“Brinquedos e Brincadeiras Africanas: Aprendizado Lúdico para Bebês”
A presente aula tem como foco principal os brinquedos e as brincadeiras da África, proporcionando uma oportunidade única de conexão e aprendizado sobre a cultura africana. A metodologia proposta considera a faixa etária dos bebês de 4 a 5 anos, uma fase em que a apreensão do mundo se dá predominantemente por meio da experiência e exploração. Através de atividades lúdicas e sensoriais, pretende-se estimular a percepção das crianças em relação a brinquedos e brincadeiras típicas da cultura africana, favorecendo a imersão cultural e a construção da identidade através da diversidade.
Neste plano de aula, o professor será um mediador que guiará a descoberta de diferentes sons, cores e formas desses brinquedos, além de promover interações significativas entre os alunos. A proposta se concentra em criar um ambiente acolhedor e desafiador, com atividades que estimulem a interação social, a expressão corporal e a exploração sensorial. A intenção é que as crianças se reconheçam como co-autoras de suas experiências, permitindo que suas ações e interações resultem em aprendizagens significativas.
Tema: Brinquedos e brincadeiras da África
Duração: 60 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver nas crianças o reconhecimento dos brinquedos e brincadeiras da cultura africana, promovendo a interação, a expressão e a aprendizagem através da exploração sensorial.
Objetivos Específicos:
– Estimular a comunicação não verbal e verbal através de gestos e balbucios.
– Promover a percepção do corpo e sua movimentação em brincadeiras corporais.
– Incentivar a exploração de sons e ritmos característicos da cultura africana.
– Fomentar a interação entre pares, reforçando a convivência social.
Habilidades BNCC:
Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– (EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Campo de experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”:
– (EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
Materiais Necessários:
– Brinquedos típicos africanos (como tambores de brinquedo, bonecos de pano, jogos de encaixar).
– Materiais sonoros (recipientes de diferentes tamanhos para gerar percussão).
– Panos coloridos representando as vestimentas e tecidos africanos.
– Espaço amplo para realização das atividades.
Situações Problema:
– Como podemos tocar e produzir sons com os brinquedos africanos?
– O que podemos fazer para brincar juntos, utilizando brinquedos diferentes?
Contextualização:
A África é um continente rico em diversidade cultural, com muitos brinquedos e brincadeiras que fazem parte do cotidiano das crianças. Estimulantes para a oralidade e a expressão, as brincadeiras africanas frequentemente envolvem música, movimento e a interação entre pares. Esse contexto serve como pano de fundo para a aula, permitindo que as crianças se familiarizem com novos costumes e tradições, enriquecendo suas vivências e conhecimento de mundo.
Desenvolvimento:
A aula terá a seguinte estrutura:
1. Abertura e Apresentação (10 min)
– Reunir as crianças em círculo e apresentar os brinquedos africanos.
– Conversar sobre as cores, formas e sons que eles fazem.
2. Exploração dos Brinquedos (15 min)
– As crianças serão divididas em pequenos grupos e poderão manusear os brinquedos, incentivando a exploração sensorial.
– Orientar que cada grupo experimente tocar os tambores e explorar os sons.
3. Brincadeira Coletiva (15 min)
– Ao som de uma música africana, incentivar a movimentação das crianças, imitando danças.
– Propor que as crianças se ajudem a formar círculos e brincar de “passar o tambor”.
4. Contação de História (10 min)
– Ler uma história breve que envolva brincadeiras ou personagens africanos.
– Pedir que as crianças apontem as imagens que reconhecerem.
5. Encerramento e Reflexão (10 min)
– Permitir um espaço onde as crianças possam compartilhar o que mais gostaram da atividade.
– Reforçar a importância da colaboração e da convivência durante os jogos.
Atividades sugeridas:
1. Atividade “sonoridade africana”
– Objetivo: Explorar sons com o corpo e instrumentos.
– Descrição: Com tambores de brinquedo, as crianças podem criar uma pequena banda, explorando os ritmos.
– Materiais: Tambores e outros objetos sonoros.
– Instruções: Ensinar um ritmo simples, incentivando a imitação e a criatividade nas batidas.
2. Atividade “dança imitando animais”
– Objetivo: Estimular a movimentação e a imitação.
– Descrição: As crianças devem se movimentar como animais típicos africanos, como leões, elefantes, entre outros.
– Materiais: Espaço amplo e música animada.
– Instruções: Pedir que as crianças façam os sons que cada animal também “faz”, estimulando a interação.
3. Atividade “tecidos e cores”
– Objetivo: Explorar cores e texturas através dos panos.
– Descrição: As crianças vão manipular e movimentar os panos, criando uma dança com cores.
– Materiais: Panos coloridos.
– Instruções: Orientar as crianças a se movimentarem enquanto seguram o pano, observando como ele se comporta no ar.
4. Atividade “brincadeira de roda”
– Objetivo: Fomentar a interação e a socialização.
– Descrição: Formar um círculo e cantar uma música, passando um objeto de mão em mão.
– Materiais: Brinquedo que pode ser passado.
– Instruções: As crianças aprendem a respeitar a vez de cada uma, promovendo a espera e a atenção.
5. Atividade “história com gestos”
– Objetivo: Promover a escuta e a imitação de gestos.
– Descrição: Contar uma história com gestos que as crianças devem imitar.
– Materiais: Livro ilustrado.
– Instruções: Ler a história e pausar para que as crianças possam imitar os gestos que surgem nas narrações.
Discussão em Grupo:
– O que vocês sentiram ao tocar os brinquedos?
– Como podemos brincar mais juntos?
– Quais sons vocês mais gostaram de fazer?
Perguntas:
– Quais brinquedos africanos vocês conheceram hoje?
– Como é a música africana para vocês?
– Que sentimentos vocês tiveram enquanto dançavam?
Avaliação:
A avaliação será feita de maneira contínua, observando a participação e interação das crianças nas atividades propostas. Os educadores devem verificar o envolvimento dos alunos e a sua capacidade de expressar sentimentos e colaborar nas brincadeiras em grupo.
Encerramento:
A aula se encerra com uma roda de conversa, onde as crianças podem compartilhar suas experiências e sentimentos durante as atividades. O professor deverá reforçar a importância do respeito e da diversão nas brincadeiras e estimular o desejo de aprender mais sobre culturas diferentes.
Dicas:
– Mantenha um ambiente acolhedor e receptivo.
– Utilize músicas africanas autênticas para enriquecer a experiência.
– Esteja preparado para adaptar as atividades conforme o interesse e a capacidade de atenção dos alunos.
Texto sobre o tema:
Os brinquedos e brincadeiras africanas trazem um universo rico e vibrante, não somente em termos de cores e sons, mas também de significados e histórias. A cultura africana é vasta e possui diferentes tradições que têm sido passadas de geração em geração. Ao introduzir as crianças a esses brinquedos e brincadeiras, fornecemos uma oportunidade de enriquecê-las culturalmente. Portanto, entender como as brincadeiras fazem parte do cotidiano das crianças africanas é fundamental para promover a valorização da diversidade.
Além de despertar o interesse cultural, as atividades propostas permitem que as crianças desenvolvam habilidades motoras e sociais. Por exemplo, ao jogar em grupo, os pequenos aprendem a respeitar turnos, compartilhar, e a interagir com colegas. A participação em brincadeiras coletivas traz benefícios emocionais significativos, como a construção de amizades e o fortalecimento de vínculos afetivos. O potencial de aprendizado nesse contexto é alto, pois, além da diversão, as crianças ainda irão se desenvolver em diferentes esferas: física, emocional e social.
Assim, levando em consideração esses múltiplos aspectos, podemos afirmar que é essencial que a introdução de brinquedos e brincadeiras africanas no ambiente escolar contribua para a formação de uma identidade mais plural e consciente. Quando as crianças têm acesso a culturas diversas, elas se tornam não apenas mais empáticas e tolerantes, mas também mais criativas e abertas a novos desafios. Por isso, o papel do educador é fundamental nesse processo, pois ele instiga a curiosidade e promove um ambiente de aprendizado acolhedor e desafiador.
Desdobramentos do plano:
As atividades abordadas no plano de aula têm o potencial de serem expandidas e exploradas em diversas direções. Primeiramente, pode-se criar uma semana cultural africana na escola, onde diversas atividades envolvendo a cultura africana, como dança, música e arte, serão realizadas. Isso permitirá que as crianças, junto com sua família, se envolvam em experiências mais profundas e significativas sobre essa temática. O contato com diferentes expressões culturais, sua música e sua arte contribuirá para uma formação mais abrangente e menos estereotipada da cultura africana.
Em segundo lugar, podemos implementar projetos que permitam aos alunos se envolverem com a construção de brinquedos com materiais recicláveis, baseados nos brinquedos tradicionais africanos. isso promove a criatividade ao mesmo tempo que trabalha a sustentabilidade, mostrando às crianças como é possível criar e recriar a partir de objetos do dia a dia. Esse tipo de atividade estreita a relação entre a tradição e a modernidade, possibilitando que os alunos vejam a importância de manter essas tradições vivas, também em contextos contemporâneos.
Por fim, o intercâmbio com outras escolas que tenham ênfase na diversidade cultural pode ser uma forma eficaz de ampliar o aprendizado. O contato com outras realidades e modos de ensino possibilita uma rica troca de experiências, além de proporcionar uma compreensão ainda maior sobre a importância da convivência e respeito às diferenças. Nesse sentido, a construção de relações entre escolas diferentes com o mesmo foco pode resultar em eventos amplos e significativos, como festivais culturais, promovendo a dança, a música e o aprendizado mútuo.
Orientações finais sobre o plano:
Ao término da aula, é importante que o educador faça um reflexo sobre as atividades realizadas. As orientações finais ajudam o professor a organizar os aprendizados que emergiram durante as práticas e a perceber a efetividade das metodologias empregadas. Uma boa prática é reunir feedback das crianças sobre o que mais gostaram de aprender e brincar, assim favorecendo a participação. Em seguida, elabore um registro do que funcionou bem e do que pode ser melhorado para as próximas aulas, levando em conta o feedback dos alunos e observações pessoais.
Além disso, os educadores devem estar atentos à adaptação das atividades às necessidades individuais de cada criança. Isso implica estar disposto a modificar as propostas de acordo com o tempo de atenção, o nível de desenvoltura ou o tipo de interação que cada um demonstra. Crie um ambiente flexível, que promova a inclusão e a participação de todos, respeitando os diferentes ritmos de aprendizagem. É essencial que cada criança se sinta valorizada e contemplada em suas particularidades.
Ao longo das aulas, é importante também ressaltar o papel da família como parceira no processo educativo. Incentive os pais a interagirem com os filhos em casa, brincando e explorando os elementos da cultura africana. Assim, essas experiências não ficarão restritas ao ambiente escolar, podendo se transformar em aprendizados que ecoarão no contexto familiar e contribuirão para uma educação integral.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. “A dança dos continentes”
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Conhecer danças típicas de diferentes continentes.
– Descrição: Cada dia da semana pode ser dedicado a um continente, com danças e músicas tradicionais, culminando em um dia específico para a África.
– Materiais: Roupas coloridas e instrumentos rítmicos.
– Instruções: Convidar especialistas ou utilizar vídeos para ensinar as crianças as coreografias.
2. “Teatro de Fantoches Africano”
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Explorar a criatividade através da contação de histórias.
– Descrição: As crianças podem criar fantoches baseados em personagens africanos e dramatizar histórias tradicionais.
– Materiais: Sacos de papel, tintas, colas, e materiais para decoração.
– Instruções: Mostrar como fazer os fantoches e incentivá-las a criar seus enredos.
3. “Ateliê de Música”
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Criar instrumentos musicais com materiais alternativos.
– Descrição: As crianças podem utilizar latas, garrafas e outros materiais recicláveis para fabricar instrumentos.
– Materiais: Latas vazias, grãos, papéis, bandas elásticas.
– Instruções: Encorajar a construção dos instrumentos e a formação de uma mini-orquestra.
4. “Caça ao Tesouro Africano”
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Despertar a curiosidade através da exploração do espaço.
– Descrição: Esconder objetos relacionados à cultura africana pelo espaço escolar e criar dicas para a localização.
– Materiais: Brinquedos ou imagens representativas.
– Instruções: Formar grupos e dar pistas para que juntas encontrem os “tesouros”.
5. “Arte com Materiais Naturais”
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Promover o contato com a natureza e estimular o olhar estético.
– Descrição: Utilizar folhas, flores e outros elementos para criar arte inspirada em padrões africanos.
– Materiais: Materiais naturais coletados e itens de artesanato.
– Instruções: Organizar uma expedição para coletar e, na sequência, deixar que as crianças explorem suas criações.
Com essas atividades lúdicas e educativas, espera-se que os alunos possam vivenciar a cultura africana de forma significativa, enriquecendo seu repertório cultural e social. Cada uma das atividades propostas visa proporcionar experiências de aprendizado ricas e diversificadas, consolidando o que foi abordado no plano de aula original.

