“Atividades Lúdicas de Matemática para Crianças de 4 a 5 Anos”

A elaboração deste plano de aula tem como objetivo apresentar uma série de atividades didáticas focadas na matemática numeral, direcionadas especificamente para crianças pequenas na faixa etária de 4 a 5 anos. A proposta é promover o aprendizado de forma lúdica, aproveitando o tempo e a atenção curtos das crianças, estimulando a curiosidade e a interação entre elas. Serão usadas diversas metodologias de ensino considerando o desenvolvimento integral da criança, conforme as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O plano busca explorar o conceito de números, suas identificações e quantidades através de atividades que favoreçam tanto a reflexão individual dos alunos quanto a cooperação em grupo. Desta forma, as crianças poderão desenvolver habilidades essenciais que do ponto de vista da BNCC, abrem as portas para uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor.

Tema: Matemática Numeral
Duração: 30 min à 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos de idade

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular o reconhecimento e a compreensão dos números de 6 a 9, utilizando atividades práticas e lúdicas que favoreçam a interação e a construção de saberes individuais e coletivos.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver o reconhecimento numérico entre as crianças;
– Estimular a contagem e a associação entre números e quantidades;
– Promover a comunicação e a troca de ideias durante as atividades;
– Incentivar a expressão e a colaboração em grupo;
– Contribuir para o desenvolvimento da autoestima e confiança nas suas capacidades.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

Campo de Experiências “Corpo, Gestos e Movimentos”:
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

Campo de Experiências “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações”:
– (EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
– (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

Materiais Necessários:

– Cartões numerados de 6 a 9;
– Contadores diversos, como pedras, tampinhas ou bolinhas;
– Papel e canetas coloridas;
– Jogos de tabuleiro simples que envolvam números;
– Música infantil que inclua contagem, como “Um, dois, feijão com arroz”.

Situações Problema:

– Como podemos contar as pedrinhas que encontramos no parque?
– O que acontece se eu juntar 6 tampinhas com 3 tampinhas? Quantas tampinhas temos agora?
– Se temos 9 doces e eu dou 3 para você, quantos doces eu ainda tenho?

Contextualização:

Os números estão presentes em nosso cotidiano. Desde as horas que marcamos em uma reunião até as quantidades de itens que levamos para a escola. A proposta desta aula é mostrar para as crianças como os números 6, 7, 8 e 9 são importantes, utilizando contagens e agrupamentos de objetos próximos ao seu dia a dia, tornando assim a aprendizagem significativa.

Desenvolvimento:

A aula será estruturada em três partes principais: uma introdução com apresentação dos números, uma atividade prática de contagem e, finalmente, uma dinâmica em grupo. Iniciaremos com a apresentação dos números por meio de cartões, onde as crianças deverão interagir identificando quais números são esses.

Atividades sugeridas:

1. Atividade: Identificação dos Números
Objetivo: Reconhecer os números 6, 7, 8 e 9.
Descrição: Os alunos visualizarão os cartões com os números e, ao som de uma música, serão incentivados a levantá-los quando seus números forem mencionados.
Instruções para o professor: Explique cada número e peça que as crianças imitem o movimento resaltando a quantidade, por exemplo: “Se eu digo 6, façam 6 pulos.”
Materiais: Cartões numerados, música.

2. Atividade: Contando Barras de Sabão
Objetivo: Associar a quantidade com o número.
Descrição: Distribua 6 a 9 objetos (tampinhas) e pergunte como cada grupo pode ser contado. Em seguida, ajude as crianças a agrupar as tampinhas em grupos.
Instruções: Após contarem, peça que cada grupo mostre e diga em voz alta quantos itens têm.
Materiais: Tampinhas ou objetos contáveis.

3. Atividade: Bingo dos Números
Objetivo: Reforçar a associação entre o número e a contagem.
Descrição: Crie um bingo com os números 6 a 9. As crianças irão marcar as quantidades que forem chamadas.
Instruções: Explique as regras de forma clara e, ao final, celebreos vencedores.
Materiais: Cartelas de bingo preparadas.

4. Atividade: Jogo da Memória com Números
Objetivo: Trabalhar a memorização e o reconhecimento.
Descrição: Os alunos jogarão um jogo da memória que terá números e a quantidade correspondente. Eles devem encontrar os pares.
Instruções: Ajude as crianças a entenderem as regras e incentive-as a trabalharem em duplas.
Materiais: Cartões para o jogo da memória (numerados e representados por quantidade).

5. Atividade: Criação de Histórias com Números
Objetivo: Integrar contação de histórias com números.
Descrição: As crianças deverão criar pequenas histórias que incluam as quantidades de 6 a 9. É uma boa oportunidade para trabalhar a oralidade.
Instruções: Estimule a criatividade das crianças e conduza discussões sobre as histórias.
Materiais: Papel, canetas ou lápis de cor.

Discussão em Grupo:

Após terminar as atividades, será realizada uma roda de conversa onde as crianças poderão compartilhar suas experiências e sensações durante as atividades, reforçando a comunicação e a valorização da fala.

Perguntas:

– Quantos números nós aprendemos hoje?
– Como foi contar os objetos na atividade?
– O que você mais gostou de fazer durante a aula?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação da participação e do engajamento dos alunos nas atividades propostas, levando em consideração sua capacidade de reconhecimento e contagem, bem como as interações sociais durante as dinâmicas em grupo.

Encerramento:

No encerramento, será realizada uma atividade de relaxamento, onde as crianças poderão se alongar enquanto ouvem uma música calma. Assim, a aula termina de maneira tranquila, deixando os alunos em um estado confortável e prontos para as próximas atividades.

Dicas:

– Utilize cores e formas diferentes para tornar a atividade mais atraente.
– Crie um ambiente lúdico e seguro, onde as crianças se sintam à vontade para participar.
– Lembre-se de adaptar as atividades de acordo com a capacidade de cada criança, garantindo que todas tenham a oportunidade de aprender.

Texto sobre o tema:

A matemática é uma ferramenta essencial no cotidiano e, mesmo na infância, ela pode ser apresentada de maneira lúdica. O aprendizado dos números deve iniciar com a familiarização das crianças a partir de experiências concretas, como contagens e associações visíveis. É extremamente importante que os pequenos comecem a entender que os números não são apenas sinais, mas representam quantidades reais, que podem ser tocadas, sentidos e manipulados. A aula de matemática para crianças pequenas deve constar de momentos de exploração, interação e descoberta, a fim de que a aprendizagem se configure como uma experiência prazerosa e significativa. As brincadeiras, que são o meio natural de aprendizagem nesta fase, devem estar sempre presentes, favorecendo a integração do conhecimento matemático à realidade dos alunos.

O reconhecimento de números entre 6 e 9 pode ser uma importante base para o desenvolvimento de habilidades numéricas mais complexas no futuro. Dessa forma, ao estimularmos a contagem, a comparação e a associação, ajudamos a formar cidadãos conscientes das relações numéricas e suas aplicações práticas no cotidiano.

A valorização do ambiente colaborativo também é crucial, pois promove a troca de conhecimentos entre as crianças, permitindo que elas aprendam não apenas com o educador, mas também entre si. Ao permitir que discutam entre elas e compartilhem suas descobertas, um espaço rico em interações é gerado, e a empatia e a solidariedade entre colegas são fortalecidas, formando uma comunidade de aprendizagem que poderá se estender além da sala de aula.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser expandido em diferentes vertentes que envolvam os números, permitindo que os alunos aprofundem suas habilidades numéricas de acordo com suas próprias velocidades de aprendizado. Por exemplo, após o reconhecimento dos números 6, 7, 8 e 9, o educador pode começar a integrar operações simples, como adições e subtrações, utilizando atividades de contagem em objetos do dia a dia, o que pode tornar essa aprendizagem muito mais significativa e aplicada. A utilização de jogos e das relações sociais no desenvolvimento da matemática pode ser um importante elemento para a formação de cidadãos críticos e reflexivos.

Outra possibilidade é combinar as atividades de matemática com outras áreas do conhecimento, como a arte, promovendo a criação de obras que incluem formas geométricas correspondentes a cada número. Os alunos podem criar colagens ou desenhos que envolvam quantidades, permitindo um envolvimento ainda maior e a conexão de diferentes saberes. Esse apoio interdisciplinar traz uma nova dimensão ao aprendizado, permitindo que os alunos percebam a matemática como parte do seu cotidiano e não apenas como um conteúdo isolado.

Por fim, a comunicação é um aspecto que não deve ser negligenciado. As conversas sobre os números, as histórias contadas e o compartilhamento de experiências ajudam a desenvolver não apenas a linguagem oral, mas também a compreensão social do conhecimento. Dessa forma, a matemática se torna um ponto de partida para diversas discussões e reflexões que ampliam o universo dos alunos.

Orientações finais sobre o plano:

O plano de aula deve ser visto como um guia e não como uma receita rígida. A flexibilidade é essencial, pois as crianças têm ritmos e interesses diferentes, e cabe ao educador fazer adaptações conforme necessário. Observar e ouvir os alunos durante as atividades permitirá um ajuste mais requintado do conteúdo, garantindo que cada um possa participar e aprender de forma eficaz e prazerosa. É vital que a abordagem seja sempre sensível às necessidades dos alunos, levando em consideração suas emoções e sentimentos em relação ao aprendizado da matemática.

Além disso, a inclusão de brincadeiras e a promoção de um ambiente de aprendizagem agradável são fundamentais para a motivação. Deste modo, é importante planejar pausas para que os alunos possam se divertir e relaxar entre as atividades, garantindo uma interação mais saudável e harmoniosa. O papel do educador é de mediador e facilitador da aprendizagem, criando um espaço seguro onde as crianças possam se sentir à vontade para explorar, perguntar e, principalmente, errar. Os erros são oportunidades de aprendizado, e suas correções podem ser tratadas com leveza e paciência.

Por último, ao encerrar cada atividade, é imprescindível realizar uma reflexão conjunta. Essas reflexões ajudam as crianças a conectarem as experiências vividas com o conhecimento adquirido. Incentivar os alunos a darem suas opiniões, refletirem sobre o que aprenderam e como se sentiram é uma excelente estratégia para formar cidadãos autônomos e críticos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Numérico: Nessa atividade, as crianças deverão seguir pistas que as levarão a diferentes números espalhados pelo espaço da sala ou pátio. Cada número encontrado deve ser contado e associado a uma quantidade, como 6 passos, 7 saltos ou 8 palmas. Essa brincadeira estimula a contagem ativa.

2. Dança dos Números: Com uma música animada, use cartões com os números 6 a 9. Quando a música parar, as crianças devem ficar em uma pose correspondente a um número. Isso não só auxilia na memorização dos números como também permite exercitar o corpo e a coordenação.

3. Construção de Torres: Com diferentes objetos que possam ser empilhados (como blocos, copos ou até mesmo livros), as crianças devem construir torres, cada qual representando um dos números. Por exemplo, a torre 6 deve ter exatamente 6 objetos. Essa dinâmica ajuda na familiarização com a quantidade.

4. Histórias em Quadrinhos: Crie um painel onde, em grupos, as crianças desenham e escrevem histórias envolvendo os números 6, 7, 8 e 9. Após a criação, cada grupo pode apresentar a história em forma de teatro, o que além de trabalhar a matemática incentiva habilidades sociais e criativas.

5. Mortadela Numerada: Usando uma folha de papel para simular a mortadela, os estudantes devem desenhar números e desenhar as fatias. Ao final, podem contar as fatias que representam cada número. Este exercício promove a visualização dos números de maneira lúdica e prática.

Este plano oferece uma abordagem diversificada e abrangente para a aprendizagem de matemática, destacando a importância do envolvimento, do diálogo e da interação no processo educativo para crianças pequenas. Cada proposta de atividade tem o potencial de se adaptar às particularidades de cada turma, favorecendo inclusividade e participação ativa.


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