“Transformando Emoções: A Cidade Triste e o Palhaço Feliz”

A contação de histórias é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento infantil, permitindo que as crianças explorem emoções, valores e diferentes modos de ver o mundo. No plano de aula sobre a cidade triste que se transforma em cidade feliz com a chegada de um palhaço, as crianças terão a oportunidade de vivenciar uma narrativa rica em sentimentos, expressões e aprendizados. Através da imaginação, elas poderão identificar como as emoções estão interligadas às situações apresentadas, proporcionando um ambiente de empatia e criatividade.

Neste contexto, a história serve como um meio de fomentar a interação e a comunicação entre as crianças, ao mesmo tempo em que promove a valorização das diferenças. A atividade é ideal para a faixa etária de 4 a 5 anos, já que nesta etapa, as crianças estão ainda mais abertas a novas experiências e a interagir com os colegas. Assim, a história do palhaço que traz alegria ao povoado será um importante veículos para explorar a construção de relações interpessoais significativas e o reconhecimento de emoções diversas.

Tema: Contação de História – A Cidade Triste e o Palhaço Feliz
Duração: 15 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o desenvolvimento emocional e social das crianças através da contação de uma história que explore a temática da felicidade, da empatia e das relações interpessoais.

Objetivos Específicos:

– Estimular a expressão de sentimentos e emoções.
– Fomentar a empatia e o entendimento das emoções dos outros.
– Incentivar a participação e o diálogo entre os colegas durante a atividade.
– Desenvolver a capacidade de escutar e recontar histórias.
– Promover a valorização das diferenças entre os personagens da história.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
– (EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba.
– (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

Materiais Necessários:

– Livro ilustrado sobre a história da cidade triste que se transforma com a chegada do palhaço.
– Bonecos ou fantoches para representar os personagens da história.
– Materiais para desenho (papel, lápis, tintas).
– Música alegre para embalar a atividade.
– Espaço para a dramatização da história.

Situações Problema:

– Como a chegada do palhaço pode mudar o ambiente da cidade?
– Quais sentimentos podem ser explorados durante a contação da história?
– Como a empatia nos ajuda a compreender as emoções dos outros?

Contextualização:

A história da cidade triste nos mostra como a alegria pode ser encontrada mesmo nos momentos mais difíceis. O palhaço chega trazendo risos e diversão, um símbolo do poder que a felicidade tem de transformar a realidade ao nosso redor. O exercício de escutar, compreender e interagir com a narrativa permitirá às crianças vivenciá-la de maneira mais profunda.

Desenvolvimento:

1. Introdução à História (3 minutos): Inicie a atividade propondo uma roda de conversa onde as crianças possam compartilhar experiências sobre o que as faz felizes. Utilize perguntas que incentivem a verbalização de sentimentos, como: “O que te faz sorrir?” ou “Como você se sente quando brinca com seus amigos?”.
2. Contação da História (7 minutos): Leia a história da cidade triste que se transforma em cidade feliz com a chegada do palhaço. Utilize entonação e expressões faciais para dar vida aos personagens. Mostre as ilustrações e explore os sentimentos de cada parte da narrativa, promovendo perguntas como “O que você acha que o personagem está sentindo?”
3. Atividade de Expressão (5 minutos): Após a leitura, proponha uma atividade onde as crianças, utilizando bonecos ou fantoches, possam recontar partes da história ou criar novos finais. Incentive a utilização de gestos e expressões faciais para se expressarem.

Atividades sugeridas:

1. Desenho da Cidade Feliz:
*Objetivo*: Desenvolver habilidades motoras e expressivas, refletindo sobre a transformação da cidade.
Instruções: Após a contação, forneça materiais para que as crianças desenhem como imaginam a cidade feliz. Circulando, pergunte sobre as cores e elementos que decidiram colocar em seu desenho, estimulando a fala.
*Sugestão de adaptação*: Para crianças com mais dificuldade em se expressar, ofereça imagens da cidade e permita que escolham elementos para compor a sua cidade através de colagens.

2. Dramatização da Chegada do Palhaço:
*Objetivo*: Incentivar o desenvolvimento da expressão corporal e a compreensão emocional.
Instruções: Organize um pequeno teatro onde as crianças possam atuar como moradores da cidade, e outros como palhaço. Distribua papéis e converse sobre as emoções que cada um deve expressar.
*Sugestão de adaptação*: Crianças mais tímidas podem atuar como figurantes, ajudando na “plateia” ou manipulando acessórios que simbolizem a alegria (brinquedos, fitas coloridas).

3. Roda de Emoções:
*Objetivo*: Promover a empatia e o entendimento dos sentimentos alheios.
Instruções: Proponha uma roda de discussão onde as crianças podem falar sobre os sentimentos envolvidos na história. Utilize emojis impressos para que elas possam apontar sentimentos que entendem e relacionar com a narrativa.
*Sugestão de adaptação*: Incentive as crianças a trazerem fotos ou imagens que representem suas próprias emoções, facilitando a identificação.

Discussão em Grupo:

– Qual parte da história você mais gostou e por quê?
– Como acha que o palhaço se sentiu ao ver a cidade triste?
– O que podemos fazer para tornar o nosso ambiente mais feliz como o palhaço fez?

Perguntas:

– O que é ser feliz?
– Você já se sentiu como a cidade triste? Como podemos mudar isso?
– De que forma podemos ajudar os outros a se sentirem felizes?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma informal, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades. Levar em conta as interações durante a contação, a capacidade de expressar sentimentos e as contribuições nas discussões em grupo.

Encerramento:

Finalize a aula com uma reflexão sobre a importância de compartilhar alegria e como cada um pode contribuir para a felicidade do próximo, assim como o palhaço fez na história. Convide as crianças a pensarem em pequenas ações que podem fazer para alegrar o dia de alguém.

Dicas:

– Utilize músicas relacionadas à felicidade durante a aula para criar um clima leve e divertido.
– Mantenha o ambiente da sala acolhedor, utilizando elementos que remetam à história (figuras de palhaços, cores alegres).
– Considere a diversidade de sentimentos e histórias que as crianças trazem de casa, respeitando sempre suas vivências individuais.

Texto sobre o tema:

A contação de histórias é uma forma efetiva de desenvolvimento emocional e social nas crianças. Histórias como a da cidade triste que se transforma em cidade feliz ao receber um palhaço possuem um grande potencial para trabalhar empatia, colaboração e a importância de expressar sentimentos. Ao explorar narrativas, as crianças têm a oportunidade de vivenciar situações que podem parecer distantes, mas que, na verdade, refletem suas próprias experiências. O simples ato de ouvir e contar histórias cria um espaço seguro para a expressão e o entendimento mútuo, essencial na formação de uma comunidade infantil unida.

Por meio dos personagens e suas interações, as histórias ajudam as crianças a desenvolverem habilidades sociais. Quando se deparam com conflitos ou emoções contraditórias, elas conseguem fazer uma reflexão sobre seu próprio comportamento, crescendo assim em empatia e compreensão de que todos têm sentimentos distintos. Este desenvolvimento é de suma importância, pois promove o respeito ao próximo e a capacidade de lidar com as diferenças.

Portanto, a prática de contar histórias não apenas educa, mas também transforma. Histórias que envolvem mudanças e alegrias, como a que estamos abordando, proporcionam um espaço de criatividade e sonho, invocando sentimentos que circundam a infância, e assim, quando as crianças se permitem ingressar nessas aventuras, elas estão não só prestando atenção na narrativa, mas também aprendendo a lidar com o mundo ao seu redor.

Desdobramentos do plano:

É essencial que um plano de aula como o desenvolvido acima siga se desdobrando em novas oportunidades de aprendizado. Por exemplo, após a contação, é possível que os alunos elaborem suas próprias histórias, explorando temas como amizade e superação. Essa prática ajudará a consolidar não apenas os conteúdos, mas também as habilidades de expressão e articulação de ideias. Além disso, a continuidade de atividades que promovam a empatia, como encontros regulares onde as crianças são encorajadas a compartilhar suas experiências, pode fortalecer os laços entre elas.

Outro desdobramento importante é a possibilidade de desenvolver uma horta comunitária na instituição de ensino, em que cada criança possa se sentir parte de um projeto maior. Esse envolvimento permite que as crianças vejam o quanto seus esforços individuais podem contribuir para o bem-estar do grupo, assim como o palhaço fez ao alegrar a cidade. O cultivo de plantas também oferece um espaço rico de aprendizagem a respeito de cuidado e responsabilidade.

Por fim, a introdução de outras culturas e tradições que celebram a alegria, como festas típicas e celebrações de diferentes países, pode ser um ponto de partida para discussões mais profundas sobre o respeito e a valorização das diferenças. Isso enriquece o currículo da Educação Infantil com a diversidade cultural presente em nossa sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final da execução deste plano de aula, é crucial que os educadores reflitam sobre os objetivos propostos e a apreensão dos alunos. Em um ambiente onde a expressão é valorizada, as crianças devem sentir-se seguras para compartilhar seus sentimentos e experiências. O papel do educador é, portanto, fundamental nessa construção, pois eles devem buscar criar um espaço harmônico, onde cada criança possa se sentir ouvida e respeitada.

As adaptações mencionadas ao longo do plano são essenciais para atender as particularidades de cada grupo. É importante, como educador, estar atento às necessidades de cada criança, possibilitando assim que todas tenham a chance de participar ativamente e se desenvolver de acordo com seu ritmo e potencial.

Por último, estimular um ambiente escolar que dê continuidade a essa proposta é uma forma de enriquecer a experiência das crianças. Através de atividades que promovam a alegria e o cooperativismo, as crianças não só aprenderão a importância de valores como amizade e bondade, mas também desenvolverão uma consciência social que será valiosa ao longo de suas vidas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Palhaço Criativo: Proponha que as crianças criem seus próprios personagens de palhaço utilizando materiais recicláveis. O objetivo é desenvolver a criatividade e a coordenação motora, permitindo que elas experimentem diferentes formas e cores.

2. Festa da Alegria: Organize uma festa temática na escola onde as crianças podem trazer um lanche especial e se vestir de maneira colorida. Isso cria um ambiente de celebração, promovendo a socialização e a experiência compartilhada de momentos felizes.

3. Caça ao Tesouro da Alegria: Crie uma atividade em que as crianças devem procurar objetos ou mensagens que representem situações que trazem felicidade. Essa brincadeira estimula o trabalho em equipe e a capacidade de observar o entorno.

4. Histórias da Comunidade: Convide os pais ou avós das crianças para contarem histórias de suas infâncias, focando em momentos felizes ou divertidos. Isso valoriza a cultura da família e enriquece a experiência de aprendizagem ao conectar o passado ao presente.

5. Pintura do Riso: Ofereça uma grande tela e tintas, e peça que as crianças pintem algo que as faz rir. Essa pintura coletiva fortalece o sentimento de pertencimento e promove a expressão artística.

Com essas sugestões lúdicas, espera-se que o aprendizado sobre a cidade triste que se transforma em cidade feliz não apenas forneça conteúdo educativo, mas também crie memórias significativas e alegres na infância de cada criança.


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