“Atividades Lúdicas de Folclore para Crianças na Educação Infantil”
A proposta deste plano de aula é realizar atividades didáticas baseadas no livro “Folclorices de Brincar” de Mercia Maria Leitão e Neide Duarte. As atividades estarão centradas em brincadeiras folclóricas que favorecem o desenvolvimento de múltiplas habilidades nas crianças pequenas, invariavelmente alinhadas às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O objetivo é promover o aprendizado por meio de experiências lúdicas e significativas que possibilitem às crianças explorar a cultura popular, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades sociais, motoras e cognitivas.
As propostas de atividades se estenderão por cinco dias, cada um deles focado em uma brincadeira específica do livro, como ciranda, pião, aviãozinho de papel, amarelinha, bolha de sabão, cabra-cega e peteca. Com uma abordagem prática, os educadores poderão observar e guiar cada etapa do aprendizado, garantindo que os alunos não apenas se divirtam, mas também aprendam sobre suas heranças culturais enquanto desenvolvem competências essenciais.
Tema: Folclorices de Brincar
Duração: 5 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 anos
Objetivo Geral:
Promover o reconhecimento e a prática de brincadeiras folclóricas que favoreçam a interação social, a expressão de sentimentos e o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, contribuindo para sua formação identitária e cultural.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a participação e cooperação entre as crianças durante as brincadeiras.
– Desenvolver a comunicação por meio da expressão de sentimentos e ideias.
– Estimular o movimento e a criatividade através das diferentes brincadeiras.
– Promover a valorização da cultura popular brasileira, familiarizando os alunos com suas tradições.
– Fomentar o autocuidado e a coordenação motora nas atividades propostas.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.
Materiais Necessários:
– Espaço amplo para as atividades.
– Materiais artísticos (papel, canetinhas, tinta, pincéis).
– Objetos para brincar com pião, bolhas de sabão e peteca.
– Corda ou fita para a amarelinha.
– Cópias de instruções para cada brincadeira.
Situações Problema:
Como podemos reunir as crianças em grupo para jogar e se divertir aprendendo sobre nossas tradições? Quais brincadeiras praticadas por nós podem ser exploradas com os colegas?
Contextualização:
O folclore é um patrimônio cultural que conta a história e as vivências de um povo. As brincadeiras folclóricas estimulam a criatividade, a interação social e o desenvolvimento motor. Ao relembrar e praticar essas brincadeiras, as crianças terão a oportunidade de entender melhor seu lugar na sociedade e apreciar a diversidade cultural brasileira desde cedo.
Desenvolvimento:
Durante os cinco dias de atividades, os educadores devem seguir a estrutura abaixo, sempre avaliando a interação e o engajamento das crianças.
Dia 1 – Ciranda
Objetivo: Promover a socialização e a cooperação.
Descrição: As crianças formarão um círculo e, ao som de uma música, iniciarão a dança da ciranda, trocando lugares e cantando.
Instruções: Ensinar os passos básicos da ciranda, destacando a importância de segurar as mãos dos colegas para criar um sentimento de união.
Dia 2 – Pião
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina.
Descrição: As crianças aprenderão a brincar com o pião, competindo para ver quem consegue mantê-lo girando por mais tempo.
Instruções: Explicar como fazer o pião girar e incentivar a troca de experiências sobre o que pode manter o brinquedo em movimento.
Dia 3 – Aviãozinho de papel
Objetivo: Estimular a criatividade e a destreza.
Descrição: As crianças criarão seus próprios aviãozinhos de papel e os lançarão em uma competição.
Instruções: Demonstrar como fazer o aviãozinho e explicar a importância de testar diferentes designs para melhorar o voo.
Dia 4 – Amarelinha
Objetivo: Praticar o controle corporal e a noção de espaço.
Descrição: A amarelinha será desenhada no solo e as crianças jogarão, praticando a contagem.
Instruções: Ensinar as regras do jogo e elaborar uma sequência introduzindo variações nas regras ao longo da brincadeira.
Dia 5 – Bolhas de sabão
Objetivo: Experimentar e explorar fenômenos físicos.
Descrição: As crianças farão suas próprias bolhas de sabão usando misturas caseiras e utensílios.
Instruções: Fornecer as receitas e os utensílios, explicando como as bolhas se formam e convidando as crianças a compartilhar suas experiências.
Atividades sugeridas:
Cada dia será dedicado a uma atividade lúdica diferente, fornecendo um espaço para a reflexão e aprendizagem.
– Atividade 1: Ciranda
Objetivo: Promoção da empatia e respeito mútuo.
Descrição: Formar um círculo e ensinar as crianças sobre diferentes cantigas de roda. Dessa forma, a criança poderá expressar suas emoções por meio da dança e do canto.
Materiais: espaço amplo, músicas relacionadas à ciranda.
Instruções: Inicie a atividade tocando a música e orientando os movimentos simples. Permita que as crianças se expressem livremente.
– Atividade 2: Pião
Objetivo: Desenvolvimento da coordenação motora.
Descrição: Proporcionar aos alunos a experiência de brincar com um pião, incentivando a competição saudável.
Materiais: piões feitos de papel e canudos.
Instruções: Demonstre como girar o pião e torne a atividade divertida, promovendo a troca de ideias sobre o que faz o pião parar ou continuar girando.
– Atividade 3: Aviãozinho de papel
Objetivo: Estímulo da criatividade.
Descrição: Criar diferentes modelos de aviões de papel.
Materiais: folhas de papel ou papel reciclado.
Instruções: Explique como os diferentes formatos mudam o jeito do avô voar e incentive a participação ativa de todos na criação e teste dos modelos.
– Atividade 4: Amarelinha
Objetivo: Controle corporal e movimentação.
Descrição: Jogar a amarelinha em um espaço aberto.
Materiais: giz para desenhar a amarelinha.
Instruções: Ensine as regras do jogo e envolva as crianças na construção do espaço para brincar. O uso de cores e o desenho devem ser parte da atividade.
– Atividade 5: Bolhas de sabão
Objetivo: Exploração de fenômenos físicos.
Descrição: Criar uma receita de bolhas de sabão e brincar ao ar livre.
Materiais: água, detergente, canudos ou garrafinhas.
Instruções: Ensine o preparo da mistura e envolva as crianças em atividades de percepção, observando a formação das bolhas e discutindo sobre elas.
Discussão em Grupo:
Promova um momento para que as crianças compartilhem suas experiências após as atividades diárias. Pergunte sobre como elas se sentiram em cada brincadeira, quais as mais divertidas e o que aprenderam.
Perguntas:
1. O que você achou da ciranda?
2. Qual foi a sua parte favorita ao fazer o pião?
3. Como você se sentiu quando estava pulando na amarelinha?
4. O que foi mais legal, criar ou usar o aviãozinho de papel?
5. Você já tinha feito bolhas de sabão antes? Como foi a experiência?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua, observando a participação ativa das crianças nas atividades. Os educadores poderão registrar momentos marcantes, interações e o desenvolvimento das habilidades específicas durante as brincadeiras.
Encerramento:
Ao final da semana, um momento de celebração será organizado para que as crianças compartilhem suas experiências lúdicas. Além disso, explorar uma conversa sobre a importância das brincadeiras na cultura e na convivência social das crianças.
Dicas:
– Incentive a criatividade de cada criança e respeite suas individualidades.
– Mantenha o ambiente sempre seguro para a realização das atividades.
– Esteja atento ao tempo das brincadeiras, permitindo que as crianças descubram e experimentem cada uma delas de forma prazerosa.
Texto sobre o tema:
A importância do folclore nas brincadeiras infantis é inegável. O folclore é um aspecto crucial na formação da identidade cultural e social das crianças. As brincadeiras, como as apresentadas no livro “Folclorices de Brincar”, têm uma importância significativa, pois elas não apenas oferecem riso e diversão, mas também educação e conhecimento das tradições culturais. As brincadeiras não são apenas fundamentais para a diversão: elas são, igualmente, essenciais para o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo das crianças. As atividades lúdicas promovem habilidades sociais, incentivando a interação e a construção de laços entre os pequenos.
Essas brincadeiras do folclore brasileiro também fornecem contextos ricos para as crianças explorarem sentimentos, emoções e o convívio em grupo. Neste cenário, o brincar se torna uma forma dinâmica de aprendizado, estimulando não apenas a motricidade, mas também a criatividade e a imaginação das crianças. Ainda, a prática comum dessas brincadeiras reafirma o valor das tradições culturais e o reconhecimento da diversidade, fatores importantes na formação da noção de identidade e pertencimento.
O retorno ao folclore é uma forma de revalorizar os costumes e as histórias que compõem a base cultural. Conhecer e praticar é também uma forma de preservação da cultura, criando um ambiente de pertencimento entre as crianças e assegurando que elas compreendam a importância do legado que é passado de geração em geração. Dessa forma, o folclore e as brincadeiras ao seu redor continuam a desempenhar um papel significativo no cotidiano dessas crianças e, consequentemente, na sociedade.
Desdobramentos do plano:
Após a semana de atividades, é possível planejar uma continuidade na exploração do folclore através de outras formas de arte. Por exemplo, as crianças podem ser incentivadas a criar seus próprios livros ilustrados sobre as brincadeiras que aprenderam, e apresentar suas histórias para a turma. Essa atividade não apenas vai proporcionar uma nova prática de escrita e leitura, mas também reforçará o aprendizado sobre a cultura popular, onde cada criança poderá expressar seu entendimento e interpretação sobre o que vivenciou.
Outra forma de desenvolvimento seria a criação de um evento aberto à comunidade onde as crianças possam apresentar as brincadeiras e músicas que aprenderam. Essa atividade não só reforçaria a autoestima das crianças ao se apresentarem, como também solidificaria a sensação de pertencimento à comunidade cultural e social, ampliando as interações fora do ciclo escolar. Essa também pode ser uma excelente oportunidade para os pais se envolverem e fortalecerem os laços familiares ao participarem das atividades.
Por último, pode-se pensar em estabelecer um intercâmbio cultural com escolas de outras regiões, por meio de vídeos ou troca de cartas, onde crianças possam compartilhar diferentes brincadeiras folclóricas de suas regiões. Essa troca proporcionará uma vivência rica e diversificada, permitindo que as crianças compreendam o valor da diversidade e do respeito cultural, agregando e ampliando sua visão de mundo.
Orientações finais sobre o plano:
Ao desenvolver planos de aula, é crucial sempre ter em mente as especificidades de cada grupo de alunos. Cada criança é única, com seu próprio ritmo de aprendizado e aptidões. No caso das brincadeiras folclóricas, é importante garantir que a abordagem seja inclusiva, permitindo que todas as crianças se sintam confortáveis e respeitadas em suas individualidades. O espaço de aprendizado deve ser um ambiente acolhedor, onde o lúdico, a curiosidade e a imaginação possam fluir livremente, proporcionando um espaço seguro para a expressão e a comunicação.
Além disso, é importante estar aberto à improvisação. As crianças muitas vezes trarão ideias inovadoras e criativas sobre como brincar ou reinterpretar as brincadeiras tradicionais, enriquecendo a experiência para todos. Portanto, os educadores devem estar dispostos a adotar novas propostas que possam surgir durante as atividades, permitindo que a liberdade criativa se manifeste, favorecendo um ambiente de aprendizado mais rico e dinâmico.
A avaliação do processo também deve ser contínua, permitindo observar mudanças não apenas no comportamento e nas habilidades motoras das crianças, mas também na maneira como elas interagem e compartilham experiências. Ao final de cada dia, um espaço para feedback pode ser mais do que bem-vindo, ajudando a construir um entendimento sobre o impacto social e emocional das atividades, para poder planejar futuras lições que atendam ainda melhor à dinâmica do grupo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criação de um Livro do Folclore
Objetivo: Criar um material gráfico que documente as aprendências da semana.
Descrição: Em grupo, as crianças podem desenhar ou colar fotografias de suas brincadeiras favoritas, criando um livro.
Materiais: Folhas de papel, cola, tesoura, canetinhas.
Modo de condução: Cada dia, no final da atividade, as crianças poderão registrar o que aprenderam e o que mais gostaram. Esse livro poderá ser lido e revisitado durante o restante do ano letivo.
2. Teatro das Brincadeiras
Objetivo: Estimular a criação e a comunicação.
Descrição: Transformar as brincadeiras em pequenas peças de teatro. O grupo poderá dividir-se, escolhendo uma brincadeira para encenar.
Materiais: Elementos de figuração simples, como chapéus, lenços e outros objetos.
Modo de condução: A cada dia, após a atividade de brincadeira, dedicar um tempo para preparar a apresentação e, no fim da semana, realizar o mini-teatro para outra turma ou para outro público.
3. Cante e Brinque
Objetivo: Incent