“Atividades Lúdicas para Bebês: Agrotóxicos e Meio Ambiente”
A presente plano de aula tem como foco o tema do uso de agrotóxicos e os impactos ambientais, proporcionando aos bebês uma experiência sensorial e motoras, de forma lúdica e acessível. Nesta faixa etária, o desenvolvimento sensório-motor é fundamental para a formação da percepção e da interação com o ambiente ao redor. Deste modo, a abordagem do tema será feita por meio de atividades práticas que estimulam a curiosidade e o aprendizado sobre o meio ambiente, promovendo uma conscientização desde os primeiros anos de vida.
As atividades previstas irão proporcionar um espaço para a exploração, descoberta e interação, levando em conta as particularidades da faixa etária de 0 a 1 ano e 6 meses. Utilizaremos materiais diversos e seguros para que as crianças possam vivenciar sensações palpáveis, sonoras e visuais, além de incentivar o desenvolvimento da comunicação e das habilidades motoras, visando um aprendizado significativo e prazeroso.
Tema: Uso de agrotóxicos e os impactos ambientais
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano
Objetivo Geral:
Proporcionar aos bebês uma experiência sensorial e motora que os leve a compreender, ainda que de forma lúdica, os impactos do uso de agrotóxicos e a importância da preservação ambiental.
Objetivos Específicos:
– Estimular a curiosidade e a exploração do ambiente através de materiais naturais e artificiais.
– Promover o desenvolvimento motor através da manipulação de diferentes objetos, texturas e sons.
– Incentivar a comunicação dos bebês, envolvendo gestos e balbucios, relacionados às atividades propostas.
– Desenvolver uma percepção inicial sobre a importância de cuidar do meio ambiente e da saúde.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO05) Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira e descanso.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.
(EI01EF04) Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
Materiais Necessários:
– Frutas e verduras diversas (naturais, como maçã, cenoura, etc.)
– Recipientes plásticos ou de madeira
– Pincéis e tintas (não tóxicas)
– Instrumentos musicais simples (como pandeiros ou tambores)
– Fotos de produtos que contêm agrotóxicos e imagens de ambientes naturais
– Tapete ou cobertor para o chão
Situações Problema:
Qual a relação entre os alimentos que comemos e a natureza? Como nossos atos podem afetar o meio ambiente? Estas perguntas guiarão a reflexão durante as atividades.
Contextualização:
Iniciar a aula com uma breve apresentação do tema através de imagens: mostrar frutas e verduras e pedir aos bebês que toquem e sintam a textura. Explicar, de forma simplificada, que os alimentos podem ter “coisas que fazem mal” (agrotóxicos) e que devemos cuidar da saúde e do ambiente.
Desenvolvimento:
1. Exploração sensorial (10 minutos): Distribuir diferentes frutas e verduras, permitindo que os bebês toquem e sintam as texturas, vitais para a descoberta sensorial. É importante que a educadora permita liberdade para os bebês experimentarem os odores e cores das frutas e verduras.
2. Atividade de pintura (10 minutos): Utilizando as frutas como carimbos, mostre aos bebês como é possível produzir arte. Eles podem imitar a ação e registrar a cor e a forma das frutas. Isso ajuda a explorar a coordenação motora.
3. Momento musical (5 minutos): Criar um pequeno momento de música, utilizando os instrumentos para imitar sons de natureza, como o som da chuva e dos animais.
4. Roda de conversa (5 minutos): No final, promover um pequeno espaço de interação, onde a educadora poderá contar uma breve história sobre o meio ambiente de forma lúdica, incentivando os bebês a apontar as imagens e dando voz aos sentimentos através de gestos e vocalizações.
Atividades sugeridas:
1. Descobrindo Frutas:
Objetivo: Explorar texturas e odores.
Descrição: Distribuir frutas cortadas em pequenos pedaços para que os bebês toquem e sintam diferentes texturas.
Sugestão de materiais: Frutas variadas (maçã, banana, cenoura).
2. Pintura Natural:
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora.
Descrição: Usar frutas como carimbos. Em um papel ou em um suportes adequado, use as frutas cortadas com tinta.
Sugestão de materiais: Tintas não tóxicas, papéis.
3. Imagens da Natureza:
Objetivo: Reconhecer elementos naturais.
Descrição: Apresentar imagens de frutas, verduras e ambientes naturais.
Sugestão de materiais: Álbum de fotos.
4. Dança dos Sons:
Objetivo: Trabalhar a musicalidade e movimento.
Descrição: Com um pandeiro ou tambores, montar um pequeno bailado, para que os bebês imitem os movimentos.
Sugestão de materiais: Instrumentos musicais.
5. História e Imagens:
Objetivo: Estimular a fala e interação.
Descrição: Contar uma história curta sobre a natureza, utilizando imagens e gestos.
Sugestão de materiais: Álbum de fotos e narrativas curtas.
Discussão em Grupo:
Promover um espaço onde a educadora poderá explorar com os bebês quais frutas eles mais gostaram, por que é importante comer frutas e como cuidar do meio ambiente. Essa discussão pode ser simples e adaptada às capacidades dos bebês.
Perguntas:
– O que você sente aqui?
– Você gosta de que fruta?
– Como podemos cuidar das plantas?
– O que acontece se não cuidarmos da natureza?
Avaliação:
A avaliação será contínua, através da observação do envolvimento e da interação dos bebês com as atividades propostas. Pressupõe-se que a educadora registre as reações e as expressões dos bebês durante as atividades.
Encerramento:
Finalizar a aula reunindo todos os bebês e agradecendo-lhes pela participação e pelas descobertas. Reforçar a importância de cuidar dos alimentos e do meio ambiente.
Dicas:
1. Sempre supervise as atividades, garantindo a segurança dos bebês, especialmente ao trabalharem com alimentos.
2. Esteja aberta a adaptar a aula conforme o interesse dos bebês, permitindo que eles explorem de forma livre.
3. Utilize linguagem simples e visual, fazendo uso de gestos e expressões para facilitar a comunicação.
Texto sobre o tema:
A interação com o meio ambiente e a curiosidade dos bebês são essenciais para o desenvolvimento infantil. O uso de agrotóxicos, embora um tema que exigiria discussões mais aprofundadas, pode ser introduzido de forma lúdica e simples na vida da criança, mostrando a natureza como essência fundamental para a vida e a saúde. É importante registrar que a alimentação saudável e a escolha do que consumimos são fundamentais para o bem-estar físico e mental.
Ao promover atividades que envolvam a exploração de frutas e verduras, abrem-se portas para uma conexão mais profunda com o que é natural e saudável, tornando os bebês conscientes sobre o cuidado do meio ambiente. O desenvolvimento sensório-motor ao explorar cores, texturas e sons é indispensável nesta faixa etária, sempre respeitando o ritmo e as necessidades de cada criança.
Dessa forma, a educação ambiental não precisa ser apenas uma conversa, mas uma vivência que começa nos primeiros passos da vida, construindo um futuro mais consciente e respeitoso com o nosso planeta. Portanto, se conscientizar sobre os impactos que têm em nosso entorno desde o início das interações é um passo importante para formar cidadãos críticos e engajados na preservação ambiental.
Desdobramentos do plano:
Ao trabalhar com bebês, é importante entender que cada atividade proposta deve ser ajustada ao nível de entendimento e às necessidades de cada criança. Setores da educação infantil, como o uso de agrotóxicos e seus impactos, podem e devem ser discutidos, pois é fundamental que os pequenos, mesmo sem compreender plenamente, assimilam informações que formarão sua base de conhecimento.
Um desdobramento interessante desse plano é incentivar as famílias a seguirem este aprendizado em casa, através de conversas sobre saúde e meio ambiente, permitindo que os pais se tornem co-responsáveis na educação ambiental dos seus filhos. Além disso, realizar passeios em parques ou hortas pode potencializar essa conexão com a natureza e o entendimento dos cuidados que devemos ter com a mesma.
A horizontalidade das relações, onde as crianças se vêem como parte de um coletivo que influencia e é influenciado pelo meio, promove uma cultura solidária. Nesse sentido, a prática de vivenciar a natureza, ao ar livre, além das paredes da sala, pode se tornar uma extensão do raciocínio inicial que buscamos apresentar e viver. Com isso, a perspectiva de que o ambiente é parte da nossa saúde e vitalidade se torna uma vivência real desde os primeiros anos.
Orientações finais sobre o plano:
No planejamento e execução de atividades para bebês, é essencial que o educador esteja atento às especificidades dessa faixa etária. As necessidades emocionais e de desenvolvimento motor dos bebês devem guiar cada ação dentro da sala de aula, além do respeito ao ritmo individual de cada criança.
As experiências propostas aqui devem ser vistas como um ponto de partida. Adaptá-las conforme o contexto, a disponibilidade de materiais e a resposta dos bebês é crucial para tornar as aulas mais significativas e prazerosas. Essa flexibilidade também traz mais leveza e espontaneidade para as interações, ricas em aprendizado e descobertas.
Por último, a sensibilização dos bebês para a importância de cuidar do meio ambiente pode ser reforçada não apenas nas aulas, mas também através de rotinas diárias que impliquem a prática de comportamentos ecológicos dentro de casa ou na escola, construindo assim um futuro mais sustentável para todos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira de colorir com frutas: Utilizar frutas cortadas ao meio para que os bebês possam carimbar papel, criando texturas e cores. O objetivo é estimular a criatividade e a percepção sensorial.
2. Exploração sonora com frutas e vegetais: Usar frutas e vegetais para produzir sons, permitindo que os bebês toquem e descubram diferentes timbres. Isso promove a exploração auditiva.
3. Caça ao cheiro: Criar uma atividade onde os bebês irão explorar o cheiro de diferentes alimentos saudáveis. Usar potes com tampas furadas para garantir que a atividade seja segura, trabalhando com os sentidos.
4. Dança da natureza: Coordenar uma atividade com músicas relacionadas à natureza, onde os bebês participam imitando os sons de animais e movimentos com os corpos.
5. Histórias sensoriais: Criar uma situação onde o educador conta histórias curtas sobre alimentos ou plantas, utilizando táteis e visuais, permitindo que os bebês interajam com diferentes materiais enquanto absorvem a narrativa.
Essas atividades visam proporcionar um aprendizado não apenas sobre o meio ambiente, mas também sobre o contato físico, emocional e sensorial, permitindo aos bebês vivenciar de forma concreta e divertida.

