“Conscienciar Sobre Biodiversidade e Conflitos Socioambientais”

Este plano de aula visa proporcionar aos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental uma reflexão crítica sobre a biodiversidade, os conflitos socioambientais relacionados ao uso da água, a demarcação de terras indígenas e quilombolas, além de abordar a importância dos lençóis freáticos, geleiras, mares e oceanos, a poluição e a revitalização de biomas. O foco central será a análise dos recursos hídricos e a consciência sobre a diversidade de biomas, toda essa análise será enriquecida com a consciência negra e o papel das comunidades tradicionais.

A ideia é conectar o tema com a prática, sensibilizando os alunos sobre a importância das questões socioambientais para a preservação do nosso planeta e as culturas que dele dependem. O plano é estruturado para ser realizável em uma duração de 50 minutos, promovendo atividades que estimulem a pesquisa, a reflexão crítica e o trabalho em grupo.

Tema: Biodiversidade e Conflitos Socioambientais
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover uma compreensão crítica sobre a biodiversidade e os conflitos socioambientais, incentivando a reflexão sobre a importância do uso sustentável da água e a valorização das culturas indígenas e quilombolas.

Objetivos Específicos:

1. Identificar e analisar a relação entre biodiversidade e os conflitos ambientais.
2. Reconhecer a importância dos recursos hídricos para a manutenção dos biomas.
3. Refletir sobre a demarcação de terras indígenas e sua relevância para a conservação ambiental.
4. Discutir formas de revitalização de ecossistemas e o papel das comunidades tradicionais.

Habilidades BNCC:

– (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.
– (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades.
– (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais.

Materiais Necessários:

– Projetor ou TV para apresentação de slides
– Fichas com perguntas e dados sobre biodiversidade e conflitos socioambientais
– Acesso à internet para pesquisa
– Papel e canetas para anotações e criação de cartazes
– Imagens impressas de biomas e comunidades tradicionais

Situações Problema:

– Quais são os principais conflitos socioambientais enfrentados pelas comunidades indígenas e quilombolas?
– Como a exploração de recursos hídricos afeta a biodiversidade local?
– De que maneira a demarcação de terras pode contribuir para a preservação ambiental?

Contextualização:

Nos últimos anos, as questões relacionadas à biodiversidade e conflitos socioambientais têm ganhado destaque nas mídias e nas agendas políticas. O uso da água é uma parte fundamental deste debate, sendo um recurso vital, mas que enfrenta sérios desafios devido à poluição e à exploração excessiva. Ademais, as comunidades indígenas e quilombolas lutam há muito tempo para garantir o direito à terra, um aspecto que não só assegura sua cultura, mas que também é essencial para a manutenção dos ecossistemas.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao tema: O professor deverá iniciar a aula apresentando um breve panorama sobre biodiversidade, conflitos socioambientais e a importância da conservação dos recursos hídricos. Utilize slides com imagens e informações impactantes para captar a atenção dos alunos.

2. Discussão em grupo: Em grupos de 4 a 5 alunos, os alunos discutirão questões levantadas em fichas que contêm dados sobre problemas enfrentados por comunidades indígenas e quilombolas. Cada grupo deve escolher um tema para investigar e preparar uma apresentação rápida.

3. Apresentação: Cada grupo terá 5 minutos para apresentar suas conclusões e aprendizados sobre a sua situação problema. Os outros alunos poderão fazer perguntas e contribuições.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Mapa da Biodiversidade
Objetivo: Reconhecer a diversidade dos biomas brasileiros.
Descrição: Os alunos produzirão um mapa em grupo, destacando as áreas de maior biodiversidade e as comunidades tradicionais que habitam essas regiões.
Instruções: Entregar folhas grandes de papel e canetas coloridas. Cada grupo deve pesquisar online uma bioma específico e representar graficamente as características e as comunidades que nele habitam.
Materiais: Papel, canetas, acesso à internet.

Atividade 2: Debate sobre Conflitos Socioambientais
Objetivo: Aprofundar a compreensão sobre os conflitos socioambientais.
Descrição: Após as apresentações dos grupos, conduzir um debate orientado pelo professor sobre os conflitos e suas implicações.
Instruções: O professor fará perguntas direcionadas e promoverá a discussão, garantindo que todos possam expressar suas opiniões.
Materiais: Nenhum material adicional.

Atividade 3: Produção de um Cartaz por Bioma
Objetivo: Criar conscientização sobre a importância da proteção dos biomas.
Descrição: Baseado nas pesquisas anteriores, cada grupo criará um cartaz informativo sobre um bioma, destacando a biodiversidade, desafios socioambientais e a importância da preservação.
Instruções: Utilizar materiais de papelaria. Os cartazes devem ser criativos e informativos.
Materiais: Papel, tesoura, cola, revistas para recorte.

Discussão em Grupo:

Ao final, reunir todos os alunos para discutir as descobertas feitas durante as atividades. Perguntar como a atividade impactou a opinião deles sobre a biodiversidade e os conflitos socioambientais.

Perguntas:

1. De que maneira você acredita que a demarcação de terras indígenas ajuda a preservar a biodiversidade?
2. Qual a relação entre a poluição das águas e a biodiversidade local?
3. Como as comunidades tradicionais podem contribuir para a proteção do meio ambiente?
4. Quais ações você acha que podem ser feitas para melhorar a situação das comunidades indígenas e quilombolas?

Avaliação:

A avaliação será contínua, monitorando a participação dos alunos nas discussões e atividades em grupo. A qualidade das apresentações e dos cartazes também será considerada, assim como a capacidade de argumentação durante o debate final.

Encerramento:

Finalizar a aula reafirmando a importância da compreensão sobre biodiversidade e conflitos socioambientais. Destacar o papel de cada um na preservação ambiental e a valorização das culturas sociais.

Dicas:

– Utilize vídeos curtos ou documentários relevantes para complementar a abordagem teórica.
– Incentive a pesquisa individual ou em duplas sobre temas de interesse relacionados à biodiversidade e à cultura indígena e quilombola.
– Mantenha sempre um espaço aberto para que os alunos sintam-se à vontade para expressar suas ideias e reflexões.

Texto sobre o tema:

A biodiversidade é um dos parâmetros que definem a saúde de um ecossistema. Ela não se resume apenas à quantidade de espécies, mas envolve interações complexas entre esses organismos e o ambiente no qual habitam. A perda de biodiversidade tem desencadeado uma série de problemas, desde a escassez de recursos naturais até conflitos sociais, especialmente para comunidades que dependem diretamente da terra e da água para sua sobrevivência. Esses conflitos ocorrem frequentemente em regiões onde os interesses econômicos sobrepõem-se às necessidades de preservação ambiental.

Os impactos da poluição, do desmatamento e da mudança climática têm sido devastadores, não apenas para a fauna e flora locais, mas também para os modos de vida de comunidades que vivem em harmonia com a natureza. A demarcação de terras indígenas e quilombolas é uma questão essencial na luta por reconhecimento e direitos das populações que historicamente preservam a biodiversidade. Protegê-las é também uma forma de resgatar e valorizar o conhecimento tradicional, que pode ser fundamental na busca por soluções sustentáveis.

É crucial educar os jovens sobre essas temáticas, não apenas para formação de cidadãos conscientes, mas também para formar líderes que lutem pela preservação ambiental e pelo respeito às culturas de todos os povos. Promover a consciência crítica sobre tais questões é fundamental para a construção de um futuro mais justo e sustentável.

Desdobramentos do plano:

As atividades e discussões propostas podem ser desdobradas em uma série de projetos interdisciplinares, envolvendo outras áreas do conhecimento como Ciências, História, e Artes. É possível organizar uma semana temática sobre biodiversidade e cultura, onde alunos podem explorar vídeos, pesquisas e até realizar saídas de campo para observar ecossistemas locais e dialogar com comunidades tradicionais. Ao fomentar este tipo de iniciativa, os alunos não só aprendem em sala de aula, mas têm a oportunidade de vivenciar e compreender questões reais que afetam a sociedade.

Além disso, as discussões podem ser amplificadas através da colaboração com ONGs e instituições que trabalham com a temática dos direitos das comunidades tradicionais e dos aspectos socioambientais. Esses parcerias podem enriquecer o aprendizado e oferecer aos alunos uma visão mais ampla e profunda das realidades e desafios enfrentados.

Por fim, a construção de um blog ou espaço virtual para a divulgação dos trabalhos dos alunos, resultados das pesquisas e reflexões sobre os temas discutidos pode ser um ótimo desdobramento, permitindo que as vozes dos estudantes sejam ouvidas e que mais pessoas se engajem nas causas socioambientais.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que o professor esteja preparado para lidar com diferentes sensibilidades ao abordar temas tão complexos e emocionais como as questões de direitos humanos e locais. Criar um ambiente de respeito e troca é fundamental para que os alunos se sintam seguros em expressar suas opiniões.

O uso de métodos lúdicos pode facilitar a compreensão dos alunos, uma vez que a interação promove um aprendizado mais significativo. Assim, as atividades práticas não só instigam o interesse dos alunos, mas também asseguram que eles absorvam o conteúdo de forma mais efetiva.

Por outro lado, o acompanhamento contínuo e o incentivo à pesquisa são essenciais para que a aprendizagem se amplie para além das paredes da sala de aula. O papel do educador é crucial na mediação desse processo, sendo um facilitador na construção do conhecimento e no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de cartas – Biomas e Biodiversidade:
Objetivo: Conhecer as características de diferentes biomas e suas biodiversidades.
Descrição: Criar cartas com informações sobre cada bioma (animais, plantas, localização, desafios). Os alunos devem combinar as cartas de forma a montar um jogo de perguntas e respostas, buscando pares correspondentes.
Materiais: Papéis, canetas e impressão de imagens.

2. Teatro de Fantoches – Conflitos Socioambientais:
Objetivo: Compreender os conflitos socioambientais de forma lúdica.
Descrição: Os alunos criarão fantoches representando diferentes partes envolvidas em conflitos socioambientais (indígenas, empresas, ONGs). As apresentações simulam debates e discussões.
Materiais: Material para confecção de fantoches (meias, papel, tesoura).

3. Corrida do Conhecimento:
Objetivo: Revisão dos conteúdos abordados de forma dinâmica.
Descrição: Dividir a turma em grupos e criar estações com perguntas relacionadas ao tema. A cada acerto, o grupo avança para a próxima estação. Equipes são premiadas para motivar a participação.
Materiais: Perguntas já preparadas e uma linha de chegada.

4. Atividade de Mural – “O que eu posso fazer?”:
Objetivo: Permitir que alunos reflitam sobre ações que podem ser realizadas para a preservação ambiental.
Descrição: Os alunos criarão um mural coletando ações que podem tomar em suas vidas cotidianas para contribuir com a preservação ecológica.
Materiais: Cartolina, canetas, revistas e cola.

5. Roda de Conversa – “Escutando Culturas”:
Objetivo: Dar voz às histórias de comunidades tradicionais.
Descrição: Convidar um representante de uma comunidade indígena ou quilombola para relatar vivências e desafios, promovendo um espaço de escuta ativa e respeito.
Materiais: Cadeiras dispostas em círculo e um espaço acolhedor.

Este plano de aula é uma oportunidade rica para que os alunos se tornem não apenas consumidores de conhecimento, mas também agentes de mudança em suas comunidades, ajudando a construir uma sociedade mais consciente ambientalmente e respeitosa com todas as culturas.


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