“Aprendendo Matemática com Brincadeiras: Plano de Aula Criativo”
A elaboração deste plano de aula busca proporcionar uma experiência enriquecedora para as crianças pequenas, com foco em conceitos matemáticos através de atividades corporais e concretas. O ensino nesta fase exige abordagens lúdicas que estimulem a motricidade e o raciocínio lógico, fundamentais para o desenvolvimento cognitivo das crianças. As atividades apresentadas neste plano têm como base o ensino de matemática de uma forma acessível e divertida, permitindo que os pequenos aprendam enquanto brincam, exploram e interagem com o mundo ao seu redor.
Neste sentido, o plano de aula visa trabalhar os eixos da BNCC relacionados ao desenvolvimento emocional e social, promovendo a cooperação, a valorização do corpo, e a percepção de espaço e quantidades, aspectos fundamentais para o desenvolvimento integral das crianças. Através das atividades propostas, espera-se que os alunos desenvolvam habilidades matemáticas de forma orgânica, utilizando o corpo como ferramenta de aprendizado e explorando as relações entre números e quantidades em um contexto significativo.
Tema: Conceitos Matemáticos
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências que ajudem as crianças a reconhecer e explorar conceitos matemáticos básicos, como quantidades, formas e comparação, através de atividades corporais e concretas.
Objetivos Específicos:
– Fomentar o reconhecimento de números e quantidades nas brincadeiras.
– Desenvolver a coordenação motora e a consciência espacial das crianças.
– Incentivar a cooperação e a comunicação entre os alunos durante as atividades propostas.
– Promover a valorização do corpo e a expressividade através da movimentação e da arte.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
– Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
Materiais Necessários:
– Fichas coloridas com números de 1 a 10.
– Objetos variados para contagem (bolas, blocos, etc.).
– Música animada para atividades corporais.
– Espaço aberto ou sala de aula com espaço para movimento.
– Cartolina e giz de cera para atividades artísticas.
Situações Problema:
As crianças são apresentadas a um cenário em que devem ajudar um “monstrinho” a contar seus brinquedos, descobrindo quantos brinquedos ele tem e como podem agrupá-los. Isso criar uma situação lúdica que exige contar, comparar e cooperar.
Contextualização:
A matemática está presente no cotidiano das crianças, mesmo que de forma não explícita. Nessa faixa etária, o conceito de número e quantidade pode ser trabalhado de forma mais concreta, utilizando atividades físicas e brincadeiras. Essa prática ajuda a criar conexões entre o conhecimento e a realidade, facilitando a assimilação do conteúdo.
Desenvolvimento:
1. Abertura (10 minutos):
– Iniciar a aula com uma conversa animada sobre os brinquedos que cada criança trouxe ou possui em casa. Perguntas como “Quantos brinquedos você trouxe?” começam a reconhecê-los no universo dos números de forma lúdica.
2. Atividade Corporal (20 minutos):
– Propor uma brincadeira chamada “Contar e Dançar”. Coloque a música animada e organize as crianças em círculo. A cada parada da música, as crianças devem contar em voz alta e executar um movimento corporal (pular, bater palmas, girar) enquanto verbalizam quantos movimentos fizeram.
3. Atividade de Contagem (10 minutos):
– Usando os objetos variados, organize os alunos em duplas e forneça a cada dupla uma quantidade específica de objetos. Eles devem contar e agrupar os objetos, discutindo entre si quantos têm, e se há diferença entre os grupos.
4. Atividade Artística (10 minutos):
– Por fim, as crianças podem criar uma “obra de arte coletiva”. Com a cartolina e giz de cera, a cada criança será atribuída uma quantidade de cores para explorar. Ao final, cada um apresentará sua produção e quantas cores utilizou, relacionando o aspecto visual à quantidade.
Atividades sugeridas:
1. Contagem Animada:
O objetivo é contar objetos do cotidiano com movimento.
– Descrição: Ao tocar um objeto, a criança deve contar em voz alta enquanto realiza um movimento corporal (pular ou dançar).
– Materiais: Objetos para contar, música animada.
– Adaptação: Alunos com dificuldades motoras podem contar enquanto permanecem parados.
2. Jogo da Comparação:
O objetivo é comparar quantidades de diferentes grupos.
– Descrição: Formar grupos e dar uma quantidade de objetos para cada. As crianças devem discutir entre si quem tem mais, quem tem menos, e por quê.
– Materiais: Blocos ou bolas de diferentes cores.
– Adaptação: Alunos com diferentes níveis de habilidades podem trabalhar em pares para contagem.
3. Danças com Números:
O objetivo é associar números a movimentos.
– Descrição: Cada número corresponde a um movimento. Ao apresentar um número, a criança deve realizar o movimento correspondente.
– Materiais: Cartões com números.
– Adaptação: Usar ilustrações além de números para engajar todos os alunos.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, conduza uma discussão em grupo sobre o que aprenderam e como se sentiram durante as atividades. Questione-os sobre o que foi mais divertido, o que aprenderam sobre números e como é importante trabalhar em equipe.
Perguntas:
– O que você aprendeu sobre contar?
– Como você se sentiu ao comparar as quantidades?
– O que foi mais divertido: contar ou dançar? Por quê?
Avaliação:
Avaliar se as crianças conseguiram participar ativamente das atividades, se conseguiram contar e comparar objetos de maneira precisa e se demonstraram empatia e cooperação durante os jogos e discussões em grupo.
Encerramento:
Finalizar a aula fazendo uma roda,onde cada criança compartilhará uma coisa que aprendeu e uma experiência de colaboração durante as atividades. Reforce a ideia de que a matemática pode ser divertida e está presente em tudo.
Dicas:
– Utilize músicas populares que as crianças conhecem para desenvolver o interesse delas.
– Incentive a autonomia das crianças, permitindo que tomem decisões sobre suas próprias contagens e apresentações.
– Mantenha o ambiente acolhedor e disponível para que as crianças se sintam à vontade para participar e expressar suas ideias.
Texto sobre o tema:
O desenvolvimento dos conceitos matemáticos na Educação Infantil é fundamental para a formação de uma base sólida para o aprendizado futuro. As crianças, nesta fase, muitas vezes abordam a matemática de maneira intuitiva e lúdica. Esse natural interesse deve ser explorado pelos educadores, que podem proporcionar atividades que estimulem a observação, a comparação e, principalmente, a diversão. Com atividades que exploram o corpo e o movimento, as crianças conseguem relacionar o mundo matemático a sua realidade e seus sentimentos, criando laços entre o conhecimento acadêmico e sua vivência cotidiana.
A relação entre matemática e movimento é rica e oferece possibilidades infinitas para o aprendizado. Ao dançar, jogar ou contar objetos, as crianças conseguem entender melhor conceitos como quantidade, sequência e comparação. O corpo se transforma em um recurso pedagógico poderoso, capaz de fazer a matemática tornar-se tangível e acessível. Essa abordagem permite que as crianças não apenas aprendam números e formas, mas também desenvolvam habilidades socioemocionais, como empatia e cooperação, essenciais para sua interação social.
Integrar a matemática às atividades lúdicas possibilita um aprendizado mais significativo. As crianças aprendem a se comunicar, a compartilhar experiências e a celebrar conquistas pessoais e de seus colegas. Assim, o ambiente de sala de aula se torna um espaço de descoberta e exploração, onde ensinar matemática se torna uma aventura, e o aprendizado é vivenciado de forma prática e alegre. Esse carinho e atenção no processo de ensino-aprendizagem refletem na construção da autoestima e no respeito pelas capacidades dos outros, características que permanecem com os alunos durante toda a vida.
Desdobramentos do plano:
Ao longo da implementação deste plano, é possível observar desdobramentos significativos no aprendizado das crianças. Primeiramente, o uso de atividades físicas e lúdicas promove um maior engajamento dos alunos, que participam ativamente e demonstram entusiasmo nas propostas apresentadas. A prática de contar e comparar objetos durante as brincadeiras permite que as crianças desenvolvam um raciocínio lógico mais aguçado e, ao mesmo tempo, promove a socialização e a formação de laços afetivos entre os colegas, contribuindo para a coexistência harmoniosa no grupo.
Outro desdobramento importante refere-se à valorização da expressividade corporal. As crianças, ao se movimentar e expressar emoções através do corpo, passam a ter uma maior consciência de seus próprios limites e capacidades. Isso não apenas enriquece o aprendizado sobre conceitos matemáticos, mas também gera um ambiente onde o respeito pelas características de cada um é fundamental. As conversas em grupo após as atividades são essenciais para que elas consigam refletir sobre suas experiências e deveriam ser incorporadas em futuras atividades, ampliando as discussões e promovendo o diálogo.
Por fim, implementar atividades significativas que conectem a matemática ao cotidiano pode servir de alicerce para futuras aprendizagens mais complexas. As experiências adquiridas durante as atividades propostas garantem que, à medida que as crianças avançam em sua jornada escolar, elas tenham uma base matemática sólida. Essa fundamentação é crucial para o desenvolvimento de habilidades mais complexas em anos posteriores, tornando-se uma ferramenta que auxilia na construção da identidade e na valorização das conquistas individuais e coletivas.
Orientações finais sobre o plano:
Por fim, é imprescindível que o educador permaneça atento ao ritmo das crianças e suas diferentes necessidades. Um plano de aula flexível é aquele que está aberto a adaptações e a novas sugestões que possam surgir durante o processo. Estar receptivo às propostas dos alunos pode enriquecer significativamente as atividades e torná-las ainda mais relevantes para o grupo. Essa dinâmica fortalece a relação entre educador e alunos e promove um ambiente de aprendizado colaborativo.
É importante também que o educador forneça um feedback constante às crianças, reconhecendo suas conquistas e incentivando-as a continuar explorando e questionando. Celebrar pequenos progressos é fundamental para manter a motivação e estimular o interesse pelo aprendizado. Por último, é essencial que a matemática se torne um elemento divertido e interessante, e que as crianças sintam alegria em combinar movimento e raciocínio, percebam que os conceitos matemáticos estão presentes em seu dia a dia de forma natural e divertida.
Por meio desse plano de aula, espera-se que as crianças não apenas desenvolvam habilidades matemáticas fundamentais, mas também construam uma relação positiva com a matemática, o conhecimento e o aprendizado ao longo de suas vidas. O empenho em apresentar a matemática de forma lúdica e prática é o primeiro passo para formar cidadãos críticos e curiosos, sempre prontos a explorar novos saberes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Corrida de Números: As crianças devem correr para pegar cartões com números que estão espalhados pela sala. Ao conseguirem pegar um cartão, elas precisam se agrupar de acordo com a quantidade indicada no cartão, discutindo entre si como formar os grupos. A atividade promove a contagem e a socialização.
2. Brincadeira do Mercado: Criar um “mercado” com objetos diversos, onde as crianças devem “comprar” e “vender” usando fichas que representam a quantidade de cada item. Essa brincadeira ajuda a entender a noção de quantidades e a fazer comparações.
3. Talento da Dança: Criar uma apresentação onde cada criança deve se mover de acordo com um número que a professora diz. Por exemplo, se o número é 5, a criança deve realizar 5 pulos ou 5 giros. Essa atividade promove a contagem e a expressão corporal.
4. Caça ao Tesouro dos Números: Esconder cartas com números pela sala e propor uma caça ao tesouro onde as crianças devem encontrar e trazer de volta as cartas, contando quantas encontraram e formando grupos por suas quantidades.
5. Arte com Formas: Oferecer aos alunos papéis de diferentes formas (círculos, quadrados, triângulos) e cores para que criem uma colagem. Durante a atividade, as crianças devem contar quantas formas de cada tipo utilizaram, promovendo o reconhecimento de formas e contagem ao mesmo tempo.
Essas sugestões são adaptáveis e podem facilmente se tornar parte do cotidiano escolar, permitindo um aprendizado significativo e divertido sobre conceitos matemáticos.


