“Aprendizagem Lúdica: Pião, Números e Twister no 3º Ano”
Este plano de aula é desenvolvido com o intuito de proporcionar uma experiência rica e interativa para os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, utilizando atividades físicas lúdicas e educativas sobre pião, trilha dos números até 100 e twister. A proposta é integrar o aprendizado de conceitos matemáticos e habilidades motoras, promovendo a colaboração e o trabalho em equipe.
Tema: Pião, Trilha dos Números e Twister
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 e 9 anos
Objetivo Geral:
Promover o aprendizado através de brincadeiras e jogos que estimulam o desenvolvimento motor, a colaboração entre os alunos e o raciocínio lógico matemático, utilizando o pião, a trilha dos números e o jogo Twister.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver habilidades motoras e coordenação através do uso do pião.
– Promover a identificação e compreensão dos números até 100 na trilha dos números.
– Estimular o raciocínio lógico e a interação social através do Twister.
– Fomentar o trabalho em equipe e o respeito às regras em atividades coletivas.
Habilidades BNCC:
As habilidades a serem trabalhadas neste plano são:
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
(EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares.
(EF03MA02) Identificar características do sistema de numeração decimal, utilizando a composição e a decomposição de número natural de até 100.
(EF03MA05) Utilizar diferentes procedimentos de cálculo mental e escrito para resolver problemas significativos envolvendo adição e subtração com números naturais.
Materiais Necessários:
– Pião (ou objetos similares que possam ser utilizados como pião).
– Fitas adesivas coloridas para formar a trilha dos números no chão.
– Cartões com números de 1 a 100.
– Um jogo de Twister (pode ser o tabuleiro de papel ou pintura no chão com as cores).
– Cones para delimitação dos espaços.
– Música (opcional, para animação das atividades).
Situações Problema:
1. Como podemos utilizar o pião para praticar e aprender os números?
2. De que maneira a trilha dos números pode facilitar o entendimento da contagem?
3. Como o jogo Twister pode ajudar na coordenação e no aprendizado das cores e posições?
Contextualização:
A atividade será realizada em um espaço amplo, onde os alunos podem se movimentar livremente. Eles serão divididos em grupos e participarão de estações. Cada estação estará concentrada em uma atividade: pião, trilha dos números e Twister. A proposta é incentivar a interação entre os alunos de maneira divertida, ao mesmo tempo em que se concentra na aprendizagem de conteúdos matemáticos e habilidades motoras.
Desenvolvimento:
1. Apresentação da Atividade: Introduza as atividades, explicando como cada uma delas se relaciona com o aprendizado e a importância de cada jogo na formação da cultura popular.
2. Atividade 1 – Pião:
– Objetivo: Aprender a usar a própria força e coordenação motora.
– Descrição: Os alunos devem usar o pião, aprendendo a girá-lo e a mantê-lo em movimento.
– Instruções: Cada aluno terá 3 tentativas para girar o pião. O professor pode fazer perguntas sobre os números e solicitar que os alunos contem quantas vezes seu pião gira.
3. Atividade 2 – Trilha dos Números:
– Objetivo: Identificar e praticar a contagem até 100.
– Descrição: Usando fitas adesivas, o professor criará uma trilha no chão com números sequenciais. Os alunos devem seguir a trilha e realizar adições ou subtrações simples ao saltar de um número para o outro.
– Instruções: Dividir os alunos em grupos e fazer uma corrida, onde cada aluno precisa realizar uma operação matemática para avançar na trilha.
4. Atividade 3 – Twister:
– Objetivo: Melhorar a coordenação e o equilíbrio enquanto aprende sobre cores e direções.
– Descrição: Os alunos jogarão Twister, onde devem posicionar suas mãos e pés nas cores indicadas pelo professor.
– Instruções: Cada vez que um aluno toca a matriz, deve dizer em voz alta o número de cores que está tocando. Isso pode ser complementado com operações matemáticas (ex.: se tocar em 3 cores, realizar 2 + 3).
Atividades sugeridas:
Segunda-feira:
– Objetivo: Introdução ao pião.
– Descrição: Apresentar o pião e a atividade do dia. Discussão sobre as regras e funcionamento.
– Instruções: Demonstração de como girar o pião e prática livre.
Terça-feira:
– Objetivo: Desenvolvimento da trilha dos números.
– Descrição: Criar a trilha com os alunos, envolvendo-os no processo de montagem.
– Instruções: Após a criação, realizar atividades matemáticas de contagem.
Quarta-feira:
– Objetivo: Brincar com o Twister.
– Descrição: Organizar uma competição amigável.
– Instruções: Iniciar a atividade e incentivar que todos joguem várias vezes.
Quinta-feira:
– Objetivo: Revisão das atividades da semana.
– Descrição: Jogar novamente os três jogos.
– Instruções: Registrar quantas vezes cada aluno acertou durante a competição.
Sexta-feira:
– Objetivo: Reflexão e feedback.
– Descrição: Conversa sobre os aprendizados da semana e o que os alunos mais gostaram.
– Instruções: Pedir aos alunos para expressar suas opiniões sobre as atividades e sugerir melhorias.
Discussão em Grupo:
Promover uma roda de conversa onde os alunos possam discutir o que aprenderam com cada atividade, como se sentiram ao jogar e se notaram alguma melhora na sua coordenação motora e habilidades matemáticas.
Perguntas:
1. O que você aprendeu ao utilizar o pião?
2. Como foi a experiência de andar pela trilha dos números?
3. Qual foi sua parte favorita do jogo Twister?
4. De que maneiras essas atividades podem ajudar na sua aprendizagem?
Avaliação:
A avaliação será contínua e deve levar em conta a participação dos alunos, a harmonia nas atividades em grupo, bem como a compreensão dos conceitos matemáticos durante a prática.
Encerramento:
Finalizar a aula reforçando a importância de brincar e aprender ao mesmo tempo, destacando como as atividades físicas podem ajudar na socialização e no desenvolvimento de habilidades.
Dicas:
– Utilize músicas animadas durante as atividades para aumentar o engajamento.
– Mantenha o ambiente seguro, assegurando que os alunos estejam cientes das regras de cada atividade.
– Esteja atento a alunos que possam ter dificuldade de se integrar e ofereça apoio individual.
Texto sobre o tema:
A brincadeira na infância é uma ferramenta fundamental de aprendizado, que vai além de meras diversões. Brincar desenvolve não somente a coordenação motora, mas também promove habilidades sociais, cognitivas e emocionais. O pião, por exemplo, é uma brincadeira que remete a tradições mais antigas e, por sua simplicidade, ensina sobre a força, o equilíbrio e a consequência dos movimentos. O ato de girar um pião ao mesmo tempo em que se conta os números traz à tona o conceito de física básica, sem que a criança perceba que está aprendendo.
Na trilha dos números, a contagem linear até 100 proporciona um exercício de matemática viva, onde as crianças podem ver e tocar os números, tornando o aprendizado concreto e acessível. Além disso, a atividade em grupo ajuda a promover o trabalho em equipe e o respeito às ordens e regras, essenciais para a convivência social. Já o jogo do Twister, ao exigir que o corpo se mova de diferentes formas, estimula a flexibilidade, o equilíbrio e a percepção do espaço. As interações sociais que ocorrem durante essa atividade são uma oportunidade valiosa para trabalhar o respeito e a empatia.
Portanto, integrar jogos de tradição popular com o aprendizado escolar não é apenas inovador, mas fundamental para criar um ambiente de aprendizagem rica e diversificada, que inclui todos os aspectos do desenvolvimento infantil. É essencial que educadores reconheçam o potencial das brincadeiras tradicionais, valorizando-as como parte do patrimônio cultural e pedagógico.
Desdobramentos do plano:
A sequência de atividades propostas neste plano de aula pode facilmente se desdobrar para outras áreas de aprendizagem. Por exemplo, durante as atividades com o pião, o professor pode estabelecer uma conexão com a física, onde se discute a história do brinquedo e como ele funciona, conversando sobre as forças que atuam para mantê-lo em movimento. Isso engajaria ainda mais os alunos, fomentando uma curiosidade natural acerca das ciências.
Além disso, o uso da trilha dos números pode ser expandido para incluir conceitos mais complexos da matemática, como os desafios envolvendo adições ou subtrações com resultados fora do conjunto de 100. Os alunos podem criar suas próprias trilhas numéricas, integrando elementos criativos de design e tornando o aprendizado ainda mais significativo e pessoal.
Por fim, o jogo Twister pode ser transformado em uma ferramenta para promover a educação física de maneira mais elaborada. Os alunos podem ser incentivados a criar suas próprias versões do jogo, incorporando elementos de matemática (como tarefas a serem cumpridas ao cair em uma cor específica) ou temas de outras disciplinas, ampliando o escopo do aprendizado e possibilitando a interdisciplinaridade.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor esteja preparado para adaptar o plano de aula conforme as necessidades do grupo. Cada turma apresenta um perfil distinto, e este plano deve ser um guia flexível, permitindo ajustes durante a implementação. O professor deve estar atento às dinâmicas que se formam durante as atividades, sendo capaz de intervir quando necessário para garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de participar de maneira igualitária.
A avaliação deve ser formativa e contínua, observando não apenas o desempenho acadêmico em matemática, mas também a colaboração e o respeito mútuo. A capacidade de trabalhar em grupo é uma habilidade essencial que será necessária ao longo da vida, e o ambiente escolar é um dos melhores locais para começar a cultivá-la.
Por fim, o uso de brincadeiras tradicionais é uma oportunidade de ensinar não só conteúdos curriculares, mas também valores culturais essenciais, como a importância da diversão, da comunidade e do vínculo social através de jogos. Com isso, o aluno não apenas aprende a matemática, mas também se torna um cidadão mais consciente e respeitoso, pronto para contribuir de forma positiva para a sociedade.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Pião Criativo: Propor que os alunos elaborem seus próprios piões utilizando materiais recicláveis, promovendo a criatividade e o cuidado com o meio ambiente. Explicar como o pião funciona e debater sobre a física envolvida na sua movimentação.
2. Contando Aventura: Criar um jogo de tabuleiro gigante com a trilha dos números em que os alunos devem completar desafios matemáticos (adições e subtrações) para avançar. Incorporar elementos de contação de histórias nas jogadas para tornar a atividade ainda mais envolvente.
3. Twister Matemático: Adaptar o jogo de Twister para que cada cor tenha uma operação matemática correspondente. Ao cair em uma cor, o aluno deve resolver a operação antes de continuar, tornando o jogo educativo e divertido.
4. Caminhada dos Números: Realizar uma caminhada pela escola ou pelo parque, onde os alunos devem identificar e registrar objetos que correspondem a certos números (por exemplo, quantas árvores, bancos ou vasos existem), buscando relações entre o mundo real e a matemática.
5. Oficina da Trilha: Criar uma oficina para que os alunos desenvolvam suas próprias trilhas numéricas em grupos, utilizando diferentes materiais (cordas, chão, fitas) e criando regras específicas para os jogos, altamente focando na autonomia e na criatividade.
Com estas abordagens, o aprendizado se transforma em uma experiência dinâmica, significativa e envolvente, promovendo habilidades emocionais, sociais e cognitivas de forma integrada.
