“Aprendizado Divertido: Jogo da Memória para Crianças de 3 a 4 Anos”
A proposta deste plano de aula gira em torno do jogo da memória, com um enfoque especial no aprendizado de números por meio de uma atividade lúdica chamada “Memória de Números”. Este conteúdo busca proporcionar às crianças pequenas, com idades entre 3 a 4 anos, a oportunidade de desenvolver habilidades essenciais de memorização, raciocínio lógico, e sociabilidade, enquanto se divertem. Através de um contexto de brincadeira, os educadores poderão estimular o interesse e a participação dos alunos, contribuindo para um aprendizado mais significativo e envolvente.
O jogo foi planejado para ser uma atividade divertida, que além de ser interativa, possibilite uma exploração cognitiva das conceitos numéricos. Ao embaralhar cartões contendo números e imagens correspondentes, pretendemos incentivar a observação, a comunicação e o trabalho em equipe das crianças, desenvolvendo tanto a memória visual quanto habilidades motoras ao manusear os cartões. É uma experiência rica que promete engajar os pequenos em um ambiente de aprendizagem divertido.
Tema: Jogo da Memória
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a memória, a atenção e a sociabilidade das crianças através do jogo “Memória de Números”, estimulando a percepção e a associação de números com suas quantidades correspondentes.
Objetivos Específicos:
1. Promover a memorização e a associação entre números e imagens.
2. Incentivar o trabalho em equipe e a interação social entre as crianças.
3. Desenvolver a coordenação motora ao manusear os cartões.
4. Estimular a comunicação oral e a expressão de sentimentos durante a atividade.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
Materiais Necessários:
– Cartões com números (de 1 a 5)
– Imagens correspondentes aos números (ex.: 1 maçã, 2 bananas, etc.)
– Uma mesa ampla ou tapete para a disposição dos cartões
– Espaço para que as crianças possam se mover livremente
Situações Problema:
Como as crianças podem relacionar os números com as quantidades de forma lúdica? Qual a importância de trabalhar a memória em grupo, e como isso pode impactar na forma como elas se comunicam?
Contextualização:
No cotidiano, as crianças precisam entender a importância dos números e das quantidades em diversas situações. O jogo da memória proporciona uma abordagem lúdica ao aprendizado, permitindo que os alunos percebam o valor dos números em um contexto familiar e divertido. Essa atividade é um convite à exploração do mundo ao redor e ao reconhecimento de que a matemática pode ser integrada de forma prazerosa nas brincadeiras.
Desenvolvimento:
1. Preparação dos cartões: O professor deve preparar os cartões com números e suas respectivas ilustrações, garantindo que há pares suficientes para o jogo.
2. Reunião das crianças: Reunir as crianças em um espaço onde possam se sentar confortavelmente em círculo, explicando a atividade de forma clara e entusiasma.
3. Apresentação do jogo: Demonstrar como o jogo é feito, mostrando os cartões e como deve ser o emparelhamento.
4. Execução do jogo: As crianças devem, então, se revezar para virar os cartões, procurando fazer os pares, incentivando a comunicação entre elas ao identificar os números.
5. Conclusão da atividade: Reunir as crianças novamente para compartilhar como foi o jogo e o que aprenderam sobre os números e a memória.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Introdução ao Jogo
– Objetivo: Familiarizar as crianças com os números e suas representações.
– Descrição: O professor desenha os números no chão com giz, e as crianças vão, uma a uma, até cada número e dizem em voz alta a quantia correspondente de objetos.
– Materiais: Giz colorido, objetos pequenos (como bolas ou brinquedos).
– Adaptação: Crianças com dificuldades podem ter apoio de um colega ou professor para identificar os números.
2. Criação dos Cartões
– Objetivo: Desenvolver a coordenação motora através da colagem.
– Descrição: As crianças podem fazer seus próprios cartões, colando imagens de revistas e desenhando números.
– Materiais: Revistas, tesoura, cola, cartolina.
– Adaptação: Permitir que crianças que não queiram usar tesoura desenhem à mão as imagens e números com lápis de cor.
3. Jogo de Pairagem
– Objetivo: Jogar o jogo da memória com os cartões que criaram.
– Descrição: Organizar um torneio em que as crianças se dividem em grupos e competem para ver quem encontra mais pares.
– Materiais: Cartões já preparados.
– Adaptação: Oferecer pares a mais para crianças que ainda estão desenvolvendo suas habilidades de memorização.
4. Contação de Histórias
– Objetivo: Usar números e imagens em narrativas.
– Descrição: O professor conta uma história usando os números dos cartões e as imagens, e as crianças devem repetir as partes que envolvem as quantidades.
– Materiais: Os cartões usados e livros de histórias.
– Adaptação: Para crianças tímidas, permitir o uso de fantoches para contar a história.
5. Conclusão e Reflexão
– Objetivo: Refletir sobre a atividade e suas aprendizagens.
– Descrição: As crianças se reúnem para compartilhar experiências e o que aprenderam sobre números.
– Materiais: Nenhum.
– Adaptação: Usar uma roda de conversa, onde uma criança por vez pode falar sem pressão.
Discussão em Grupo:
Encaminhar uma discussão sobre o que as crianças mais gostaram na atividade. Perguntar como se sentiram jogando em grupo e se acham que aprenderam mais sobre números enquanto brincavam. Isso ajuda a desenvolver a habilidade de escuta e empatia.
Perguntas:
1. O que você achou mais difícil no jogo?
2. Como você se sentiu quando encontrou um par?
3. Você prefere jogar sozinho ou em grupo? Por quê?
4. Que números você mais gostou de jogar?
5. Como podemos usar os números no nosso dia a dia?
Avaliação:
A avaliação será realizada por meio da observação da participação das crianças durante o jogo e das interações entre elas. O professor poderá avaliar o entendimento sobre a relação dos números com suas quantidades básicas e a capacidade de comunicação e trabalho em equipe.
Encerramento:
Para encerrar a aula, reunir as crianças novamente e revisar o que aprenderam sobre os números e a memória. O professor pode reforçar que os números estão presentes em muitos lugares e que eles podem brincar com eles sempre que quiserem. As crianças podem ser incentivadas a continuar criando seus próprios jogos em casa ou nas atividades do dia a dia, expandindo assim o aprendizado.
Dicas:
1. Criar um ambiente lúdico onde as crianças se sintam à vontade para experimentar e errar, valorizando sempre a participação.
2. Oferecer reforços positivos a cada conquista, como encontrar pares ou se comunicar bem com os colegas.
3. Estar atento às diferentes formas de aprendizagem e oferecer alternativas que atendam os diferentes estilos das crianças.
Texto sobre o tema:
O jogo da memória é uma ferramenta pedagógica poderosa que pode ser utilizada em várias situações de aprendizagem, especialmente na educação infantil. No contexto do aprendizado numérico, esse jogo não apenas estimula a memória, mas também desenvolve a capacidade de raciocínio lógico. As crianças pequenas começam a formar relações cognitivas importantes quando se envolvem em jogos que requerem a associação de imagens a números. Essa relação é fundamental, pois serve como a base para a compreensão de conceitos matemáticos mais complexos que virão mais tarde em seu desenvolvimento.
Além disso, o jogo da memória promove a socialização, um aspecto crucial no desenvolvimento das crianças nessa faixa etária. A interação durante a busca de pares estimula habilidades sociais como a cooperação e a empatia. Os alunos aprendem a celebrar as vitórias uns dos outros e a respeitar os sentimentos dos colegas, construindo um ambiente de aprendizado colaborativo onde todos se sentem valorizados. Essa habilidade social será vital em sua vida futura, em diferentes contextos, tanto acadêmicos quanto pessoais.
Por fim, o simples ato de jogar pode desencadear um mundo de aprendizado. As crianças, ao se divertirem com seus colegas, desenvolvem também competências fundamentais que serão utilizadas no cotidiano. Através dos jogos, o aprendizado se torna significativo e a matemática, por exemplo, deixa de ser uma disciplina temida para se tornar uma aventura repleta de descobertas. Os educadores têm um papel importante em guiar essas experiências, ajudando as crianças a fazer conexões e a perceber que o aprendizado pode ser uma parte divertida de suas vidas.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula desenvolvido se propõe não apenas a ensinar números, mas a criar um ambiente de aprendizado integrado e significativo. Ao inserirmos o jogo da memória no cotidiano das crianças, proporcionamos um espaço de troca onde elas podem explorar e descobrir o mundo que as cerca de maneira lúdica. Os desdobramentos dessa atividade podem ser vastos, permitindo que se criem novas abordagens temáticas, como contação de histórias ou arte, sempre inserindo os números como um elemento central.
A prática do jogo pode abrir portas para outras áreas do conhecimento, além das matemáticas. Observando questões de comparação e quantidade, as crianças podem gerar curiosidade sobre diferentes categorias e contextos, estabelecendo diálogos com conteúdos de ciências naturais e sociais. Essa transição de um tópico a outro amplia a visão de mundo dos pequenos, fazendo-os perceber que o conhecimento é interconectado.
Além disso, há ainda a possibilidade de incluir famílias nas dinâmicas de aprendizado, incentivando-as a participar de momentos do jogo em casa. Essa interação entre escola e família transforma o aprendizado em uma experiência compartilhada, fortalecendo o vínculo entre o que é ensinado em sala de aula e o que é vivenciado em casa. Esse tipo de iniciativa pode engajar não apenas as crianças, mas também seus responsáveis, criando um suporte fundamental no processo de aprendizado.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar com crianças pequenas, é essencial lembrar que cada aluno é único e traz consigo diferentes ritmos e estilos de aprendizado. Portanto, as atividades devem ser adaptáveis, permitindo que todos participem e se sintam incluídos. A flexibilidade na abordagem ajuda a construir um ambiente escolar onde a diversidade é respeitada e valorizada, permitindo que cada criança encontre seu espaço.
Outra orientação importante é a disposição dos materiais e a organização do espaço. Um ambiente bem preparado facilita a execução das atividades, tornando o processo mais fluido e agradável para todos os envolvidos. Os educadores devem ser sempre proativos nesse aspecto, preparando o ambiente antes da atividade e criando uma atmosfera de bem-estar.
Por fim, valorizar as conquistas, por menores que sejam, é crucial. Cada passo na aprendizagem deve ser celebrado para que as crianças sintam a motivação necessária para continuar explorando e aprendendo. A construção da autoestima estará diretamente ligada à forma como elas percebem suas vitórias. Sendo assim, os educadores têm a responsabilidade de criar um espírito positivo e encorajador dentro da sala de aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Memória Musical: As crianças devem tocar instrumentos simples (como pandeiros ou chocalhos) correspondendo a diferentes números. Cada número ativará um som diferente. Material: Instrumentos musicais. Objetivo: Relacionar números a ritmos e sons.
2. Colagem de Números e Quantidades: Fornecer papel colorido e materiais para criar colagens que representem números com quantidades correspondentes, como desenhar 3 estrelas para o número 3. Material: Papel, cola, revistas. Objetivo: Reforçar a união entre números e quantidades.
3. Caça aos Números: Criar um jogo onde números são escondidos em um ambiente específico, e as crianças devem encontrá-los e associá-los com objetos que possuem a quantidade correspondente. Material: Números impressos. Objetivo: Desenvolver a habilidade de reconhecimento e associação.
4. Histórias com Números: As crianças devem criar uma história usando os números em situações do dia a dia, como contar quantas frutas estão na mesa. Material: Cartões com figuras. Objetivo: Estimular a criatividade e a conexão entre números e experiências.
5. Dança dos Números: Durante a execução de músicas, as crianças devem dançar quando o número correspondente a um cartão for mencionado na canção. Material: Música e cartões. Objetivo: Trabalhar conceitos de movimento e números de maneira dinâmica e divertida.
Com estas sugestões, os educadores poderão proporcionar uma experiência de aprendizado rica e diversificada, permitindo que as crianças desenvolvam suas competências de maneira lúdica e envolvente.
