“Aprendendo com Criatividade: Construa Seu Notebook de Papelão!”
Este plano de aula foi desenvolvido com o intuito de proporcionar um aprendizado dinâmico e envolvente para crianças pequenas na Educação Infantil, focando na construção de um notebook de papelão. A atividade promete instigar a criatividade dos alunos ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento de habilidades manuais, sociais e cognitivas. Com o uso de materiais simples e acessíveis, nós podemos explorar um universo de possibilidades que estimula a imaginação e a expressão individual e coletiva das crianças.
Neste contexto, a atividade de criar um notebook manual não se limita apenas ao ato de colar e recortar, mas expande-se para a construção de um entendimento mais profundo sobre a utilização de ferramentas de comunicação, a valorização do trabalho em equipe e o estímulo à autonomia. Ao longo desta aula, buscaremos integrar os aspectos relevantes da BNCC e encorajar os alunos a se expressarem de maneira livre, respeitando suas individualidades.
Tema: Construindo meu próprio notebook
Duração: 45 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a expressão artística e a coordenação motora ao criar um notebook de papelão, incentivando o trabalho em equipe e a individualidade.
Objetivos Específicos:
– Estimular a criatividade e a autonomia nas crianças ao permitir que escolham a decoração e a customização de seus “notebooks”.
– Desenvolver habilidades manuais, como colagem, recorte e escrita, através da construção do notebook.
– Fomentar a valorização das ideias dos colegas por meio do trabalho em grupo.
– Promover a comunicação entre as crianças ao expressarem suas ideias e sentimentos sobre o processo criativo.
Habilidades BNCC:
– EI03EO03: Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– EI03CG05: Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.
– EI03TS02: Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– EI03EF01: Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).
Materiais Necessários:
– Caixas de papelão (pequenas)
– Tesouras sem ponta
– Cola branca
– Lápis de cor
– Papéis coloridos (cartolina, papel de presente)
– Imagens recortadas de revistas (tecnologia, natureza, etc.)
– Letras recortadas em papéis coloridos
– Faixas de papel para teclado
Situações Problema:
– Como podemos transformá-lo em um notebook colorido e personalizado?
– O que você gostaria de colocar no seu notebook para que ele fosse único?
– Como trabalhar juntas (as crianças) em equipe para fazer mais notebooks?
Contextualização:
As crianças estarão em um ambiente colaborativo onde poderão discutir e compartilhar suas ideias sobre como deve ser um notebook. O ato de transformar uma caixa simples em um objeto funcional e estético ajudará as crianças a refletirem sobre a importância de se trabalhar em grupo e respeitar as diferenças. A construção deste objeto lúdico serve como uma metáfora para o entendimento de como a tecnologia pode facilitar a comunicação e o aprendizado.
Desenvolvimento:
1. Iniciar a atividade perguntando às crianças se elas sabem o que é um notebook e o que podemos fazer com ele.
2. Exibir um exemplo de notebook feito com papelão, detalhando suas partes (tela, teclado, etc.).
3. Dividir as crianças em grupos pequenos e distribuir os materiais.
4. Orientar as crianças a desenharem a tela de um notebook no papelão e colarem imagens e letras que representem suas ideias.
5. Colocar as partes do notebook juntas, ajudando-as a enxergar a relação entre cada componente criado.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1 (Dia 1): “Escolhendo as imagens”
– Objetivo: Estimular a escolha e seleção de imagens.
– Descrição: As crianças devem recortar imagens que gostem de revistas e jornais, trazendo-as para serem coladas no notebook.
– Material: Revistas, tesouras e cola.
– Adaptação: As crianças menores podem apenas escolher e colar imagens já recortadas.
– Atividade 2 (Dia 2): “A tela do meu notebook”
– Objetivo: Criar a parte da tela do notebook.
– Descrição: Cada criança desenha algo que gostaria de ver no seu “notebook”, colando no espaço da tela.
– Material: Papel, lápis de cor e cola.
– Adaptação: Oferecer modelos de desenhos para as crianças que precisam de ajuda.
– Atividade 3 (Dia 3): “Montagem do notebook”
– Objetivo: Integrar todos os componentes do notebook.
– Descrição: Utilizando a caixa de papelão, as crianças devem montar os elementos que criaram nos dias anteriores.
– Material: Cola, papelão e recortes.
– Adaptação: Ter um monitor maior para mostrar como montar e ajudar nas etapas.
– Atividade 4 (Dia 4): “Personalizando o teclado”
– Objetivo: Reconhecer e colar letras no teclado.
– Descrição: As crianças colarão letras (recortadas) em um espaço que representará o teclado.
– Material: Letras recortadas e cola.
– Adaptação: Oferecer letras maiúsculas e minúsculas para diversificar.
– Atividade 5 (Dia 5): “Apresentação dos notebooks”
– Objetivo: Estimular a comunicação oral entre as crianças.
– Descrição: Cada criança apresenta seu notebook, explicando as escolhas que fez.
– Material: Nenhum adicional.
– Adaptação: O professor pode ajudar com perguntas se a criança se sentir insegura.
Discussão em Grupo:
Após a construção do notebook, promover uma roda de conversa onde as crianças possam compartilhar o que mais gostaram na atividade, o que aprenderam sobre trabalhar em equipe e como se sentiram ao criar algo que representa cada uma delas.
Perguntas:
– O que vocês gostaram mais de fazer na construção do notebook?
– Como foi trabalhar em grupo? Alguém teve uma ideia diferente das outras?
– O que vocês colocariam em um notebook real que não colocaram no nosso?
Avaliação:
A avaliação será realizada de forma contínua, observando a participação das crianças nas atividades, o envolvimento no trabalho em grupo e a habilidade de expressar suas ideias. O objetivo é focar no processo de criação e aprendizado, mais do que no produto final.
Encerramento:
Na finalização da atividade, os alunos poderão levar seus notebooks para casa, promovendo uma reflexão sobre o que aprenderam durante o processo. É essencial também discutir a importância de compartilhar ideias e respeitar as contribuições de cada colega.
Dicas:
– Mantenha sempre um espaço organizado para as atividades, evitando distrações.
– Explore diferentes formatos e tamanhos de papéis para diversificar a atividade.
– Encoraje as crianças a se ajudarem mutuamente durante a montagem.
Texto sobre o tema:
No mundo atual, a tecnologia desempenha um papel central na educação e na comunicação. Criar um notebook de papelão em sala de aula é uma forma de aproximar as crianças desse universo, ao mesmo tempo em que trabalha habilidades fundamentais como a criatividade e o trabalho em equipe. A atividade não só estimula o desenvolvimento da coordenação motora fina, mas também ensina importantes lições sobre a colaboração e a diversidade de ideias.
Além disso, ao utilizar materiais recicláveis como o papelão, estamos promovendo a consciência ambiental e o valor do reaproveitamento. Em um cenário onde cada vez mais se fala sobre sustentabilidade e consumo consciente, essa prática se torna especialmente relevante. Crianças que aprendem desde cedo sobre a importância de cuidar do meio ambiente estão mais propensas a levar esses ensinamentos para a vida adulta.
Finalmente, ao deixar que as crianças expressem suas visões e sentimentos por meio da construção do notebook, reforçamos sua autoestima e confiança. Elas aprendem que suas ideias têm valor e que, ao compartilhar, podem construir algo ainda maior. A interação e o respeito ao que cada um traz para o grupo são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e colaborativos.
Desdobramentos do plano:
Este plano pode ser desdobrado em diversas outras atividades que estimulem a interação e a criatividade das crianças. Uma possibilidade é criar um “mural de ideias” onde os alunos podem pendurar suas criações e compartilhar com a escola, ampliando o espaço da criação pessoal para o comunitário. Fomentar a ideia de que cada notebook possui uma história única e que cada história enriquece a coletividade é um aprendizado valioso.
Outra possibilidade é expandir a atividade a um projeto de sala de aula onde as crianças possam explorar outros tipos de tecnologia, como tablets e computadores. Promover um debate sobre como as tecnologias variam e suas utilidades no dia a dia pode ser uma excelente forma de ampliar o entendimento sobre o tema. Estimular a curiosidade e o questionamento sobre novos conhecimentos é uma parte essencial do aprendizado infantil.
Por fim, é possível implementar oficinas onde as crianças, com a ajuda de seus pais, possam construir outros objetos em papelão, promovendo assim a participação da família e a arte colaborativa. Transformar o aprendizado em um projeto que envolva não apenas as crianças, mas toda a sua rede de convivência, fortalece os laços comunitários e cria um ambiente mais fértil para o aprendizado lúdico.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano, é fundamental priorizar a flexibilidade e a adaptação às necessidades dos alunos. Uma sala de aula inclusiva é aquela que respeita as individualidades e ritmos de cada criança. Estar atento às dinâmicas do grupo e às emoções dos alunos pode revelar insights valiosos sobre como melhorar as abordagens educativas. Para isso, uma comunicação clara e o incentivo ao diálogo são essenciais no processo.
É importante ressaltar que esta atividade não visa apenas a produção de um objeto, mas busca promover o aprendizado colaborativo e a construção de conhecimento social. Estabelecer um clima positivo e encorajador favorecerá a participação ativa e entusiasmada das crianças em atividades futuras.
Por fim, tenha sempre em mente que o desenvolvimento infantil se dá por meio da brincadeira, da criatividade e da interação. Ao criar espaços seguros onde as crianças possam explorar e expressar-se, estamos contribuindo para seu crescimento pessoal e social e para a formação de indivíduos críticos, criativos e respeitosos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. A Caixa de Ideias: Criar uma caixa onde as crianças podem colocar desenhos e ideias sobre como gostariam que fosse o notebook ideal. Objetivo: Desenvolver a expressão criativa e a capacidade de compartilhar. Materiais: Caixa, papéis e canetinhas. Como fazer: As crianças desenham suas ideias e compartilham com os colegas, criando um mural coletivo.
2. Teatro de Fantoches: Promover uma apresentação de fantoches onde os personagens usam notebooks para contar uma história. Objetivo: Trabalhar a oralidade e a criatividade. Materiais: Fantoches e cenário. Como fazer: As crianças criam as histórias que serão apresentadas, usando o notebook como elemento central da história.
3. Caminhando com Tecnologia: Fazer uma caminhada pela escola ou ambiente escolar, observando e descrevendo onde a tecnologia pode ser vista. Objetivo: Conscientizar sobre a presença da tecnologia no cotidiano. Materiais: Lápis e folhas para anotações. Como fazer: As crianças anotam ou desenham em folhas o que encontraram relacionado à tecnologia.
4. Jogo das Cores: Criar um jogo de identificação de cores presentes nos notebooks criados. Objetivo: Trabalhar a percepção visual e o reconhecimento de cores. Materiais: Cartões coloridos. Como fazer: As crianças devem encontrar e identificar as cores dos notebooks umas com as outras, promovendo a interação.
5. A Cozinha do Notebook: Realizar uma atividade de culinária onde as crianças podem fazer bolachas em formatos de teclas. Objetivo: Integrar a atividade culinária ao aprendizado. Materiais: Massa de biscoito, cortadores em formato de teclas. Como fazer: As crianças ajudam na preparação e, depois de assadas, podem “decorar” as teclas de seu jeito.
Todos esses jogos e atividades integradas têm como missão reforçar os conceitos aprendidos na construção dos notebooks, promovendo um ambiente de aprendizado dinâmico e prazeroso, essencial na Educação Infantil.
