“Aprendendo Danças Folclóricas do Amazonas no 1º Ano”
O plano de aula a seguir foi desenvolvido para abordar de forma lúdica e educativo o tema das danças folclóricas do Amazonas com alunos do 1º Ano do Ensino Fundamental. O objetivo é garantir que as crianças explorem e compreendam a rica diversidade cultural do Brasil, em especial a do Amazonas, enquanto desenvolvem habilidades artísticas, motoras e cognitivas. As danças folclóricas, como as Cirandas, quadrilhas, toadas de boi bumbá, cacetinho, pastorinhas, tipiti, e dança do gambá, são apresentadas de forma atrativa e interativa para engajar os alunos e despertar o interesse pela cultura regional.
O plano abrange uma série de atividades que possibilitam o desenvolvimento da expressão corporal, o reconhecimento dos ritmos e o entendimento de sua importância cultural, promovendo também a socialização e o respeito às tradições, através da dança e da música. Todas as atividades são projetadas para serem inclusivas, levando em consideração as diferentes formas de aprendizado.
Tema: Danças Folclóricas do Amazonas
Duração: 6 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos
Objetivo Geral:
Promover o reconhecimento e a valorização das danças folclóricas do Amazonas, estimulando a apreciação cultural, a expressão corporal e a interação social entre os alunos.
Objetivos Específicos:
– Explorar as danças folclóricas da região amazônica, compreendendo suas características e significados.
– Desenvolver habilidades motoras através da dança e do movimento.
– Fomentar a socialização e o trabalho em grupo durante as atividades.
– Estimular a criatividade na elaboração de coreografias e performances.
– Reforçar a importância do respeito pela diversidade cultural.
Habilidades BNCC:
– (EF12EF11) Experimentar e fruir diferentes danças do contexto comunitário e regional (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e expressivas), e recriá-las, respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais e da dança, cultivando a percepção e o imaginário.
– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
Materiais Necessários:
– Espaço amplo para as atividades (auditório ou sala de aula com móveis retirados).
– Roupas leves e coloridas para as danças.
– Áudio com músicas folclóricas do Amazonas.
– Materiais para produção de adereços (papel, tintas, tesoura, colas).
– Projetor de vídeo (opcional).
– Cartazes ou imagens das diferentes danças folclóricas.
Situações Problema:
– Como diferentes danças podem contar histórias da cultura local?
– Qual a importância de dançar em grupo e coletivamente nas tradições amazônicas?
– Como podemos adaptar as danças folclóricas para o nosso estilo e espaço?
Contextualização:
As danças folclóricas são expressões culturais ricas que retratam a identidade e a história de um povo. Cada dança possui suas características únicas e muitas vezes está ligada a festividades e rituais locais. Nesse plano, vamos focar nas danças do Amazonas, explorando não apenas os movimentos, mas também as histórias e significados por trás de cada dança, permitindo que os alunos se conectem de forma mais profunda com a cultura brasileira.
Desenvolvimento:
Durante as seis aulas planejadas, os alunos terão a oportunidade de praticar e aprender sobre danças folclóricas do Amazonas. As aulas estarão estruturadas para que, a cada encontro, os alunos explorem uma nova dança, aprendendo seus passos, costumes e contos.
1ª Aula – Introdução às Danças
Objetivo: Apresentar as danças folclóricas do Amazonas.
Descrição: Exibição de um vídeo curto de danças folclóricas do Amazonas. Discussão sobre o que cada aluno viu e entendeu sobre as danças assistidas.
Atividade: Cada aluno escolher uma dança que mais gostou e desenhar um momento da dança.
Materiais: Papel, lápis e canetas.
2ª Aula – Cirandas
Objetivo: Ensinar os passos básicos da ciranda.
Descrição: Explicação sobre a história da ciranda e sua importância. Prática dos passos e formação de um grande círculo.
Atividade: Apresentação da ciranda em grupos.
Materiais: Música da ciranda para tocar.
3ª Aula – Quadrilhas
Objetivo: Aprender a dançar quadrilhas.
Descrição: Explicação sobre a quadrilha e seu contexto cultural. Ensinar os passos e criar uma apresentação em grupo, fazendo a contagem dos passos.
Atividade: Montar uma mini apresentação em sala.
Materiais: Música de quadrilha.
4ª Aula – Toada de Boi Bumbá e Cacetinho
Objetivo: Compreender e dançar a toada de Boi Bumbá e o Cacetinho.
Descrição: Falar sobre o festival de Parintins e a tradição do Boi Bumbá. Prática dos passos e o ritmo da dança.
Atividade: Criar sons com os corpos enquanto dançam.
Materiais: Músicas para dançar.
5ª Aula – Dança do Gambá e Pastorinhas
Objetivo: Aprender e praticar a dança do gambá e as pastorinhas.
Descrição: Explicar os significados e tradições dessas danças, enriquecendo as aulas com histórias.
Atividade: Criar uma performance combinando os dois estilos.
Materiais: Figurinos simples e brincadeira de fantoches.
6ª Aula – Apresentação Final
Objetivo: Realizar uma apresentação com as danças estudadas.
Descrição: Os alunos se apresentam em grupos com o que aprenderam ao longo das aulas.
Atividade: Feedback e momentos de celebração.
Materiais: Decoração para o espaço e instrumentos simples.
Atividades Sugeridas:
– Lanterna do Folclore: Pedir para os alunos desenharem suas danças preferidas e falarem sobre elas.
– Histórias de Danças: Escrever pequenas histórias que envolvam personagens dançando.
– Música em Grupo: Ensaiar uma música que relate a dança escolhida e apresentá-la.
– Confecção de Adereços: Criar chapéus ou enfeites que representam danças do Amazonas.
– Roda de História: Contar a história de uma dança enquanto todos dançam juntos.
Discussão em Grupo:
Durante as aulas, promover conversas sobre como a dança acontece em diferentes lugares e que cada cultura pode se expressar de maneiras únicas. Pedir para que compartilhem suas danças preferidas de casa ou de outras culturas que conhecem.
Perguntas:
– O que vocês gostaram mais nas danças que aprenderam?
– Alguém tem uma dança especial que gostaria de compartilhar?
– Qual diferença vocês acham que existe entre essas danças e outras que conhecem?
Avaliação:
A avaliação será realizada de maneira contínua, observando a participação dos alunos, a criatividade nas atividades e o espírito de colaboração durante as danças e discussões. O feedback também será feito após cada apresentação e atividade.
Encerramento:
Finalizar o projeto com uma celebração onde os alunos podem convidar familiares para assistirem a uma apresentação de danças que foram ensaiadas. Reflexões sobre o que aprenderam e o significado das danças na cultura são fundamentais.
Dicas:
– Utilize músicas representativas para cada dança e crie um ambiente que lembre as festas populares.
– Adaptar as danças para o espaço disponível, utilizando marcações no chão para a organização.
– Valorizar todas as contribuições dos alunos e incentivá-los o tempo todo.
Texto sobre o tema:
No Brasil, as danças folclóricas são muito mais do que simples movimentos; elas carregam histórias, tradições e culturas que foram passadas de geração em geração. A dancinha do gambá, por exemplo, é uma expressão artística que retrata a convivência harmoniosa com a natureza. Através de seus movimentos, os dançarinos contam a história de um pequeno gambá que explora a floresta. Assim como a toada de boi bumbá que, com sua energia vibrante e coreografias expressivas, traz à lembrança a tradição dos festivais amazônicos, especialmente em Parintins.
A riqueza cultural do Amazonas se reflete em suas danças. As cirandas e quadrilhas, que tradicionalmente são dançadas em festas e celebrações, aproximam as pessoas e criam um senso de comunidade. Os ritmos e os passos aprisionam não apenas o corpo, mas também a alma de quem participa, fazendo com que cada dança se torne um momento especial e único. Elas servem para educar, celebrar e unir, criando laços entre os membros da comunidade, e são uma forma de lembrar e dar vida ao folclore.
Por fim, o aprendizado sobre as danças folclóricas do Amazonas enriquece não só o conhecimento cultural das crianças, mas também proporciona uma oportunidade de desenvolvimento motor e social. Além disso, ao se envolver nesta prática, os alunos se tornam agentes da cultura, levando consigo a história e a tradição do Brasil.
Desdobramentos do plano:
Ao final das aulas, é possível furar uma parceria com uma escola de dança ou de folclore da região para promover eventos futuros que incluam a participação dos alunos. Além disso, os educadores podem organizar um Festival de Danças Folclóricas na escola, onde não só as danças do Amazonas serão apresentadas, mas também expressões culturais de outras partes do Brasil, estimulando assim um maior conhecimento e respeito à diversidade cultural.
As crianças também podem ser incentivadas a pesquisar sobre as danças de outras regiões do Brasil como parte de um trabalho em grupo, onde cada equipe fica responsável por apresentar uma dança e seu significado cultural. Essa atividade irá fortalecer suas habilidades de pesquisa, oratória e trabalho em equipe, além de conectar alunos de diferentes faixas etárias, promovendo uma troca cultural e um ambiente escolar mais coeso.
Por fim, os professores podem documentar todas as atividades através de fotos e vídeos, compilando um álbum ou um vídeo educativo que pode ser compartilhado com a comunidade, mostrando a importância da dança folclórica e do aprendizado cultural para as futuras gerações. Essa forma de valorização e divulgação garantirá que a cultura amazônica continue viva e pulsante nas escolas e em cada uma das crianças que participaram do projeto.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial criar um ambiente de acolhimento e diversão nas aulas. Os alunos devem sentir-se livres para se expressarem à vontade e para explorarem diferentes formas de movimento. É importante que o facilitador esteja presente durante todas as atividades, oferecendo suporte e encorajamento, garantindo que as crianças se sintam confortáveis e seguras.
Promover o intercâmbio de experiências entre as crianças sobre danças de suas próprias culturas e origens é um modo gratificante de expandir a visão de mundo dos alunos, ajudando-os a desenvolver um respeito profundo pela diversidade. Peça aos alunos para compartilharem histórias pessoais ligadas a outras danças ou festividades que conhecem. Isso ajudará a criar uma rica dinâmica coletiva e a solidificar o aprendizado.
Finalmente, a culminância desse projeto deve celebrar o que foi aprendido e vivenciado. Realizar uma apresentação final cheia de vida ajudará a solidificar o que aprendeu e trará um senso de realização. As danças folclóricas do Amazonas são muito mais do que arte. São um reflexo da vivência e da felicidade de um povo que se mantém unido através das tradições.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Criar fantoches que representem as danças do Amazonas. Cada aluno pode criar e contar uma pequena história que envolve sua dança escolhida. O objetivo é desenvolver a criatividade e a habilidade oral. Materiais: papel, tesoura, canetas e gravadores (opcional).
2. Criação de Máscaras: Cada aluno pode criar máscaras que representem personagens das danças. Isso estimula o imaginário e a leitura de significados culturais. Materiais: papel, tintas, pinceis e elásticos.
3. Roda de Dança: Organizar uma roda de dança, onde cada aluno apresenta um movimento que aprendeu, incentivando a participação de todos. A atividade promove a integração e o reconhecimento das habilidades individuais.
4. Diário da Dança: Criar um diário onde os alunos escrevem e desenham sobre cada dança que aprenderam. Isso ajuda na reflexão e consolidação do aprendizado. Materiais: cadernos e materiais de arte.
5. Caça ao Tesouro Cultural: Organizar uma caça ao tesouro onde pistas são baseadas nas danças e histórias apresentadas nas aulas. Os alunos devem trabalhar em equipe e usar suas habilidades de resolução de problemas.
Essas atividades lúdicas ressaltam a importância de aprender de forma divertida e envolvente, e garantem que cada aluno tenha a oportunidade de se expressar e contribuir para o ambiente de aprendizado.
