“Atividades Lúdicas com o Poema ‘A Foca’ de Cecília Meireles”

A educação infantil é um momento crucial para o desenvolvimento das crianças, pois é nesta fase que elas começam a explorar o mundo ao seu redor, a formar relações e a expressar suas emoções. O poema “A Foca”, de Cecília Meireles, oferece uma oportunidade riquíssima para introduzir sentimentos, sensações e a relação com o ambiente natural. Por meio da literatura, podemos auxiliar as crianças a desenvolverem sua criatividade, empatia e a valorizarem a diversidade cultural. Esse plano de aula foi elaborado para proporcionar uma vivência prazerosa e lúdica, permitindo que os pequenos se conectem com a poesia e o tema central de maneira interativa.

Neste plano de aula, as crianças pequenas serão introduzidas ao poema “A Foca”, por meio de atividades dinâmicas que estimularão a expressão corporal, a criação artística e a interação social. As propostas visam à construção de um ambiente onde elas possam compartilhar suas descobertas, respeitando a individualidade de cada uma e promovendo a cooperação entre os colegas. Através de múltiplos formatos de linguagem, espera-se que a experiência não só atraia a atenção dos alunos, mas também os envolva em um aprendizado significativo e duradouro.

Tema: Poema “A Foca” de Cecília Meireles
Duração: 04 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a expressão emocional, a criatividade e a empatia nas crianças a partir da leitura e interpretação do poema “A Foca”, incentivando a comunicação e a interação social.

Objetivos Específicos:

– Promover a exploração de sentimentos e sensações através da leitura do poema.
– Estimular a expressão corporal e artística com base no conteúdo do poema.
– Fomentar o respeito e a empatia entre os colegas durante as atividades em grupo.
– Desenvolver habilidades de comunicação ao recontar a história e expressar sentimentos.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

Materiais Necessários:

– Cópias do poema “A Foca”.
– Materiais para desenho (papéis coloridos, lápis de cor, canetinhas).
– Música suave para criação dos movimentos.
– Fantoches de mão (ou materiais para confeccioná-los).
– Espaço amplo para atividades de dança e movimentos.
– Materiais para colagem (papel, tesoura, cola).

Situações Problema:

– Como a foca se sente em diferentes momentos do poema?
– O que podemos fazer para representar esses sentimentos com nosso corpo e arte?
– Como podemos trabalhar em grupo para criar algo juntos, respeitando as ideias de todos?

Contextualização:

No poema “A Foca”, a autora traz à tona questões sobre a natureza e os sentimentos do animal. A proposta de atividade irá explorar esses sentimentos, levando as crianças a se conectarem com suas emoções e a entenderem a importância da empatia. Através de interações e criações artísticas, elas poderão expressar o que sentiram ao ouvir o poema e como isso se relaciona ao contexto em que vivem.

Desenvolvimento:

Iniciaremos a aula com a leitura do poema “A Foca” em um tom suave e expressivo, captando a atenção e a imaginação das crianças. Após a leitura, os alunos serão convidados a falar sobre o que sentiram e o que a foca poderia estar sentindo durante a narrativa. O professor incentivará as crianças a se manifestarem livremente, buscando sentir empatia pelo animal.

Em seguida, apresentaremos uma atividade de movimentação, onde cada criança poderá recriar os movimentos da foca. Será uma forma de expressar a interpretação do poema através do corpo. Enquanto as crianças dançam, o educador pode tocar uma música suave para criar um clima de descontração e liberdade.

Atividades sugeridas:

1. Leitura do Poema:
Objetivo: Introduzir as crianças ao poema e promover a troca de ideias sobre os sentimentos da foca.
Descrição: Ler o poema de maneira expressiva e em voz alta, permitindo pausas para que as crianças reflitam sobre o que foram ouvindo.
Instruções: Levar as crianças a comentar sobre o que entenderam. Perguntar sobre as cores, sons e sentimentos que perceberam no texto.
Materiais: Cópias do poema.

2. Movimento da Foca:
Objetivo: Expressar a história através do movimento e da dança.
Descrição: Após ler o poema, incentivá-las a imitar a foca, como ele se move e interage.
Instruções: Indicar que as crianças façam movimentos diferentes, como nadar e brincar, tudo isso ao som de uma música suave.
Materiais: Música suave.

3. Desenho da Foca:
Objetivo: Explorar a criatividade através da arte.
Descrição: As crianças desenharão a foca, pensando em como ela se sente em diferentes partes do poema.
Instruções: Fornecer materiais de desenho e incentivar a utilização de diferentes cores e formas.
Materiais: Papéis coloridos, lápis de cor.

4. Criação de Fantoches:
Objetivo: Fazer a articulação entre a leitura do texto e a representação através de fantoches.
Descrição: Criação de fantoches com papel e outros materiais. Eles poderão usar os fantoches para recontar o poema.
Instruções: Compreender a utilização do fantoche em apresentações e encenações.
Materiais: Papel, tesoura, cola e materiais para decoração.

5. Rodinha de História:
Objetivo: Incentivar a narrativa oral.
Descrição: As crianças deverão usar os fantoches para recontar a história do poema em grupo.
Instruções: Cada um deve recontar a parte que lhe chamou mais a atenção, usando o fantoche.
Materiais: Fantoches de mão confeccionados.

Discussão em Grupo:

Após todas as atividades, pode-se reunir as crianças em um círculo e pedir que compartilhem suas experiências. Algumas perguntas podem ser:
– O que você mais gostou de fazer?
– Como você se sentiu ao representar a foca?
– O que você aprendeu sobre como as focas podem se sentir?

Perguntas:

– Qual foi a parte do poema que você mais gostou?
– Como você acha que a foca se sentiu ao longo da história?
– Que som você imagina que a foca faria?
– Se você fosse uma foca, o que você gostaria de fazer no mar?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, considerando a participação das crianças nas diversas atividades, a capacidade de expressão emocional, o respeito pelas ideias dos colegas e a criatividade nas produções artísticas. O professor poderá observar como cada criança se relaciona com o poema e como se manifesta nas atividades propostas.

Encerramento:

Encerrar a aula com uma reflexão em grupo sobre o que foi aprendido e compartilhado. O professor poderá fazer uma breve releitura do poema e estimular as crianças a criarem uma frase coletiva sobre o que mais gostaram. A conclusão deve ser celebrativa, reconhecendo a participação e o envolvimento de todos.

Dicas:

– Crie um ambiente acolhedor e tranquilo para a leitura do poema, utilizando almofadas ou tapetes.
– As atividades devem ser flexíveis e adaptáveis às respostas e necessidades das crianças.
– Utilize objetos concretos, como pelúcias de focas, para ilustrar a conversa e enriquecer a experiência.

Texto sobre o tema:

O poema “A Foca”, escrito por Cecília Meireles, é uma obra que conecta os leitores a um universo divertido e lúdico. A poetisa é conhecida por sua sensibilidade em capturar a essência dos sentimentos e a beleza da natureza em suas obras. Divide-se entre a simplicidade das palavras e a profundidade das emoções evoca um universo de descobertas que são benéficas para o desenvolvimento da criatividade e da empatia nas crianças. Por meio de sua poesia, Meireles consegue inspirar pequenos leitores a imaginarem novas realidades, algo fundamental para a formação de uma visão crítica sobre o mundo.

A experiência de trabalhar com poesia na educação infantil é extremamente gratificante. Ao envolver as crianças em leituras, elas se tornam mais sensíveis às emoções, tanto as suas quanto as dos outros. É nesse aspecto que “A Foca” se destaca. Ele não apenas entretém, mas também cria uma ponte para que os pequenos compreendam a importância da empatia e do respeito à diversidade. Essa obra é uma convite a mergulhar na imaginação e na criatividade, permitindo que a expressão seja feita através de diferentes formas de arte.

Assim, o uso de um poema em atividades educativas promove um aprendizado significativo, onde a emoção e a racionalidade caminham lado a lado. As crianças, ao se imergirem no universo da literatura, não apenas aprendem sobre as palavras e rimas, mas também desenvolvem sua capacidade de se expressar e de escutar o outro. Com esse plano de aula, espera-se que as crianças estejam mais abertas a explorar suas emoções e a construir relações respeitosas e empáticas.

Desdobramentos do plano:

A proposta de trabalhar com o poema “A Foca” pode se expandir para múltiplas linguagens e atividades complementares. Por exemplo, entrevistas sobre as experiências de vida da foca podem ser incorporadas ao plano, promovendo uma conexão direta com a natureza e animalística. Essa atividade estimulará a curiosidade das crianças e as levará a um aprofundamento sobre a importância da conservação e respeito às espécies que habitam nosso planeta. Os educadores podem desenvolver debates sobre o que podemos fazer para proteger a vida marinha, promovendo uma consciência ambiental nas crianças desde cedo.

Além disso, a utilização de tecnologias como a produção de vídeos pode ser uma excelente maneira de prolongar a atividade de contação de histórias. O grupo pode gravar suas encenações utilizando seus fantoches e criar um pequeno “filme” que poderá ser assistido na sala de aula. Isso não somente traz uma nova experiência de aprendizado, mas também estimula a cooperação entre os alunos, que terão que trabalhar juntos para planejar e executar a gravação. As tecnologias devem ser aproveitadas de forma a tornar o aprendizado ainda mais envolvente e interativo.

Por fim, recomenda-se a promoção de uma exposição com os desenhos realizados pelas crianças e uma apresentação das histórias contadas com os fantoches para os pais. Essa atividade promoverá o reconhecimento do trabalho das crianças e incentivará a participação da família na vida escolar. O envolvimento dos responsáveis não só celebra as conquistas dos pequenos, como também reforça a importância da leitura e do contato com a arte na promoção do desenvolvimento infantil.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar o plano de aula sobre “A Foca”, é essencial manter a flexibilidade e a capacidade de adaptação para atender às necessidades e interesses dos alunos. Cada grupo pode ter um rendimento diferente em termos de desenvolvimento da atividade, e o professor deve estar atento para ajustar a dinâmica da aula conforme necessário. Além disso, a comunicação contínua com os alunos ao longo da execução das atividades irá fortalecer a relação de confiança, permitindo que eles se sintam mais seguros em expressar suas ideias e sentimentos.

O uso de uma abordagem lúdica nas atividades proporcionará um ambiente mais prazeroso e incentivador, estimulando o interesse das crianças pela poesia e outras formas de arte. Os pequenos são naturalmente curiosos e imaginativos, e é fundamental que esse potencial seja alimentado a cada encontro. Portanto, ao criar um ambiente onde a criatividade e a expressão são bem-vindas, o professor estará contribuindo para a formação de indivíduos mais sensíveis e atentos ao próximo.

Por último, o envolvimento da comunidade escolar pode ser uma extensão desse plano, promovendo eventos onde a poesia e a arte estejam presentes. Atividades comunitárias podem ser organizadas, como apresentações de poesia, promovendo uma maior interação entre alunos, familiares e a escola e reforçando a importância da arte na educação. A conexão entre a escola e a comunidade é fundamental para o desenvolvimento educacional e emocional das crianças, construindo uma rede de apoio para seu crescimento pessoal e social.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança das Focas:
Objetivo: Explorar o movimento e a música.
Descrição: As crianças imitarão os movimentos de focas, misturando dança e expressão corporal.
Materiais: Música temática e espaço aberto.
Adaptação: Para crianças que se sentem mais tímidas, crie um espaço seguro onde elas possam observar e participar quando se sentirem preparadas.

2. Canto da Foca:
Objetivo: Inventar sons e rimas.
Descrição: Criar uma canção sobre a foca, utilizando sons de diferentes animais marinhos.
Materiais: Instrumentos musicais simples (como tambores).
Adaptação: Se houver dificuldade em cantar, as crianças podem fazer sons com os instrumentos.

3. Caça ao Tesouro Marinho:
Objetivo: Aprender sobre o habitat das focas e objetos marinhos.
Descrição: Criar um jogo de caça ao tesouro com imagens de letras, objetos e animais marinhos escondidos pelo espaço.
Materiais: Imagens encadernadas ou de papel.
Adaptação: Tornar o jogo mais interativo, permitindo que as crianças ajudem a criar pistas.

4. Colagem Marinha:
Objetivo: Incentivar a expressão artística.
Descrição: Criar colagens de diversas partes do ambiente marinho, incluindo as focas, com papéis coloridos.
Materiais: Papéis, tesouras, cola.
Adaptação: Disponibilizar diferentes materiais para crianças que podem ter dificuldades motoras.

5. Teatro de Fantoches:


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