“Aprenda Sinais em Libras: Objetos da Sala de Estar”
A proposta deste plano de aula tem como objetivo principal desenvolver o conhecimento dos alunos sobre os sinais em Libras referentes a objetos presentes na sala de estar. Os alunos, ao final da aula, deverão ser capazes de identificar e usar a linguagem de sinais para se referir a esses objetos, enriquecendo sua compreensão cultural e linguística. Esta atividade se insere no contexto da educação inclusiva, promovendo a empatia e a compreensão entre surdos e ouvintes, além de oferecer uma oportunidade valiosa para a exploração de uma nova forma de comunicação.
Tema: Sinais em Libras dos Objetos da Sala de Estar
Duração: 50 MINUTOS
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência de aprendizado significativa, onde os alunos aprendam a diferenciar e sinalizar os objetos da sala de estar usando Libras, bem como exercitar os nomes desses objetos em português.
Objetivos Específicos:
1. Reconhecer e sinalizar objetos comuns encontrados na sala de estar em Libras.
2. Compreender as configurações de mãos necessárias para os sinais de cada objeto.
3. Exercitar a pronúncia dos nomes dos objetos em português, associando-os aos sinais em Libras.
Habilidades BNCC:
– (EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
– (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
– (EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos.
Materiais Necessários:
– Cartazes ilustrando objetos da sala de estar (sofá, mesa, televisão, livro, etc.).
– Vídeos ou animações que demonstram a execução dos sinais em Libras para os objetos relacionados.
– Folhas de atividade para que os alunos registrem os sinais aprendidos.
– Material de escrita (canetas coloridas, lápis).
– Um espelho grande para que os alunos possam observar suas próprias configurações de mãos.
Situações Problema:
1. Como você pode descrever sua sala de estar para alguém que não pode ouvir?
2. Por que é importante aprender Libras, especialmente no contexto da convivência com pessoas com deficiência auditiva?
3. Quais são as diferenças e semelhanças entre a comunicação verbal e a comunicação em Libras?
Contextualização:
A sala de estar é um espaço central na maioria das casas, frequentemente utilizado para socialização e convivência familiar. Através da linguagem de sinais, os alunos poderão expressar seus ambientes de forma inclusiva, contribuindo para a elaboração de um discurso mais acolhedor e acessível. O aprendizado da Libras é uma habilidade que não só enriquece o vocabulário dos alunos, mas também promove um ambiente mais empático e respeitoso às diversidades.
Desenvolvimento:
1. Introdução – O professor pode iniciar explicando a importância da Libras como língua oficial para a comunidade surda e a sua relevância social.
2. Demonstração – Exibição de vídeos ou animações com a apresentação do sinal de cada objeto, seguida pela prática das configurações de mão.
3. Atividades em duplas – Os alunos serão divididos em duplas e deverão praticar os sinais entre si, trocando feedbacks.
4. Apresentação – Cada dupla apresentará um sinal para a turma, descrevendo o objeto e demonstrando o sinal associado.
5. Prática Oral – Os alunos pronunciarão os nomes dos objetos em português, associando ao sinal realizado.
Atividades sugeridas:
1. Atividade 1 – Identificação de Sinais (Objetivo: Reconhecimento)
– Descrição: O professor apresentará os objetos na sala de estar através de cartazes. Os alunos assistirão a um vídeo onde cada sinal é demonstrado.
– Instruções: Cada aluno deve escolher um objeto e praticar o sinal usando o espelho para verificar a correta configuração da mão.
– Materiais: Cartazes e vídeo.
2. Atividade 2 – Jogos de Memória (Objetivo: Reforço do aprendizado)
– Descrição: A partir das imagens dos objetos e seus sinais, fazer um jogo de memória.
– Instruções: Os alunos devem juntar as imagens dos objetos com os sinais corretos.
– Materiais: Cartelas de memória ou flashcards.
3. Atividade 3 – Dinâmica de Grupo (Objetivo: Interação)
– Descrição: Divida a turma em grupos e cada um deve escolher um objeto da sala de estar, criando uma pequena encenação que inclui o uso do sinal.
– Instruções: No final, cada grupo apresentará sua cena para a turma.
– Materiais: Materiais de encenação como móveis de brinquedo ou adereços.
4. Atividade 4 – Criação de Cartazes (Objetivo: Criatividade e prática visual)
– Descrição: Cada grupo deve criar um cartaz com o objeto e seu respectivo sinal, além de informações sobre o objeto.
– Instruções: Expor os cartazes na sala, criando um “dicionário” visual em Libras.
– Materiais: Papéis, canetas coloridas, tesouras e cola.
5. Atividade 5 – Revisão Oral (Objetivo: Fixação através da oralidade)
– Descrição: Cada aluno descreverá em voz alta o objeto escolhido e seu sinal, estimulando a pronúncia e a fluência verbal.
– Instruções: Os alunos devem se revezar na apresentação e, ao final, trocar feedbacks construtivos.
– Materiais: Nenhum material específico.
Discussão em Grupo:
– Qual foi a parte mais desafiadora ao aprender os sinais em Libras?
– Como vocês acham que Libras pode mudar a forma como se comunicam com pessoas surdas?
– Quais novos aprendizados trouxeram para suas rotinas após essa atividade?
Perguntas:
1. Qual o sinal que você achou mais fácil de aprender e por quê?
2. Como a prática da Libras pode contribuir para a inclusão social?
3. Qual é a importância de se conhecer os sinais de objetos do cotidiano?
Avaliação:
A avaliação ocorrerá através da observação da participação dos alunos nas atividades práticas, na realização das encenações e na apresentação dos cartazes. Os alunos também podem ser avaliados pelo seu esforço em pronunciar os nomes dos objetos em português, demonstrando sua capacidade de associação entre a língua de sinais e a língua oral.
Encerramento:
Ao final da aula, o professor deve promover um momento de reflexão, ressaltando a importância da comunicação inclusiva e o respeito à diversidade. Pode-se também destacar as dificuldades enfrentadas e a alegria de aprender uma nova forma de interagir.
Dicas:
1. Use recursos visuais como vídeos ou demonstrações ao vivo para facilitar a aprendizagem.
2. Mantenha um clima de acolhimento e empatia, reforçando a importância do respeito entre os alunos.
3. Estimule a prática diária dos sinais, sugerindo que se comuniquem em Libras fora da sala de aula quando possível.
Texto sobre o tema:
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma das línguas oficiais do Brasil e é reconhecida como a forma principal de comunicação da comunidade surda. O aprendizado dessa língua vai além do simples domínio de sinais; ele estabelece um espaço de inclusão e respeito às diferenças. No contexto educacional, é essencial que alunos, independente de suas capacidades auditivas, tenham acesso à mesma qualidade de ensino e oportunidades de interação. A sala de estar, como local de convívio familiar e social, serve como um exemplo perfeito de como a comunicação pode ser enriquecida através de Libras. Através do uso de sinais para descrever objetos do cotidiano, os alunos não só adquirem conhecimento linguístico, mas também desenvolvem uma compreensão mais profunda sobre a cultura da surdez.
Além disso, estudar Libras promove uma ampliação do repertório cultural dos alunos, uma vez que entendem melhor a importância da linguagem e suas implicações sociais. O respeito à cultura surda e a valorização das formas diferenciadas de comunicação são fundamentais para a criação de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Conforme crescente, a promoção da Libras nas escolas contribui para a formação de cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para interagir em uma sociedade plural.
Desdobramentos do plano:
O plano de aprendizado sobre os sinais em Libras pode ser estendido por mais semanas, incorporando novos objetos e ativações que incentivem a criação de uma biblioteca de sinais dentro da sala. Os alunos podem ser encorajados a pesquisar outros sinais que não estão diretamente relacionados aos objetos da sala de estar, como os de diferentes cômodos da casa ou itens de uso diário, criando um projeto de “Dicionário Pessoal de Libras”. Esta iniciativa não só promove o aprendizado de cada aluno, como estimula a colaboração em grupo, considerando que os alunos podem trabalhar em duplas ou trios na produção deste material.
Adicionalmente, pode-se implementar um sistema de “Diário de Libras”, onde os alunos registram diariamente suas experiências utilizando a Libras, refletindo sobre as interações com colegas que utilizam a língua de sinais. Isso não apenas solidifica o aprendizado, mas também promove um espaço de autoavaliação contínua e o desenvolvimento de uma identidade mais inclusiva. Ao estender o programa, pode-se considerar também a inclusão de visitas a escolas de surdos ou convidar palestrantes da comunidade surda para discutir a cultura surda e a importância da Libras, contribuindo para uma sensibilização ainda mais profunda.
Por fim, é fundamental que o desenvolvimento do plano não se limite apenas ao ensino acadêmico, mas que vá além, promovendo ações de intervenção social, onde os alunos ajudem a projetar materiais e atividades que promovam a inclusão de indivíduos surdos na comunidade escolar e local. Este ensino interligado à prática social é essencial para a formação de cidadãos mais sensíveis às diversas realidades e necessidades do próximo.
Orientações finais sobre o plano:
A implementação deste plano de aula requer planejamento cuidadoso e atenção ao ritmo de aprendizado dos alunos. É crucial que o professor se prepare para adaptar suas estratégias de ensino, levando em consideração a diversidade de habilidades dentro da turma. Isso pode envolver a criação de grupos de trabalho que misturem alunos com diferentes níveis de conforto em relação à Libras, favorecendo um ambiente colaborativo onde o aprendizado mútuo é maximizando.
Além disso, o professor deve sempre incentivar a comunicação aberta entre os alunos, para que se sintam confortável em expressar suas dúvidas ou dificuldades. As atividades práticas são o ponto forte do aprendizado colaborativo, e a união do uso oral com a execução dos sinais garantirá que os alunos consigam perceber a conexão entre as duas formas de comunicação.
Finalmente, o uso de feedback construtivo constante será fundamental para manter a motivação dos alunos e a qualidade do aprendizado, permitindo que eles se sintam valorizados e reconhecidos em seus esforços, ao mesmo tempo que são convidados a aperfeiçoar suas habilidades na comunicação incluindo a Libras em seu cotidiano.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Memória em Libras: A criação de um jogo de memória utilizando cartas que apresentem objetos da sala de estar de um lado e seus respectivos sinais em Libras do outro. Os alunos devem encontrar os pares, memorizar e sinalizar corretamente os objetos.
2. Teatro de Fantoches: Os alunos criam cenários utilizando fantoches que representam os objetos da sala de estar. Cada aluno deverá atuar e apresentar um diálogo utilizando Libras para sinalizar os objetos, promovendo uma interação lúdica.
3. Caça ao Tesouro: Organizar uma caça ao tesouro em que os alunos devem encontrar os objetos de uma lista, sinalizando corretamente cada item que encontram, ao mesmo tempo que o fazem em Libras.
4. Desafio de Sinais: Propor um desafio onde os alunos devem ensinar uns aos outros um sinal que aprenderam, podendo também inventar novos sinais para objetos fictícios, estimulando a criatividade.
5. Jogo do Silêncio: Em um jogo em que é proibido falar, os alunos devem se comunicar usando apenas Libras para descrever objetos trazidos de casa ou do ambiente escolar, promovendo a habilidade de comunicação não verbal de maneira divertida.
Este conjunto de atividades não apenas ajudará os alunos a aprender Libras de forma lúdica e interativa, mas também cultivará um ambiente de respeito e aceitação às diferenças, engrandecendo a presença da diversidade no cotidiano escolar.

