“Aprendendo Subtração de Forma Lúdica na Educação Infantil”
A realização deste plano de aula visa abordar as noções de subtração de maneira lúdica e acessível para crianças pequenas na Educação Infantil. Tendo em vista que o público-alvo são alunos com idade entre 4 e 5 anos, as atividades a serem propostas levarão em consideração o nível de desenvolvimento cognitivo dessa faixa etária para promover uma aprendizagem significativa e prazerosa. O enfoque será não apenas em conceitos matemáticos, mas também em desenvolver habilidades sociais e emocionais por meio de interações cooperativas.
As atividades que compõem o plano têm como objetivo proporcionar experiências práticas que estimulem o raciocínio lógico da criança, ao mesmo tempo que favorecem a socialização, a empatia e a comunicação entre os pequenos. Serão utilizadas abordagens diversas, envolvendo música, jogos e brincadeiras que contextualizem a subtração em situações do cotidiano, contribuindo para que as crianças compreendam e internalizem esse conceito matemático de forma natural e divertida.
Tema: Noções de Subtração
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências práticas que permitam às crianças pequenas entenderem a noção de subtração, utilizando materiais concretos e abordagens lúdicas que estimulem a interação social e a autonomia.
Objetivos Específicos:
1. Compreender o conceito de subtração como a retirada de quantidades.
2. Desenvolver habilidades sociais através da interação em atividades em grupo.
3. Estimular a expressão de sentimentos e ideias relacionadas à matemática.
4. Promover a autoavaliação e a confiança nas próprias capacidades ao realizar atividades envolvendo números.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
Materiais Necessários:
– Blocos de montar (de diferentes cores e tamanhos)
– Fichas com números de 1 a 10
– Contadores (como tampinhas, pedrinhas ou objetos recicláveis)
– Papel e lápis de cor
– Caixa de som (para atividades musicais)
– Livros infantis com temáticas de contagem e subtração
Situações Problema:
As situações problemas devem ser formuladas de maneira que as crianças consigam relacionar a subtração a um contexto do dia a dia. Por exemplo: “Se eu tinha cinco maçãs e comi duas, quantas maçãs restaram?” Essa abordagem conecta a matemática à vivência das crianças, facilitando o entendimento.
Contextualização:
Antes de iniciar as atividades, é importante contextualizar o assunto. Um pequeno círculo de conversa pode ser realizado, onde as crianças compartilham situações em que já usaram a ideia de tirar algo de uma quantidade. Isso estimulará a empatia e a troca de experiências.
Desenvolvimento:
1. Apresentação do conceito: O professor pode utilizar objetos para ilustrar. Por exemplo, mostrar 5 brinquedos e explicar que ao dar 2 brinquedos para um colega, restaram 3.
2. Brincadeiras: A sugestão é realizar brincadeiras que envolvam contar e retirar objetos.
3. Jogos cooperativos: Formar pares onde os alunos devem ajudar um ao outro a resolver problemas de subtração utilizando os contadores.
4. Expressão artística: Incentivar as crianças a desenhar situações em que ocorra a subtração, como “5 balas e eu comi 1”.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introduzindo a Subtração
– Objetivo: Compreender o conceito básico de subtração.
– Descrição: Usar blocos de montar para ilustrar o conceito.
– Instruções: O professor pode pedir aos alunos que construam torres com 5 blocos e depois retirem 2 blocos, contando os que restam.
– Materiais: Blocos de montar.
– Adaptação: Para alunos que têm dificuldades motoras, oferecer blocos maiores ou trabalhar em grupos.
Dia 2: Música e Movimento
– Objetivo: Relacionar subtração à música.
– Descrição: Criar uma canção sobre subtração (Ex: “Se eu tinha cinco peixinhos e um deles pulou…”).
– Instruções: As crianças devem mover as mãos para representar a contagem e a retirada dos peixinhos.
– Materiais: Caixa de som e fichas com números.
– Adaptação: Permitir que alunos com dificuldades auditivas expressem as ações de forma visual.
Dia 3: Contadores e Jogos
– Objetivo: Aplicar a subtração em jogos.
– Descrição: Usar contadores (tampinhas, por exemplo) para formar duplas e jogar um “jogo de subtração”, onde retiram contadores em pares.
– Instruções: Um aluno retira dois contadores enquanto o outro observa e conta quantos sobraram.
– Materiais: Tampinhas ou contadores e fichas.
– Adaptação: Se um aluno não conseguir retirar os contadores, pode contar verbalmente.
Dia 4: Arte e Criatividade
– Objetivo: Criar representações visuais de subtração.
– Descrição: Usar papel e lápis de cor para desenhar a cena do problema de subtração.
– Instruções: Cada aluno deve desenhar uma cena onde algo foi subtraído, como uma árvore com 5 maçãs e 2 foram comidas.
– Materiais: Papel, lápis de cor.
– Adaptação: Crianças que têm dificuldade em desenhar podem recortar figuras de revistas.
Discussão em Grupo:
Ao final de cada dia, promover discussões em grupo sobre as atividades realizadas, enfatizando como se sentiram, o que aprenderam e como utilizaram a subtração nas atividades. Isso reforça a comunicação e o respeito às ideias dos colegas.
Perguntas:
1. O que significa subtrair?
2. Você já precisou tirar algo que tinha? Como foi?
3. Quantas balas você teria se comesse duas de cinco?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observará a participação das crianças nas atividades, a capacidade de interagir e a compreensão do conceito de subtração. O professor pode realizar observações sobre como os alunos abordam as situações problemas e como utilizam os objetos durante as atividades.
Encerramento:
Finalizar a semana revisando o que foi aprendido. Propor um momento de partilha onde cada criança pode contar uma forma de subtração que ocorrerá em suas casas, como dividir doces com amigos ou irmãos, reforçando o aprendizado de forma lúdica e significativa.
Dicas:
Incentive o uso de músicas e brincadeiras que ajudem na fixação das noções de subtração. Use sempre materiais que sejam de fácil manuseio e que proporcionem experiências concretas. Além disso, busque criar um ambiente acolhedor que estimule a troca de ideias e o respeito pelas opiniões dos colegas.
Texto sobre o tema:
A subtração é uma das operações matemáticas fundamentais e, para crianças pequenas, entender essa noção pode se tornar muito mais interessante quando explorada de forma lúdica. A subtração pode ser compreendida como uma forma de “tirar” algo de uma quantidade existente. Desde cedo, as crianças estão envolvidas em situações cotidianas que demandam a subtração. Um exemplo simples é quando têm um número de brinquedos e, ao compartilhar com amigos, precisam contabilizar quantos permanecem com elas. Essa vivência prática ajuda a solidificar a compreensão do conceito.
Durante o processo de ensino, é fundamental que os educadores utilizem materiais concretos que ajudem a ilustrar a operação, como contadores, jogos e atividades práticas que estimulem a participação ativa dos alunos. Quando as crianças interagem com o conteúdo, a aprendizagem se torna mais significativa. Além disso, é essencial cultivar um ambiente onde a criança sinta-se confortável para compartilhar suas experiências e expressar suas ideias, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.
Trabalhar a subtração no contexto escolar deve ser uma oportunidade para as crianças aprenderem não apenas sobre números, mas também sobre como se relacionar com os outros, entender suas emoções e respeitar as diferenças. A matemática deve ser vista como uma ferramenta que se relaciona com a vida diária, e a subtração, nesse sentido, serve para ajudar os pequenos a entenderem que a partilha é um ato que pode gerar alegria e contentamento, mesmo na “perda” de um item.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos dessa proposta de ensino podem se estender muito além das atividades práticas em sala de aula. A compreensão das noções de subtração pode induzir as crianças a aplicarem este aprendizado em suas rotinas diárias, como quando precisam dividir objetos ou brinquedos. Por exemplo, uma atividade simples como compartilhar os lanches na hora do intervalo pode criar situações onde o conceito é usado de maneira prática e significativa, reforçando o aprendizado.
Além disso, a inclusão de músicas e brincadeiras em grupo não apenas torna o aprendizado mais divertido, mas também fortalece os laços sociais entre as crianças, promovendo um aprendizado colaborativo. As interações sociais que surgem a partir de jogos e brincadeiras ajudam as crianças a perceberem a importância do respeito mútuo, da empatia e da cooperação. Esses valores, quando aliados ao aprendizado matemático, possibilitam uma formação integral dos alunos.
Por fim, ao finalizar as atividades, o professor pode incentivar reflexões sobre o que aprenderam e como podem aplicar a subtração em sua vida fora da escola. Esse aspecto crítico contribui para que as crianças sintam-se mais confiantes em suas habilidades e mais preparadas para enfrentar desafios maiores, tanto na matemática quanto na convivência social.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que o professor esteja atento às diferentes maneiras que cada criança pode compreender os conceitos apresentados. Cada aluno pode ter um ritmo diferente, e é fundamental que o educador saiba respeitar essas individualidades, adaptando o plano às necessidades específicas do grupo. Isso pode incluir a modificação de atividades ou a oferta de materiais diferentes para estimular o interesse e a participação ativa de todos.
Incentivar a formação de grupos de aprendizado colaborativo é uma estratégia eficaz. Quando as crianças trabalham juntas, elas têm a oportunidade de se ajudarem, esclarecendo dúvidas e colaborando para a solução dos problemas propostos. Esse tipo de interação não apenas enriquece o aprendizado da matemática, mas também contribui para a construção de vínculos afetivos entre elas, gerando um ambiente escolar mais positivo e integrador.
Por último, não deixe de registrar as observações ao longo das atividades, pois são essas anotações que poderão nortear futuras intervenções pedagógicas e avaliar a eficácia do planejamento. Esse registro auxiliar permitirá ao professor refletir sobre as práticas, melhorando continuamente seu ensino e garantindo que cada criança se sinta valorizada em seu processo de aprendizado.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caminhada dos números: Organize um percurso sobre o chão da sala com números de 1 a 10. As crianças devem pular ou caminhar sobre os números retirando quantidades marcadas, promovendo a subtração enquanto brincam de forma física.
– Objetivo: Tornar a matemática uma experiência prática e divertida.
– Materiais: Números colados no chão.
– Adaptação: Alunos com dificuldades motoras podem fazer um jogo em grupo, onde um aluno retira a quantidade verbalizando a subtração.
2. A boneca que precisa de ajuda: Traga uma boneca que tenha perdido alguns de seus acessórios e peça para as crianças ajudarem a contar quantos acessórios ela tem, utilizando a subtração para descobrir quantos faltam.
– Objetivo: Estimular o raciocínio lógico na resolução de problemas.
– Materiais: Boneca e acessórios.
– Adaptação: Oferecer figuras de diferentes tamanhos para as crianças que se sentem mais confortáveis com ilustrações.
3. Histórias de subtração: Ler um livro que envolva subtração, como “O livro dos números”. Após a leitura, realizar uma atividade em grupo para desenhar o que foi lido, com foco nas quantidades.
– Objetivo: Relacionar conceitos de leitura com a matemática.
– Materiais: Livros e papel para desenho.
– Adaptação: Crianças que preferem podem criar sua própria história, mantendo a temática de subtração.
4. O jogo das bolinhas: Usar bolinhas de papel ou objetos pequenos. Cada criança recebe 10 bolinhas e, a cada rodada do jogo, retira uma quantidade e faz a subtração vocalizando-a.
– Objetivo: Reforçar a subtração através de uma atividade interativa.
– Materiais: Bolinhas de papel.
– Adaptação: Para alunos que tenham dificuldades, usar bolinhas maiores ou contar em pares.
5. Na feira de frutas: Montar uma ‘feira’ na sala onde as crianças têm a função de ‘vender’ e ‘comprar’ frutas de papel. Cada vez que ‘vender’ uma fruta, elas devem subtrair da quantidade inicial que têm.
– Objetivo: Contextualizar o conceito em situações do cotidiano.
– Materiais: Frutas de papel e etiquetas com preços.
– Adaptação: Organizar grupos de crianças se ajudando para simular uma maior interatividade.
Essas atividades lúdicas e práticas têm o potencial de envolver crianças pequenas em experiências que vão além da sala de aula, integrando a matemática à diversão e à vivência.