“Aprenda a Arte da Entrevista no 5º Ano do Ensino Fundamental”
Este plano de aula propõe uma vivência enriquecedora através do tema da entrevista, um gênero textual que não só promove a troca de informações, mas também desenvolve habilidades sociais e de comunicação entre os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Ao serem expostos a esse formato, os estudantes terão a oportunidade de praticar a escuta ativa e a formulação de perguntas, desenvolvendo, assim, não apenas a linguagem verbal, mas também a socialização em suas interações, alcançando uma maior consciência sobre como as informações são transmitidas nas diversas situações da vida cotidiana. Essa abordagem prática é essencial para o desenvolvimento do letramento.
A entrevista é um meio estruturado de comunicação que pode trazer à luz diferentes histórias, perspectivas e opiniões. Ao se envolverem em uma atividade de entrevista, os alunos não estarão apenas aprendendo sobre a forma da entrevista em si, mas também terão a chance de descobrir e valorizar as histórias e experiências uns dos outros, promovendo a diversidade de vozes e o respeito à pluralidade cultural presente em sua turma. Dessa forma, o objetivo é tornar os alunos mais conscientes da importância da comunicação e da troca de experiências para a construção de conhecimento.
Tema: Entrevista
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 9 a 10 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver as habilidades de escuta, expressão e construção de perguntas por meio da prática de entrevistas, promovendo a socialização e a troca de experiências entre os alunos.
Objetivos Específicos:
– Compreender a estrutura de uma entrevista, incluindo a elaboração de perguntas abertas e fechadas.
– Praticar a escuta ativa para responder às perguntas feitas pelo entrevistador.
– Identificar e aplicar características do gênero textual “entrevista” na produção escrita.
– Valorizar as experiências dos colegas, reconhecendo a diversidade de opiniões e histórias.
Habilidades BNCC:
– (EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV).
– (EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
– (EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.
Materiais Necessários:
– Papéis e canetas para anotações.
– Equipamento de gravação (opcional).
– Exemplos de entrevistas (transcrições, vídeos ou áudio).
– Lousa ou flip chart para anotações e estruturação das perguntas.
Situações Problema:
– Como fazer perguntas que realmente tragam informações relevantes sobre uma pessoa?
– O que podemos aprender com as histórias dos outros?
– De que maneira as entrevistas ajudam a dar voz a diferentes indivíduos e suas experiências?
Contextualização:
Inicie a aula explicando o conceito de entrevista e sua importância na comunicação e na troca de informações. Utilize exemplos de entrevistas famosas e discuta com os alunos a natureza das perguntas. A partir daí, todos podem conversar sobre situações nas quais já participaram de entrevistas ou assistiram a uma. Isso cria uma conexão pessoal com o tema e prepara o terreno para a prática.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema: Apresente o conceito de entrevista, suas finalidades e os tipos de perguntas que podem ser utilizadas. Fale sobre como as entrevistas são ferramentas poderosas para coletar informações sobre experiências e opiniões.
2. Discussão em grupo: Organize os alunos em grupos pequenos e peça que discutam experiências que tiveram ao serem entrevistados ou se já entrevistaram alguém. Pergunte o que mais gostaram ou o que aprenderam nessas experiências.
3. Leitura e análise de exemplos: Se possível, apresente uma gravação ou uma transcrição de uma entrevista famosa. Peça aos alunos que identifiquem as perguntas feitas e analisem como o entrevistador conduziu a conversa.
4. Elaboração das perguntas: Em grupos, os alunos devem criar uma lista de perguntas que gostariam de fazer em uma entrevista. Discuta a diferença entre perguntas abertas (que exigem respostas detalhadas) e perguntas fechadas (que podem ser respondidas com um “sim” ou “não”).
5. Prática de entrevista: Os alunos serão divididos novamente em duplas para que praticarem entrevistas uns com os outros, utilizando as perguntas desenvolvidas. Um atuará como entrevistador e o outro como entrevistado; depois, inverterão os papéis.
6. Escuta ativa: Incentive os alunos a praticar a escuta ativa, fazendo anotações sobre as respostas dadas e buscando aprofundar as conversas com novas perguntas baseadas nas respostas recebidas.
7. Compartilhamento das experiências: Após as entrevistas, volte a reunir a turma e peça para que compartilhem o que mais gostaram ou aprenderam com suas conversas.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Criação das perguntas (Duração: 15 minutos).
– Objetivo: Elaborar perguntas para a entrevista.
– Descrição: Em grupos, os alunos devem criar uma lista de 5 a 10 perguntas.
– Materiais: Lousa e canetas para anotar as sugestões.
– Adaptação: Alunos com dificuldade de escrita podem desenhar as perguntas ou usar imagens para representá-las.
– Atividade 2: Entrevista prática (Duração: 15 minutos).
– Objetivo: Realizar entrevistas entre os colegas.
– Descrição: Em duplas, os alunos conduzem as entrevistas conforme as perguntas elaboradas.
– Materiais: Papéis e canetas para anotações.
– Adaptação: Podem usar tablets ou celulares para gravar as entrevistas.
– Atividade 3: Compartilhamento e Reflexão (Duração: 20 minutos).
– Objetivo: Compartilhar aprendizados e reflexões.
– Descrição: O professor pede que os alunos compartilhem algo interessante que aprenderam sobre seu colega durante a entrevista.
– Materiais: Lousa para compilar as ideias.
– Adaptação: Alunos podem trabalhar em grupos menores para organizar suas reflexões antes de compartilhar.
Discussão em Grupo:
Após as entrevistas, conduza uma discussão em grupo. Pergunte aos alunos como se sentiram em relação ao papel de entrevistador e entrevistado. O que aprenderam sobre seus colegas? Discutir a importância da empatia na escuta e como as entrevistas podem oferecer diferentes perspectivas sobre temas familiares.
Perguntas:
– O que mais te impressionou sobre as histórias que ouviu?
– Qual a importância da escuta ativa durante uma entrevista?
– Como você se sentiu ao fazer perguntas sobre a vida de outra pessoa?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua e observacional. O professor deve observar a participação dos alunos durante a elaboração das perguntas e a realização das entrevistas, considerando o uso da escuta ativa e a qualidade das interações. Ao final, uma reflexão escrita sobre a atividade pode ser solicitada para avaliar a compreensão do tema e a opinião dos alunos.
Encerramento:
Finalize a aula reforçando a importância da comunicação. Os alunos devem entender que a entrevista é uma ferramenta essencial de aprendizado e compartilhamento. Incentive-os a praticar a arte da entrevista em suas vidas diárias e a continuar explorando as diferentes histórias ao seu redor.
Dicas:
– Para alunos mais tímidos, incentive que escrevam as perguntas e falem em grupos pequenos antes de se expor em duplas.
– Proporcione um ambiente acolhedor, onde todas as histórias sejam respeitadas e valorizadas.
– Esteja aberto a adaptar a atividade, caso perceba que os alunos estão tendo dificuldades.
Texto sobre o tema:
A entrevista é uma ferramenta fundamental na comunicação. Ela nos permite explorar não apenas as respostas dos entrevistados, mas também dá voz a diversas experiências de vida. As entrevistas podem seguramente abranger um vasto leque de assuntos, desde questões do cotidiano até temas mais complexos e profundos. Através dessa prática, somos levados a aprender sobre o mundo a partir da perspectiva de outra pessoa, o que nos ajuda a desenvolver empatia. Pensar em como formulamos nossas perguntas é igualmente importante, pois perguntas bem estruturadas são essenciais para conduzir uma entrevista significativa.
O ato de entrevistar não é apenas um exercício de comunicação. É um convite ao diálogo, promove a troca de ideias e conhecimento. Boa parte das informações que circulam em nossa sociedade partem de uma conversa entre duas ou mais pessoas, o que reforça a importância do desenvolvimento dessas habilidades de comunicação e escuta. O que se aprende durante a prática de entrevistas pode ser aplicado em diversas áreas da vida. Ao extrapolar as fronteiras da sala de aula, a prática de entrevistar se torna uma atividade social rica que abre portas para o aprendizado contínuo.
Por fim, deve-se destacar que as entrevistas não se limitam apenas à rotina escolar; elas também configuram uma boa parte da produção de conhecimento nas áreas jornalística, acadêmica e social. Essa abordagem não apenas fortalece o conhecimento linguístico, mas também promove um aprendizado colaborativo e integrado. As vozes dos alunos e suas histórias são elementos ricos que não devem ser subestimados, pois nelas reside o verdadeiro tecido das experiências humanas que, de alguma forma, nos conectam.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre entrevistas pode ser ampliado explorando diversos gêneros textuais que dialogam com essa prática. Os alunos podem ser motivados a analisar entrevistas realizadas em diferentes campos, como jornalismo, biografias e até mesmo em documentários. Isso proporciona um entendimento mais profundo de como as entrevistas são conduzidas em diferentes contextos e com diferentes objetivos. Essa análise pode resultar não só em discussões sobre a construção de narrativas pessoais, mas também sobre questões sociais e culturais que emergem a partir delas. Além disso, aplicando a teoria do gênero textual, os alunos podem escrever suas próprias entrevistas em formatos diversos, como artigos para um jornal da escola ou até mesmo roteiros para pequenos vídeos.
Outra possibilidade de desdobramento é realizar um projeto onde cada aluno escolha uma pessoa de seu convívio (pai, avô, vizinho) e conduza uma entrevista, organizando as informações coletadas em um quadro de vivências que será apresentado para a turma. Isso não apenas fortalece suas habilidades de comunicação, mas também oferece oportunidades para explorarem temas de interesse, promovendo a interdisciplinaridade. Ao final desse projeto, as experiências e histórias coletadas podem ser apresentadas em um evento onde os alunos compartilham suas descobertas, enriquecendo ainda mais a cultura da troca e do aprendizado coletivo.
Por fim, através das entrevistas, os alunos podem desenvolver um maior senso crítico acerca do consumo de informação. Com a prática constante, é possível que eles analisem como o formato da entrevista influencia a narrativa e a maneira como as informações são comunicadas. Isso ajuda a estabelecer um entendimento sólido sobre o papel das entrevistas na mídia e na vida social, formando cidadãos mais conscientes e críticos em relação aos contextos em que estão inseridos.
Orientações finais sobre o plano:
Ao abordar o tema da entrevista, é crucial criar um espaço onde todos se sintam à vontade para compartilhar e participar. Para tal, o professor deve fomentar um ambiente inclusivo, garantindo que todos os alunos saibam que suas vozes são importantes e que suas histórias têm valor. Utilize as dinâmicas de grupo e o feedback positivo para fortalecer a autoconfiança dos alunos, incentivando-os a partilhar experiências e a se escutarem mutuamente. Este processo não só enriquecerá suas habilidades comunicativas, mas também fortalecerá o vínculo social entre os colegas.
É fundamental que o planejamento da aula permaneça flexível ao longo da sua execução, pois isso permitirá ajustes conforme a dinâmica da turma. Perceber quando os alunos estão engajados ou quando precisam de mais tempo em determinada atividade pode ser crucial para o sucesso das abordagens. Sempre que possível, integre tecnologias que possam ajudar no registro e compartilhamento das entrevistas, como gravações de áudio ou vídeo. Isso não apenas tornará a experiência mais rica, mas também permitirá que os alunos revisitem e reflitam sobre o que aprenderam ao longo desse processo.
Por fim, ao encerrar a aula, incentive uma prática contínua de entrevistas no dia a dia fora da escola, isso ajudará a reforçar a ideia de que a comunicação é uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada em diversas situações. As conversas e as trocas de experiências entre os alunos e suas famílias, amigos e comunidade são o que realmente trazem as histórias a vida e como as entrevistas se tornam essenciais na forma como conhecemos e nos conectamos com o mundo ao nosso redor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Sugestão 1: Entrevista em Jogo de Personagens
Objetivo: Criar um jogo onde os alunos representam diferentes personagens históricos ou fictícios e conduzem entrevistas imaginárias.
Materiais: Fantasias, cartazes com dados dos personagens.
Como conduzir: Cada aluno se veste como seu personagem e, em duplas, eles trocam perguntas e respostas. Isso permite discussão sobre a vida e o contexto cultural dos personagens, tornando o aprendizado mais envolvente.
– Sugestão 2: Entrevista em Código Secreto
Objetivo: Incentivar a criatividade e a forma lúdica de entrevistar.
Materiais: Cartas com perguntas secretas ou códigos.
Como conduzir: Os alunos escrevem perguntas em códigos que seus colegas precisam decifrar antes de responder. Isso ensina sobre formas de comunicação Assertivas enquanto proporciona um momento divertido.
– Sugestão 3: Entrevista de Múltiplas Mídias
Objetivo: Incentivar o uso de diferentes formatos de registro.
Materiais: Tablets para filmagem, papéis para anotações.
Como conduzir: Os alunos gravam suas entrevistas em vídeo ou áudio, montando um “vlog” da turma. Isso os ajuda a entender a edição de conteúdo e a utilização de tecnologia para a comunicação.
– Sugestão 4: Entrevista de Adivinhação
Objetivo: Envolver a turma em uma dinâmica de guess who.
Materiais: Cartões com informações sobre as vidas de pessoas notáveis ou coletivas.
Como conduzir: Um aluno descreve a pessoa sem revelar sua identidade, os colegas fazem perguntas em forma de entrevista até chegarem à resposta. Isso promove a prática de perguntas eficazes.
– Sugestão 5: Entrevista de Duetos
Objetivo: Fomentar a prática em pares, promovendo o apoio mútuo.
Materiais: Listas de perguntas, espaço aberto para movimentos.
Como conduzir: Em pares, dividem os papéis de entrevistador e entrevistado, mas devem alternar em ritmo de dança. Isto torna a experiência mais dinâmica e divertida ao associar a atividade física com a comunicação verbal.
Essas sugestões visam proporcionar uma experiência de aprendizado diversificada e lúdica sobre o ato de entrevistar, promovendo a participação ativa e o engajamento dos alunos de maneira criativa e interativa.