“Atividades Lúdicas: Aprendendo Alto e Baixo na Educação Infantil”
A proposta deste plano de aula é proporcionar um momento lúdico, interativo e educativo para as crianças bem pequenas, entre 1 e 2 anos. O foco é trabalharmos com os conceitos de alto e baixo, aproveitando a fase de descoberta e exploração que essas crianças estão vivenciando. Este tema é de grande importância, pois por meio dele, as crianças começam a desenvolver a noção de espaço, proporções e podem, de forma simples e divertida, começar a estabelecer comparações. Utilizaremos diferentes actividades que envolvem o movimento, a musicalidade e a curiosidade natural das crianças.
A aula será desenvolvida de maneira que todas as crianças possam participar ativamente, respeitando seu processo de aprendizado e seus ritmos individuais. É fundamental que as atividades sejam dinâmicas e estimulem a exploração dos sentidos, a socialização e a expressão corporal. Vamos estruturar as atividades para que as crianças possam brincar, aprender e interagir de forma significativa entre si e com o adulto que orienta o processo.
Tema: Alto e Baixo
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças a compreensão dos conceitos de alto e baixo através de brincadeiras, músicas e movimentação, promovendo a interação e a expressão dos seus sentimentos e descobertas.
Objetivos Específicos:
– Estimular a percepção espacial ao brincar livremente com materiais diversos.
– Fomentar a socialização entre as crianças, encorajando-as a compartilhar ideias e experiências.
– Promover o desenvolvimento da linguagem oral, encorajando as crianças a expressar o que sentem e observam nas atividades.
– Incentivar a coordenação motora, através de movimentos que envolvem subir, descer, pular e dançar.
Habilidades BNCC:
– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
– (EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo).
Materiais Necessários:
– Objetos de diferentes tamanhos (blocos de montar, tiras de papel, almofadas).
– Espaço amplo para movimentação.
– Música infanto-juvenil que trate do tema alto e baixo.
– Livros ilustrados com imagens que remetam aos conceitos de alto e baixo.
Situações Problema:
– Como podemos descrever a altura de diferentes objetos que encontramos aqui?
– De que maneira conseguimos alcançar coisas que estão em lugares altos?
– O que acontece quando pulamos bem alto?
Contextualização:
Ao apresentarmos o tema alto e baixo, é essencial que façamos conexões com a vida cotidiana das crianças. Vamos trazer situações simples que elas possam reconhecer e nomear, servindo como pontes para a compreensão dos conceitos. Por exemplo, lembrando das árvores, que são altas, e dos gatos, que muitas vezes se agacham ou ficam embaixo das mesas. Usar essas referências do cotidiano ajuda as crianças a se identificarem e a se interessarem pelo tema.
Desenvolvimento:
1. Início da Aula: Sentar em círculo com as crianças e apresentar os conceitos de alto e baixo usando objetos em miniatura, como bonecos ou blocos. Fazer demonstrações visuais de quando um objeto está em uma posição alta ou baixa e perguntar às crianças qual deles é alto e qual é baixo.
2. Atividade de Movimento: Organizar um momento de dança no qual a música toca e as crianças são incentivadas a dançar alto ou baixo, fazendo gestos que remetam a essas ações (por exemplo, agachar para dançar baixo ou esticar os braços para dançar alto).
3. Construção de Torres: Separar as crianças em grupos e fornecer blocos de montar para que elas construam torres. Incentivar cada grupo a construir uma torre alta e outra baixa, discutindo as diferenças entre elas enquanto brincam.
4. Contação de Histórias: Ler um livro ilustrado onde se explore os conceitos de alto e baixo, comentando com as crianças sobre as ilustrações e perguntando o que elas veem, qual personagem está em uma posição alta ou baixa.
Atividades sugeridas:
1. Brincadeira do Espelho: O professor faz gestos altos e baixos e as crianças imitam. O objetivo é desenvolver a percepção corporal e a relação com o espaço. Materiais: feito apenas com o corpo.
2. Corrida dos Animais: Cada criança escolhe um animal que pode ser alto (como uma girafa) ou baixo (como um rato) e simula o movimento dele. Isso ajuda a entender a diferença. Materiais: espaço livre e música.
3. Arte do Alto e Baixo: Com tintas e pincéis, as crianças pintam o que conseguem visualizar como alto e baixo. Pode ser concreto (como montanhas) ou abstrato. Materiais: papéis e tintas.
4. Explorando em Grupo: Separar lugares da sala que são altos e baixos (como prateleiras e mesas) e as crianças exploram esses locais com supervisão. Materiais: nenhum, apenas supervisão.
5. Histórias Musicais: Contar uma história por meio de sons e interferências musicais: uma parte da narrativa será “alta” e outra “baixa”. Materiais: instrumentos musicais simples ou gravações.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, reunir as crianças para discutir: “O que aprenderam sobre alto e baixo?”, “Quais foram os momentos mais divertidos?” e “Como se sentiram ao brincar com isso?” Essa é uma excelente oportunidade para desenvolver a habilidade de comunicação e escuta das crianças.
Perguntas:
– O que é alto para você?
– Você consegue tocar algo que está em cima da estante?
– Como você se sente quando pula bem alto?
– O que podemos fazer para alcançar algo que está baixo?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando o envolvimento das crianças nas atividades, suas respostas às perguntas e como elas interagem umas com as outras. O professor deve notar se as crianças demonstram entendimento dos conceitos de alto e baixo e como se expressam ao abordar o tema.
Encerramento:
Na parte final da aula, fazer uma roda novamente e perguntar às crianças o que mais gostaram de fazer. Relembrar, de maneira lúdica, os conceitos trabalhados (alto e baixo). Encerrar cantando uma música que contenha muitas variações de sons altos e baixos.
Dicas:
– Utilize muitas imagens e objetos que podem ilustrar as noções de alto e baixo.
– Mantenha sempre um ambiente seguro onde as crianças possam explorar e se movimentar livremente.
– Encoraje a expressão verbal e a criatividade durante as atividades, para que as crianças se sintam à vontade para expressar o que aprenderam.
Texto sobre o tema:
A compreensão dos conceitos de alto e baixo é fundamental no desenvolvimento cognitivo e motor das crianças. Quando introduzimos essas noções pela brincadeira, estamos proporcionando um aprendizado significativo e saudável que irá beneficiar as crianças em diversas áreas. Durante essa fase de aprendizagem, é importante que as crianças possam explorar e interagir com o ambiente ao seu redor, fazendo conexões visuais, auditivas e táctil que enriquecem suas vivências. Ao trabalhar com variações de altura, as crianças desenvolvem habilidades motoras, além de uma melhor noção de espaço. Essa relação entre o corpo e o ambiente é essencial para que elas reconheçam os limites físicos e sociais que a convivência exige.
Brincadeiras e atividades que envolvem movimento, música e criatividade são práticas que favorecem o desenvolvimento emocional e social. As crianças aprendem a respeitar as diferenças entre si e a compreender a diversidade dos movimentos. É comum encontrar crianças que, em situações de jogos e interação com outras, se veem desafiadas a colaborar e interagir, facilitando o aprendizado de como resolver conflitos com empatia e solidariedade. A musicalidade e a oralidade são instrumentos essenciais na construção da linguagem, além de potencializar a capacidade de expressão e comunicação. As atividades envolvendo alto e baixo permitirão que as crianças utilizem não apenas a linguagem verbal, mas também a linguagem corporal, criando um repertório mais rico e diversificado.
No campo da exploração e do movimento, exercitar conceitos como alto e baixo proporciona um espaço de descobertas e uma nova perspectiva sobre a forma como as crianças se veem e se expressam no mundo. Essa fase da infância, rica em curiosidade e exploratividade, deve ser aproveitada ao máximo, oferecendo não apenas oportunidades de aprendizado, mas também um espaço seguro para que os sentimentos e emoções sejam expressos. Um ambiente que estimula o livre brincar e a interação preserva a essência do processo educativo e contribui para a formação de crianças autônomas e conscientes de suas capacidades. Proporcionar essa compreensão sobre a verticalidade, através de jogos e atividades, torna-se uma estratégia eficaz que reflete em diversos outros aspectos do desenvolvimento, sendo a base para aprendizagens futuras sobre espaço, movimento e cooperação.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ser desdobrado em diversas outras atividades que fortaleçam os conceitos de alto e baixo nas rotinas das crianças. Por exemplo, ao longo da semana, o professor poderá incluir momentos de exploração em que as crianças farão uma “caça ao tesouro” onde devem encontrar objetos que estejam em lugares altos e baixos dentro da sala ou do espaço onde estão. Isso não só reforça a aprendizagem dos conceitos, mas também engaja as crianças em um jogo que promove a colaboração e o respeito às regras de convivência, assim como o respeito pelas diferenças que cada um carrega. Além disso, ao realizar tais explorações, as crianças desenvolvem a noção de cuidado e solidariedade no momento em que compartilham as descobertas com seus colegas e adultos, reforçando a confiança em suas capacidades e o valor do trabalho em equipe.
Para além disso, a musicalidade pode ser incorporada ao dia a dia da sala de aula, onde, em momentos livres, os educadores podem usar canções que exploram o tema de alto e baixo, centenas de músicas para crianças lidam com esses conceitos. Utilizar diferentes tipos de materiais sonoros e instrumentos musicais poderá também estimular as crianças a criarem seus próprios sons, discutindo em grupo quais conceitos trazem em suas criações. Nesse sentido, a expressão em grupo se torna uma forma lúdica e produtiva de entender as nuances de altura e profundidade, não só em sons, mas também nas danças e expressões corporais que nascem dessa vivência compartilhada no ambiente escolar.
Por último, o plano de aula pode ainda se estender para a área de artes, onde as crianças possam desenhar ou criar colagens que simbolizem o que é “alto” e “baixo”, usando recortes de revistas, papéis coloridos e outros materiais. A exploração de texturas e cores para representar sensações ligadas a essas alturas dá oportunidade para que as crianças desenvolvam habilidades manuais e artísticas, bem como a capacidade de descrever e expressar suas experiências através da arte. As possibilidades são infinitas e o potencial educativo deste plano supera a simples aprendizagem de novos conceitos de alto e baixo ao engajar as crianças em um processo de exploração e descoberta contínuo.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor esteja atento ao ritmo de cada criança, respeitando suas individualidades e promovendo um ambiente que permita que todas participem ativamente das atividades propostas. Para garantir que a experiência de aprendizagem seja prazerosa e eficaz, é essencial observar como cada criança responde às propostas e ajustar as atividades conforme necessário, seja aumentando as dificuldades ou propondo novas abordagens. A observação cuidadosa e o diálogo aberto ajudam na construção de um espaço democrático e acolhedor, onde as crianças possam ser incentivadas a expressar seus sentimentos e suas descobertas.
A interação constante entre o professor e as crianças é fundamental para promover um espaço de escuta e cuidado. Permitir que as crianças compartilhem suas ideias e opiniões sobre as atividades fortalece o aprendizado coletivo e as habilidades de comunicação, essenciais nessa faixa etária. Além disso, a valorização das contribuições de cada um também ajuda na construção de uma imagem positiva de si, reforçando a autoconfiança de cada criança, especialmente ao lidar com conceitos ainda novos e desafiadores como alto e baixo. Essa conexão entre a experiência de aprendizado e as relações afetivas é o que torna o processo educativo mais significativo e enriquecedor.
Por fim, a incorporação de diferentes formas de expressão, como a dança, as artes e a música, amplifica as oportunidades de aprendizado, explorando os conceitos de maneiras diversas e criativas. É fundamental manter um clima de brincadeira e diversão, pois isso facilita a aprendizagem e a assimilação dos novos conceitos. Ao mesmo tempo, o professor deve proporcionar uma base sólida, incluindo a prática de respeitar as regras e realizar colaborações entre as crianças de forma significativa. Dessa forma, será possível oferecer um aprendizado multidimensional que englobe não apenas quais são os conceitos de alto e baixo, mas também como é possível expressar e vivenciar cada um deles de maneira prática e inovadora.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Brincadeira com Bolinhas: Forneça bolinhas de diferentes tamanhos e cores e peça para as crianças separarem as bolinhas altas (maiores) e as bolinhas baixas (menores). As crianças podem rolar as bolinhas pelo chão ou empilhá-las, desenvolvendo habilidades motoras e noções de altura. Esse momento promove a identificação de formas e tamanhos, com o acompanhamento do educador, que pode explicar o que é considerado alto e baixo.
2. Construindo um Mundo: Disponibilizar blocos de diversos tamanhos, onde as crianças formam construções ou criaturas. Utilizá-los para criar um cenário que inclua elementos altos (como torres) e baixos (como montanhas ou pequenos objetos). A proposta é que cada construção reforçará sua compreensão sobre as alturas e proporções espaciais.
3. Caça ao Tesouro na Porta: Criar um jogo onde as crianças devem encontrar objetos pelo ambiente que estejam altos (a uma prateleira, por exemplo) ou baixos (debaixo de mesas ou cadeiras). Esse jogo exploratório pode ajudá-las a praticar o deslocamento pelo espaço, assim como o trabalho em equipe. A atividade deve sempre ser supervisionada, para garantir a segurança das crianças.
4. Música do Alto e do Baixo: Ensinar uma música onde se representem ações altas e baixas, utilizando gestos e movimentos corporais correspondentes. As crianças podem, por

