“Aprendendo Números de Forma Lúdica: Inclusão no Ensino”

A proposta deste plano de aula é promover a interação dos alunos com os números de uma forma lúdica e descontraída. Neste contexto, especialmente para alunos autistas, é fundamental que as atividades sejam pensadas para atender às suas necessidades específicas, considerando seus interesses e formas de interação. O plano busca desenvolver habilidades matemáticas essenciais, sempre utilizando métodos que estimulem a participação de todos e que respeitem o ritmo individual dos estudantes.

As estratégias escolhidas estão alinhadas com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e têm como objetivo principal trabalhar com as brincadeiras que envolvem números, tornando o aprendizado significativo e prazeroso para as crianças. Além disso, as atividades propostas devem ser adaptadas conforme necessário para atender às especificidades dos alunos autistas, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor.

Tema: Brincando com os Números
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 7 anos

Objetivo Geral:

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Estimular o entendimento e a familiarização com os números e suas quantidades, por meio de atividades lúdicas que promovam a interação social e a construção de conhecimento de forma divertida.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a contagem e a comparação de quantidades entre diferentes grupos de objetos.
– Familiarizar os alunos com a representação simbólica dos números.
– Promover a socialização e a comunicação entre os alunos, respeitando as peculiaridades de cada um.
– Incentivar a resolução de problemas simples envolvendo adição e subtração.

Habilidades BNCC:

– (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas.
– (EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o pareamento e outros agrupamentos.
– (EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver problemas.

Materiais Necessários:

– Jogos de tabuleiro temáticos que envolvam a contagem de números.
– Objetos manipuláveis (como blocos, botões ou pedras coloridas) para contagens.
– Cartões numerados para atividades de identificação e comparação.
– Papel e materiais para desenho e pintura.
– Materiais de artesanato para criar jogos (como colas, tesouras e papel).

Situações Problema:

– Apresentar um jogo onde os alunos devem contar quantas peças estão em uma caixa e representá-las com números.
– Propor a situação de fazer um piquenique, onde os alunos devem contar quantos itens (sanduíches, frutas, bebidas) levar.

Contextualização:

Os números estão presentes em diversas situações do nosso cotidiano, e aprendê-los de forma divertida pode trazer mais alegria e interesse aos alunos. Reconhecer quantidades e ser capaz de realizar adições e subtrações simples são habilidades fundamentais que os acompanham durante toda a vida escolar e pessoal.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos):
– Iniciar a aula com uma breve conversa sobre o que são números e onde encontramos números no nosso dia a dia (ex: casas, preços, idades). Incentivar os alunos a compartilharem exemplos dessa realidade.

2. Apresentação dos Materiais (5 minutos):
– Mostrar os objetos que serão utilizados nas atividades, para que os alunos se familiarizem com o material e se sintam a vontade para utilizá-los.

3. Atividade 1 – Jogo de Contagem (15 minutos):
– Dividir os alunos em grupos pequenos e entregar a cada grupo uma quantidade específica de objetos. Cada grupo deve contar seus objetos e registrar o número no cartão.
– Adaptar a atividade para alunos autistas, permitindo que utilizem a correspondência de objetos (um a um), facilitando a contagem.

4. Atividade 2 – Caça aos Números (15 minutos):
– Espalhar cartões numerados pela sala. Os alunos deverão encontrá-los e trazê-los de volta ao professor, onde deverão dizer em voz alta o número encontrado, estimulando a fala e a interação social.

5. Atividade 3 – Criação de Números em Arte (10 minutos):
– Utilizar papéis e materiais de artesanato para que os alunos criem suas representações numéricas (ex: desenhando o número 3 com 3 bengalas de papel).

Atividades sugeridas:

1. Contando Histórias
– Objetivo: Incentivar a contagem e a sequência numérica.
– Descrição: Criar uma história em que os alunos tenham que contar objetos de forma interativa.
– Instruções: Durante a leitura, parar em momentos para que os alunos contem objetos feitos de brincadeira, como “quantas frutas tinha na cesta?”
– Materiais: Livro de histórias com ilustrações ricas.

2. Jogo da Memória Numérica
– Objetivo: Desenvolver a memória e a visualização numérica.
– Descrição: Criar cartas com números e suas representações gráficas e colocá-las viradas para baixo.
– Instruções: Os alunos devem virar as cartas para encontrar os pares. Adaptar para que cada aluno possa explicar a combinação feita.
– Materiais: Cartas com números e objetos representados.

3. Piquenique Matemático
– Objetivo: Praticar contagem e comparação.
– Descrição: Planejar um piquenique onde os alunos “compram” itens com números.
– Instruções: Cada aluno deverá contar quantos itens vai precisar e anotá-los em uma ficha.
– Materiais: Fichas para anotações, itens de brinquedo para simulação.

4. Dança dos Números
– Objetivo: Associar números a ações de movimento.
– Descrição: Os alunos dançarão enquanto seguram números. O professor dirá diferentes instruções para grupos de números.
– Instruções: Por exemplo, “quem tem o número 4 deve pular”, “quem tem o número 1 deve girar”.
– Materiais: Números em papel ou cartolina.

5. Desenho Coletivo
– Objetivo: Estimular a coordenação e a criatividade.
– Descrição: Criar um mural coletivo onde cada aluno deve desenhar um número e adicionar quantos objetos correspondam a esse número.
– Instruções: Trabalhar cooperativamente para fazer um grande mural da sala.
– Materiais: Papeis de diversos tamanhos, lápis de cor e tecido.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, realizar uma roda de conversa onde os alunos possam compartilhar o que aprenderam com os números, qual foi a atividade que mais gostaram e como se sentiram durante as atividades.

Perguntas:

– Qual foi a quantidade que você contou hoje?
– Como podemos usar os números em nossas vidas?
– O que você mais gostou de fazer e por quê?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas atividades, a comunicação entre eles e a capacidade de realizar as contagens de forma correta. Anotar as dificuldades e os pontos fortes de cada aluno para relacionar ao planejamento futuro.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma dinâmica de agradecimento, onde cada aluno poderá dizer um número e algo que ele representa para cada um. Reforçar a ideia de que os números fazem parte do nosso cotidiano e que aprendemos de forma divertida.

Dicas:

– Sempre autorizar a repetição das atividades, pois isso pode ajudar alunos autistas a se sentirem mais seguros.
– Ter atenção redobrada com alunos que precisam de mais tempo ou apoio.
– Estimular a comunicação e a colaboração entre os alunos durante as atividades.

Texto sobre o tema:

O aprendizado dos números é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças, e a brincadeira é uma poderosa ferramenta nesse processo. Brincar com números não é apenas sobre contar, mas também sobre descobrir novas formas de pensar e raciocinar. Neste contexto, a Matemática se transforma em um mundo onde os alunos podem explorar, criar e se divertir.

Os números vão além do que se vê à primeira vista; eles são presságios de histórias, representações de realidades e os guias para a resolução de problemas que surgem ao longo do dia. Com jogos e brincadeiras que envolvem números, as crianças aprendem a humanidade dos números, sua relação com o cotidiano e o poder que eles têm na formação de ideias mais complexas, permitindo que as crianças se tornem não apenas adeptas da contagem, mas pensadores críticos sobre o que os números representam em suas vidas.

No contexto da educação inclusiva, as atividades com números devem ser cuidadosamente adaptadas às necessidades de todos os alunos, em especial aqueles com autismo. Isso implica observar, ouvir e respeitar cada criança e suas particularidades. Quanto mais envolvente e significativa puder ser a experiência, maiores serão as chances de cada um deles se apaixonar pelo universo da Matemática e pela magia que o aprendizado pode oferecer.

Desdobramentos do plano:

A continuidade do plano pode ser explorada através de diversas abordagens, onde os alunos tenham a oportunidade de aprofundar ainda mais suas relações com os números. Uma sugestão é criar um “Diário dos Números”, onde as crianças possam registrar suas descobertas diárias sobre quantidades e contagens que observam no dia a dia. Isso promove não apenas a prática matemática, mas também a escrita e a reflexão sobre suas aprendizagens.

Além disso, é possível realizar atividades interativas que envolvam os pais, criando uma conexão entre o que acontece na sala de aula e o lar. Atividades como “número da semana” podem incentivar as famílias a envolverem-se na prática de contagens e jogos numéricos em casa, reforçando a aprendizagem de forma integrada e contínua.

Por fim, pensar em uma apresentação do que foi aprendido para a comunidade escolar pode ser uma maneira efetiva de desenvolver a autoconfiança dos alunos. Criar um dia de “apresentação dos Números” onde as crianças mostram suas atividades, experiências e contagens para outros alunos e professores, pode contribuir para um aprendizado significativo e para um ambiente escolar ainda mais inclusivo.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que o professor se mantenha flexível durante a execução do plano, adaptando as atividades conforme as demandas do grupo. Algumas crianças podem precisar de mais tempo para entender conceitos, enquanto outras podem já ter conexões mais avançadas com a Matemática. Estar atento às reações dos alunos e modificar a velocidade e a complexidade das atividades será crucial para o sucesso do aprendizado.

O ambiente de aprendizagem deve ser acolhedor e seguro, permitindo que cada aluno se sinta à vontade para participar e expressar suas ideias. Criar um espaço visualmente estimulante, onde os números estão representados de várias formas e contextos, pode incentivar a curiosidade e o engajamento.

Por fim, lembre-se de que o brincar é essencial e essas interações devem sempre ser vistas como um caminho para o aprendizado. Celebrar as conquistas, mesmo as pequenas, gera um clima de confiança e satisfação nos alunos. Isso transforma não apenas a percepção sobre a Matemática, mas também sobre todo o processo educativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Número:
– Objetivo: Promover a identificação numérica. Os alunos saem em busca de números espalhados pela escola e devem registrar cada um que encontrarem.

2. Estimativa Sensível:
– Objetivo: Trabalhar as estimativas. Crie potes com diferentes objetos (por exemplo, bolinhas) e os alunos devem estimar quantas estão em cada um.

3. Construção de um Mural dos Números:
– Objetivo: Estimular a criatividade e o trabalho em equipe. Em grupos, os alunos criam um mural onde cada um representa um número com desenhos e colagens.

4. Jogos de Tabuleiro Interativos:
– Objetivo: Praticar subtração e adição. Utilize jogos de tabuleiro adaptados onde os alunos precisam usar dados para avançar, contando as casas.

5. Caminhada Matemática:
– Objetivo: Integrar matemática e atividade física. Em um percurso na escola, os alunos devem contar quantos passos dão até chegar em determinado ponto e representar essa quantidade numericamente.

Com esses o planejamento adequado e a execução cuidadosa das atividades, torna-se possível que a aprendizagem de Matemática seja não apenas informativa, mas também divertida e inclusiva para todos os alunos.