“Aprendendo Diversidade: Danças Indígenas e Africanas no Ensino”
A proposta deste plano de aula visa explorar o tema “Jogos e Brincadeiras do Mundo: Danças de Matriz Indígena e Africana”, envolvento os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. A abordagem de danças e brincadeiras traz uma oportunidade única para que os alunos não apenas conheçam aspectos culturais de diferentes sociedades, mas também para que se sintam parte integrante dessas tradições. Essa interação promove um aprendizado significativo, que abarca elementos como respeito à diversidade, inclusão e valorização das culturas africanas e indígenas.
Ao longo da aula, os alunos terão a chance de vivenciar jogos e danças típicas, desenvolvendo suas habilidades motoras, criativas e sociais. Essa experiência não somente possibilita a aprendizagem sobre as danças e brincadeiras em si, mas também instiga a curiosidade e o interesse pela cultura de outros povos. Assim, o plano de aula se torna um espaço de desenvolvimento integral, promovendo uma educação que respeita e valoriza as diversidades culturais presentes em nossa sociedade.
Tema: Jogos e Brincadeiras do Mundo: Danças de Matriz Indígena e Africana
Duração: 2 horas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 10 anos
Objetivo Geral:
Promover o conhecimento e a vivência de danças e brincadeiras de matriz indígena e africana, explorando suas origens, significados e funções sociais, bem como desenvolver habilidades motoras e coletivas dos alunos.
Objetivos Específicos:
– Reconhecer e respeitar as danças e brincadeiras de diferentes culturas.
– Vivenciar brincadeiras e danças, desenvolvendo habilidades motoras e sociais.
– Refletir sobre a importância das culturas indígenas e africanas na formação da cultura brasileira.
– Estimular a criatividade através da criação de uma dança ou brincadeira inspirada nas culturas estudadas.
Habilidades BNCC:
– Educação Física: (EF35EF01), (EF35EF09), (EF35EF10)
– História: (EF03HI03), (EF03HI12)
– Geografia: (EF03GE01), (EF03GE02)
– Artes: (EF15AR09), (EF15AR25)
Materiais Necessários:
– Espaço amplo ou pátio para a realização das atividades.
– Materiais de áudio (caixas de som ou rádio) para tocar músicas de danças indígenas e africanas.
– Fichas com instruções das danças e brincadeiras.
– Materiais visuais, como cartazes com imagens das danças e dos contextos culturais.
– Fantasias ou acessórios que representem as culturas a serem respeitosamente utilizados nas danças.
Situações Problema:
Como podemos aprender sobre as danças indígenas e africanas de forma divertida e respeitosa? Quais valores essas danças e brincadeiras podem nos ensinar sobre a diversidade cultural?
Contextualização:
As danças e brincadeiras de matriz indígena e africana são expressões ricas de nossas culturas populares, que envelhecem e se renovam, trazendo não apenas entretenimento, mas também ensinamentos sobre história, valores e identidades. Por meio dessas atividades, os alunos poderão entender que as culturas não existem de forma isolada, mas interagem e influenciam umas às outras, enriquecendo nosso patrimônio cultural.
Desenvolvimento:
Iniciar a aula com uma breve apresentação dos conceitos de cultura, dança e brincadeira. Introduzir as danças de matriz indígena e africana, explicando a importância de cada uma delas e suas origens. Em seguida, apresentar as danças e brincadeiras com músicas e vídeos curtos, estimulando a interação dos alunos.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução Cultural e Teórica
– Objetivo: Compreender a importância das danças e brincadeiras nas culturas indígenas e africanas.
– Descrição: O professor apresentará um breve histórico das danças, utilizando imagens e músicas.
– Instruções: Crie um mural sobre danças e brincadeiras, inclusive pensamentos dos alunos sobre o que aprenderam.
– Materiais: Cartazes, canetas coloridas e fotos.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades, fornecer materiais com textos simplificados e auxílio do professor.
Dia 2: Vivência de Danças Indígenas
– Objetivo: Vivenciar uma dança indígena.
– Descrição: Escolha uma dança como a “Dança do Fogo” ou a “Dança da Chuva”, explique seus significados.
– Instruções: Organizar os alunos em grupos e apresentar a coreografia.
– Materiais: Música correspondente e espaço amplo.
– Adaptação: Para alunos que não se sentem confortáveis para dançar, oferecer a possibilidade de participar como ajudantes.
Dia 3: Brincadeiras Africanas
– Objetivo: Aprender uma brincadeira típica africana, como a “Amarelinha de Pé”, que promove a interação social.
– Descrição: O professor demonstrará a brincadeira e os alunos participarão em grupos.
– Instruções: Formar times e realizar a brincadeira, intercalando com explicações.
– Materiais: Giz para desenhar no chão.
– Adaptação: Fornecer modificações dependendo das necessidades dos alunos, como espaços ou regras mais simples.
Dia 4: Criação de uma Dança Inspirada em Culturas
– Objetivo: Desenvolver a criatividade com os alunos.
– Descrição: Os alunos irão criar uma dança, unindo elementos de danças aprendidas ou criando novos movimentos.
– Instruções: Dividir os alunos em grupos para criação e ensaio.
– Materiais: Música de fundo e espaço amplo para prática.
– Adaptação: Permitir que alunos com dificuldades trabalhem junto a pares que os auxiliem no processo criativo.
Dia 5: Apresentação das Criações
– Objetivo: Apresentar as danças criadas.
– Descrição: Cada grupo fará uma apresentação para a turma.
– Instruções: Criar um “festival das danças”, onde todos se apoiarão nas apresentações.
– Materiais: Espaço para apresentações e música.
– Adaptação: Acolher alunos tímidos oferecendo a possibilidade de apenar participar da parte de coreografia ou fazer a apresentação em grupo.
Discussão em Grupo:
Após as danças e brincadeiras, promover um espaço de discussão sobre o que aprenderam sobre as culturas, sentimentos ao praticar as danças e o significado que cada expressão tem na valorização cultural.
Perguntas:
– O que você aprendeu sobre as culturas africanas e indígenas?
– Como você se sentiu ao dançar e brincar neste contexto?
– Por que você acha importante preservar e celebrar essas culturas?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos, o envolvimento nas atividades e a capacidade de trabalhar em grupo. Ao final, pode-se realizar um mural colaborativo, onde cada aluno expressará o que mais gostou nas atividades.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma conversa sobre a importância de respeitar e valorizar as diferentes culturas em nosso meio. Os alunos também poderão compartilhar quais danças ou brincadeiras gostariam de explorar mais.
Dicas:
– Busque incluir sempre as vozes dos alunos nas discussões e criações.
– Respeite as limitações e preferências dos alunos durante as atividades, promovendo um ambiente de inclusão.
– Utilize recursos visuais que ajudem na compreensão, como vídeos e fotos de danças tradicionais.
Texto sobre o tema:
As danças e brincadeiras que trazemos das culturas indígenas e africanas são legados significativos que nos conectam com a ancestralidade, explorando não apenas o movimento, mas também a alegria e a vivência coletiva. Historicamente, essas danças funcionavam como formas de celebração, de ritual, ou até mesmo de comunicação. Através delas, eram expressadas questões como a gratidão pela colheita, a reverência à natureza e a ligação com os espíritos.
Da mesma forma, as brincadeiras possuem um papel fundamental na formação do caráter social e cultural dos indivíduos. Elas não apenas entretem, mas educam. No contexto de integração social, as brincadeiras promovem o respeito e a convivência pacífica, ensinando a todos os envolvidos valores como a empatia, colaboração e justiça. Nos dias de hoje, integrar esses elementos no currículo escolar é essencial para a formação de cidadãos conscientes e respeitadores das diferenças.
Portanto, ao incluir as danças e brincadeiras de matriz africana e indígena nas atividades escolares, estamos contribuindo para um aprendizado que respeita e reconhece as diversidades culturais. Essa prática é um passo importante na construção de um mundo mais inclusivo e respeitoso, onde todos possam se sentir valorizados. Incentivar os alunos a se aprofundarem e criarem suas próprias interpretações dessas danças fortalece a autoestima e identidade cultural, transformando cada atividade em uma celebração do que é ser brasileiro, em sua pluralidade.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ser desdobrado em diversas atividades interdisciplinares, que complementem o aprendizado das danças e brincadeiras. Por exemplo, a História pode ser aprofundada com o estudo das tradições orais indígenas e africanas, fazendo conexões com a literatura infantil que traga essas narrativas, enriquecendo o repertório cultural dos alunos. Além disso, a Artes pode ser incorporada através da criação de elementos visuais que traduzam as danças em produção artística, como pintura ou grafite, explorando a linguagem visual para expressão das culturas.
Outra forma de desdobramento está na Educação Física, que pode incluir o esporte como uma forma de manter viva a memória cultural. Integrar elementos das danças e brincadeiras no cotidiano da educação física incentiva a valorização da cultura de forma mais contínua. Além disso, é possível criar um “dia cultural”, onde alunos de diferentes classes possam compartilhar e vivenciar danças e brincadeiras que estudaram, proporcionando um intercâmbio cultural dentro da escola que curte a diversidade.
Por fim, ao trabalhar de forma interdisciplinar, esta proposta não se encerra nas atividades de dança e brincadeiras, mas abre um espaço para discussões sobre respeito, inclusão e a importância de tratar as culturas com a devida reverência. Assim, não apenas promovemos a consciência cultural, mas incentivamos uma educação transformadora, que reproduz aprendizados que permanecerão com os alunos ao longo de suas vidas.
Orientações finais sobre o plano:
A execução deste plano demanda do professor sensibilidade e abertura para adaptar as atividades conforme o perfil de cada turma. É fundamental estar atento às respostas dos alunos, permitindo que a aula flua naturalmente. Para isso, considerar que cada aluno possui um histórico de vivências que influencia suas reações durante as atividades é essencial. Propor essa dinâmica ajuda a promover um espaço seguro, onde todos se sentem confortáveis para compartilhar suas opiniões e participar ativamente.
Incentivar o diálogo é crucial. O professor deve estar preparado para ouvir e valorizar cada contribuição, independentemente do nível de habilidade ou conhecimento prévio dos alunos sobre o tema. Isso pode resultar em um ambiente mais inclusivo, onde todos os alunos se sintam representados e valorizados. Além disso, o professor pode pedir ajuda a especialistas em dança ou cultura negra e indígena para enriquecer ainda mais o conteúdo.
Finalmente, aplicar esse tipo de aprendizado significa semear uma nova geração que não apenas reconhece, mas também aprecia a riquíssima diversidade cultural que nos rodeia. Ensinar para cada um ser um pouco mais empático e acolhedor em relação às diferenças contribui para a formação de cidadãos mais cidadãos críticos e respeitosos. O impacto dessas atividades reverberará não apenas nos alunos, mas em suas famílias e, eventualmente, em suas comunidades, contribuindo assim para um mundo mais unido e harmonioso.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Para garantir que o aprendizado sobre as danças e brincadeiras de matriz indígena e africana seja lúdico e envolvente, aqui estão cinco sugestões adaptáveis para diferentes faixas etárias e perfis de alunos:
1. Criação de Máscaras de Animais Indígenas
– Objetivo: Compreender elementos da natureza e suas relações com a cultura indígena.
– Descrição: Cada aluno deve confeccionar uma máscara que represente um animal sacralizado nas culturas indígenas. Após a confecção, o aluno deve brincar de “caça ao animal”, imitando o som e os movimentos do animal que escolheu.
– Materiais: Cartolina, tintas, pincéis e elástico.
– Adaptação: Alunos com limitações motoras podem criar máscaras utilizando colagem de materiais recicláveis, como revistas, plásticos e não se for necessário a parte da caça ao animal.
2. Dança em Círculo com Chantagem
– Objetivo: Vivenciar a coletividade e a união nas danças africanas.
– Descrição: Os alunos formam um círculo e cada um dança ao centro, enquanto os demais batem palmas e encorajam com palavras. Músicas africanas serão utilizadas para guiar a dança.
– Materiais: Música gravada e espaço amplo.
– Adaptação: Alunos tímidos podem se juntar ao círculo, porém começando com a participação como palmeador.
3. Jogo de Imitação de Animais
– Objetivo: Explorar os sons e movimentos dos animais presentes nas culturas indígenas e africanas.
– Descrição: Os alunos deverão imitar o animal que o mestre da brincadeira sugerir, sendo a ideia identificar o som e o movimento.
– Materiais: Espaço amplo e objetos que representam os animais imitados.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades de locomoção, a atividade pode ser realizada em pares.
4. Corrida de Sacos Africana
– Objetivo: Incentivar a atividade física e a união em um jogo presente em muitas culturas.
– Descrição: Uma corrida simples com sacos, os alunos devem saltar para a linha de chegada.
– Materiais: Sacos grandes e espaço amplo para a corrida.
– Adaptação: Alunos com limitações físicas podem participar da corrida em um jogo de revezamento.
5. Hora do Conto: Histórias Indígenas
– Objetivo: Aprofundar conhecimentos sobre a cultura indígena.
– Descrição: Selecionar um livro que conte uma história indígena e realizar uma leitura em grupo, discutindo os personagens e ensinamentos.
– Materiais: Livro de histórias indígenas e espaço aconchegante para leitura.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades de leitura, a contação pode ser feita em forma de dramatização, incitando-os a participar da encenação.
Esse conjunto de atividades oferece um aprendizado diversificado, que atende diferentes necessidades e promove, ao mesmo tempo, conhecimento e diversão, destacando a importância das danças e brincadeiras em nossa sociedade.