“Brincadeiras Populares: Aprendizado e Cultura na Escola”
Este plano de aula aborda as brincadeiras e jogos da cultura popular, explorando como eles estão presentes no contexto comunitário regional. A valorização da cultura local é essencial para a formação da identidade dos alunos, estimulando a convivência e o respeito mútuo. Nas brincadeiras, além de divertir, existem aprendizagens que vão além do jogo em si, como a cooperação, o respeito às regras e a capacidade de trabalhar em grupo.
Estruturar a aula com um enfoque nas brincadeiras garante um momento lúdico que favorece a aprendizagem significativa. Assim, o plano propõe uma série de atividades que exploram a cultura local através de jogos, compreendendo seu significado e sua importância. Isso proporciona aos alunos uma experiência de aprendizado interativa e prazerosa, que reflete diretamente na formação de cidadãos que valorizam suas origens e as tradições.
Tema: Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário regional
Duração: 120 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 e 8 anos
Objetivo Geral:
Fomentar o conhecimento e a valorização das brincadeiras e jogos da cultura popular regional, desenvolvendo a convivência e a colaboração entre alunos, além de estimular a criatividade e a expressão corporal.
Objetivos Específicos:
– Reconhecer e identificar diferentes brincadeiras populares e seus significados sociais.
– Descrever e explicar as regras de algumas brincadeiras do contexto comunitário.
– Participar de jogos e brincadeiras, desenvolvendo habilidades de interação social e respeito às regras.
– Criar uma nova versão de uma brincadeira popular, promovendo a invenção e a colaboração entre os alunos.
– Refletir sobre a importância das brincadeiras na formação da identidade cultural.
Habilidades BNCC:
(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
(EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Materiais Necessários:
– Materiais para jogos (cordas, bolas, cones, giz)
– Fichas de papel e canetas
– Gravador ou câmera para registrar as atividades
– Espaço aberto para a realização das brincadeiras
Situações Problema:
1. Como as brincadeiras podem nos ensinar sobre a cultura local?
2. Qual a importância do respeito às regras nas brincadeiras?
3. Como podemos adaptar uma brincadeira popular para torná-la mais criativa?
Contextualização:
O conhecimento das brincadeiras populares é essencial para a construção da identidade cultural. Por meio dessas práticas, as crianças podem conectar-se com suas raízes e historicamente entender o valor da tradição em suas comunidades. As brincadeiras são mais do que simples passatempos; são experiências que ensinam valores como respeito, cooperação e criatividade. Ao reconhecer as diversidades culturais locais, fortalecemos a identidade de cada aluno, contribuindo para uma formação mais plena e consciente.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Tema (15 minutos)
Iniciar a aula apresentando algumas brincadeiras populares da região, utilizando vídeos curtos ou imagens. Perguntar aos alunos se conhecem essas brincadeiras ou se praticam alguma na comunidade.
2. Discussão em Grupo (20 minutos)
Dividir a turma em pequenos grupos e pedir que compartilhem experiências relacionadas a brincadeiras que conhecem. Os grupos vão discutir e registrar as principais regras e características de cada brincadeira.
3. Exploração das Brincadeiras (30 minutos)
Os grupos vão experimentar as brincadeiras apresentadas. Cada grupo escolherá uma brincadeira para ensinar aos outros, praticando a posição de “professores”. Após as práticas, conduzir uma reflexão sobre o que sentiram e aprenderam.
4. Criação de Novas Versões (30 minutos)
Depois de se familiarizarem com as brincadeiras populares, os alunos irão, em grupos, criar uma nova versão de uma brincadeira popular, podendo adicionar novos elementos ou alterar algumas regras. Cada grupo deve explicar a sua criação e os motivos para as mudanças feitas.
5. Apresentação das Criações (15 minutos)
Os grupos apresentarão suas novas versões para a turma. Se possível, incluir a gravação em vídeo das criações para que todos possam ver e relembrar as atividades realizadas em aula.
6. Reflexão Final (10 minutos)
Conduzir uma discussão final, incentivando os alunos a refletirem sobre a importância das brincadeiras como parte de sua identidade cultural e como elas ajudam a desenvolver habilidades sociais.
Atividades sugeridas:
1. Jogo de Roda
– Objetivo: Fomentar a interação e a cooperação.
– Descrição: Os alunos se sentam em círculo e, ao sinal de um “par do pé”, têm que mudar de lugar. Quando a música parar, quem não estiver na roda deve inventar uma nova regra ou brincadeira para continuar.
– Materiais: Música (pode ser através de um celular ou caixa de som).
2. Corrida de Saco
– Objetivo: Trabalhar o movimento e resistência.
– Descrição: Organizar uma corrida em que os alunos devem pular dentro de sacos, respeitando as regras do jogo.
– Materiais: Sacos de estopa ou pano.
3. Brincadeira das Cores
– Objetivo: Aprender sobre identificação e discriminação visual.
– Descrição: As crianças são divididas em grupos que representam cores. Cada grupo deve correr até a cor correspondente de um objeto pelo espaço do jogo.
– Materiais: Objetos coloridos ou cartões.
4. Dança das Cadeiras
– Objetivo: Ensinar respeito às regras de um jogo.
– Descrição: Ao som da música, os alunos dançam em torno de cadeiras, que serão retiradas a cada rodada, até que reste apenas um aluno.
– Materiais: Cadeiras e música.
5. Criação de História em Grupo
– Objetivo: Incentivar a criatividade através da narrativa.
– Descrição: Em pequenos grupos, os alunos criam uma história usando as brincadeiras que conhecem. Cada aluno deve contribuir com uma ideia para a narrativa.
– Materiais: Fichas para anotar a história.
Discussão em Grupo:
Os alunos devem ser convidados a responder algumas perguntas sobre as brincadeiras realizadas, como:
– Qual foi a brincadeira que você mais gostou e por quê?
– Como a prática ajudou você a entender mais sobre a cultura da sua comunidade?
– O que mudaria em alguma brincadeira que aprendeu?
Perguntas:
1. O que você aprendeu sobre as brincadeiras da sua comunidade?
2. Como você se sentiu ao criar uma nova versão de uma brincadeira?
3. Por que o respeito às regras é importante durante os jogos?
Avaliação:
A avaliação será feita de maneira contínua durante a aula, observando a participação dos alunos em suas interações, a criatividade nas novas versões das brincadeiras e como se engajaram nas discussões finais. Também será considerado seu respeito pelas regras e pela opinião dos colegas.
Encerramento:
Concluir a aula ressaltando a importância de manter vivas as tradições e as brincadeiras populares, destacando que elas podem ser uma forma de interação social, comunicação e envolvimento comunitário. Encorajar os alunos a nunca esquecerem e a valorizarem a cultura local em seu cotidiano.
Dicas:
– Incentivar a participação ativa de todos os alunos, garantindo que todos tenham uma chance de se expressar.
– Adaptar as brincadeiras conforme o espaço disponível.
– Fazer uso de recursos audiovisuais para tornar a apresentação das brincadeiras mais divertida e dinâmica.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras populares têm um papel fundamental na formação cultural e social das crianças. Elas não apenas trazem diversão, mas também ensinam sobre convivência, respeito às regras e trabalho em grupo. Muitas das práticas que são passadas de geração em geração contêm em si um grande valor educativo. As crianças aprendem com elas não apenas a jogar ou a competir, mas também a construir laços e a interagir com seus colegas. Da mesma forma, as tradições de cada região são um reflexo da diversidade cultural que existe no Brasil, fazendo das brincadeiras uma importante forma de expressão da identidade de um povo.
A prática de brincadeiras populares varia conforme o contexto comunitário, refletindo a história e os costumes de diferentes grupos sociais. As crianças ao participar dessas atividades, desenvolvem habilidades motoras, sociais, linguísticas e cognitivas. A arte do brincar permeia as relações infantis, e a criatividade é estimulada a partir do momento em que os alunos têm a oportunidade de recriar ou adaptar essas brincadeiras. Essas ações ajudam a fortalecer o entendimento de uma sociedade mais igualitária, onde cada um pode desfrutar das brincadeiras e aprender a importância do respeito e da inclusão.
As brincadeiras ainda promovem a saúde física e mental. Ao envolver o corpo em atividades lúdicas, as crianças se divertem enquanto exercitam, desenvolvendo coordenação motora, resistência e alegria. Além disso, a promoção do brincar livre é essencial para o desenvolvimento, já que a criança é ativa e experimenta o mundo à sua volta de forma prática. Portanto, a valorização das brincadeiras populares não só resgata a memória cultural de um povo, mas contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos.
Desdobramentos do plano:
A partir deste plano de aula, é possível desdobrar outras atividades que ampliem ainda mais o conhecimento dos alunos sobre a cultura popular. Por exemplo, os alunos poderiam fazer pesquisas mais aprofundadas sobre as origens das brincadeiras que praticaram, criando um projeto para apresentação para as turmas seguintes ou até mesmo para os pais. Isso aumenta a interação com a comunidade e promove o engajamento dos familiares, que podem contribuir com histórias e experiências sobre as brincadeiras que conhecem.
Outra possibilidade seria realizar uma feira cultural na escola, onde os alunos teriam a oportunidade de apresentar e compartilhar as brincadeiras com outras turmas ou com a comunidade escolar. Para isso, eles poderiam preparar exposições, painéis explicativos e até mesmo oficinas práticas, envolvendo toda a escola e resgatando ainda mais o envolvimento comunitário nestas práticas.
Além das brincadeiras, incluir a culinária local no próximo plano pode integrar ainda mais a cultura popular, permitindo discussões sobre a diversidade de alimentos típicos e suas histórias. Esse desdobramento poderia ser explorado em aulas culinárias, em que os alunos aprendem sobre a origem dos pratos típicos e práticas alimentares das suas culturas locais, fortalecendo ainda mais a identidade regional e cultural.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar esse plano, é crucial que o professor esteja preparado para criar um ambiente seguro e inclusivo onde todos os alunos se sintam valorizados e respeitados. As práticas devem ser ajustadas conforme as dinâmicas da sala e o nível de conforto de cada aluno. O objetivo é assegurar que cada aluno tenha a oportunidade de brilhar, colaborando com seus colegas e contribuindo com suas ideias.
Outra orientação é observar as interações entre os alunos para garantir que cada um aprenda a respeitar as opiniões e habilidades dos outros. Incentivar a empatia ao liderar as brincadeiras e nas discussões permitirá que eles desenvolvam um senso de comunidade e pertença, que é essencial para o bom desenvolvimento social.
Por último, sempre que possível, registrar as atividades por meio de fotografias ou vídeos é fundamental, pois isso proporciona um reflexo do que foi aprendido e vivido durante o processo. Esse material pode ser utilizado em futuras apresentações ou em discussões sobre a importância das brincadeiras populares, permitindo que os alunos vejam e sintam o que foi realizado durante as aulas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro Cultural
– Objetivo: Aprender sobre a cultura local através da procura de objetos e símbolos populares em uma caça ao tesouro na escola.
– Passo a Passo: Criar pistas que levem os alunos a diferentes pontos da escola onde encontrarão objetos que representam a cultura do local. Os alunos devem trabalhar em equipes, desenvolvendo habilidades de colaboração e resolução de problemas.
– Materiais: Pistas escritas, objetos representativos da cultura.
2. Teatro de Fantoches com Histórias Populares
– Objetivo: Incentivar a criatividade e o trabalho em equipe ao apresentar lendas ou contos populares da região.
– Passo a Passo: Os alunos criam fantoches e roteiros baseados em histórias que são tradicionalmente contadas na cultura popular. Em seguida, realizar uma apresentação de teatro para as outras turmas.
– Materiais: Sacolas de papel, tecidos, canetas, e outros materiais de artesanato.
3. Festival de Danças Folclóricas
– Objetivo: Promover o reconhecimento das danças tradicionais da região e o desenvolvimento da habilidade de dança.
– Passo a Passo: Parar a sala de aula e ensaiar uma dança folclórica local, como a roda de capoeira ou danças de folguedos. Após isso, criar uma apresentação para as famílias.
– Materiais: Música folclórica, espaço aberto.
4. Criação de Jogos de Tabuleiro
– Objetivo: estimar e criar jogos que retratem a cultura popular da comunidade.
– Passo a Passo: Alunos em grupos devem desenvolver um jogo de tabuleiro que utilize elementos da cultura popular local. A apresentação dos jogos é feita entre as turmas.
– Materiais: Caixa, cartolina, canetas, tabuleiros.
5. Dia do Brincar Cultural
– Objetivo: Criar um dia especial onde todos os alunos podem compartilhar e experienciar diferentes brincadeiras populares de suas famílias.
– Passo a Passo: Convidar os alunos a trazerem uma brincadeira popular de suas famílias e praticá-las juntos. Registrar cada brincadeira com fotos e histórias orais.
– Materiais: Espacos abertos para brincar, repórteres (alunos que vão anotar e tirar fotos).
Esse plano de aula visa não apenas respeitar e valorizar a cultura popular, mas também criar um espaço de aprendizado e diversão, onde a comunidade, a história e a interatividade estejam em constante diálogo, beneficiando o desenvolvimento integral dos alunos dentro e fora da sala de aula.

