“Aprendendo Música com Sons Corporais no 3º Ano do Ensino Fundamental”
Este plano de aula tem como foco a valorização da expressão corporal através do desenvolvimento de composições coletivas utilizando sons corporais como palmas, batidas e estalos. A ideia central é proporcionar aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental uma experiência prática e cheia de criatividade onde o corpo é o principal instrumento musical. Através de atividades dinâmicas e envolventes, as crianças terão a oportunidade de explorar diversos aspectos da musicalidade e da expressão artística de maneira lúdica.
A aula se pautará na colaboração e na construção conjunta de ritmos e sons, promovendo a escuta ativa e a integração social entre os estudantes. Ao final da atividade, os alunos não apenas aprenderão sobre os ritmos e a musicalidade, mas também desenvolverão habilidades sociais e comunicativas que são essenciais no ambiente escolar e na vida em sociedade.
Tema: Composições Coletivas com Sons Corporais
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
Promover a construção de composições musicais utilizando sons corporais e desenvolver a expressão corporal como forma de arte e comunicação.
Objetivos Específicos:
1. Identificar e aplicar diferentes sons corporais (palmas, batidas e estalos) nas composições coletivas.
2. Desenvolver a coordenação motora e o ritmo através da prática com sons corporais.
3. Estimular a criação coletiva e a valorização do trabalho em equipe.
4. Refletir sobre a importância da expressão artística na comunicação e nas interações sociais.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.) por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas.
– (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características de instrumentos variados, inclusive sons corporais.
– (EF15AR17) Experimentar improvisações e composições utilizando sons corporais de modo coletivo e colaborativo.
Materiais Necessários:
– Ambiente com espaço livre para movimentação.
– Materiais para anotações (quadro, canetas ou papel).
– Caixa de som ou aparelho de som (opcional) para tocar músicas que possam inspirar os ritmos.
Situações Problema:
– Como podemos criar sons utilizando apenas nosso corpo?
– De que formas a colaboração pode nos ajudar a compor juntos?
– Qual o papel da expressão corporal na música?
Contextualização:
A expressão musical é uma parte fundamental da cultura humana e pode ser manifestada de diversas maneiras, incluindo a utilização do corpo como instrumento. O uso de sons corporais não apenas ajuda a desenvolver habilidades rítmicas, mas também promove a conexão social entre os participantes. A aula auxiliará os estudantes a entenderem como podem se expressar musicalmente, utilizando-se de sons que estão sempre à mão.
Desenvolvimento:
1. Início da aula (10 minutos):
– Apresentação do tema e dos objetivos da aula.
– Discussão sobre sons corporais: o que são e como podemos usá-los na música.
– Demonstração de diferentes sons corporais como palmas, estalos e batidas.
2. Formação de grupos (5 minutos):
– Dividir a turma em grupos de 4 a 5 alunos.
– Atribuir a cada grupo a tarefa de criar um pequeno ritmo utilizando sons corporais.
3. Criação dos ritmos (15 minutos):
– Orientar os alunos a explorar diferentes combinações de sons.
– Os alunos devem se organizar para que todos possam participar e contribuir.
4. Apresentação dos ritmos (15 minutos):
– Cada grupo se apresenta para os demais, demonstrando seu ritmo.
– Após cada apresentação, promover uma breve reflexão sobre o que funcionou bem e o que poderia ser melhorado.
5. Fechamento da aula (5 minutos):
– Reforçar a importância da colaboração e da expressão corporal.
– Conduzir uma breve conversa sobre o que aprenderam e como se sentiram durante a atividade.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de aquecimento (1º dia):
– Objetivo: Preparar o corpo para a atividade musical.
– Descrição: Realizar movimentos suaves que incentivem a consciência corporal.
– Instruções: Solicite que os alunos levantem os braços, movam as pernas e façam sons de imitação (ex: imitar um animal) para desinibir.
– Materiais: Música suave para embalar os movimentos.
2. Jogos de ritmo (2º dia):
– Objetivo: Desenvolver ritmo e sincronia.
– Descrição: Jogar “batida à resposta”, onde o professor faz um som e os alunos têm que replicar.
– Instruções: O professor inicia simplesmente e vai aumentando a complexidade dos ritmos.
– Materiais: Não são necessários materiais, basta corpo e disposição.
3. Criação de uma história musical (3º dia):
– Objetivo: Criar uma composição que conte uma história.
– Descrição: A cada parte da história, os alunos devem criar um som que represente essa parte.
– Instruções: Orientar os alunos a apresentar a história por meio de sons e movimentos.
– Materiais: Papel para anotações.
4. Roda de compartilhamento (4º dia):
– Objetivo: Refletir sobre o que aprenderam até agora.
– Descrição: Criar um espaço circle time onde os alunos compartilham o que mais gostaram nas atividades.
– Instruções: Perguntas podem ser feitas para facilitar o diálogo.
– Materiais: Nenhum material específico.
5. Montagem final da composição (5º dia):
– Objetivo: Unir todos os ritmos/criações em uma apresentação.
– Descrição: Realizar uma apresentação final onde cada grupo contribui com o seu som.
– Instruções: Organizar os grupos para que se apresentem de forma sequencial e ensaiar a transição entre os grupos para que tudo fique harmônico.
– Materiais: Caixas de som (opcional) para introduzir elementos de músicas externas se desejado.
Discussão em Grupo:
– Quais sons foram mais interessantes de criar?
– Como foi trabalhar em grupo? O que aprenderam com as opiniões dos colegas?
– De que forma a música pode expressar emoções?
Perguntas:
– Como vocês descreveriam a sensação de usar apenas o corpo para criar música?
– O que foi mais desafiador na construção dos ritmos?
– Como a experiência de trabalhar em equipe ajudou na criação musical?
Avaliação:
A avaliação será contínua e acontecerá durante o processo de criação e apresentação. O professor observará a participação dos alunos, a colaboração em grupo e a capacidade deles em usar a expressão corporal. Ao final, um feedback coletivo será dado, destacando pontos positivos e sugestões de melhorias.
Encerramento:
Finalizar a aula lembrando aos alunos sobre a importância da expressão auditiva e corporal e como são capazes de criar música com o próprio corpo. Incentivar que levem a experiência para casa, criando ritmos com amigos e familiares.
Dicas:
1. Introduza o tema de forma lúdica com músicas que incentivem as crianças a dançar e se mover.
2. Utilize a variedade de sons no ambiente, como o som de batidas em diferentes superfícies.
3. Esteja sempre aberto a adaptações nas atividades conforme a dinâmica da turma, respeitando a individualidade de cada aluno.
Texto sobre o tema:
A expressão musical através de sons corporais é uma prática que se tem mostrado cada vez mais presente nas salas de aula, pois promove experiências ricas em criatividade e autonomia. O corpo humano é um instrumento poderoso que, quando explorado, pode produzir uma gama infinita de sons e ritmos. Essa forma de expressão além de ser acessível, permite que todos os alunos participem ativamente e descubram suas potencialidades, independentemente de habilidades musicais prévias.
Ao utilizar sons corporais, estamos também resgatando elementos culturais que estão imersos na formação identitária dos alunos. Cada batida mora em suas raízes, cada estalo tem uma história a contar. Portanto, a valorização desses sons não diz respeito apenas à música, mas à história pessoal de cada estudante e à formação de um ambiente colaborativo e respeitoso.
O processo de criação coletiva permite que os estudantes experimentem a música de uma maneira que vai além da teoria. Ao compor juntos, eles aprendem a ouvir e valorar as ideias uns dos outros, construindo não apenas ritmos, mas também conexões sociais. Essa dinâmica fomentada pela interação mútua gera um ambiente de aprendizado onde todos podem se sentir acolhidos e à vontade para se expressar.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos desse plano de aula podem ser diversos e significativos para o aprendizado dos alunos. Primeiramente, o uso da expressão corporal como ferramenta musical abre portas para a inserção de outras linguagens artísticas, como a dança e o teatro, que podem ser exploradas em aulas futuras. A transição entre as diferentes formas de arte pode enriquecer a percepção estética dos alunos e permitir uma compreensão mais ampla da arte em suas variadas dimensões.
Além disso, ao promover a criação conjunta de composições, os alunos não apenas desenvolvem habilidades rítmicas, mas também habilidades sociais essenciais, como a escuta ativa, o respeito pela opinião alheia e o trabalho em equipe. Esses aspectos são fundamentais para a formação de cidadãos críticos e participativos, capazes de dialogar e interagir com a diversidade que os cerca.
Finalmente, a proposta pode ser expandida para envolver outras matérias, como Língua Portuguesa, onde os alunos poderiam criar letras de músicas baseadas em suas composições corporais, assim também poderiam explorar a Matemática com o estudo de ritmos e padrões. Essa interdisciplinaridade potencializa o aprendizado e mostra aos alunos que a arte e a música não estão isoladas, mas sim conectadas a diversas áreas do conhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar esse plano, é importante que o professor utilize uma abordagem flexível e adaptável, respeitando o ritmo e as necessidades da turma. A inclusão de todos os alunos deve ser uma prioridade, buscando sempre a participação equitativa. Valorizando as pequenas conquistas e incentivando a experimentação, o educador pode transformar a aula em um espaço seguro e estimulante.
Além disso, as interações que surgem durante as atividades são tão importantes quanto o conteúdo em si. Estar atento às emoções e reações dos alunos permitirá uma condução mais eficaz das dinâmicas, respeitando as individualidades e promovendo um ambiente harmonioso. As reflexões pós-aula são imprescindíveis para enriquecer o aprendizado, elas permitem que o professor compreenda como cada aluno se sentiu e quais foram suas contribuições para o grupo.
Por fim, encorajar os alunos a levarem as experiências práticas para fora da sala de aula pode ser muito enriquecedor. Criar uma cultura de música e expressões corporais na escola nunca se limita a uma única aula, mas abre caminhos para outras atividades e eventos que promovam a arte e a cultura como pilares na formação dos estudantes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Ritmo dos Animais (para todas as idades): Os alunos devem imitar os sons de diferentes animais com seus corpos. Cada animal gera um “instrumento” único, e os alunos podem criar uma orquestra animal, misturando os sons correspondentes.
2. Dança das Emoções (para crianças maiores): Cada aluno escolherá uma emoção e a expressará em movimentos e sons. O grupo precisa adivinhar a emoção representada, promovendo um diálogo sobre como as emoções se manifestam fisicamente.
3. Contando Histórias Musicais (educação infantil): Criar uma história simples em grupo onde cada página é marcada por um som corporal específico, ajudando os alunos a se orientarem com a narrativa e a música.
4. Sonho de Som (educação fundamental): Os alunos serão divididos em grupos e devem criar músicas para uma história que escolherem. A representação sonora é feita juntamente com a narração, criando um espetáculo.
5. Maratona de Ritmos (para turmas mais velhas): Organização de uma competição amistosa em grupos onde cada equipe cria um ritmo corporal original e os outros grupos devem tentar replicá-lo o mais fielmente possível.
Essas sugestões visam não apenas proporcionar aprendizado, mas também garantir que a prática seja sempre interativa e divertida, atraindo e estimulando a participação ativa de todos os alunos.


