“Aprenda a Identificar Verbos na Voz Ativa e Passiva no 8º Ano”

Introdução
Este plano de aula foi elaborado com o intuito de fornecer uma abordagem prática e dinâmica para o ensino da identificação de verbos na voz ativa e passiva por alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Nesta fase, reforçar os conceitos linguísticos é fundamental para que os estudantes desenvolvam habilidades de leitura e produção textual mais precisas. A proposta é integrá-los de maneira a torná-los críticos e habilidosos na interpretação de textos e na escrita de produções próprias, promovendo uma melhor compreensão dos contextos em que a voz ativa e passiva são utilizadas.

Neste contexto, o plano busca explorar o entendimento das diferenças entre os verbos nas vozes ativa e passiva, permitindo que os alunos interpretem os efeitos de sentido decorrentes do uso de cada uma. Com isso, espera-se não apenas que os alunos sejam capazes de identificar os verbos em sua forma, mas também que compreendam a relevância disso na construção do significado do texto e na comunicação de ideias de forma clara e coerente.

Tema: Identificação de Verbos na Voz Ativa e Passiva
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 13 a 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade dos alunos em identificar verbos na voz ativa e passiva em textos lidos ou de produção própria, interpretando os efeitos de sentido proporcionados por essas vozes verbais.

Objetivos Específicos:

– Identificar verbos nas vozes ativa e passiva em diferentes textos.
– Compreender como a escolha entre voz ativa e passiva afeta o sentido das frases.
– Produzir textos usando corretamente verbos nas vozes ativa e passiva.
– Refletir sobre a importância da voz verbal na construção do sentido dos textos.

Habilidades BNCC:

(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos na voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e passivo (agente da passiva).

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcadores.
– Texto impresso que contenha exemplos de voz ativa e passiva (pode ser uma narrativa ou uma notícia).
– Atividades impressas para os alunos.
– Cartazes para a dinâmica.
– Computador ou tablet (opcional).

Situações Problema:

– Os alunos serão apresentados a uma situação em que uma notícia relevante está escrita em voz passiva e, a partir da leitura, terão que criar uma versão em voz ativa. Perguntar aos alunos como a mudança na estrutura altera a clareza e a força da informação transmitida.

Contextualização:

No dia a dia, a comunicação efetiva é essencial. Ao nós escrevemos ou falamos, a escolha das palavras e a estrutura das frases influenciam como nossa mensagem será recebida. Compreender os verbos na voz ativa e passiva nos permite articular melhor nossas ideias e nos expressar de forma mais precisa, seja em textos de opinião, narrativas ou anúncios.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos): Começar a aula conversando rapidamente com os alunos sobre o que entenderam sobre voz ativa e passiva. Incentivar a participação perguntando sobre exemplos do cotidiano.
2. Introdução Teórica (10 minutos): Explicar a diferença entre voz ativa e passiva, utilizando exemplos no quadro para ilustrar. Ressaltar o papel do agente da passiva e seu impacto no sentido do texto.
3. Leitura (5 minutos): Distribuir um texto impresso que contenha exemplos de frases em ambas as vozes e permitir que os alunos leiam em duplas. Pedir que sublinhem os verbos e classifiquem-nas como ativa ou passiva.
4. Discussão de Grupo (10 minutos): Dividir a sala em grupos e discutir as observações feitas durante a leitura, focando nos efeitos de sentido das frases. Cada grupo pode compartilhar um ou dois exemplos que chamaram a atenção.
5. Atividade Prática (15 minutos): Propor uma atividade onde os alunos precisam reescrever frases em voz passiva para voz ativa e vice-versa. Incentivar que discutam em duplas como a mudança altera o sentido das frases produzidas.
6. Feedback e Reflexão (5 minutos): Refletir com a turma sobre o que aprenderam a partir da atividade, o significado das vozes verbais e sua importância na comunicação.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Leitura de um texto jornalístico (selecionado pelo professor) em sala de aula, com identificação de verbos na voz ativa e passiva.
Dia 2: Criação de frases em dupla, onde cada dupla deve criar cinco frases em voz ativa e cinco em voz passiva sobre o tema da aula anterior.
Dia 3: Debate em grupos pequenos sobre um tema atual, incentivando o uso de voz ativa e passiva para construir argumentos.
Dia 4: Produção de um texto onde os alunos devem usar, ao menos, cinco verbos em voz ativa e cinco em voz passiva, sobre um evento que ocorreu na escola.
Dia 5: Reflexão individual escrita sobre como a escolha da voz verbal pode alterar a persuasão em um texto, relacionando com os conceitos trabalhados durante a semana.

Discussão em Grupo:

Os alunos devem refletir sobre a importância do uso da voz ativa para comunicar ações com clareza e objetividade, e a voz passiva quando o foco é rotular ou transmitir informação sem dar destaque a quem executa a ação.

Perguntas:

1. Quais são as principais diferenças que você notou entre as frases na voz ativa e na voz passiva?
2. Como o tom ou a intenção da frase muda quando a voz verbal é alterada?
3. Em que situações você acha que a voz passiva pode ser mais adequada que a voz ativa?
4. Você considera que a escolha entre a voz ativa e a passiva pode influenciar a persuasão de um texto? Por quê?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, considerando a participação dos alunos nas discussões, a qualidade das atividades escritas e a reflexão final. O professor pode criar um simples rubric de notas com critérios como compreensão, participação e criatividade.

Encerramento:

Para finalizar a aula, será importante que os alunos compartilhem suas reflexões finais sobre as vozes verbais. O professor pode destacar a importância de um uso consciente das vozes na hora de escrever qualquer tipo de texto, enfatizando a habilidade recém-adquirida e sua aplicabilidade nos diversos contextos da vida acadêmica e pessoal.

Dicas:

– Utilize sempre exemplos do cotidiano dos alunos para tornar a atividade mais significativa.
– Estimule a leitura de diferentes gêneros textuais (notícias, contos, ensaios) que incorporam essas vozes.
– Encoraje os alunos a praticar em casa, observando textos na internet ou em jornais e trazendo exemplos para compartilhar na próxima aula.

Texto sobre o tema:

As vozes verbais, na gramática da língua portuguesa, são fundamentais para a construção de sentenças significativas e coesas. A voz ativa, onde o sujeito executa a ação, é frequentemente mais direta e clara, permitindo que o leitor compreenda rapidamente quem está realizando a ação. Por exemplo, “O aluno fez a lição” comunica de forma eficiente a ideia de que o aluno é o responsável pela ação. Por outro lado, a voz passiva coloca o foco na ação, em muitos casos, se oculta o agente. Uma frase como “A lição foi feita pelo aluno” revela uma estrutura onde a ação e seu resultado se tornam mais importantes que o sujeito que a realiza, muitas vezes servindo para enfatizar os efeitos da ação em vez do executor da mesma.

Esse aspecto é particularmente importante em textos jornalísticos, onde frequentemente se busca informar mais sobre os acontecimentos do que sobre quem os realizou. Compreender a diferença entre as vozes e saber quando utilizar cada uma delas é fundamental não apenas para a construção de textos mais sofisticados, mas também para a interpretação crítica de informações recebidas. A escolha entre voz ativa e passiva tem o poder de alterar completamente a percepção do leitor sobre o que está sendo comunicado, destacando a relevância de um uso consciente da linguagem.

Contudo, é essencial que essa habilidade, assim como outras, seja praticada de forma dinâmica e contextualizada. Atividades que incentivem a troca de ideias e a reflexão sobre a aplicação prática do conhecimento são imprescindíveis para que os alunos se tornem não apenas consumidores de textos, mas também produtores criteriosos e habilidosos em suas próprias produções. Portanto, que a prática com as vozes verbais não se restrinja ao contexto escolar, mas se torne um atravessador na vida cotidiana de comunicação de cada aluno.

Desdobramentos do plano:

O plano pode ser expandido para incluir a análise de textos literários, onde os alunos poderiam explorar como a escolha da voz verbal impacta a *estética* e o *sentido* das narrativas. Outra possibilidade seria trabalhar com textos argumentativos, analisando como a utilização de uma voz pode reforçar ou deslegitimar um argumento. Também seria relevante realizar a atividade em um projeto interativo de escrita criativa, onde os alunos colaborariam para criar pequenas histórias que utilizam voz ativa e passiva de forma intencional e expressiva.

Além disso, as atividades podem ser adaptadas para uma forma de ensino híbrido, onde parte da prática é feita em sala de aula e parte em casa, utilizando plataformas digitais para discussão e troca de textos. Isso não apenas tornaria o aprendizado mais dinâmico e integrador como também adaptaria o plano às novas realidades pedagógicas contemporâneas. Em suma, a flexibilidade na aplicação desse plano é vital para manter o engajamento e a relevância do conteúdo abordado na sala de aula.

Orientações finais sobre o plano:

Para que o plano de aula tenha um desfecho positivo, é fundamental que o professor se mantenha atento às nuances de cada turma. A adaptação do conteúdo e a forma de abordar os conceitos de voz ativa e passiva podem variar conforme o nível de compreensão dos alunos. Portanto, recomendo que o professor inicie sempre por diagnósticos rápidos para permitir um aprendizado progressivo e eficaz. Além disso, a inclusão de exercícios gamificados, quizzes ou grupos de estudo pode aumentar a motivação e o interesse dos jovens pelo tema.

Ao término do plano de aula, o educador deve refletir sobre o que funcionou e o que poderia ser aprimorado em uma próxima aplicação. As interações com os alunos, questionamentos e a análise das produções escritas também servirão como um indicativo da compreensão e assimilação do conteúdo. Fomentar um ambiente onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas dificuldades e sucessos é essencial para uma aprendizagem significativa que proporcione um apelo duradouro às lições aprendidas. Dessa maneira, estaremos não apenas satisfazendo as exigências curriculares, mas também contribuindo para um desenvolvimento integral dos alunos na prática da língua portuguesa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Teatro de Fantoches: Criar fantoches e encenar pequenos diálogos ou histórias utilizando verbos na voz ativa e passiva. Essa atividade estimula a criatividade dos alunos e reforça a aprendizagem lúdica.
Jogos de Cartas: Produzir cartas com diferentes frases em voz ativa e passiva e criar um jogo de correspondência, onde os alunos devem parear frases que têm significados semelhantes, reforçando assim sua compreensão.
Criação de HQs: Dividir os alunos em grupos para que cada um construa quadrinhos (HQs) utilizando diálogos que contenham vozes ativas e passivas. Cada grupo pode apresentar seu trabalho para a turma, promovendo uma discussão.
Quiz Interativo: Usar plataformas digitais ou ferramentas como Kahoot para criar um quiz sobre voz ativa e passiva, onde os alunos respondem questões de múltipla escolha e Dramatização sobre os efeitos de sentido nas respostas.
Caça ao Tesouro Linguístico: Organizar uma caça ao tesouro onde os alunos precisam procurar palavras ou frases em voz ativa e passiva por meio da escola ou em uma leitura pré-selecionada de um texto, anotando os exemplos encontrados.

Essas atividades lúdicas não apenas incentivam a interação entre os alunos, mas também promovem um aprendizado fundamental através de abordagens variadas, que consideram diferentes estilos de aprendizagem.

Botões de Compartilhamento Social