“Aprendendo Danças Indígenas e Africanas no 3º Ano”

Este plano de aula é elaborado para apresentar aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental as danças indígenas e africanas de forma divertida e educativa. A proposta é conectar o aprendizado da educação física com a valorização da cultura brasileira, reconhecendo a diversidade e a riqueza que cada manifestação cultural traz. Por meio de atividades que envolvem a dança, os alunos terão a oportunidade de explorar seus corpos, criar movimentos e aprender sobre as tradições que sustentam essas danças, enriquecendo seu conhecimento cultural e expressivo.

Neste contexto, o plano envolve uma série de atividades práticas que não só promovem o aprendizado sobre as danças, mas também desenvolvem habilidades motoras, promovem o trabalho em equipe e a inclusão. As danças de matriz indígena e africana, que são parte do patrimônio cultural brasileiro, têm um forte apelo para a formação da identidade cultural das crianças, permitindo que elas se reconheçam como parte integrante dessa rica diversidade.

Tema: Danças indígenas e africanas
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver o conhecimento dos alunos sobre as danças indígenas e africanas, promovendo a apreciação e o respeito pelas tradições culturais, ao mesmo tempo em que se incentivam o desenvolvimento motor e social por meio de atividades práticas.

Objetivos Específicos:

– Compreender a importância das danças indígenas e africanas na formação cultural brasileira.
– Experimentar e recriar movimentos característicos dessas danças.
– Promover a cooperação e o respeito entre os alunos durante a execução das atividades.
– Estimular a criatividade na criação de novas coreografias inspiradas nas danças estudadas.
– Refletir sobre a diversidade cultural por meio da dança, discutindo seu significado e relevância.

Habilidades BNCC:

– (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
– (EF35EF09) Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz indígena e africana, valorizando e respeitando os diferentes sentidos e significados dessas danças em suas culturas de origem.
– (EF35EF10) Comparar e identificar os elementos constitutivos comuns e diferentes (ritmo, espaço, gestos) em danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz indígena e africana.

Materiais Necessários:

– Música de diferentes danças indígenas e africanas (disponível em mídias digitais ou CDs).
– Espaço amplo para dança (pode ser a sala de aula com a mesa e cadeiras retiradas ou na quadra da escola).
– Materiais visuais, como imagens ou vídeos das danças que serão trabalhadas.
– Roupas confortáveis para os alunos se moverem à vontade.

Situações Problema:

– Por que as danças indígenas e africanas são importantes para a cultura brasileira?
– Como podemos expressar sentimentos e histórias por meio da dança?
– Quais são os desafios que enfrentamos ao aprender danças de culturas diferentes da nossa?

Contextualização:

As danças são formas de expressão que permeiam diversas culturas, funcionando não apenas como meios de entretenimento, mas também como ferramentas de comunicação e celebração. No contexto brasileiro, as influências indígenas e africanas são extremamente ricas, moldando a cultura nacional. Conhecer essas danças é essencial para entendermos a nossa identidade e como as diferentes culturas interagem e se entrelaçam.

Desenvolvimento:

1. Introdução: Comece a aula apresentando aos alunos algumas informações sobre as danças indígenas (como a dança do *Têxtil Portátil*) e africanas (como a *Samba* e a *Capoeira*), destacando seu contexto cultural e significado.
2. Audiovisual: Mostre vídeos curtos dessas danças para que os alunos visualizem os movimentos e a expressão corporal envolvida. Após a exibição, promova uma breve discussão sobre o que eles observaram.
3. Aquecimento: Realize um aquecimento leve, focando em movimentos corporais amplos e em ritmos que remetem às danças em questão. Isso ajuda os alunos a se prepararem fisicamente para a aula.
4. Aprendizado dos Movimentos: Selecione uma dança específica para que os alunos aprendam. Divida-os em grupos e forneça instruções sobre os passos básicos. A ideia é que cada grupo possa esboçar a dança antes da apresentação final.
5. Apresentação em Grupos: Cada grupo apresenta a dança que aprendeu para a turma, promovendo um momento de apreciação mútua. Incentive os alunos a descreverem os movimentos que recriaram e o que aprenderam sobre a dança.
6. Reflexão final: Para encerrar a aula, conduza uma roda de conversa em que os alunos compartilhem suas experiências, desafios e aprendizados na prática das danças.

Atividades sugeridas:

1. Dia 1 – Introdução às Danças
Objetivo: Introduzir os alunos ao tema e explorar a riqueza cultural.
Descrição: Apresente vídeos das danças indígenas e africanas, seguido por uma discussão.
Materiais: Vídeos, imagens.
Instruções: Reúna os alunos e explique sobre as danças; mostre vídeos e promova a discussão.

2. Dia 2 – Aprendendo a Dançar
Objetivo: Praticar movimentos de uma dança.
Descrição: Escolha uma dança africana (como a *Samba*) e ensine os passos básicos.
Materiais: Música da dança escolhida.
Instruções: Ensine os passos, dividindo a turma em grupos.

3. Dia 3 – Criação de Coreografias
Objetivo: Fomentar a criatividade.
Descrição: Em grupos, os alunos criam uma coreografia baseada na dança ensinada.
Materiais: Música para a apresentação.
Instruções: Cada grupo deve combinar movimentos, apresentando aos professores e colegas.

4. Dia 4 – Apresentação e Feedback
Objetivo: Promover a confiança ao se apresentar.
Descrição: Grupos apresentam suas coreografias e recebem feedbacks dos colegas.
Materiais: Espaço para apresentação.
Instruções: Organize uma apresentação, incentivando a apreciação entre os grupos.

5. Dia 5 – Reflexão e Aprendizado
Objetivo: Refletir sobre a importância das danças.
Descrição: Roda de conversa onde carregam as ideias do que aprenderam.
Materiais: Espaço para debate.
Instruções: Estimule a participação de todos, promovendo uma discussão sobre identidade cultural.

Discussão em Grupo:

– O que mais gostaram nas danças que aprenderam?
– Como as danças representam a cultura?
– Por que é importante aprender sobre outras culturas?

Perguntas:

– Quais movimentos te chamaram mais atenção?
– Você já tinha visto alguma dança indígena ou africana antes?
– Que sentimentos a música e os movimentos despertaram em você?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos nas atividades práticas, acolhendo as contribuições nas discussões e seu envolvimento na criação e apresentação de danças. Promova um auto-questionário onde os alunos poderão refletir sobre o que aprenderam e como se sentiram durante a experiência.

Encerramento:

Finalize a aula reforçando a importância da diversidade cultural e como cada dança possui significados únicos, que ajudam a construir a identidade de um povo. Agradeça pela participação e entusiasmo dos alunos, ressaltando que a dança é uma forma poderosa de conectar culturas e expressar sentimentos.

Dicas:

– Incentive a criatividade ao permitir que os alunos utilizem fantasias ou acessórios que remetam às danças.
– Proporcione um espaço seguro e confortável para que todos se sintam à vontade para se movimentar.
– Esteja atento às necessidades individuais de cada aluno, promovendo um ambiente inclusivo.

Texto sobre o tema:

A dança é uma forma de expressão artística que tem a capacidade de transcender barreiras culturais e linguísticas. Nas culturas indígena e africana, a dança não é apenas uma atividade lúdica, mas sim um elemento fundamental na vida social, espiritual e cultural dos povos. As danças dessas tradições são frequentemente realizadas em celebrações, rituais e festivais, contando histórias sobre os ancestrais, a natureza e a vida em comunidade. Elas refletem a relação profunda que essas culturas possuem com a terra e com os ciclos da vida.

Com a colonização, muito da rica tradição de danças indígenas e africanas enfrentou severas consequências. Contudo, o processo de resistência cultural permitiu que essas práticas continuassem a ser transmitidas por gerações. Hoje, no Brasil, presenciamos uma fusão de ritmos e movimentos que resultam em uma expressividade única. É essencial que as novas gerações sejam introduzidas a essas danças, não apenas como entretenimento, mas reconhecendo seu valor na construção da identidade nacional. Por meio do aprendizado e da prática, podemos garantir que essas culturas continuem a existir respeitadas e valorizadas.

Além disso, a educação pela dança tem o poder de unir, agregando alunos de diferentes origens e realidades em torno de um aprendizado comum. Quando as crianças dançam em sala de aula, não estão apenas se movendo; estão vivenciando um legado cultural que precisa ser preservado, compreendido e apreciado, tornando-se futuros cidadãos com um olhar mais empático e respeitoso em relação às diferentes culturas do mundo.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre danças indígenas e africanas pode ser desdobrado em várias outras atividades e projetos interdisciplinares. Por exemplo, os alunos podem pesquisar individualmente ou em grupos sobre as danças de outras culturas ao redor do mundo, criando um mural cultural em sala de aula. Este mural pode incluir informações, imagens, histórias e até mesmo vídeos das danças estudadas. Essa atividade não só amplia o conhecimento cultural, mas também promove habilidades de pesquisa e trabalho coletivo.

Outro desdobramento interessante seria integrar os conhecimentos adquiridos nas aulas de História, onde os alunos poderiam explorar mais profundamente a origem e a evolução das danças, observando como esses estilos se transformaram ao longo do tempo. Essa conexão entre dança e história ajudaria a fortalecer a compreensão sobre a preservação cultural e o impacto da globalização nas tradições.

Além disso, as danças também podem ser ligadas a outras disciplinas, como Artes e Língua Portuguesa, promovendo a criação de poesias, músicas ou histórias inspiradas nas danças estudadas. Os alunos poderiam trabalhar em projetos artísticos que remetam a essas manifestações culturais, expressando-se através de diferentes formas de arte e estendendo o aprendizado para além do movimento corporal.

Orientações finais sobre o plano:

Ao lecionar sobre danças indígenas e africanas, é essencial abordar o tema com sensibilidade e respeito, reconhecendo a diversidade e a riqueza cultural que cada dança representa. Os educadores devem estar preparados para discutir a história e a importância dessas danças, enfatizando os contextos sociais, políticos e culturais que moldaram essas tradições. Propor atividades que estimulem a cooperatividade e o respeito mútuo entre os alunos é fundamental, especialmente em uma sociedade onde a diversidade deve ser celebrada.

É importante que os professores promovam um ambiente inclusivo, onde todos os alunos se sintam valorizados e respeitados, independentemente de suas capacidades físicas ou experiências anteriores com dança. Ao adaptar as atividades para atender às necessidades de todos, é possível criar uma aula mais rica e significativa, através da experiência que a dança traz.

Por fim, os educadores devem encorajar os alunos a refletir sobre suas experiências após as atividades de dança, permitindo um espaço para que compartilhem suas emoções e pensamentos. Essa prática não só enriquece o aprendizado, mas também desenvolve habilidades socioemocionais importantes, formando cidadãos mais empáticos e conscientes da diversidade que nos rodeia.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Criação de Fantasias: Os alunos podem usar materiais recicláveis e outros recursos para criar fantasias que representem danças indígenas e africanas. Além de estimular a criatividade, essa atividade pode ser um momento de aprendizado sobre as características culturais de cada dança. Ao final, um desfile pode ser organizado.

2. Dança das Cores: Promova uma atividade onde os alunos representem diferentes emoções ou situações usando cores e movimentos. As danças podem ser baseadas em danças africanas onde as cores têm um simbolismo. Ajude-os a associar determinadas emoções a movimentos específicos.

3. Contação de Histórias: Junte as danças com narrativas! Os alunos podem escolher uma dança e criar uma história que reflita seus movimentos. Essa atividade envolve trabalhar com a expressão oral e a criatividade, além de fortalecer os laços do grupo.

4. Maratona de Danças: Organize um evento em que os alunos apresentem uma série de danças de diferentes culturas, incluindo as indígenas e africanas. Essa atividade pode envolver outros professores e até a família, promovendo um clima de celebração da diversidade cultural.

5. Explorando a Música: Realize uma aula onde os alunos escutam canções que acompanham as danças e discutem seus significados. Os alunos podem pesquisar sobre os instrumentos usados em cada cultura e, depois, tentar reproduzi-los usando materiais que têm à disposição.

Essas sugestões têm como objetivo engajar os alunos de maneira lúdica e educativa, valorizando a diversidade cultural e promovendo uma experiência única no aprendizado das danças indígenas e africanas. Além de desenvolver habilidades práticas, as atividades abordadas também garantem a aproximação dos alunos com a cultura e a arte, enfatizando a importância da dança como forma de expressão e comunicação.

Botões de Compartilhamento Social