“Aprendendo Danças da Bahia: Plano de Aula para o 9º Ano”

O plano de aula a seguir é voltado para o 9º ano do Ensino Fundamental e contempla o tema das danças no município de Rio do Pires, explorando as diversas danças regionais da Bahia e as danças populares brasileiras. Este plano visa desenvolver a apreciação e a análise das expressões artísticas da dança, conforme previsto na BNCC, e busca proporcionar aos alunos um entendimento mais profundo sobre as diferentes manifestações culturais presentes no Brasil, enfatizando sua importância social e histórica.

O foco será a pesquisa e a apreciação de danças, envolvendo também a discussão de suas raízes, significados e contextos culturais. O objetivo é que os alunos reconheçam e apreciem as composições de dança de artistas e grupos de diferentes épocas, promovendo um aprendizado significativo e enriquecedor.

Tema: Dança no Município de Rio do Pires e Danças Regionais da Bahia
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

O objetivo geral desta aula é promover uma compreensão crítica das diversas formas de expressão representadas nas danças regionais e populares brasileiras, incentivando os alunos a apreciar e analisar esses elementos artísticos.

Objetivos Específicos:

1. Analisar as principais características das danças regionais da Bahia, como maracatu, samba de roda, forró e axé.
2. Discutir o contexto histórico e social das danças populares brasileiras, incluindo quadrilha, frevo e xaxado.
3. Desenvolver habilidades de pesquisa e apresentação, utilizando diferentes fontes de informação sobre danças.
4. Incentivar a expressão artística por meio da prática de movimentos relacionados às danças estudadas.

Habilidades BNCC:

As habilidades da BNCC que serão desenvolvidas durante essa aula incluem:
(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando criticamente o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

Materiais Necessários:

1. Projetor e computador para apresentação de vídeos sobre danças.
2. Folhas de papel e canetas ou lápis para anotações.
3. Materiais para apresentação (cartazes, figurinos ou adereços que representem as danças).
4. Acesso à internet para pesquisa.

Situações Problema:

1. Como as danças da Bahia refletem sua cultura e identidade?
2. Quais são as influências históricas nas danças populares brasileiras?
3. De que forma as diferentes danças podem ser vistas como expressões de resistência cultural?

Contextualização:

As danças no Brasil são mais do que meras apresentações; elas são uma parte essencial da identidade cultural de diversas comunidades. No município de Rio do Pires, a riqueza das danças regionais reflete influências africanas, indígenas e europeias. Cada dança, desde o maracatu até o frevo, traz consigo uma história, um significado e uma forma de expressão que atraem e engajam pessoas de todas as idades. Por meio da dança, as comunidades contam suas histórias e preservam suas tradições, tornando-se um importante meio de resistência e celebração cultural.

Desenvolvimento:

1. Introdução (20 minutos):
– Iniciar a aula com um breve vídeo que mostre algumas das danças regionais da Bahia e das danças populares brasileiras. Após o vídeo, discutir com os alunos o que observaram.
– Perguntar aos alunos: “Quais danças vocês conhecem?” e anotar suas respostas no quadro.

2. Pesquisa em Grupos (30 minutos):
– Dividir a turma em grupos pequenos e atribuir a cada grupo uma dança específica. As opções incluem:
– Maracatu,
– Samba de Roda,
– Forró,
– Axé,
– Quadrilha,
– Frevo,
– Carimbó,
– Xaxado.
– Cada grupo deve utilizar a internet ou materiais impressos para pesquisar sobre a história, a origem, os principais movimentos e instrumentos usados nas danças.

3. Apresentação dos Grupos (30 minutos):
– Cada grupo terá 5 minutos para apresentar suas descobertas para o restante da turma. Eles devem incluir movimentos básicos da dança, se possível demonstrando.

4. Discussão Reflexiva (20 minutos):
– Após as apresentações, promover uma discussão em grupo sobre como as danças estudadas refletem as tradições culturais de cada comunidade.
– Perguntar: “Como isso se relaciona com a identidade do povo brasileiro?”.

5. Prática de Dança (20 minutos):
– Conduzir a prática de alguns passos básicos de uma ou duas danças, permitindo que os alunos experimentem os movimentos e a sensação de dançar em grupo.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Pesquisa (Dia 1):
– Objetivo: Compreender as raízes culturais e sociais das danças regionais.
– Descrição: Os alunos farão uma pesquisa aprofundada sobre uma dança específica, abordando sua história, características e significados.
– Instruções: Os alunos usarão a internet e bibliografia disponível na escola para elaborar um pequeno relatório sobre a dança escolhida.

2. Apresentação Oral (Dia 2):
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação oral e apresentação.
– Descrição: Cada grupo apresentará suas análises sobre a dança escolhida com recursos visuais (slides ou cartazes).
– Instruções: Incluir no relatório informações visuais, como fotos ou vídeos que ilustrem suas danças.

3. Workshop de Dança (Dia 3):
– Objetivo: Aplicar o aprendizado por meio da prática da dança.
– Descrição: Os alunos deverão participar de uma oficina onde aprenderão os passos básicos da dança que pesquisaram.
– Instruções: O professor pode convidar um dançarino local para ensinar alguns passos.

4. Reflexão Escrita (Dia 4):
– Objetivo: Desenvolver habilidades de escrita reflexiva.
– Descrição: Após as atividades práticas, os alunos escreverão uma reflexão sobre o que aprenderam e experienciaram.
– Instruções: Perguntas para guiar a reflexão: “O que a dança significa para você?”, “Como a dança pode contar histórias sobre um povo?”.

5. Elaboração de um Cartaz (Dia 5):
– Objetivo: Criar um material de visualização que resuma a danç​​a estudada.
– Descrição: Cada grupo criará um cartaz sobre mais sua dança, incluindo informações sobre sua história, popularidade e elementos básicos.
– Instruções: Os cartazes devem ser expostos na sala de aula ou em um espaço comum da escola.

Discussão em Grupo:

– Promover uma discussão sobre as dificuldades e os prazeres encontrados durante a prática da dança.
– Perguntar: “Como cada dança apresentada oferece uma visão da cultura brasileira?”

Perguntas:

1. Qual a importância da dança para a cultura de um povo?
2. De que maneira as danças podem influenciar a identidade cultural dos indivíduos?
3. Como podemos ver a evolução das danças populair brasileiras a partir de suas raízes?

Avaliação:

– Avaliar a participação dos alunos durante as pesquisas e apresentações, focando na contribuição de cada um para o grupo.
– A reflexão escrita e o cartaz produzido também servirão como parte da avaliação, abordando o entendimento dos alunos sobre o tema.

Encerramento:

– Finalizar a aula relembrando a importância das danças como forma de expressão cultural e suas conexões com a história do Brasil.
– Solicitar que cada aluno compartilhe uma nova aprendizagem ou um pensamento que levou das atividades realizadas.

Dicas:

1. Utilize música de fundo durante as atividades práticas para criar um ambiente mais envolvente.
2. Incentive a diversidade nas danças que serão ensinadas, mostrando como cada uma delas é única em sua forma de expressão e contação de histórias.
3. Considere desenvolver um projeto que envolva a comunidade, convidando dançarinos locais para se apresentarem na escola.

Texto sobre o tema:

A dança é uma das expressões culturais mais ricas do Brasil, refletindo a diversidade e a riqueza que estruturam a identidade nacional. No município de Rio do Pires, as danças desempenham um papel fundamental na preservação da cultura local, trazendo à tona tradições que muitas vezes remontam a épocas passadas. Das danças de origem africana, como o maracatu e a capoeira, às influências indígenas e europeias, cada estilo possui suas características marcantes que são passadas de geração para geração.

O maracatu, por exemplo, é uma dança que exalta as tradições afro-brasileiras, sendo uma forma de resistência e celebração da identidade cultural negra. Com ritmos contagiantes e figurinos elaborados, o maracatu é mais do que uma dança; é uma vivência coletiva que envolve toda a comunidade, apresentando suas crenças, valores e histórias. De forma similar, o samba de roda não apenas proporciona entretenimento, mas também reune as famílias e amigos ao redor de um ofício coletivo que remonta às suas origens.

Além disso, o forró e o axé também desempenham papéis significativos na cultura de festa e celebração. Esses ritmos, muitas vezes executados durante festas populares, proporcionam um espaço de socialização e interação, essencial para a coesão social. A quadrilha e o frevo, por outro lado, trazem influências distintas, refletindo a diversidade cultural das diferentes regiões do Brasil, reconhecendo as festas juninas e o carnaval como símbolos de celebração popular.

A dança é, sem dúvida, um veículo poderoso para a expressão cultural, etnográfica e social, e ao estudarmos essas manifestações, conseguimos não apenas apreciar a arte que elas representam, mas também entender o papel que desempenham na identidade coletiva. Reconhecer e valorizar as danças é fundamental para a preservação da história e cultura brasileira, conectando as novas gerações com seus ancestrais.

Desdobramentos do plano:

As atividades propostas neste plano de aula oferecem um espaço significativo para o desenvolvimento de habilidades essenciais, não somente no que diz respeito à dança, mas também à cooperatividade e à interdisciplinaridade. Através da pesquisa, os alunos aprendem a importância das fontes históricas e culturais, desenvolvendo uma consciência crítica quanto às suas configurações sociais. Além disso, ao apresentar suas descobertas, os alunos são estimulados a se expressar e a trabalhar em equipe, aprendendo a valorizar as contribuições individuais dentro do coletivo.

Outro desdobramento importante é a criação de um censo crítico sobre as práticas culturais e artísticas em um contexto mais amplo. Isso pode levar à promoção de eventos na escola que celebrem as danças estudadas, envolvendo a comunidade local e criando um diálogo entre culturas. Assim, os alunos não apenas se tornam receptores de cultura, mas também agentes de mudança, propondo formas de valorização e preservação das danças que integram a diversidade cultural do Brasil.

Além disso, o plano pode desdobrar-se em projetos futuros que incentivem a formação de grupos de dança nas escolas e sua participação em eventos comunitários. Esses grupos podem não apenas resgatar danças tradicionais, mas também criar novas interpretações que afinem as experiências dos alunos com a dança contemporânea. Isso ajudará a fomentar a criatividade, a auto-estima e o sentimento de pertencimento, fundamentais para o desenvolvimento pessoal e social dos jovens.

Por fim, a construção de um festival cultural na escola que incorpore as danças trabalhadas pode ser um excelente encerramento das atividades. Este festival pode convidar a comunidade a participar e engajar com os alunos, promovendo o reconhecimento da diversidade cultural e a importância do intercâmbio social. A dança, como forma de arte, se torna não apenas um conteúdo escolar, mas uma forma de vivência e aproximação com as raízes culturais que nos conectam enquanto sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

Na aplicação deste plano de aula, é essencial que o professor esteja preparado para lidar com a diversidade de opiniões e sensibilidades dos alunos em relação à dança e à cultura. O respeito pelas diferenças é uma prioridade ao lidar com expressões culturais, e deve-se estar atento para que todas as vozes, especialmente aquelas que são frequentemente silenciadas, tenham espaço para se expressar.

Além disso, é importante criar um ambiente em que os alunos se sintam à vontade para experimentar e expressar suas emoções através da dança. Incentivar os alunos a experimentar diferentes estilos e movimentos ajuda a desenvolver a confiança deles, não apenas nas suas habilidades artísticas, mas também em sua capacidade de socialização e interação.

Por fim, considere o uso de tecnologias como plataformas digitais de apresentação para as pesquisas e resultados. Isso enriquece ainda mais a experiência de aprendizado, permitindo que os alunos explorem e compartilhem suas ideias de maneira inovadora. Preparar os alunos para serem consumidores críticos e produtores de conhecimento em um mundo digital é uma competência crucial nos dias de hoje.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança dos Países: Organize uma atividade onde cada aluno deve escolher um país e aprender sobre as danças nacionais. Eles devem apresentar, em grupo, uma breve demonstração ao som da música típica, promovendo uma troca cultural específica.
Objetivo: Desenvolver o respeito pela diversidade hidráulica.
Materiais: Músicas, figurinos, e materiais para apresentação.

2. Círculo de Dança: Promova uma roda de dança onde todos podem participar. Cada aluno deve apresentar um passo básico da dança que mais gosta, promovendo assim a troca de experiências e aprendizagens entre si.
Objetivo: Criar um ambiente de colaboração e interação.
Materiais: Espaço amplo e músicas variadas.

3. Aula de Dança com Convidados: Convide dançarinos renomados ou grupos de dança da comunidade para uma aula especial. Os alunos terão a chance de aprender passos autênticos e histórias por trás das danças.
Objetivo: Introduzir informações dos reais praticantes e trazer a disciplina em uma vivência prática.
Materiais: Sala ampla, som e espaço para dança.

4. Árvore Genealógica das Danças: Crie um projeto em que os alunos devem construir uma árvore genealógica das danças brasileiras, relacionando-as com suas raízes e influências. Essa atividade permite visualizar as interconexões entre várias danças e suas origens.
Objetivo: Ensinar os alunos sobre a origem das danças locais e sua relação cultural.
Materiais: Cartolina, canetas e informações de pesquisa.

5. Criação de uma Dança Autoral: Após aprender sobre danças populares, peça aos alunos que criem sua própria coreografia, abordando temas relevantes que vivenciam em sua realidade.

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