“Aprendendo Localização Espacial: Atividades para o 1º Ano”
O plano de aula a seguir apresenta um conjunto de atividades que exploram a localização espacial utilizando os conceitos de perto, longe, atrás e em cima. O foco central é proporcionar um aprendizado dinâmico e interativo para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, utilizando práticas que fomentem a observação, a interação e a construção do conhecimento. As atividades propostas são alinhadas às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a faixa etária de 7 anos.
Tema: Localização Espacial: Perto, Longe, Atrás, Em Cima
Duração: 2 horas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 7 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão e o uso correto dos conceitos de localização espacial (perto, longe, atrás, em cima) por meio de atividades práticas e lúdicas, desenvolvendo a observação crítica e o pensamento espacial dos alunos.
Objetivos Específicos:
– Identificar e descrever a localização de objetos em relação a si mesmo e ao ambiente.
– Utilizar terminologia apropriada para descrever a posição de objetos.
– Fomentar a colaboração e interação entre os alunos através de atividades em grupo.
– Estimular a criatividade e o raciocínio lógico por meio de jogos e dinâmicas que abordem a temática da localização.
Habilidades BNCC:
– (EF01MA11) Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à sua própria posição, utilizando termos como à direita, à esquerda, em frente, atrás.
– (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.
Materiais Necessários:
– Cartolina ou folhas de papel para desenho
– Canetinhas coloridas
– Fitas adesivas ou barbante para demarcar o espaço
– Objetos diversos (brinquedos, livros, cadeiras)
– Câmera fotográfica ou celular (opcional)
Situações Problema:
– Os alunos precisam organizar a sala de aula, considerando a localização dos materiais em relação ao professor e à lousa.
– Como descrever a posição de um objeto em relação a outro utilizando as palavras “perto”, “longe”, “atrás” e “em cima”?
Contextualização:
Iniciar a aula questionando os alunos sobre as diferentes posições que objetos podem ter em relação a eles. Perguntar se eles conseguem identificar algo em sua casa que esteja perto, longe, atrás ou em cima. Trazer exemplos do cotidiano ajudará a familiarizar os alunos com os conceitos propostos.
Desenvolvimento:
1. Introdução aos conceitos: Explicar os termos de localização espacial com exemplos visuais. Utilizar objetos na sala para ilustrar cada um dos conceitos.
2. Atividade de exploração: Pedir aos alunos que andem pela sala e identifiquem três objetos, descrevendo sua localização usando a terminologia correta.
3. Atividade em grupos: Dividir a turma em pequenos grupos e entregar folhas de cartolina. Cada grupo deve criar um “mapa da sala de aula”, utilizando desenhos para indicar onde estão os objetos. Incentivar o uso de legendas com as palavras “perto”, “longe”, “atrás” e “em cima”.
4. Jogo de Observação: Fazer um jogo onde o professor coloca um objeto em um local específico. Os alunos devem adivinhar onde ele está posicionado, utilizando os termos mencionados.
Atividades sugeridas:
1. Explorando a Sala (Objetivo: Identificar a localização)
– Descrição: Os alunos devem percorrer a sala identificando objetos.
– Instruções: Traga uma folha para cada aluno. Peça-lhes que identifiquem um objeto que está “perto” e outro que está “longe”, e desenhem em sua folha.
– Materiais: Folhas de papel, lápis.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, o professor poderá desenhar o objeto no papel.
2. Criando Mapas (Objetivo: Fazer uso de mapas simples)
– Descrição: Dividir os alunos em grupos para desenhar um mapa da sala de aula, incluindo a posição do professor e dos colegas.
– Instruções: Usar os conceitos de localização para posicionar cada um dos integrantes do grupo e objetos da sala.
– Materiais: Cartolina, canetinhas.
– Adaptação: Oferecer ajuda adicional para alunos que apresentam dificuldades em desenhar.
3. Jogo “Onde Está?” (Objetivo: Praticar a descrição da localização)
– Descrição: Um aluno esconde um objeto em um local da sala e os outros devem encontrá-lo utilizando pistas de localização.
– Instruções: O aluno que esconde o objeto deve dar pistas usando os termos aprendidos.
– Materiais: Objeto pequeno para esconder.
– Adaptação: Trabalhar em duplas ou grupos menores para facilitar a participação de todos.
4. Brincando de Estátua (Objetivo: Reforçar os conceitos através da movimentação)
– Descrição: Os alunos devem se mover pela sala e, ao parar o sinal, eles devem se posicionar próximo a um objeto e descrever sua localização em relação a ele.
– Instruções: Ao sinal, cada um deve congelar e dizer onde está em relação ao objeto.
– Materiais: Nenhum específico.
– Adaptação: Permitir que alunos com dificuldade de locomoção permaneçam em um local fixo e usem objetos próximos para descrever.
5. História Ilustrada (Objetivo: Contar uma história com localização)
– Descrição: Cada aluno deve inventar uma pequena história onde usa os conceitos de localização e desenhar as cenas.
– Instruções: Ao final, cada aluno pode compartilhar sua história.
– Materiais: Folhas de papel, lápis de cor.
– Adaptação: Para aqueles que preferem, elas podem contar sua história oralmente e um colega pode desenhar.
Discussão em Grupo:
Ao final de todas as atividades, reunir a turma para compartilhar as experiências. Incentivar que cada grupo explique seu mapa e como utilizou os termos de localização. Fazer perguntas como: Como vocês usam os conceitos de localização no dia a dia? Em que situações vocês acham que é importante saber onde as coisas estão?
Perguntas:
– O que significa dizer que um objeto está “perto” de você?
– Como podemos usar as palavras “atrás” ou “em cima” para descrever objetos na sala de aula?
– Pode nos dar um exemplo de algo que esteja “longe” de você?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua durante as atividades, observando a participação e a capacidade dos alunos em utilizar os conceitos de localização de forma correta e criativa. Também será avaliado o trabalho em grupo, a comunicação e a colaboração.
Encerramento:
Concluir a aula ressaltando a importância de saber descrever a localização de objetos não só na sala de aula, mas também em casa e em outros lugares. Reforçar que esses conceitos são fundamentais para a orientação no espaço e que eles poderão utilizar em suas vidas cotidianas.
Dicas:
– Sempre que possível, incorpore o uso do espaço físico da sala, promovendo um aprendizado ativo.
– Varie as atividades para atender diferentes estilos de aprendizagem, como as mais visuais, auditivas e sinestésicas.
– Certifique-se de que todos os alunos se sintam incluídos e participem ativamente, adaptando as atividades para diferentes necessidades.
Texto sobre o tema:
A localização espacial é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças, pois envolve não apenas a percepção visual, mas também a compreensão de conceitos como proximidade, distância e relação entre objetos no espaço. À medida que as crianças crescem, elas começam a entender que a localização não se resume apenas a um ponto fixo, mas que varia conforme o lugar onde se encontram e a posição que ocupam em relação a outros objetos.
No dia a dia, utilizamos esses conceitos sem perceber, ao dar direções, ao descrever onde estão certos objetos e até mesmo ao participar de jogos. Para crianças, aprender sobre localização pode se tornar uma experiência divertida e rica em interação. Jogos e brincadeiras que envolvendo conceitos de “perto”, “longe”, “atrás” e “em cima” permitem que elas vivenciem, na prática, o que significa ocupar um espaço e como interagem com o ambiente ao seu redor.
Essencialmente, trabalhar a localização espacial no 1º ano do Ensino Fundamental contribui significativamente para o desenvolvimento de habilidades críticas que serão utilizadas em áreas como matemática, geografia e até mesmo no cotidiano. Ao invés de conceitos estáticos, a localização se transforma em um conhecimento dinâmico e prático que apoia o desenvolvimento de uma visão mais ampla do mundo.
Desdobramentos do plano:
Após o término das atividades sobre localização espacial, os desdobramentos podem envolver uma série de atividades interdisciplinares que integrariam outras áreas do conhecimento. A matemática, por exemplo, pode ser aprofundada com exercícios que envolvam medidas e distâncias de objetos no espaço, ajudando os alunos a perceberem que a disposição física também está ligada à matemática. Alunos poderiam criar projetos onde desenhariam plantas baixas de suas casas e utilizariam os conceitos de localização para descrever espaços, desenvolvendo um entendimento mais profundo da relação entre o espaço físico e a representação.
Além disso, a disciplina de artes pode se beneficiar deste tema, utilizando os desenhos criados pelos alunos para criar instalações ou murais na escola, onde cada elemento seria disposto de acordo com os conceitos de localização aprendidos. Isso não apenas reforçaria o aprendizado, mas também fomentaria a expressão criativa dos alunos, permitindo-lhes visualizar e interagir com os conceitos de uma maneira totalmente nova.
Outra possibilidade de desdobramento está na criação de um “jogo da localização” onde os alunos se organizariam em equipes e desafiariam uns aos outros a encontrar objetos escondidos pela escola ou sala de aula, usando sempre os termos de localização aprendidos. Esse tipo de atividade ativa permitiria que a aprendizagem se tornasse uma experiência social e amistosa, aumentando o engajamento e a fixação do que foi aprendido ao longo das aulas.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar este plano de aula, é importante que o professor esteja sempre atento às dinâmicas de grupo e ao envolvimento de cada aluno, criando um ambiente inclusivo e acolhedor. Comunique claramente os objetivos e expectativas antes de iniciar as atividades para que os alunos compreendam a importância de suas ações e o que se espera deles.
Lembre-se também de fazer pausas e reflexões durante as atividades, permitindo que os alunos compartilhem suas experiências e percepções. Isso não só solidifica a aprendizagem, mas também desenvolve habilidades de comunicação e empatia entre as crianças.
Por fim, considere os feedbacks dos alunos após cada atividade. As opiniões deles são valiosas para adaptar as futuras aulas e melhorar a prática pedagógica, tornando o aprendizado mais eficaz e adequado às necessidades reais dos estudantes. O envolvimento ativo do professor e a disposição para ajustar as estratégias de ensino contribuiriam para um ambiente de aprendizagem vibrante e produtivo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo dos Ceguinhos: Os alunos são agrupados e um deles é vendado. Com auxílio dos colegas, o aluno vendado deve se locomover pelo espaço identificando objetos, usando os conceitos de localização. Limitações devem ser definidas para garantir a segurança.
– Objetivo: Aprimorar a percepção espacial e a utilização dos termos.
– Materiais: Vendas e um espaço seguro.
– Adaptação: O professor pode atuar como guia.
2. Teatro de Fantoches: Criar uma história usando fantoches onde um personagem precisa encontrar um objeto, com o enredo centrado em localizações. Isso permite que eles pratiquem a terminologia em um contexto narrativo.
– Objetivo: Estimular a criatividade e o uso da linguagem.
– Materiais: Fantoches, pequenos objetos.
– Adaptação: Alunos com dificuldades podem atuar em duplas.
3. Caça ao Tesouro: Proporcionar uma atividade onde diferentes itens estão escondidos em vários locais, e as crianças devem usar pistas para encontrá-los baseando-se na localização (perto, longe, em cima, atrás).
– Objetivo: Vivenciar as palavras-chaves em um contexto lúdico e divertido.
– Materiais: Pequenos objetos, algumas pistas.
– Adaptação: Criar pistas visuais para alunos que possam ter dificuldades de leitura.
4. Desenho da Minha Casa: Após discutir sobre localização, cada aluno desenha os cômodos de sua casa, usando palavras para descrever onde estão as coisas em relação a um ponto de referência.
– Objetivo: Consolidar o entendimento ao conectar a teoria à vida real.
– Materiais: Lápis, papel.
– Adaptação: Permitir que alunos que não conseguem representar graficamente expliquem oralmente.
5. Dança das Localizações: Os alunos devem dançar e, ao parar a música, devem se posicionar perto, longe, em cima ou atrás de um objeto central, repetindo a movimentação com base nas instruções do professor.
– Objetivo: Trabalhar a compreensão física dos conceitos através do movimento.
– Materiais: Música e um objeto central de referência.
– Adaptação: Permitir individualização para alunos com dificuldades motoras.
Com essas atividades lúdicas e práticas, os alunos aprenderão sobre localização de maneira envolvente e divertida, promovendo não apenas o aprendizado individual, mas também o trabalho em equipe e a colaboração.