roda de conversa, onde as crianças poderão compartilhar o que mais gostaram de aprender sobre números e quantidades. Incentivar a expressão de sentimentos e descobertas.

Dicas:

– Utilizar sempre materiais coloridos e acessíveis para manter o interesse dos alunos.
– Incentivar a colaboração e a troca de ideias entre os alunos, de modo a desenvolver as habilidades sociais.
– Adaptar o conteúdo às realidades da turma, respeitando os ritmos e capacidades de cada criança.

Texto sobre o tema:

Números e quantidades são elementos fundamentais na compreensão do mundo. Desde cedo, as crianças começam a estabelecer relações que influenciarão sua capacidade de raciocínio lógico e abstracto. A introdução à matemática deve ser feita de maneira rica, através de jogos, contagens e atividades lúdicas que possibilitem a experiência imediata e prática do aprendizado. A contar objetos do cotidiano, por exemplo, as crianças não apenas aprendem a reconhecer números, mas também desenvolvem habilidades como a observação, a comparação e a categorização.

Além disso, nessa faixa etária, o aprendizado deve ser acompanhado da expressão de sentimentos e ideias, estimulando as interações sociais e respeitando a individualidade de cada um. Essa construção ocorre em um ambiente onde o jogo é central: as crianças aprendem, frequentemente, por meio da experiência direta, seja por meio de brincadeiras, histórias que envolvam números ou atividades artísticas que ilustram o que aprenderam.

Dessa forma, ao propor atividades que envolvam números e quantidades, o professor pode instrumentalizar suas práticas pedagógicas de maneira a formar não apenas alunos, mas cidadãos capazes de interagir, colaborar e compreender a importância dos números em suas vidas cotidianas, sempre promovendo um espaço de aprendizado significativo e afetivo.

Desdobramentos do plano:

Ao trabalhar com números e quantidades, o educador abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico nas crianças. Além das atividades propostas, o enriquecimento do conteúdo pode se desdobrar em diversas direções, permitindo que as crianças explorem temas como medidas, sequências e relações de uma maneira mais profunda. O uso de histórias contadas no cotidiano pode levar as crianças a compreenderem diferentes contextos onde os números são aplicados, promovendo uma visão mais ampla e inclusiva sobre a matemática, além de trabalhar a empatia e a valorização das ideias dos colegas.

Estender tópicos como o cálculo simples e a comparação de quantidades através de atividades em grupo, como a confecção de refeições onde a contagem de ingredientes é central, pode enriquecer a vivência e o aprendizado nas crianças. Aqui, o educador pode favorecer o desenvolvimento da autonomia e a confiança, ao mesmo tempo em que promove a cooperatividade e o respeito das características de cada um, conforme preconizado pela BNCC na construção do eu, do outro e do nós.

Ainda, as experiências vividas através de projetos que envolvem as matemáticas no dia a dia, como visitas a mercados para contar frutas ou brincadeiras em que os números aparecem em contextos de compras, por exemplo, ajudam a construir um entendimento mais prático e significativo sobre a aritmética. Essas experiências não apenas conectam a teoria à prática, como também podem gerar discussões e reflexões sobre a matemática que permeia o cotidiano dos alunos, criando um senso de pertencimento e relevância.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar o plano de atividades sugerido, é essencial que o educador mantenha a flexibilidade, permitindo que as crianças tenham a liberdade de explorar e descobrir por conta própria, respeitando seu ritmo de aprendizagem. Este espaço deve ser visto como um ambiente de aprendizado onde o erro é uma etapa do aprendizado, e a encenação de situações práticas que envolvem números é fundamental para tornar a matemática uma experiência mais palpável e divertida.

Além disso, a comunicação constante com as famílias sobre as atividades realizadas pode engajar a comunidade escolar e fortalecer o vínculo entre os alunos e seus responsáveis. Essa relação é crucial para que a aprendizagem aconteça de maneira mais completa e integrada. Incluir os pais na discussão e nas atividades pode trazer novas perspectivas, além de consolidar a conexão entre o aprendizado na escola e na vida familiar, como a prática de nomear números nas experiências cotidianas em casa.

Por fim, a adequação das atividades às diversidades presentes na sala de aula é um componente crítico. Adaptar as dinâmicas conforme as necessidades de cada criança e observar as interações pode fornecer insights valiosos sobre como os alunos se relacionam com os conteúdos e uns com os outros. Trabalhar no coletivo, desenvolvendo o senso de grupo, contribuirá significativamente para o fortalecimento das habilidades sociais e emocionais, essenciais para a construção do ser humano integral.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Contagem com Brinquedos:
Objetivo: Estimular a contagem de forma divertida.
Materiais: Brinquedos variados.
Instruções: Cada criança deve pegar um brinquedo e contar em voz alta, ajudando a criar um ambiente de colaboração.
Adaptação: Trocar brinquedos entre as crianças para promover a troca e a comunicação.

2. Festa dos Números:
Objetivo: Criar uma feira de números onde as crianças representam um número específico.
Materiais: Cartazes, tintas, objetos relacionados aos números.
Instruções: As crianças devem criar um cartaz do seu número e, na ‘feira’, apresentar suas ideias e quantidades para os colegas.
Adaptação: Introduzir diferentes culturas e como elas usam números em suas festividades.

3. Jogo do 1-10:
Objetivo: Aprender sobre ordem numérica.
Materiais: Cartões numerados de 1 a 10.
Instruções: As crianças devem organizar os cartões em ordem crescente enquanto interagem, discutindo o que cada número representa.
Adaptação: Incluir variantes com números em ordem decrescente.

4. Arte com Números:
Objetivo: Associar números a atividades artísticas.
Materiais: Tintas, pincéis, papel.
Instruções: As crianças devem criar uma arte utilizando números e quantidades, desenhando diferentes cenas que envolvam quantidade.
Adaptação: Propor desafios como pintar com limites numéricos (ex: “Pinte 5 árvores”).

5. Brincadeiras com Sons:
Objetivo: Reconhecer a quantidade através de sons.
Materiais: Objetos que fazem barulho (tambores, chocalhos).
Instruções: As crianças irão se agrupar para fazer sons em quantidades correspondentes a números, criando uma orquestra de números.
Adaptação: Introduzir ritmos de diferentes culturas para diversificar os sons.

Este conjunto de atividades enriquecerá a compreensão da matemática de forma lúdica e interativa, promovendo um aprendizado significativo e duradouro.

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