“Atividades Lúdicas para Desenvolver Coordenação Motora em Crianças”

A proposta deste plano de aula é desenvolver atividades voltadas para a coordenação motora grossa de crianças na faixa etária de 3 a 5 anos. A importância de trabalhar esses movimentos destaca-se na promoção do desenvolvimento físico e motor, contribuindo significativamente para a autonomia e a segurança nas interações sociais. Além disso, o desenvolvimento dessas competências motoras grossas serve de base para outras habilidades e interações, promovendo uma imagem positiva de si e um melhor entendimento do ambiente ao redor.

Neste contexto, será abordada a coordenação motora por meio de brincadeiras e atividades lúdicas que estimulam os gestos e movimentos das crianças. As atividades foram cuidadosamente planejadas para respeitar as características do grupo, assegurando que todos os alunos possam participar e se beneficiar. O intuito é que, ao final das atividades propostas, as crianças se sintam mais confiantes em seus movimentos e possam interagir de maneira mais livre com os outros e com o ambiente.

Tema: Coordenação Motora Grossa
Duração: 2 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a coordenação motora grossa das crianças por meio de atividades lúdicas, promovendo a socialização, o cuidado com o corpo e a confiança nas suas capacidades.

Objetivos Específicos:

– Promover a exploração do espaço, desenvolvendo a noção de orientações como em cima, embaixo, dentro e fora.
– Estimular a prática de diferentes formas de deslocamento como pular, saltar e dançar.
– Incentivar comportamentos de cuidado e solidariedade nas interações com colegas e adultos.
– Fomentar o diálogo e a comunicação entre as crianças, fortalecendo a compreensão mútua.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.
– (EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.

Materiais Necessários:

– Colchonetes ou tapetes macios
– Bolas de diferentes tamanhos
– Fitas coloridas para demarcar espaços
– Caixas de papelão (para criar ambientes de brincadeiras)
– Brinquedos educativos (como blocos de montar)
– Música de fundo (para dinâmicas de dança)

Situações Problema:

As crianças devem ser colocadas em situações onde precisarão se movimentar, explorar e interagir com os espaços propostos. Por exemplo, como poderão passar por um espaço delimitado sem tocar nas bordas, ou como brincar em equipes mantendo a ordem nas atividades.

Contextualização:

A exploração do corpo e do espaço é fundamental para a compreensão do ambiente e para a construção da identidade. Através da coordenação motora grossa, as crianças adquirem a consciência corporal necessária para participar ativamente de suas atividades diárias, além de fortalecer a socialização e a empatia no convívio.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento das atividades será pautado numa sequência organizada e progressiva, começando com movimentos simples e progredindo para atividades mais complexas.

Atividade 1: Aquecimento com Música
Objetivo: Estimular o movimento geral do corpo enquanto escutam música.
Descrição: As crianças devem dançar livremente em resposta à música. O educador pode propor diferentes tipos de movimentos (“pule como um sapo”, “role como um boneco de pano”).
Instruções Práticas: O professor escolherá músicas alegres e utilizará instrumentos de percussão. Para crianças que têm mais dificuldade de movimento, pode-se propor dançar em dupla ou em grupos menores.

Atividade 2: Circuito de Obstáculos
Objetivo: Incentivar a superação de desafios físicos, estimulando a coordenação e o equilíbrio.
Descrição: Criar um circuito com caixas, colchonetes, fitas, ou qualquer material disponível que permita saltar, rastejar, e passar por baixo.
Instruções Práticas: O educador deve acompanhar cada criança, ajudando nas orientações sobre como passar pelos obstáculos, sempre respeitando a individualidade. Para adaptar, pode-se modificar a altura dos obstáculos e permitir que ajuda de um colega seja solicitada.

Atividade 3: Brincadeira do Esconde-Esconde com Alternativas
Objetivo: Fomentar o entendimento de normas sociais e trabalhar a percepção espacial.
Descrição: As crianças deverão se esconder, mas em espaços delimitados previamente.
Instruções Práticas: O educador pode propor que “os que forem encontrados devem ajudar a procurar os demais”. Se necessário, o professor poderá estabelecer um retorno ao ponto inicial.

Atividades sugeridas:

As atividades devem ser executadas em uma semana, com diferentes focos a cada dia, proporcionando assim uma ampla exploração dos movimentos.

Dia 1: Dança e Movimento
– Música animada, com movimentos corporais cores e sensações.
– Conversar sobre o que sentiram durante a dança.

Dia 2: Saltos e Corridas
– Criar uma mini competição de saltos.
– Explorar as formas de salto: com os dois pés, alternado.
– Promover um papo sobre a maneira como os saltos nos ajudam.

Dia 3: Brincadeiras com Bolas
– Brincadeiras de arremessar e pegar.
– Observar o que acontece ao deixar a bola rolar, como ela se desloca.

Dia 4: Criação de Jogos
– Incentivar as crianças a criar seus próprios jogos.
– Propor em grupos pequenos, garantindo troca de ideias e apoiar na organização.

Dia 5: Relaxamento e Alongamento
– Praticar técnicas de relaxamento.
– Conversar sobre a importância de cuidar do corpo após a atividade.

Discussão em Grupo:

Promover um momento onde as crianças podem compartilhar suas experiências sobre as atividades, reforçando a escuta e o respeito, além de permitir a elaboração de ideias e soluções em grupo.

Perguntas:

– Como você se sentiu durante o movimento?
– O que aprendeu sobre seu corpo?
– Que brincadeiras você gostaria de criar para movê-lo ainda mais?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação, a interação social entre as crianças, o respeito às regras e à equipe, e a confiança demonstrada durante as atividades.

Encerramento:

Encerrar o plano com um momento de reflexão sobre o que cada uma das crianças aprendeu. O educador pode incentivar todos a expressarem como se sentiram nos movimentos, nas interações e no exercício da solidariedade.

Dicas:

Utilizar brinquedos e materiais que estejam à disposição, garantindo que todas as atividades sejam seguras e adequadas para a faixa etária. Incentivar sempre a comunicação e o respeito entre os alunos, garantindo que cada um contribua de maneira única para o grupo.

Texto sobre o tema:

A coordenação motora grossa é fundamental na vida de um ser humano, especialmente na infância. Desde o momento que as crianças começam a engatinhar, percebemos como essa habilidade é crucial para o desenvolvimento. Elas aprendem a se mover pelo mundo de forma significativa e até interagir com os outros, estabelecendo suas primeiras amizades. Através da coordenada motora, as crianças se apropriam de seus corpos e, consequentemente, de suas emoções. As atividades propostas para o desenvolvimento da coordenação motora não são meras brincadeiras; são experiências que instigam o corpo e a mente a trabalhar em conjunto.

Essas interações ajudam as crianças a adquirirem a confiança necessária para explorar novas possibilidades, sejam elas em um ambiente familiar ou escolar. Através da movimentação, a autoestima se constrói, e espírito colaborativo emerge naturalmente nas interações. Aos poucos, as crianças aprendem a respeitar os limites dos outros e a estabelecer vínculos através do jogo. Portanto, ao trabalhar a coordenação motora grossa, é imprescindível focar na ludicidade e na construção do coletivo, sempre incentivando a solidariedade e o respeito às diferenças, ferramentas essenciais em uma sociedade cada vez mais plural.

Como educadores, é nossa missão projetar ambientes que possam ser estimulantes e que promovam experiências que contribuam para a formação da criança. O movimento deve ser entendido como uma forma de expressão e uma forma de comunicação com os outros ao seu redor. Atividades bem construídas, como as apresentadas neste plano, proporcionam às crianças a liberdade necessária para vivenciar o corpo e respeitar as individualidades de cada aluno, criando um espaço seguro de aprendizado.

Desdobramentos do plano:

As atividades propostas em torno da coordenação motora grossa podem ter várias ramificações dentro do cotidiano escolar. Por exemplo, é possível observar a influência dessas práticas no desenvolvimento da socialização e no aumento da autoconfiança. O contato positivo com os colegas durante brincadeiras em grupo pode contribuir para um ambiente escolar seguro e acolhedor. Além disso, a progressão natural da confiança e da capacidade de tomar decisões se torna mais evidenciada, permitindo que as crianças avancem para atividades que exijam mais amplitude de movimento e coordenação.

O aspecto da solidariedade também é um ponto chave a ser desdobrado. Ao estimular as crianças a se ajudarem nas tarefas, pode-se promover um ambiente onde todos se sintam importantes e parte de um grupo. Iniciar discussões sobre respeito e empatia levará a uma melhor convivência, não apenas durante as aulas de educação física, mas na realidade expandida do cotidiano escolar.

Por fim, ao focar na autonomia durante as atividades, especialmente nas mais lúdicas, as crianças têm a oportunidade de a cada dia que passa, tornarem-se mais independentes e conscientes de seu corpo. Propor novas tarefas com desafios adequados ao desenvolvimento fortalece essa autonomia, indicando um caminho claro para um futuro onde as experiências motoras aproveitadas no presente se tornarão competências valorizadas no futuro.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor mantenha uma postura observadora e orientadora durante as atividades, facilitando o aprendizado e respeitando o tempo e espaço de cada criança. Durante as brincadeiras e atividades físicas, sempre introduza momentos de reflexão, onde as crianças possam verbalizar como se sentiram e o que aprenderam. Desta forma, não apenas se promove a coordenação motora, mas também um espaço de escuta e valorização das experiências individuais e coletivas dos alunos.

Incentivar a criatividade nas crianças durante as atividades poderá proporcionar experiências ricas que envolvem arte e movimento. Uma possibilidade é incluir relatos de histórias onde a dança e o movimento fazem parte das narrativas. A pluralidade das atividades sempre deverá ser a chave para atender às necessidades de todos os alunos, considerando suas individualidades e respeitando seus ritmos.

Por fim, lembre-se sempre da importância de celebrar as conquistas, por menores que sejam. O reconhecimento dos esforços das crianças nas atividades propostas deixará um legado positivo em seu desenvolvimento, criando uma cultura de valorização da experiência lúdica e significativa, alinhada ao estímulo da interação e da felicidade no aprendizado.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Dançar com lenços
Objetivo: Desenvolver a percepção do corpo e do espaço enquanto dança.
Materiais: Lenços coloridos.
Instrução: O professor deve dar um lenço para cada criança e convidá-las a dançar. A cada música, deve-se mudar a proposta de movimento (levantar, agachar, rodar). Pode-se adaptar conforme a faixa etária.

Sugestão 2: Boliche com garrafinhas
Objetivo: Trabalhar a precisão e a força motora.
Materiais: Garrafinhas de plástico e uma bola pequena.
Instrução: Organizar as garrafinhas em uma fila e incentivar as crianças a derrubá-las com a bola. O desafio pode ser aumentado com distância.

Sugestão 3: Rastejando pelo percurso
Objetivo: Ampliar o controle dos membros, estimulando a noção de espaço.
Materiais: Tapetes ou colchonete.
Instrução: Criar um percurso onde as crianças devem rastejar por diferentes texturas de tapetes e colchonetes, incentivando-as a explorar seus sentidos durante a atividade.

Sugestão 4: A linha do tempo
Objetivo: Incentivar o entendimento de duração e sequência.
Materiais: Fitas adesivas, que podem ser utilizadas para delimitar uma linha no chão.
Instrução: Criar uma linha que representa diferentes momentos do dia e propor que as crianças se movimentem de acordo com ações que ocorrem em cada um desses momentos.

Sugestão 5: Caça ao Tesouro
Objetivo: Estimular o movimento e a colaboração.
Materiais: Brinquedos ou objetos escondidos pelo espaço.
Instrução: O professor apresenta os objetos que serão escondidos e depois dá pistas para que as crianças os encontrem, se movimentando em grupo durante a atividade.

Este plano de aula tem como objetivo não apenas ensinar a coordenação motora, mas também acompanhar o desenvolvimento social e emocional das crianças, preparando-as para se tornarem cidadãos colaborativos e respeitosos no futuro.


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