Aprendendo Cheio e Vazio: Atividades Lúdicas para Crianças de 3 Anos

Neste plano de aula, o foco é trabalhar o conceito de quantidade, explorando as noções de cheio e vazio, de forma lúdica e interativa. O objetivo é proporcionar às crianças experiências significativas que promovam a compreensão dessas ideias, aliando o aprendizado a atividades que envolvem movimento, manipulação de objetos e diálogo. A metodologia será centrada no brincar, que, segundo diversas teorias, é a forma mais natural de aprendizado para as crianças pequenas, permitindo um desenvolvimento integral.

As atividades sugeridas são desenhadas para serem simples, mas efetivas, adequadas à faixa etária de 3 anos, considerando o contexto afetivo e social dos pequenos. A proposta envolve diversas linguagens e experiências sensoriais que estimulam a curiosidade e a exploração, fundamentais nessa fase do desenvolvimento infantil.

Tema: Conceito de quantidade: Cheio/Vazio
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a compreensão do conceito de quantidade, através da identificação e diferenciação entre os estados de cheio e vazio em objetos do cotidiano.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a interação entre as crianças, promovendo o trabalho em grupo.
– Estimular a audição e fala durante as atividades.
– Proporcionar que os pequenos manipulem objetos para vivenciar a diferença entre cheio e vazio.
– Fomentar a expressão de sentimentos e opiniões a partir das experiências vivenciadas.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros, etc., em contextos diversos.
– (EI02CG04) Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Recipientes de diferentes tamanhos, como copos plásticos ou potes.
– Materiais para encher (bolinhas de gude, algodão, areia ou massinha).
– Tecido ou papel para cobrir os recipientes.
– Cartazes com imagens que representem cheio e vazio.

Situações Problema:

– Por que alguns potes estão cheios e outros estão vazios?
– Como podemos transformar um pote vazio em um pote cheio?
– O que acontece quando tiramos coisas de um pote cheio?

Contextualização:

A compreensão das quantidades é fundamental para o desenvolvimento de habilidades matemáticas futuras. Observar a relação entre cheio e vazio não só contribui para a formação de conceitos matemáticos básicos, mas também promove a experiência social entre as crianças, estimulando a solidariedade e a cooperação. Atividades que envolvem manipulações e comparações enriquecem a aprendizagem, tornando-a mais atrativa.

Desenvolvimento:

1. Abertura:
– Conduza a conversa com os alunos utilizando os cartazes que ilustram as palavras cheio e vazio. Pergunte: “O que vocês acham que significa cheio? E vazio?”
– Estimule a participação com exemplos do cotidiano.

2. Atividade Prática:
– Separe as crianças em grupos e ofereça diferentes recipientes (alguns cheios e outros vazios).
– Explique que cada grupo deve fazer um experimento: como podem transformar um pote vazio em cheio e vice-versa.
– Deixe que explorem os materiais, enchendo e esvaziando os potes.

3. Discussão:
– Após a atividade prática, reúna todos e discuta o que aconteceu.
– Perguntas como: “O que foi mais fácil? Chegar a um pote cheio ou deixá-lo vazio?” podem ser provocativas.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Enchendo e Esvaziando
Objetivo: Facilitar a compreensão da noção de cheio e vazio.
Descrição: Divida os alunos em grupos, faça com que cada grupo tenha um recipiente vazio e um cheio. Eles devem tentar transferir o material de um recipiente para o outro, experimentando o processo.
Materiais: Recipientes e materiais para enchimento.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, ofereça recipientes maiores ou ajude diretamente na transferência.

Atividade 2: Brincadeira do Lobo Mau
Objetivo: Relacionar a quantidade com o lúdico.
Descrição: Os alunos jogam um jogo onde o “lobo” tem que escolher entre dois potes – um cheio e um vazio.
– Se escolher o cheio, eles podem pegar uma bolinha, se escolher o vazio, não ganham nada.
Materiais: Copos ou potes e bolinhas de gude.
Adaptação: Alterar a dinâmica, tornando o jogo mais visual e menos competitivo se necessário.

Atividade 3: A Caça ao Tesouro Vazio/ Cheio
Objetivo: Exploração espacial e identificação dos conceitos.
Descrição: Organize uma caça ao tesouro onde as crianças devem encontrar itens para encher o pote que levarão.
Materiais: Recipientes para coletar os itens.
Adaptação: Para os mais tímidos, permita que trabalhem em duplas ou trios.

Atividade 4: Histórias sobre Cheio e Vazio
Objetivo: Fomentar a escuta e compreensão.
Descrição: Contar uma história onde os personagens precisam encher e esvaziar potes, como as aventuras de um pequeno cozinheiro.
Materiais: Livros ilustrativos ou fichas.
Adaptação: Use fantoches ou figuras para ilustrar a história.

Atividade 5: Momento da Música
Objetivo: Utilizar a música para aprender e memorizar o conceito.
Descrição: Criar canções simples sobre cheio e vazio, onde as crianças podem cantar e fazer movimentos que representam cada condição.
Materiais: Instrumentos musicais simples (ex: tambor, chocalhos).
Adaptação: Para as que têm mais dificuldade em se expressar, oferecer movimentos mais simples ou apoio.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, promova uma roda de conversa onde os alunos possam compartilhar suas experiências. Pergunte sobre o que eles sentiram ao fazer as atividades. Como foi para eles fazer um pote cheio e depois um vazio? Essa atividade de socialização é essencial para o aprendizado colaborativo.

Perguntas:

– O que você prefere: pote cheio ou vazio?
– Como se sente quando vê um pote vazio?
– O que pode colocar dentro de um pote para deixá-lo cheio?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, observando as interações entre as crianças durante as atividades. Preste atenção às suas contribuições e participação nas discussões, além de sua capacidade de manipular os objetos e entender os conceitos.

Encerramento:

Finalizar o encontro com uma leitura de uma história que enfatize os conceitos de cheio e vazio e como isso se aplica no cotidiano. Realçar a importância do que aprenderam, reforçando as relações sociais e a cooperação aos se encher e esvaziar.

Dicas:

– Utilize sempre um tom acolhedor e amigável para que as crianças se sintam à vontade para participar.
– Adapte as atividades de acordo com a dinâmica da turma, permitindo que cada grupo ou criança tenha suas necessidades respeitadas.
– Inicie cada atividade com uma explicação clara do que será feito, pois isso ajudará as crianças a se orientarem e se sentirem seguras.

Texto sobre o tema:

O conceito de quantidade é uma base fundamental no entendimento de matemática e do mundo ao nosso redor. Para crianças pequenas, entender as noções de cheio e vazio é essencial, pois isso relaciona-se com suas experiências diárias, como encher um copo com água ou ver um pote de biscoitos que está vazio. Essas interações ajudam a construir um entendimento mais amplo de quantidades e comparações, que são conceitos que eles utilizarão ao longo da vida escolar e pessoal. Envolver as crianças em atividades práticas e lúdicas favorece sua compreensão, uma vez que isso permite que elas aprendam de maneira natural e significativa.

Nesse processo, é importante dar autonomia às crianças para que experimentem e explorem. Quando manipulam objetos, elas estão não apenas aprendendo sobre quantidades, mas também desenvolvendo coordenação motora e habilidades sociais ao interagir com os colegas. AAppropriação de conceitos básicos como cheio e vazio abre as portas para aprendizagens futuras, como a comparação de tamanhos e pesos, a contagem e até a resolução de problemas. Portanto, trabalhar esse tema em sala de aula é crucial para a formação integral da criança.

A metodologia utilizada deve ser sempre orientada ao jogo e à exploração. Quando as crianças brincam, elas não só aprendem, mas também se comunicam, expressam suas emoções e se relacionam com o mundo ao seu redor. As atividades que envolvem movimento, sons e materiais variados são essenciais para captar a atenção dos pequenos e promover um aprendizado significativo, que será construído ao longo de toda a sua trajetória educativa. Assim, o conceito de cheio e vazio não será apenas uma noção matemática, mas também uma experiência rica que ficará com elas por muito tempo.

Desdobramentos do plano:

Após a realização das atividades, é possível pensar em desdobramentos que ampliem o conhecimento das crianças sobre o tema. Uma sugestão seria explorar a diversidade de materiais que podem ser usados para preenchimento, como diferentes texturas, cores e formas. Isso enriqueceria a experiência, ampliando o repertório sensorial dos pequenos. Além disso, o conceito de vazio pode ser ampliado para discutir o que acontece em diferentes contextos, como vazio de uma sala ou de um parque, levando a uma nova descoberta sobre a importância da ocupação dos espaços.

Outro desdobramento interessante é a introdução de números e contagem nas atividades cotidianas. Por exemplo, ao encher potes, a quantidade de objetos utilizados pode ser contada oralmente, preparando o terreno para a matemática futura. Essa prática torna o aprendizado ainda mais significativo, ao associar a teoria à prática, tornando o aprendizado mais enriquecedor e duradouro.

Por fim, considera-se a possibilidade de um projeto ao longo de uma semana, onde cada dia pode ser focado em um aspecto diferente do conceito de quantidade, sempre levando em conta atividades que reforcem as noções de cheio e vazio com uma abordagem criativa. Isso permitirá que as crianças construam uma base sólida sobre esses conceitos, preparando-as para desafios maiores no futuro, tanto na matemática quanto na vida cotidiana.

Orientações finais sobre o plano:

Ao abordar o conceito de cheio e vazio, é fundamental criar um ambiente de aprendizado inclusivo e acolhedor, onde todas as crianças sintam-se à vontade para participar. As abordagens lúdicas são eficazes, pois tornam o aprendizado prazeroso, e, consequentemente, mais eficaz. Incentivar a participação ativa das crianças permitirá que cada uma delas viva experiências únicas e significativas, construindo assim seu conhecimento a partir da prática.

Outra orientação importante é a observação constante do que funciona e o que pode ser ajustado durante as atividades. Cada turma é única e apresenta suas características. Portanto, é crucial que o educador esteja atento às necessidades dos alunos, adaptando as atividades conforme o necessário para atender a todos. Perguntas abertas e diárias para os alunos ajudam a garantir que eles entendam e façam suas próprias conexões sobre o tema.

Por último, estimular um aprendizado centrado nas interações sociais é vital. Ao promover discussões e jogos em grupo, os educadores proporcionam aos alunos valiosas oportunidades de aprendizagem colaborativa. Isso ajuda as crianças a desenvolverem habilidades de comunicação, além de resolverem conflitos e compartilharem experiências, criando um laço de solidariedade e cuidado entre elas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo do Cheio e Vazio:
Objetivo: Promover a noção de cheio e vazio.
Descrição: Usando dois baldes, um cheio de água e outro vazio, as crianças devem passar água de um a outro com copos plásticos, gritando “cheio” ou “vazio” quando retirarem ou colocarem água.
Materiais: Baldes, água e copos plásticos.
Faixa Etária: 3 anos, adaptado para que todos participem sem riscos.

2. Caixa Surpresa:
Objetivo: Trabalhar o conceito de vazio.
Descrição: Coloque um objeto dentro de uma caixa. As crianças devem adivinhar o que está dentro, contando que espaço está sendo preenchido (cheio) ou não (vazio).
Materiais: Caixa e vários objetos pequenos.
Faixa Etária: 3 anos. A compreensão do que é escondido pode ser estimulada.

3. Criando um Jardim Cheio:
Objetivo: Estimular o uso criativo do espaço e a noção de cheio.
Descrição: Disponibilizar diferentes potes vascularizados, onde as crianças plantarão sementes. Ao longo do tempo, devem observar os potes cheios de plantas!
Materiais: Vasos, terra e sementes.
Faixa Etária: 3 anos, com supervisão na manipulação.

4. Balão Vazio e Cheio:
Objetivo: Usar a dinâmica para distinguir os dois conceitos.
Descrição: As crianças devem encher balões e depois soltá-los. Brinque com a diferença entre balões cheios de ar e vazios.
Materiais: Balões.
Faixa Etária: 3 anos, sempre com cuidado.

5. Música do Cheio e Vazio:
Objetivo: Utilizar a musicalidade para internalizar o conceito.
Descrição: Criar uma canção simples sobre ficar cheio e depois vazio, fazendo movimentos para simular cada ação.
Materiais: Instrumentos musicais simples.
Faixa Etária: 3 anos, para interação e socialização na música.

Este plano de aula será um verdadeiro convite para as crianças explorarem e se divertirem, ao mesmo tempo que aprendem sobre conceitos fundamentais de forma divertida e engajante.

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