“Aprendendo com Plantas Medicinais e Brincadeiras Indígenas”

O plano de aula que se segue foi elaborado com o objetivo de proporcionar uma experiência rica e interativa para bebês de 3 a 5 anos, explorando o tema das plantas medicinais e as brincadeiras de origem indígena. Nesta atividade, a intenção é permitir que as crianças entrem em contato com a natureza, desenvolvam suas habilidades sociais e motoras, e também com suas capacidades de imaginação e expressão. A proposta conta com interações que favorecem o aprendizado e a autonomia dos pequenos, enquanto também os ensina sobre a importância da cultura indígena e das plantas ao nosso redor.

Ao longo das 4 horas de aula, os alunos participarão de atividades que incluem roda de conversa, brincadeiras em grupo e um espaço montado com amostras de plantas. Essas experiências não apenas tornam o aprendizado divertido e educativo, mas também promovem o reconhecimento das emoções e expressões dos pequenos, estimulando a curiosidade e o senso de descoberta através da interação com o ambiente e com os colegas.

Tema: Plantas Medicinais e Brincadeiras de Origem Indígena
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos bebês a oportunidade de explorar e conhecer plantas medicinais e suas propriedades, além de introduzir brincadeiras que fazem parte da cultura indígena, promovendo a interação social e o desenvolvimento motor e emocional.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a exploração sensorial das plantas apresentadas, desenvolvendo o olfato e o tato.
– Proporcionar momentos de interação entre as crianças para fomentar a socialização e o convívio.
– Incentivar o movimento e a expressão corporal através de brincadeiras que envolvam ritmos e gestos.
– Cultivar o respeito e a curiosidade pela cultura indígena e pelo uso das plantas.

Habilidades BNCC:

– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
(EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

– Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Amostras de plantas medicinais (ex: hortelã, aloe vera, erva-doce)
– Música indígena (pode ser um CD ou playlist)
– Brinquedos e materiais variados para as brincadeiras (cordas, bolas, tecidos)
– Colchonetes para conforto nas atividades no chão
– Livros ilustrados sobre plantas e cultura indígena

Situações Problema:

– Como podemos reconhecer diferentes plantas e suas propriedades?
– O que as brincadeiras indígenas podem nos ensinar sobre a interação social?

Contextualização:

A atividade acontece em um ambiente acolhedor e seguro, onde as crianças podem se mover livremente e interagir. As amostras de plantas serão apresentadas de forma que os bebês consigam tocar e sentir, guiados por adultos que os ajudarão a identificar cada uma. Além disso, um momento de roda de conversa será feito, onde as crianças ouvirão histórias que conectam a cultura indígena e as plantas.

Desenvolvimento:

1. Iniciar com uma roda de conversa sobre o que são plantas medicinais e como elas podem ser importantes. Perguntar se alguém já viu alguma planta que faz bem para o corpo.
2. Apresentar as amostras de plantas, permitindo que as crianças toquem e sintam cada uma, falando sobre suas características (cor, cheiro).
3. Explorar com as crianças algumas brincadeiras indígenas, como a dança circular e brincadeiras de roda ao som de músicas tradicionais.
4. Finalizar cada atividade com uma reflexão sobre como as brincadeiras nos ajudam a nos sentir bem e como as plantas podem fazer isso também.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Conhecendo as Plantas
Objetivo: Aproximar as crianças do mundo das plantas.
Descrição: Apresentar diferentes amostras de plantas; as crianças podem sentir o cheiro e ver as texturas.
Instruções Práticas para o Professor: Organize as plantas em mesas baixas ou em um local acessível; faça um passeio com as crianças até as plantas.
Materiais: Amostras de plantas, mesas baixas.

Atividade 2: Brincadeiras de Roda
Objetivo: Estimular a interação social e o movimento.
Descrição: Envolver as crianças em danças e brincadeiras que podem ser feitas em círculo.
Instruções Práticas para o Professor: Coloque uma música indígena para tocar e incentive as crianças a seguirem a movimentação.
Materiais: Música indígena, um espaço amplo.

Atividade 3: Jogo dos Sentidos
Objetivo: Estimular os sentidos através da exploração.
Descrição: As crianças vendadas devem identificar as plantas apenas pelo cheiro e toque.
Instruções Práticas para o Professor: Tenha algumas plantas e os bebês podem explorar tocando e sentindo.
Materiais: Plantas, venda para os olhos (se necessário).

Discussão em Grupo:

– Como você se sentiu ao tocar nas plantas?
– Qual é a sua planta favorita e por quê?
– O que podemos aprender com as brincadeiras indígenas?

Perguntas:

– O que você mais gostou de fazer hoje?
– Você conhecia essas plantas? O que achou delas?
– Qual foi a sua dança favorita durante as brincadeiras?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação e o engajamento das crianças durante as atividades. O profissional deverá se atentar às interações entre os alunos, à comunicação e à disposição para experimentar as atividades propostas.

Encerramento:

Finalize a atividade reunindo as crianças em um círculo e refletindo juntos sobre o que aprenderam. Pode-se também contar uma história ou fazer um pequeno resumo do que foi vivido durante o dia, destacando a importância das plantas e das brincadeiras.

Dicas:

– Esteja sempre atento às necessidades e formas de expressão dos bebês, criando um espaço seguro para a exploração.
– Utilize músicas e sons naturais para criar um ambiente acolhedor e envolvente.
– Permita que as crianças toquem e experimentem ao máximo, isso facilita o aprendizado e a absorção das informações.

Texto sobre o tema:

O uso de plantas medicinais é uma prática tradicional que remonta a milênios, envolvendo conhecimentos passados de geração em geração. Essas plantas são frequentemente utilizadas na medicina popular e têm sido indicadas por muitos ao longo da história para tratar diversas condições e doenças. É essencial que as crianças sejam introduzidas nesse tema desde cedo, pois além de aprenderem sobre saúde e bem-estar, desenvolvem um respeito e uma conexão com a natureza, fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis.

Brincadeiras de origem indígena, além de serem uma parte importante do folclore e cultura do nosso país, promovem o fortalecimento de laços entre as crianças. Elas são características da oralidade e do modo de vida indígena, trazendo conceitos de cooperação, respeito e alegria, fundamentais nas interações sociais. O brincar, para as crianças, é também uma forma de se relacionar com o mundo, de entender a cultura e o passado que compõem sua herança e identidade.

Portanto, a junção dessas duas temáticas, das plantas medicinais e das brincadeiras indígenas, pode se tornar uma ferramenta poderosa no ambiente escolar. Ao promover a experiência sensorial e a socialização, os pequenos aprendem não apenas sobre a flora ao seu redor, mas também sobre outras culturas e modos de vida que fazem parte da diversidade do Brasil. Essa abordagem educativa permite que as crianças desenvolvam uma conexão mais profunda com seu ambiente e sua história.

Desdobramentos do plano:

A temática das plantas medicinais e das brincadeiras indígenas possui um rico potencial de desdobramentos. A primeira possibilidade é a exploração de outras plantas que podem ser encontradas na região, onde a escola está localizada, ampliando o repertório das crianças. Fazer caminhadas em parques locais ou áreas verdes pode trazer segurança e conhecimento prático sobre o que está ao redor. Além disso, poderá haver a introdução das histórias indígenas que falam sobre a relação dos povos indígenas com as plantas e a natureza, trazendo um conhecimento cultural ainda mais profundo.

Outra linha de desdobramento pode se dar na criação de um livro de registro onde as crianças podem colar imagens das plantas, desenhar e registrar suas interações. Isso não só irá sistematizar todo o aprendizado, mas também dará espaço para que as crianças expressem suas emoções e compreensões em relação aos temas abordados. Essa prática de documentação é essencial para que os pequenos percebam também o quanto aprenderam e como podem se expressar.

Finalmente, é importante pensar em uma exposição final que possa mostrar para os pais e demais familiares tudo o que os bebês aprenderam ao longo desse período. A apresentação pode incluir danças e músicas, bem como a exibição do livro de registro e as plantas que foram exploradas. Esse momento de compartilhamento reforça a identidade das crianças e o valor do que foi aprendido, promovendo também a aproximação da família ao ambiente escolar.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o plano de aula seja implementado de maneira flexível, adaptando-o ao ritmo e ao interesse das crianças, uma vez que os bebês apresentam diferentes níveis de desenvolvimento. Os educadores devem estar preparados para redirecionar as atividades conforme necessário, proporcionando um ambiente acolhedor e receptivo.

Além disso, a observação constante da interação entre os bebês e entre eles e os adultos é essencial para compreender o que cada criança está absorvendo das experiências. Criar um ambiente de escuta e diálogo facilitará a comunicação das emoções e necessidades, permitindo melhores respostas às situações que surgirem no decorrer das atividades.

Por último, o objetivo é que as experiências propostas cultivem em cada criança um respeito pela natureza e pela diversidade cultural, formando adultos conscientes de seu papel no mundo. Assim, faz-se necessário que toda a equipe pedagógica esteja alinhada e comprometida com essa proposta de educação integral, promovendo um aprendizado significativo que registre na memória afetiva da criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Plantando Sementes
Objetivo: Ensinar sobre o ciclo da planta.
Faixa Etária: 3 a 5 anos.
Descrição: As crianças podem plantar sementes em pequenos vasos, aprendendo sobre o crescimento e os cuidados necessários.
Materiais: Sementes, terra, vasos pequenos.
Como Conduzir: Auxiliar as crianças a colocarem a terra no vaso e as sementes, explicando que assim como nós, as plantas também precisam de cuidados e atenção.

Sugestão 2: Criação de Instrumentos Sonoros
Objetivo: Introdução aos sons da natureza.
Faixa Etária: 3 a 5 anos.
Descrição: Usar materiais recicláveis para construir instrumentos sonoros, imitando sons naturais das plantas e animais.
Materiais: Garrafas plásticas, grãos, papel e canetas.
Como Conduzir: Incentivar as crianças a criar e tocar as músicas que representam a natureza ao seu redor.

Sugestão 3: Brincando de Histórias
Objetivo: Fomentar a imaginação e a expressão.
Faixa Etária: 3 a 5 anos.
Descrição: Contar histórias da cultura indígena de maneira lúdica, onde as crianças podem participar da narração.
Materiais: Livros, fantoches ou objetos de cena.
Como Conduzir: Criar um ambiente de contação de histórias onde os alunos possam se envolver e atuar, tornando a atividade interativa.

Sugestão 4: Jogo das Cores e Cheiros
Objetivo: Desenvolver os sentidos.
Faixa Etária: 3 a 5 anos.
Descrição: As crianças deverão identificar diferentes plantas através da cor e do cheiro.
Materiais: Plantas diversas, lenços para cobrir os olhos.
Como Conduzir: Fazer uma seleção de plantas e amostras e incentivar as crianças a associá-las às suas cores e cheiros característicos.

Sugestão 5: Criação de um Painel de Plantas
Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e conhecimento sobre plantas.
Faixa Etária: 3 a 5 anos.
Descrição: Criar um mural onde as crianças poderão colar imagens de plantas e desenhar suas favoritas.
Materiais: Cartulinas, revistas, tesouras sem ponta, cola.
Como Conduzir: Mostrar as plantas no painel e sugerir que as crianças desenhem ou colem imagens, explicando sobre as características de cada planta.

Esse plano de aula propõe um aprendizado intenso, lúdico e interativo, que respeita e valoriza a diversidade cultural e a natureza, elementos essenciais na formação do educando.

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