“Plano de Aula Engajador: Gases da Atmosfera e Placas Tectônicas”

A seguir, apresento um plano de aula detalhado sobre os gases da atmosfera e placas da litosfera, com foco no 7º ano do Ensino Fundamental II. Este plano busca engajar os alunos por meio de experimentos práticos que prometem não só compreender os elementos teóricos, mas também vivenciar e discutir fenômenos importantes relacionados às ciências naturais.

Tema: Gases da Atmosfera e Placas da Litosfera
Duração: 20 minutos
Etapa: Ensino Fundamental II
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 13 anos

Objetivo Geral:

O objetivo geral desta aula é proporcionar aos alunos uma compreensão dos gases presentes na atmosfera e da dinâmica das placas tectônicas, através de experimentações práticas que estimulam a curiosidade científica e a capacidade de argumentação.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Realizar experimentos simples para observar a interação entre diferentes gases e a atmosfera.
– Compreender como os gases afetam os processos naturais e a vida na Terra.
– Desenvolver habilidades de observação, análise e interpretação de dados durante os experimentos.
– Estimular a formulação de hipóteses e a construção de argumentos a partir da observação prática.

Habilidades BNCC:

– (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição.
– (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.

Materiais Necessários:

– 1 copo de vidro
– 1 vela
– 1 prato com água
– 1 garrafa de água com gás
– Fósforos ou isqueiro
– Lápis e papel para anotações

Situações Problema:

As situações problema envolvem a observação e análise do que acontece quando a vela é coberta pelo copo e quando o gás da garrafa de água com gás é liberado para o ambiente. Como esses eventos se relacionam com a presença de oxigênio e a atuação de gases na atmosfera?

Contextualização:

Os alunos serão introduzidos ao conceito de atmosfera e as camadas que a compõem, destacando o papel dos gases como o oxigênio, nitrogênio e outros. Em seguida, a discussão irá abordar as placas tectônicas, a movimentação delas e seu papel nas testemunhas de fenômenos naturais como terremotos e vulcões, correlacionando esses elementos à atividade prática a ser realizada.

Desenvolvimento:

1. Introdução (5 minutos): Apresentar brevemente o que são os gases da atmosfera e suas funções. Explicitar sobre a litosfera e a movimentação das placas tectônicas.
2. Experimento com Vela (5 minutos):
– Acender a vela e colocá-la sobre o prato com água.
– Cobrir a vela com o copo de vidro e observar o que ocorre.
– Os alunos devem anotar suas observações.

3. Discussão (5 minutos): Dividir a sala em grupos, cada um deve preparar uma explicação sobre o que aconteceu com a vela e qual gás estava envolvido. Eles têm 2 minutos para discutir e elaborar um raciocínio.

4. Experimento com Água com Gás (5 minutos):
– Discutir o que é a água com gás e como o gás carbônico é liberado.
– Abrir a garrafa e observar o que acontece com as bolhas.
– Cada grupo deve escrever seus pensamentos sobre o que observaram e relacionar ao assunto já discutido.

Atividades Sugeridas:

Dia 1: Exploração Teórica
Objetivo: Compreender a teoria dos gases na atmosfera.
Descrição: Aula expositiva sobre os principais gases da atmosfera e placas tectônicas.
Instruções: Utilizar a lousa para explicar como funciona a atmosfera, suas camadas e a teoria da tectônica de placas.

Dia 2: Cobra Vela
Objetivo: Observar a relação entre oxigênio e combustão.
Descrição: Repetir o experimento da vela e observar as mudanças no comportamento da chama.
Instruções: Pedir que cada grupo discuta suas observações e analise o que aconteceu.

Dia 3: Experiência com Água com Gás
Objetivo: Entender a liberação de gases e sua pressão.
Descrição: Poderão experimentar a abertura de uma garrafa de água com gás e observar as bolhas.
Instruções: Incentivar a discussão sobre como o gás é liberado e seu impacto.

Dia 4: Discussão e Registro
Objetivo: Consolidar aprendizagens.
Descrição: Cada grupo deve apresentar suas conclusões e formular novas perguntas.
Instruções: Registrar as ideias na lousa para futura referência.

Dia 5: Avaliação Prática
Objetivo: Avaliar a compreensão sobre os conceitos trabalhados.
Descrição: Os alunos oferecem suas observações de forma escrita e um resumo do que aprenderam.
Instruções: Coletar os registros para análise.

Discussão em Grupo:

Ao final dos experimentos e atividades, abrir um espaço para discussão em que cada grupo pode compartilhar suas descobertas, reflexões e questionamentos, promovendo um ambiente colaborativo e de construção coletiva do conhecimento.

Perguntas:

– O que acontece com a vela quando é coberta por um copo?
– Que função os gases da atmosfera têm em nosso cotidiano?
– Como a movimentação das placas tectônicas pode influenciar a atividade sísmica em nosso planeta?

Avaliação:

A avaliação será feita através da participação dos alunos nas discussões em grupo, da qualidade das hipóteses formuladas e da clareza das explicações apresentadas sobre os fenômenos observados nas experiências práticas.

Encerramento:

Finalizar a aula revisitando os conceitos apresentados, enfatizando a relação entre os gases da atmosfera e a litosfera, fórmulas de gases ideais e como a dinâmica da Terra pode impactar a vida.

Dicas:

– Utilizar recursos visuais e audiovisuais para a exposição teórica.
– Propor vinculações entre o aprendizado e a realidade que os alunos vivem.
– Incentivar a curiosidade e a formulação de perguntas, estimulando a pesquisa.

Texto sobre o tema:

Os gases da atmosfera desempenham um papel vital não apenas para a manutenção da vida, mas também para a regulação do clima e dos fenômenos naturais. A atmosfera é composta majoritariamente de nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), além de outros gases em pequenas quantidades, como o argônio e o dióxido de carbono. O equilíbrio entre esses elementos é crucial para o funcionamento dos ecossistemas terrestres. A presença do oxigênio, por exemplo, é fundamental para a respiração dos seres vivos, enquanto o dióxido de carbono é essencial para a fotossíntese, processo em que as plantas produzem oxigênio e alimento.

As placas tectônicas são camadas que formam a crust terrestre e se movem sobre a camada mais fluida abaixo, o manto. Esse movimento pode causar fenômenos naturais, como terremotos e erupções vulcânicas, além de influenciar a formação de montanhas e oceanos ao longo de milhões de anos. Cada uma das placas está em constante movimento devido às correntes de convecção no manto terrestre, que resultam de diferenças de temperatura. Esses movimentos, por sua vez, podem alterar a composição da atmosfera ao liberar gases durante as erupções ou ao modificar a paisagem de maneira a alterar padrões de circulação do ar.

Ambos os temas, gases da atmosfera e placas tectônicas, nos mostram como tudo está interconectado. Mudanças em um sistema podem ter consequências drásticas em outros, e entender essas dinâmicas é fundamental para a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade. Considerando os desafios que o mundo enfrenta, como as mudanças climáticas, a compreensão sobre esses tópicos se torna cada vez mais relevante, permitindo que ações efetivas sejam tomadas em busca de um futuro mais equilibrado.

Desdobramentos do plano:

Ao longo da sequência de ensino, é importante considerar o impacto que as atividades e discussões gerarem nos alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente. As relações abordadas podem estimular uma maior consciência onde os alunos se tornam agentes de mudança dentro de suas comunidades. Através das discussões e experimentações, espera-se que os alunos não apenas compreendam os conceitos científicos, mas também se sintam motivados a participar ativamente na criação de um espaço mais sustentável.

Além disso, essas atividades podem ser desdobradas em projetos que ampliam o conhecimento em áreas como a história da ciência, investigando como as descobertas relativas à atmosfera e à tectônica das placas evoluíram ao longo do tempo. O intercâmbio de ideias, a colaboração entre grupos e a reflexão crítica sobre questões ambientais devem ser incentivados. Isso também pode levar à elaboração de trabalhos interdisciplinares, onde a Geografia, a Química e a Física se entrelaçam com a sustentabilidade.

Ainda, com o uso dos mesmos princípios de experimentação, pode-se explorar outras áreas do conhecimento. Por exemplo, discutir como diferentes culturas interpretaram fenômenos naturais ao longo da história e como isso influenciou a maneira como diferentes sociedades se adaptaram ao seu entorno, alicerçando base para um aprendizado mais amplo. A partir de periodicidade e continuidade dos estudos sobre esses temas, impõe-se um ciclo contínuo de perguntas, investigações e reflexões que promovem uma aprendizagem significativa.

Orientações finais sobre o plano:

A importância das ciências no ensino fundamental é vital no cultivo de uma mente curiosa e crítica. Assim, os alunos não apenas absorbam informações, mas também desenvolvam um senso de pertencimento ao meio ambiente e à sociedade. Através de práticas experimentais e questionamentos, espera-se que eles possam estabelecer conexões significativas entre os conteúdos acadêmicos e a realidade em que vivem. Essa construção de conhecimento deve ser progressiva, favorecendo o autodescobrimento e a autonomia do estudante.

Além disso, ao facilitar um espaço de diálogo aberto nas discussões, propõe-se que os alunos sintam-se livres para expressar suas opiniões e instigar debates. Isso não apenas melhora a confiança dos alunos, mas também contribui para uma habilidade essencial no século XXI: o pensamento crítico e a capacidade de argumentar com base em evidências. Incorporar elementos de tecnologia, como vídeos explicativos ou simulações interativas, pode enriquecer ainda mais o aprendizado e engajamento dos estudantes.

Por último, a promoção de uma mentalidade baseada na investigação e na resolução de problemas deverá ser uma constante. Momento de interação e troca de saberes deve transcender a sala de aula, convidando alunos a se tornarem embaixadores da ciência, levando os conhecimentos adquiridos e suas práticas para suas comunidades e círculos sociais, gerando um impacto positivo e ao mesmo tempo educativo. Isso culmina na formação de cidadãos conscientes, prontos para enfrentar desafios globais que exigem um entendimento profundo da relação entre homem e natureza.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de Memória sobre Gases: Criar um jogo da memória que contém pares de cartões – um mostra o nome do gás e o outro explica sua função na atmosfera. Essa proposta pode ser adaptada para alunos com diferentes capacidades de aprendizado, com uso de imagens e explicações simplificadas.

2. Teatro de Fantoches de Fenômenos Naturais: Os alunos criam fantoches que representam diferentes elementos atmosféricos ou placas tectônicas e encenam como interagem em um fenômeno como um terremoto ou a liberação de gás. Essa atividade engaja a criatividade e trabalha em grupo.

3. Laboratório de Criatividade: Utilizar materiais recicláveis como garrafas e tampas para criar simulações de atividade vulcânica com bicarbonato de sódio e vinagre, ilustrando a liberação de gases. Isso pode ser adaptado para incluir conceitos de pressão e gases de forma intuitiva.

4. Mapa da Atividade Tectônica: Criar um grande mapa da litosfera em que os alunos possam colar fibra de vidro simulando placas tectônicas e usar marcadores coloridos para ilustrar diferentes atividades naturais como terremotos e erupções.

5. Debate Simulado sobre Mudanças Climáticas: Alunos se dividem em grupos para representar diferentes vilas que viveriam impacto da mudança climática e debatem formas de adaptação. Essa atividade dá um espaço para discutir a realidade e suscitar mudanças práticas por meio da ciência.

Estas sugestões lúdicas visam não apenas a aquisição de conhecimentos, mas também a promoção de uma cultura colaborativa de aprendizado, onde o aluno não é um mero receptor de informações, mas um agente ativo no processo educacional.

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