“Aprendendo Matemática de Forma Divertida com o Jogo dos Restos”
A proposta deste plano de aula é criar um ambiente de aprendizado dinâmico e colaborativo para os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, utilizando como base o jogo dos restos. Essa atividade lúdica é ideal para desenvolver várias habilidades essenciais, promover a interação entre os alunos e facilitar a aprendizagem de forma engajadora. Ao envolver os estudantes nessa metodologia ativa, eles se tornam protagonistas de seu aprendizado e têm a oportunidade de explorar conceitos de forma prática e divertida.
Tema: Jogo dos Restos
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 13 a 15 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a capacidade de resolução de problemas de forma lúdica, utilizando o jogo dos restos como ferramenta de aprendizado, promovendo a interação social e o pensamento crítico.
Objetivos Específicos:
– Promover a interação entre os alunos através de atividades em grupo.
– Estimular a criatividade e a colaboração na resolução de situações problemas.
– Desenvolver habilidades de análise crítica e sistematização de informações.
– Aplicar conceitos matemáticos e de linguagem de forma prática.
Habilidades BNCC:
– (EF07LP01) Distinguir diferentes propostas editoriais, de forma a identificar os recursos utilizados para impactar o leitor.
– (EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das orações.
– (EF07MA01) Resolver e elaborar problemas com números naturais, envolvendo as noções de divisor e de múltiplo, podendo incluir máximo divisor comum ou mínimo múltiplo comum, por meio de estratégias diversas.
Materiais Necessários:
– Cartas ou cartões com números.
– Lápis e papel para anotações.
– Quadro e marcadores para anotar regras.
– Recursos audiovisuais para introdução e interação (se disponível).
Situações Problema:
– Como utilizar o jogo dos restos para resolver problemas cotidianos que envolvam divisões e múltiplos?
– De que forma a colaboração em grupo pode facilitar a resolução de um desafio proposital?
Contextualização:
O jogo dos restos é uma atividade que promove não apenas a prática de matemática, mas também o desenvolvimento de habilidades como comunicação e trabalho em equipe. Interligando a teoria com a prática, os alunos poderão compreender melhor o conceito de divisores e múltiplos de forma lúdica. Essa prática se encaixa perfeitamente nas demandas da BNCC, que enfatiza a importância de metodologias ativas.
Desenvolvimento:
A atividade será estruturada em duas aulas. Na primeira aula, o docente introduzirá o jogo e explicará as regras e conteúdos envolvidos. Na segunda aula, os alunos jogarão em grupos, discutindo estratégias e resolvendo problemas adaptados à sua realidade.
1ª Aula:
– Iniciar a aula com uma breve introdução sobre o que é o jogo dos restos e quais os objetivos dessa atividade.
– Explicar as regras do jogo: como os jogadores devem fazer para ganhar, que estratégias podem usar e como registrar os resultados.
– Formar grupos de 4 a 5 alunos e distribuir os materiais necessários.
– Demonstrar um exemplo de jogo utilizando o quadro.
– Dar tempo aos grupos para discutir estratégias e fazer uma rodada de jogo, onde todos devem participar.
2ª Aula:
– Retomar o que foi aprendido na aula anterior e discutir a importância do trabalho em equipe.
– Propor que cada grupo crie uma apresentação breve sobre a estratégia que utilizaram.
– Realizar novas rodadas do jogo, incentivando mudanças nas estratégias utilizadas pelos grupos para ver como eles evoluem no entendimento do conteúdo.
– Ao final, permitir que os grupos compartilhem suas experiências e aprendizados.
Atividades sugeridas:
Após as aulascom o jogo, sugerimos as seguintes atividades para serem desenvolvidas ao longo da semana, complementando o aprendizado:
1. Criação de Problemas
Objetivo: Estimular a criatividade e a habilidade de resolver problemas.
Descrição: Cada grupo deve criar 3 problemas matemáticos que envolvam divisores e múltiplos com base na dinâmica do jogo dos restos.
Instruções: Os alunos devem apresentar os problemas criados para a turma e discuti-los, explicando como podem ser resolvidos.
Materiais: Lápis, papel, quadro para escrita.
2. Relatório do Jogo
Objetivo: Desenvolver habilidades de escrita e síntese.
Descrição: Os alunos devem escrever um pequeno relatório sobre suas experiências, estratégias utilizadas e o que aprenderam através do jogo.
Instruções: Este relatório deve incluir o que foi mais fácil ou difícil durante o jogo.
Materiais: Lápis e papel.
3. Apresentação de Estratégias
Objetivo: Incentivar a comunicação e a síntese de informações.
Descrição: Cada grupo deve presentar sua estratégia em um formato criativo (como uma apresentação digital ou cartaz).
Instruções: Devem explicar como a estratégia ajuda a ganhar o jogo.
Materiais: Computadores, projetores (se disponíveis), papel para cartazes.
4. Debate sobre Divisão e Múltiplos
Objetivo: Aprofundar o entendimento sobre o tema.
Descrição: Organizar um debate sobre a importância de divisores e múltiplos em situações do dia a dia.
Instruções: Dividir a turma em grupos que defendam pontos de vista diferentes sobre a relevância do assunto.
Materiais: Quadro, marcadores.
5. Jogo de Tabuleiro
Objetivo: Reforçar conceitos aprendidos.
Descrição: Criar um tabuleiro que represente a dinâmica do jogo dos restos e que pode ser jogado fora da sala de aula.
Instruções: Ao final, os alunos deverão levar o tabuleiro para casa e jogar com amigos ou familiares, trazendo o feedback na próxima aula.
Materiais: Cartolina, lápis, dados.
Discussão em Grupo:
Ao final da segunda aula, realizar uma discussão em grupo onde os alunos possam compartilhar suas experiências. Perguntar o que aprenderam sobre divisão e múltiplos e como essas operações estão presentes em situações da vida real.
Perguntas:
1. Como o jogo dos restos ajudou você a entender melhor divisores e múltiplos?
2. Quais estratégias foram mais eficazes para seu grupo?
3. Você acredita que jogos podem ser uma ferramenta eficaz para o aprendizado de matemática? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será feita com base na participação dos alunos no jogo, nas atividades escritas e nos relatórios. O professor pode aplicar um questionário para verificar os conceitos adquiridos.
Encerramento:
Ao final da segunda aula, o professor deve enfatizar a importância do aprendizado de conceitos matemáticos e como eles podem ser aplicados em situações práticas do dia a dia. Agradecer a participação de todos e reforçar a ideia de que a colaboração é fundamental para a aprendizagem.
Dicas:
– Contextualizar as atividades de acordo com o interesse dos alunos pode aumentar o engajamento.
– Incentivar a participação ativa dos alunos para que se sintam mais à vontade para compartilhar suas opiniões.
– Utilizar diversidade de metodologias na apresentação do conteúdo.
Texto sobre o tema:
O jogo dos restos é uma atividade que pode transcender as barreiras do aprendizado tradicional, levando a um entendimento mais profundo sobre a matemática através da prática e da interatividade. Em uma sociedade cada vez mais vislumbrada pelas tecnologias e novas metodologias de ensino, encontrar formas de engajar os estudantes no aprendizado se torna cada vez mais essencial. Jogos focados em conceitos como divisores e múltiplos não apenas tornam a aula mais divertida, mas também oferecem uma oportunidade valiosa para que os alunos pratiquem habilidades de resolução de problemas, promoção de teamwork e desenvolvimento de estratégias criativas para enfrentar desafios.
A lógica por trás do jogo sublinha a importância do raciocínio lógico e da matemática em contextos reais. Cada vez que uma criança se depara com um jogo desse tipo, ela não está apenas jogando: ela está absorvendo conceitos fundamentais que poderão ser aplicados em situações cotidianas, seja ao planejar uma viagem, administrar as finanças de um projeto escolar ou, ainda, resolver um dilema matemático durante a prova. Os benefícios de métodos ativos de ensino, como o constituído pelo jogo dos restos, vão além do aprendizado da matéria em si; eles formam cidadãos críticos e colaborativos.
Em um mundo onde a informação é vasta e, muitas vezes, confusa, a formação de um indivíduo capaz de analisar criticamente o que está à sua volta se torna vital para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. Portanto, o uso de jogos nas escolas não deve ser visto apenas como uma forma de diversão, mas sim como uma oportunidade de inclusão e desenvolvimento de habilidades que serão vitais para o futuro dos alunos. Assim, eles não apenas aprimoram seus conhecimentos, como os tornam mais preparados para os desafios que virão.
Desdobramentos do plano:
Após a finalização deste plano de aula, é possível expandir o aprendizado e conectar conceitos a outras disciplinas. Por exemplo, a matéria pode ser integrada com ciências ao analisar a presença de números racionais no cotidiano, através de medições e dos significados dessas quantidades. Assim, a matemática deixa de ser uma disciplina isolada e se torna parte do contexto cultural e crítico dos alunos.
Além disso, a atividade pode ser desdobrada através de atividades interdisciplinares, envolvendo outras áreas, como Português, com a criação e interpretação de textos sobre o jogo, ou História, ao explorar como diferentes civilizações utilizaram a matemática em suas práticas cotidianas. Este enfoque aumentará ainda mais o interesse e a compreensão dos alunos sobre a importância do conhecimento matemático em suas vidas.
Pode-se considerar ainda a realização de uma mostra de aprendizagem, onde os alunos apresentem suas experiências com o jogo e as aprendizagens adquiridas. Podem criar estandes e demonstrar suas atividades para os demais colegas e para os pais. Essa experiência fortalece ainda mais a autoestima dos alunos e a valorização do aprendizado, além de incentivar o sentimento de pertencimento a uma comunidade educacional.
Por fim, é importante reforçar a possibilidade de ajustes e adaptações desta metodologia para funções esportivas ou atividades que envolvam emoções e sensações. Promover atividades fora da sala de aula pode fazer com que as crianças se envolvam ainda mais com o aprendizado, trazendo implicações positivas para o desenvolvimento social e emocional do grupo.
Orientações finais sobre o plano:
O uso de jogos no ensino da matemática oferece uma oportunidade única de engajamento dos alunos. A prática da gamificação, especialmente em atividades como o jogo dos restos, proporciona um ambiente onde os estudantes se sentem à vontade para experimentar, participar e até errar, sem medo de consequências. Isso promove um entendimento mais significativo e duradouro sobre os conceitos aprendidos.
A reflexão sobre as estratégias e desafios enfrentados ajudará os alunos a se tornarem pensadores críticos. Eles não apenas aprenderão a resolver problemas, mas também a articular suas soluções de forma clara e objetiva. Esse é um aspecto essencial da educação moderna e da preparação dos estudantes para a cidadania.
Portanto, é essencial que professores estejam sempre dispostos a experimentar novas abordagens pedagógicas. Incorporar jogos e metodologias ativas não deve ser visto como um desafio, mas sim como uma disposição para inovar e sempre melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos. A importância de um ambiente acolhedor e colaborativo deve estar sempre presente nas aulas, pois são as interações e trocas que transformarão o processo de ensino-aprendizagem em algo único e contagiante. Isso contribuirá para a formação de cidadãos mais preparados para o futuro e para os desafios que trarão.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Mundo dos Números
Objetivo: Criar um ambiente de aprendizado que une o divertido e o educativo através de uma aventura numérica.
Descrição: Organize uma caça ao tesouro onde as pistas são problemas matemáticos. Os alunos, divididos em grupos, terão que resolver questões relacionadas a divisores e múltiplos para encontrar as próximas pistas.
Materiais: Pistas impressas, pequenos prêmios para a equipe vencedora.
2. Teatro dos Restos
Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão artística dos alunos.
Descrição: Os alunos devem criar uma peça de teatro utilizando personagens que representam números, e seus conflitos se baseiam em problemas que envolvem múltiplos e divisores.
Materiais: Cenários de papel, figurinos improvisados, papel e caneta para roteiro.
3. Como um Cientista
Objetivo: Associar matemática e ciências, mostrando a relevância prática do conteúdo aprendido.
Descrição: Em grupos, utilizar medições de volumes de água e avaliar os múltiplos e divisores presentes na experiência de fazer soluções de diferentes concentrações.
Materiais: Copos, água, medidores.
4. Jogo em Tabuleiro
Objetivo: Fazer com que o aprendizado seja divertido e interativo utilizando tabuleiros personalizados da sala de aula.
Descrição: Criar um tabuleiro com casas que representem operações de múltiplos e divisores. Os alunos jogam com dados e escrevem problemas ou exercícios relacionados a cada casa em que param.
Materiais: Quadro, marcador, tema do tabuleiro.
5. Sussurros de Matemática
Objetivo: Melhorar a comunicação e o trabalho em equipe enquanto se aprofunda em conceitos matemáticos.
Descrição: Organize um jogo de sussurros onde cada grupo recebe um problema matemático para traduzir para o próximo grupo só através de comunicações orais. O resultado final deve ser apresentado.
Materiais: Cartões com problemas e lápis para anotações.
Com essas atividades, o aprendizado se ampliará para além da sala de aula e proporcionará aos alunos a vivência de situações reais em que as matemáticas sejam fundamentais para a resolução de problemas.