“Brincadeiras Africanas: Aprendizado Lúdico para Crianças”
A proposta deste plano de aula é proporcionar uma experiência enriquecedora e cultural para crianças bem pequenas, explorando a temática das brincadeiras africanas relacionadas ao mar e à terra. Nessa faixa etária, é essencial que as atividades sejam práticas, visuais e interativas, de forma a encorajar as crianças a se engajarem, se comunicarem e interagirem com seus colegas, bem como compreenderem a diversidade cultural. Através de brincadeiras e músicas, as crianças poderão se sentir parte de um universo cultural vibrante e dinâmico, ao mesmo tempo que desenvolvem habilidades motoras e sociais.
Os conteúdos abordados neste plano de aula foram cuidadosamente elaborados para promover um ambiente lúdico que estimula a criatividade, a imaginatividade e a expressão corporal das crianças. Além disso, o plano busca fomentar a solidariedade e o respeito às diversas características físicas de seus colegas, em consonância com as diretrizes da BNCC. As atividades aqui propostas visam não apenas a diversão, mas também o aprendizado e o desenvolvimento de competências essenciais para a formação dos pequenos.
Tema: Brincadeira africana mar e terra
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Promover o aprendizado sobre a cultura africana através de brincadeiras que envolvem elementos do mar e da terra, estimulando a interação social, o movimento e a expressão artística das crianças.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a coordenação motora por meio de brincadeiras e danças.
– Estimular a comunicação entre as crianças e a expressão de sentimentos por meio de atividades lúdicas.
– Fomentar o respeito às diferenças e a solidariedade nas interações.
– Explorar sons e ritmos da cultura africana de forma interativa e divertida.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI02EO01), (EI02EO03), (EI02EO06).
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI02CG01), (EI02CG02), (EI02CG04).
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
(EI02TS01), (EI02TS03).
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
(EI02EF01), (EI02EF02).
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos, etc.).
– Cores ou imagens que representem o mar e a terra (tintas, papéis coloridos).
– Materiais de texturas variadas (areia, pedras, folhas).
– Espaço amplo para a realização das atividades e brincadeiras.
Situações Problema:
– Como podemos usar nossos corpos para imitar os movimentos de animais e elementos do mar e da terra?
– O que os sons de nosso ambiente podem nos ensinar sobre a cultura africana?
Contextualização:
As brincadeiras africanas estão repletas de significados e são vitais para a construção da identidade cultural das crianças. Ao explorarem o mar e a terra, que são elementos fundamentais na cultura de muitos povos africanos, as crianças não só aprendem sobre as tradições, mas também desenvolvem um senso de pertencimento e respeito à diversidade. Este plano será uma oportunidade para que os pequenos se familiarizem com diferentes sons, movimentos e representações artísticas, incorporando assim, a riqueza cultural do continente africano em suas vivências diárias.
Desenvolvimento:
A aula será iniciada com uma roda, onde o educador apresentará as temáticas do mar e da terra. Será importante que as crianças sintam-se confortáveis e acolhidas para participar dessa experiência cultural. A seguir, o educador irá incentivar as crianças a interagirem com o espaço ao seu redor, explorando os materiais proporcionados.
As atividades acontecerão em duas etapas. Primeiro, será feita uma atividade de exploração sensorial, onde as crianças poderão tocar e sentir a areia, as pedras e outros elementos naturais, estimulando a curiosidade e a percepção do ambiente. Em seguida, será a vez de explorarem os sons. Com os instrumentos musicais, as crianças irão imitar os sons do mar (ondas) e da terra (a batida dos pés no chão).
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Brincando com a Areia
– Objetivo: Estimular sensações táteis e identificar texturas.
– Descrição: Organizar uma mesa com areia e diferentes objetos (formas de animais, conchas, etc.). As crianças serão convidadas a explorar a areia, criando formas e identificando os objetos.
– Materiais: Areia, objetos diversos, recipientes.
– Dicas de adaptação: Para crianças que não gostam de текстura, oferecer objetos de diferentes materiais para manipulação junto com a areia.
Atividade 2: Dança dos Animais do Mar
– Objetivo: Incentivar a mobilidade e expressão corporal.
– Descrição: O educador tocará músicas relacionadas ao tema e as crianças deverão imitar os movimentos dos animais marinhos enquanto dançam.
– Materiais: Música com sons de água e batidas que remetam ao mar.
– Dicas de adaptação: Sugerir movimentos próprios das crianças, valorizando suas ideias e criatividade.
Atividade 3: Sons da Terra
– Objetivo: Explorar sons e desenvolver a escuta.
– Descrição: Com diversos materiais (pedras, folhas, madeira), as crianças deverão criar sons e ritmos que representem a terra.
– Materiais: Instrumentos simples feitos de materiais recicláveis.
– Dicas de adaptação: Adaptar a atividade de acordo com os diferentes níveis de desenvolvimento dos alunos, envolvendo também os adultos.
Atividade 4: Pintura do Mar e da Terra
– Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão artística.
– Descrição: As crianças usarão tintas para criar uma pintura que represente o mar e a terra, explorando cores e texturas.
– Materiais: Tintas e pincéis.
– Dicas de adaptação: Proporcionar espaços diferentes para a pintura, como mesas ou chão coberto, sempre respeitando as preferências e o conforto dos pequenos.
Atividade 5: Roda de Histórias e Canções
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação e escuta.
– Descrição: O educador contará histórias que envolvam temas do mar e da terra, entremeadas com músicas e cantigas da cultura africana.
– Materiais: Livros ilustrados, instrumentos musicais.
– Dicas de adaptação: Encorajar as crianças a se expressarem e que relatem suas próprias experiências durante as contações.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, será realizada uma conversa onde as crianças poderão compartilhar suas experiências. O educador poderá fazer perguntas sobre o que mais gostaram de fazer, o que aprenderam e como se sentiram. Esse momento é fundamental para a construção do conhecimento coletivo e do fortalecimento do vínculo entre as crianças.
Perguntas:
– O que você mais gostou de fazer hoje?
– Como você se sentiu ao dançar como um animal do mar?
– Que sons você pode escutar agora ao nosso redor?
Avaliação:
A avaliação será realizada de maneira contínua e observacional, considerando a participação e o envolvimento das crianças ao longo das atividades. O educador deve observar se os alunos estão conseguindo interagir, expressar-se e respeitar as regras estabelecidas. A capacidade de compartilhar e colaborar em atividades também será considerada.
Encerramento:
Para finalizar a aula, as crianças poderão apresentar uma roda de dança coletiva, celebrando o que aprenderam sobre as brincadeiras africanas. O educador poderá também reforçar a importância de respeitar as diferenças e de cuidar uns dos outros, levando os pequenos a refletirem sobre os valores construídos ao longo da atividade.
Dicas:
– Sempre incentive a participação ativa das crianças nas atividades.
– Utilize as músicas africanas para dar ritmo às atividades e enriquecer a experiência cultural.
– Proporcione um ambiente acolhedor e seguro, onde as crianças se sintam à vontade para se expressar.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras africanas são parte fundamental do legado cultural que diversas etnias trazem, representando tradições que conectam as pessoas à sua história e à sua herança. Para as crianças, muitas dessas brincadeiras vão além do simples entretenimento; elas são um meio de expressão e aprendizado que se intensificam através da música, dança e interação social. Ao vivenciar as atividades inspiradas nas culturas africanas, os pequenos não apenas desenvolvem habilidades motoras e sociais, mas também se familiarizam com ritmos e sons que retratam uma forma rica de ver o mundo. Essa conexão com a cultura é importante para reforçar a identidade e a autoestima, especialmente em um cenário onde a diversidade cultural é cada vez mais celebrada.
A exploração das brincadeiras do mar e da terra traz uma oportunidade ímpar para introduzir às crianças conceitos de natureza e meio ambiente. Ao falar sobre o mar, podemos explorar temas relacionados à vida marinha, aos sons das ondas e à interação dos seres humanos com a água. Já a terra nos proporciona discussões sobre os diferentes tipos de solo, flora e fauna, trazendo consciência sobre a importância da preservação ambiental desde a primeira infância. É essencial que a oferta de atividades culturais esteja presente na formação da criança, proporcionando um aprendizado que valoriza não somente a sua cultura, mas também as de outros povos.
Por fim, ao implementar esse plano de aula, o intuito é que as crianças experimentem por meio do lúdico e do afetivo, a construção de saberes onde o respeito, a empatia e a solidariedade são pilares fundamentais. Assim, as aulas não servirão apenas para ensinar, mas também para conectar as crianças com o mundo que as cerca, tornando-as cidadãos críticos e respeitosos em um ambiente plural. Essa experiência cultural pode ser o primeiro passo para fomentar em cada criança um espírito solidário e de busca por compreensão e conexão com o outro.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ter desdobramentos em diversas áreas do conhecimento e em diferentes contextos sociais. Um possível desdobramento seria a criação de um projeto que envolvesse as famílias, trazendo para a escola a troca de histórias e práticas culturais que representam suas próprias origens. Essa iniciativa fortaleceria os laços entre a escola e a comunidade, além de proporcionar às crianças um conhecimento mais amplo sobre a riqueza cultural que as cerca.
Outro desdobramento pode ser a introdução de atividades artísticas que explorem a diversidade cultural de maneira ainda mais aprofundada, como a criação de uma apresentação onde as crianças representem não apenas a cultura africana, mas também a de outros continentes. Essa abordagem pode criar um espaço de diálogo e aprendizado, onde as diferenças são celebradas e integradas, ajudando as crianças a desenvolver ainda mais o respeito pela pluralidade.
Além disso, a temática do mar e da terra pode ser integrada a outras disciplinas, como ciências, quando se fala sobre ecossistemas, ou até mesmo a matemática, por meio da contagem e comparação de objetos encontrados na natureza. A interrelação entre essas áreas do conhecimento possibilita uma aprendizagem significativa, que vai além do tradicional, permitindo que as crianças vejam a relevância do que aprendem em suas vidas diárias.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o educador prepare o ambiente de forma que este seja não apenas acolhedor, mas também propício para a exploração. Essa preparação inclui disponibilizar os materiais de forma acessível, garantir que haja espaço suficiente para as atividades e que o ambiente esteja seguro para as crianças. Um espaço bem organizado pode encorajar os pequenos a se moverem livremente, explorando assim, os aspectos da brincadeira e do aprendizado, conforme previsto nas diretrizes da BNCC.
Além disso, é importante que o educador esteja atento às interações entre as crianças e intervenha quando necessário para mediar conflitos e promover a solidariedade. Essa mediação é essencial para que as crianças aprendam a resolver problemas dentro do grupo, respeitando o espaço do outro e desenvolvendo um senso comunitário. O adulto deve ser um facilitador, instigando a curiosidade e a criatividade sem impor limites à expressão individual e coletiva das crianças.
Por fim, a reflexão sobre o que foi aprendido deve ser um exercício constante. Ao final de cada aula, realizar uma roda de conversa pode ser enriquecedor para avaliar as experiências e discutir o que cada criança sentiu e aprendeu. Essa prática não só reforça a aprendizagem, mas também promove o desenvolvimento da linguagem e da escuta ativa. A sala de aula deve ser um espaço de diálogo e expressão, onde cada voz é ouvida e respeitada, contribuindo para um ambiente inclusivo e acolhedor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: O jogo das texturas
– Objetivo: Explorar sensações e texturas do mar e da terra.
– Atividade: Organizar uma caixa sensorial com areia, pequenas conchas, pedras e folhas. As crianças devem explorar os materiais, descrever as texturas e encontrar objetos semelhantes.
– Idade: Para crianças de 2 anos.
– Materiais: Areia, conchas, pedras, folhas de diferentes texturas.
Sugestão 2: Roda de canções e danças
– Objetivo: Estimular a expressão corporal e a musicalidade.
– Atividade: Reunir as crianças para cantar e dançar músicas africanas que falem sobre o mar e a terra. O educador pode ensinar alguns passos de dança simples.
– Idade: Para crianças de 3 anos.
– Materiais: Música africana em áudio.
Sugestão 3: Caça ao tesouro do mar
– Objetivo: Desenvolver a observação e a coordenação motora.
– Atividade: Criar um “mapa do tesouro” que leve as crianças a procurar objetos (imitações de conchas, peixes) espalhados em um espaço externo ou na sala.
– Idade: Para crianças de 3 anos.
– Materiais: Objetos para esconder, mapa simples desenhado.
Sugestão 4: Pinturas do fundo do mar
– Objetivo: Estimular a criatividade e a apreciação das cores.
– Atividade: Usar tinta para que as crianças possam pintar uma imagem que represente o fundo do mar ou uma cena da natureza.
– Idade: Para crianças de 2 a 3 anos.
– Materiais: Tintas, pincéis, papéis grandes.
Sugestão 5: O bailado dos animais
– Objetivo: Integrar movimento e ritmo.
– Atividade: Após contar uma história sobre o mar e a terra, as crianças devem imitar os movimentos dos animais. Como exemplo, andar como um leão, nadar como um peixe ou pular como um sapo.
– Idade: Para crianças de 2 a 3 anos.
– Materiais: Música e um espaço amplo para movimentação.
Com essas sugestões, espera-se que o ambiente de aprendizado seja não apenas educativo, mas também recheado de diversão, interação e descoberta para as crianças.
