“Aprendendo sobre Agentes Exógenos do Relevo de Forma Lúdica”
Este plano de aula foi elaborado com enfoque na temática referente aos agentes exógenos ou externos do relevo. Com o intuito de promover o aprendizado significativo e lúdico, a proposta é envolver as crianças em atividades práticas, proporcionando uma compreensão inicial sobre como diferentes fatores naturais e sociais atuam na transformação do relevo terrestre. É essencial que as abordagens sejam interativas, despertando a curiosidade e o interesse dos pequenos alunos, ajudando-os na formação de uma visão crítica em relação ao mundo ao seu redor.
A aula será conduzida de forma a estimular a experiência sensorial das crianças, utilizando brincadeiras que envolvam movimentos corporais e a utilização de diversos materiais, o que favorece tanto a aprendizagem cognitiva quanto a emocional e social. Para que as crianças pequenas compreendam de maneira adequada, serão priorizados jogos e atividades que incentivem a expressão e a colaboração entre os pares, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) atinentes a esta faixa etária.
Tema: Agentes exógenos ou externos do relevo
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos a 5 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Proporcionar às crianças pequenas uma compreensão simplificada sobre os agentes exógenos do relevo, desenvolvendo a capacidade de observação do ambiente e promovendo a cooperação e interação entre seus pares de forma lúdica e criativa.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a expressão corporal através de brincadeiras que simulem a ação dos agentes que modelam o relevo.
– Fomentar a cooperação e o trabalho em grupo por meio de atividades que exijam participação coletiva.
– Promover a criatividade ao permitir que as crianças utilizem diferentes materiais para representar o relevo e suas transformações.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Cartolinas de diversas cores.
– Materiais para colagem (papéis coloridos, algodão, tesouras, colas).
– Objetos naturais que representam diferentes agentes, como pedras, areia e água.
– Música para acompanhamento das atividades, preferencialmente com ritmos animados que estimulam o movimento.
– Tinta atóxica e pincéis para pintura com as mãos.
Situações Problema:
Como os diferentes agentes exógenos mudam o relevo ao nosso redor? O que acontece quando a água escorre por uma superfície? Que formas podemos criar com materiais que imitam a natureza?
Contextualização:
As crianças vivenciam diariamente fenômenos como chuva, vento e sol, mas muitas vezes não relacionam esses eventos com mudanças no ambiente. O espaço onde vivem, os parques e os trajetos que utilizam podem ser um campo riquíssimo para observações. Assim, neste plano, faremos uma conexão direta entre esses fenômenos e as suas representações, de maneira que possam entender de forma lúdica e significativa a atuação destes agentes.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula fazendo uma roda com as crianças, onde será apresentado o tema de maneira lúdica. O professor iniciará falando sobre a transformação do relevo e como a natureza interfere nesse cenário, buscando sempre relacionar com a vivência delas. É importante que se utilizem palavras simples e exemplos próximos da realidade delas, despertando a curiosidade.
A próxima parte consistirá em atividades práticas que simulem a ação dos agentes exógenos do relevo. As crianças serão divididas em pequenos grupos e receberão diferentes materiais, como areia e água, e terão a missão de “modelar” um relevo. Ao final, cada grupo apresentará para a turma seu trabalho, explicando qual agente atuou no processo e como isso pode acontecer na natureza.
Atividades sugeridas:
1. Construção do relevo.
Objetivo: Compreender como a água e a areia podem moldar o relevo.
Descrição: As crianças receberão materiais, como areia e água, e deverão criar um relevo em um recipiente. Deverão observar o efeito da água na areia ao fazer um deslizamento.
Materiais: Areia, água, recipientes, colher.
Sugestão de adaptação: Para crianças com dificuldades motoras, proporcionar recipientes menores ou assistência na manipulação dos materiais.
2. Pintura com as mãos.
Objetivo: Expressar-se artisticamente e representar fenômenos naturais.
Descrição: A atividade será desenvolvida utilizando tinta atóxica. Cada criança utilizará as mãos para criar uma paisagem onde os agentes exógenos estão atuando.
Materiais: Tinta atóxica, jornais para proteção, papel.
Sugestão de adaptação: Utilizar esponjas para crianças que preferem não usar as mãos diretamente ou que têm dificuldade com o toque da tinta.
3. Roda de conversa e dramatização.
Objetivo: Refletir sobre os agentes e seus impactos através de uma atividade de dramatização.
Descrição: Após a construção do relevo, as crianças farão uma roda de conversa, onde poderão falar sobre como cada agente atuou. Depois, será feito um pequeno teatro em que elas representam chuvas, ventos e outros fatores.
Materiais: Não se aplica.
Sugestão de adaptação: Para crianças mais tímidas, incentivar que participem em duplas ou grupos.
4. Brincadeira de faz de conta.
Objetivo: Estimular a criatividade e a imaginação em relação à mudança do relevo.
Descrição: As crianças utilizarão objetos e materiais diversos para criar um cenário de relevo, onde agirão como agentes modificadores.
Materiais: Brinquedos diversos, blocos de montar.
Sugestão de adaptação: Oferecer suporte a crianças que ainda não consigam se articular bem entre os jogos.
5. Caça aos agentes.
Objetivo: Promover a observação do ambiente e identificação dos agentes exógenos.
Descrição: A turma será levada para um pequeno passeio na escola ou no pátio, para que possam observar e identificar sinais dos agentes exógenos.
Materiais: Lápis e caderno de anotações.
Sugestão de adaptação: Para crianças que não se sintam à vontade em passeios, realizar no ambiente da sala de aula com imagens.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, o professor pode conduzir uma discussão em grupo sobre o que cada criança aprendeu. Questões como “O que vocês sentiram ao criar seu relevo?” e “Como a chuva pode mudar um lugar?” podem gerar um rico debate.
Perguntas:
– Quais agentes já vimos durante a aula?
– Como você acha que a chuva pode afetar o caminho que você anda todos os dias?
– O que você acha que aconteceria se não existisse vento ou água?
Avaliação:
A avaliação será processual e formativa, observando a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades. O professor poderá anotar suas observações sobre o trabalho em grupo e a expressividade nas atividades.
Encerramento:
Para encerrar a aula, será realizada uma roda final, onde as crianças poderão compartilhar suas experiencias e emoções sentidas ao longo das atividades. Além disso, deve-se reforçar os conceitos discutidos de maneira simples e significativa.
Dicas:
– Adapte a atividade conforme as necessidades individuais de cada criança, respeitando seus ritmos e capacidades.
– Utilize canções e músicas relacionadas a fenômenos da natureza para incentivar o engajamento.
– Ofereça sempre feedback positivo para as crianças, mesmo que as produções não sigam padrões estéticos.
Texto sobre o tema:
Os agentes exógenos são processos e organismos que atuam sobre a superfície terrestre, causando mudanças no relevo. Exemplos de agentes exógenos incluem a água, o vento e os seres vivos. A água, por exemplo, pode moldar a terra através da erosão e sedimentação, enquanto o vento pode mover pequenos grãos de areia, alterando o aspecto de determinadas áreas. Para as crianças, entender esses agentes é fundamental para desenvolver uma consciência ambiental. Brincadeiras e atividades lúdicas que exploram a observação e a experimentação favorecem o aprendizado significativa, estimulando a curiosidade e a investigação.
Além disso, as crianças têm uma forte conexão com o ambiente que as rodeia. Ao explorarem a natureza, elas não apenas observam as mudanças, mas também começam a perceber a importância de cuidar do planeta e das transformações que nele ocorrem. Experiências em grupo reforçam a socialização e o respeito pelas diferenças, fundamentais na infância. Durante essas atividades, a criança pode se comportar como um pequeno cientista, observando, questionando e ajudando a construir conhecimento.
Por fim, as aulas que utilizam o lúdico e a criatividade como ferramentas para ensinar conceitos complexos, como os agentes de transformação do relevo, não apenas tornam o aprendizado mais divertido, mas também facilitam a assimilação do conteúdo, desenvolvendo assim uma consciência crítica e participativa nas crianças. Oferecer oportunidades de explorarem, expressarem-se e interagirem reforça habilidades essenciais que serão levadas para a vida toda.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula desenvolvido pode ser uma porta de entrada para outras abordagens e tópicos relacionados ao meio ambiente. Por exemplo, os educadores podem expandir a discussão sobre os agentes exógenos em atividades sobre a preservação dos recursos naturais e o impacto das ações humanas no meio ambiente. É importante conectar o conceito discutido em sala de aula com realidades locais, ajudando as crianças a entender como o meio em que vivem é influenciado por diferentes fatores.
Outro desdobramento interessante seria realizar um projeto em que as crianças criam um pequeno “jardim da escola”, onde possam observar ao vivo como as plantas, a água e os outros agentes exógenos atuam no crescimento e desenvolvimento da flora. Essa prática não só aprofundaria o entendimento sobre os agentes, mas também promoveria a responsabilidade ambiental e o cuidado pelo espaço coletivo.
Finalmente, o envolvimento dos responsáveis é crucial para dar continuidade ao aprendizado. Os educadores podem propor atividades a serem realizadas em casa, como caminhadas com as famílias em parques ou locais naturais, incentivando as crianças a observar as transformações no relevo e a discutir essas observações com seus familiares, criando assim uma rede de aprendizado que vai além da sala de aula.
Orientações finais sobre o plano:
O sucesso do plano de aula depende bastante do planejamento e da flexibilidade que o professor tem para adaptar suas atividades à realidade da turma. É fundamental que o educador esteja atento ao ritmo e às reações das crianças, ajustando as propostas quando necessário para garantir que todos possam participar de maneira prazerosa e efetiva. Além disso, é importante estimular a autonomia das crianças, encorajando-as a expressar suas ideias e sentimentos sobre o que estão vivenciando.
As interações entre os alunos devem ser valorizadas, promovendo um ambiente acolhedor onde todos se sintam à vontade para se comunicar. Isso reforça o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, tão importantes nessa fase de formação. Ao encorajar valores como empatia, cooperação e respeito às diferenças, os educadores estarão contribuindo não apenas para a formação intelectual das crianças, mas para a construção de um ambiente escolar mais harmonioso.
Ao final do plano, é imprescindível realizar uma reflexão sobre a eficácia da aula. O que funcionou bem? O que pode ser ajustado? Essas perguntas ajudarão os educadores a evoluirem em suas práticas pedagógicas, oferecendo sempre o melhor aprendizado para seus alunos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Busca do tesouro natural.
Objetivo: Trabalhar a observação e identificação de diferentes tipos de elementos naturais que atuam como agentes exógenos.
Materiais: Sacos ou caixas para coleta, lista de itens (pedras, folhas, areia).
Modo de condução: Propor uma atividade ao ar livre onde as crianças terão que coletar diferentes elementos e, em grupos, discutir como cada um pode afetar o relevo. A atividade pode ser ampliada com uma “exposição” dos coletados na sala, onde elas expõem seus conhecimentos.
2. Teatro dos agentes.
Objetivo: Usar a dramatização para representar os agentes exógenos e suas funções.
Materiais: Fantasias simples ou objetos que representem os agentes (por exemplo, uma toalha como “água”).
Modo de condução: Dividir a turma em grupos e permitir que cada um crie uma pequena peça de teatro onde simule os efeitos de um agente exógeno sobre o relevo, como a água moldando a terra.
3. Experiência artística com argila.
Objetivo: Representar a modelagem do relevo com argila.
Materiais: Argila ou massinha de modelar.
Modo de condução: Com a argila, as crianças deverão criar montanhas, vales e outros relevos, introduzindo de forma lúdica como a água e o vento poderiam moldá-los e transformá-los.
4. Corrida dos elementos.
Objetivo: Estabelecer uma relação entre mobilidade e a ação dos agentes.
Materiais: Pequenos objetos representando agentes (bolinhas para vento, garrafinhas de água).
Modo de condução: Os alunos se revezarão para realizar uma corrida onde terão que levar os “agentes exógenos” de um ponto ao outro, explicando em cada parada como o item contribui para a transformação do relevo.
5. Construindo um terrário.
Objetivo: Criar e observar um mini-ecossistema que representa a interação de agentes e o relevo.
Materiais: Frascos de vidro, terra, pequenas plantas, pedras.
Modo de condução: As crianças participarão montando um terrário e discutindo como a água irá afetar sua evolução, ligando novamente o conceito ao relevo e os agentes exógenos.
Com estas propostas, visa-se garantir que as crianças compreendam a importância dos agentes exógenos na formação do relevo terrestre de uma maneira divertida e envolvente, estimulando seu interesse pela descoberta e pelo aprendizado sobre o mundo natural ao seu redor.