“Plano de Aula: Práticas Corporais de Aventura no Ensino Fundamental”

A elaboração deste plano de aula é uma ferramenta essencial para o professor que deseja integrar o aprendizado sobre as práticas corporais de aventura através de múltiplas linguagens. Este tema promove a interdisciplinaridade, envolvendo corporalidade, oralidade, escrita e audiovisuais, sendo fundamental para o desenvolvimento integral das crianças na educação básica. Com a proposta de explorar a experiência dos alunos em atividades físicas, o educador pode enriquecer o ambiente escolar, promovendo a criatividade, a experimentação e a convivência, enquanto respeita as diferenças individuais.

Neste plano, os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de refletir sobre suas experiências em práticas corporais de aventura, como escaladas, corridas e jogos ao ar livre. Utilizando múltiplas linguagens, eles poderão expressar suas vivências de maneiras diversas, desenvolvendo competências fundamentais e aumentando o gosto pela atividade física e pelo contato com a natureza. Ao final, espera-se que os alunos consigam descrever e compartilhar suas vivências de forma criativa e expressiva, por meio de diferentes produtos que consolidem o aprendizado.

Tema: Práticas Corporais de Aventura
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 a 8 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a capacidade dos alunos de descrever, através de múltiplas linguagens, as práticas corporais de aventura que vivenciam, fortalecendo suas habilidades de observação e criação.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a expressão corporal e oral dos alunos sobre suas experiências em atividades de aventura.
– Estimular a produção escrita e audiovisual que retrate as práticas corporais vivenciadas.
– Promover a colaboração e o compartilhamento de experiências entre os alunos.

Habilidades BNCC:

– (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
– (EF12EF10) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e audiovisual), as características dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral, identificando a presença desses elementos em distintas práticas corporais.

Materiais Necessários:

– Papel em branco e colorido
– Lápis, canetas coloridas, giz de cera
– Câmera (ou celular) para registrar imagens
– Projetor (opcional, para exibição de trabalhos criativos)
– Espaço ao ar livre para atividades práticas

Situações Problema:

– O que você mais gostou de fazer em uma atividade corporal de aventura?
– Como você explicaria essa experiência para alguém que nunca a viveu?

Contextualização:

O ciclo de vida das atividades físicas se conecta diretamente com a saúde e o bem-estar. Ao falar sobre práticas corporais de aventura, os alunos podem vivenciar e expressar suas emoções e sentimentos em relação a experiências que vão desde a adrenalina de uma escalada até o trabalho em equipe em uma corrida de revezamento. Este plano de aula busca, portanto, conectar o conteúdo curricular com as experiências reais dos alunos, promovendo um desenvolvimento integral.

Desenvolvimento:

1. Aquecimento – 10 minutos: Realizar uma breve atividade física de aquecimento com alongamentos e movimentos de dança para estimular a interação e energizar os alunos.
2. Dinâmica da Aula – 20 minutos: Introduzir o tema das práticas corporais de aventura, incentivando os alunos a compartilhar experiências que já tiveram em atividades como escaladas, trilhas ou corridas. Perguntas guiadas ajudarão a articular a conversa sobre as alegrias e os desafios enfrentados.
3. Criação do Produto Final – 15 minutos: Separar os alunos em grupos e pedir que cada grupo escolha uma prática corporal de aventura para descrever. Os grupos devem criar um cartaz, um vídeo curto ou uma apresentação que represente a atividade escolhida. Estimular o uso de ilustrações, fotos e texto explicativo.
4. Compartilhamento – 5 minutos: Reservar um espaço para que os grupos compartilhem suas produções com a turma, promovendo um debate do que cada experiência significa para cada um.

Atividades Sugeridas:

1. Experiência de Observação (Dia 1 – 10 minutos): Definir um espaço ao ar livre onde os alunos possam observar e anotar atividades de aventura.
– Objetivo: Praticar a observação e registro.
– Material: Papel e lápis.
– Adaptação: Para alunos que têm dificuldade em escrever, podem fazer desenhos.

2. Contação de Histórias (Dia 2 – 15 minutos): Pedir que compartilhem suas experiências em pequenos grupos.
– Objetivo: Desenvolver a oralidade.
– Adaptar: alunos que preferirem podem contar suas histórias através de desenhos ou dramatizações.

3. Produção Criativa (Dia 3 – 15 minutos): Criar cartazes que retratem sua prática favorita.
– Objetivo: Estimular a criatividade e a descrição através da arte.
– Materiais: Papel, canetas coloridas.
– Adaptação: Poderão fazer colagens se preferirem.

4. Registro Audiovisual (Dia 4 – 5 minutos): Gravar um pequeno vídeo apresentando sua prática corporal.
– Objetivo: Utilizar a linguagem audiovisual para a expressão.
– Materiais: Câmera ou celular.
– Adaptação: Grupos podem usar um amigo para filmar se uno aluno não se sentir confortável.

5. Apresentação Final (Dia 5 – 5 minutos): Os grupos apresentam seus trabalhos.
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de falar para um público.
– Adaptação: Alunos mais tímidos podem apresentar juntos ou com o apoio de um membro mais extrovertido do grupo.

Discussão em Grupo:

– O que foi mais fácil ou difícil na sua prática de aventura?
– Como você se sentiu ao realizar essa atividade?
– O que você aprendeu sobre si mesmo?

Perguntas:

– Que tipos de aventuras você gostaria de experimentar no futuro?
– Quais práticas corporais você acha que são mais emocionantes e por quê?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas discussões, a criatividade nas atividades de registro e a capacidade de trabalhar em grupo. Os alunos que apresentarem suas produções de forma clara e confiante serão valorizados.

Encerramento:

Finalizar a aula fazendo uma roda de conversa onde todos poderão deixar suas considerações sobre o que aprenderam. Reforçar a ideia de que as práticas corporais de aventura são importantes para a saúde e para o convívio social.

Dicas:

– Incentivar sempre o respeito às experiências de todos.
– Fomentar a criatividade, valorizando as diferentes linguagens expressivas nas produções.
– Realizar uma avaliação auto-reflexiva, pedindo para que os alunos pensem no que aprenderam durante a semana.

Texto sobre o tema:

As práticas corporais de aventura fazem parte da vivência de muitos e têm o poder de transformar a forma como nos relacionamos com o nosso corpo e com o ambiente. Ao praticar atividades como escaladas, trilhas ou esportes coletivos, as crianças não apenas exercitam sua capacidade física, mas também desenvolvem habilidades sociais essenciais, como o trabalho em equipe, a comunicação e a liderança. Esse tipo de atividade permite que os pequenos se conectem com a natureza e descubram novas formas de aproveitar a vida ao ar livre.

A interação com a natureza, a superação de desafios pessoais e a sensação de liberdade que as práticas corporais de aventura proporcionam são fundamentais para a formação da identidade e da autoestima. Além disso, essas experiências oferecem ferramentas valiosas para aprender a lidar com emoções, a frustração e a alegria, criando memórias inesquecíveis que acompanharão as crianças ao longo de suas vidas.

Integrar múltiplas linguagens dentro do contexto das práticas corporais é uma maneira de tornar o aprendizado mais significativo. Ao expressar suas experiências por meio da arte, da oralidade e de produções audiovisuais, as crianças podem ver suas vivências de maneira mais rica e complexa, compreendendo o valor que cada forma de expressão traz para a comunicação e o entendimento mútuo no convívio escolar e na sociedade.

Desdobramentos do plano:

É possível ampliar o tema das práticas corporais de aventura relacionando-o com a educação ambiental. Os alunos podem ser incentivados a refletir sobre a proteção do meio ambiente e como as atividades recreativas podem ser realizadas de maneira sustentável. Além disso, a conexão com diferentes culturas que praticam atividades de aventura e exploração pode enriquecer o aprendizado, trazendo uma perspectiva global e diversificada ao tema.

Outro desdobramento relevante é a introdução de práticas esportivas que promovam a inclusão e o respeito às diferenças. Atividades que visem a colaboração entre os alunos podem fortalecer laços de amizade e empatia, ajudando-os a superar barreiras pessoais e sociais. Ao valorizar a diversidade e o respeito, educadores podem moldar a sociedade do futuro em um espaço mais acolhedor e cooperativo.

Por fim, eventos escolares como uma “Semana da Aventura” podem ser planejados, onde todos os alunos participem de diferentes práticas corporais ao longo da semana. A realização de oficinas, competições amistosas e apresentações artísticas pode servir como um culminar do aprendizado e uma celebração das conquistas de todos os alunos, consolidando as experiências vividas e a importância das práticas corporais na formação de cidadãos conscientes e em contato com a natureza.

Orientações finais sobre o plano:

O sucesso desta aula depende do envolvimento e do entusiasmo do professor ao conduzir as atividades. É importante criar um ambiente seguro e acolhedor onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar suas experiências. A empatia e a escuta ativa são fundamentais para garantir que todos os alunos se sintam valorizados e respeitados em suas contribuições.

Além disso, é essencial que o professor acompanhe de perto as dinâmicas em grupo, dando orientações e feedbacks que incentivem a participação e a criatividade dos alunos. Neste sentido, métodos de avaliação variados, como observação, autoavaliação e avaliação entre pares, podem ser utilizados para proporcionar uma visão mais abrangente do aprendizado.

Por último, o professor deve estar preparado para adaptar as atividades conforme a necessidade dos alunos. Algumas práticas podem ser mais desafiadoras para determinados grupos, e esse ajuste é crucial para que todos tenham a oportunidade de participar e se desenvolver. Com planejamento e dedicação, as práticas corporais de aventura se tornam não apenas uma disciplina, mas uma celebração da vida em movimento.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Aventura: Organize uma caça ao tesouro ao ar livre que envolva pistas e desafios que as crianças devem completar em equipe.
Objetivo: Promover o trabalho em equipe e a resolução de problemas.
Materiais: Mapas desenhados e pequenas pistas.

2. Oficina de Montanha Russa: Utilize caixas de papelão para criar uma mini montanha russas que os alunos podem projetar e montar em grupo.
Objetivo: Estimular a criatividade e a compreensão de princípios físicos.
Materiais: Caixas de papelão, fita adesiva, canetas coloridas.

3. Teatro dos Esportes: Organize uma apresentação em que os alunos dramatizem diferentes esportes e atividades corporais que vivenciam.
Objetivo: Desenvolver habilidades de apresentação e expressão corporal.
Materiais: Fantasias e objetos que representem os esportes.

4. Piquenique da Aventura: Realize um piquenique onde cada aluno traga um prato típico de uma cultura que realiza atividades de aventura.
Objetivo: Reconhecer a diversidade cultural.
Materiais: Comida e toalhas para o piquenique.

5. Dia Verde: Promova atividades de limpeza e plantio em um espaço verde próximo, ensinando sobre a importância da natureza.
Objetivo: Conscientizar sobre a preservação ambiental.
Materiais: Luvas, sacos de lixo, mudas de plantas.

Esse plano de aula oferece uma abordagem rica e multifacetada para trabalhar práticas corporais de aventura, garantindo que os alunos se divirtam enquanto aprendem e se desenvolvem em várias dimensões.


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