“Performance: O Corpo como Linguagem e Expressão Artística”

A proposta do plano de aula sobre performance proporciona aos alunos uma perspectiva única sobre o corpo como linguagem e a importância dessa expressão artística. A performance, enquanto forma de arte interativa e dinâmica, resulta em uma forte conexão entre o artista e o público, transcendendo as limitações do espaço e do tempo. Nesse sentido, a atividade busca explorar como as práticas de performance podem ser utilizadas como meio de comunicação e como um instrumento de crítica social, abordando suas características diferenciadas e o impacto que gera em diversos contextos culturais.

Ao longo das duas aulas, os alunos terão a oportunidade de mergulhar na história e na prática da performance, analisando artistas representativos do estado de Mato Grosso, que contribuem para a diversidade cultural e artística dessa forma de expressão. A introdução às principais características da performance permitirá que os alunos compreendam esse fenômeno artístico de maneira crítica e reflexiva, tornando-se aptos a discutir suas implicações e significados dentro do contexto contemporâneo.

Tema: O corpo como linguagem – Performance
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 17 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão da performance como uma forma de expressão artística, suas características, importância e sua relação com a cultura, utilizando o corpo como veículo de comunicação e reflexão.

Objetivos Específicos:

1. Compreender as características da performance como linguagem artística.
2. Analisar obras de artistas do Mato Grosso que utilizam a performance em suas obras.
3. Refletir sobre a importância da performance na crítica social e na construção da identidade cultural.
4. Explorar as diversas formas de expressividade do corpo na arte contemporânea.

Habilidades BNCC:

– EM13LGG101: Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
– EM13LGG202: Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
– EM13LGG601: Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo a sua diversidade, bem como os processos de legitimação das manifestações artísticas na sociedade, desenvolvendo visão crítica e histórica.

Materiais Necessários:

– Projetor multimídia
– Computador
– Textos selecionados sobre performance
– Vídeos de performances de artistas (incluindo artistas de Mato Grosso)
– Materiais para anotações (cadernos e canetas)

Situações Problema:

1. Como a performance pode ser utilizada como um método eficaz de comunicação e crítica social?
2. De que maneira o corpo pode se tornar um veículo de expressão cultural e identidade?

Contextualização:

A performance é uma forma artística que utiliza o corpo como principal elemento de expressão. Através do movimento, a presença e a interação, a performance busca estabelecer uma conexão entre o artista e o público, muitas vezes desafiando normas sociais e culturais. No Brasil, e especificamente em Mato Grosso, artistas têm utilizado a performance para explorar temas como identidade, resistência e crítica social, contribuindo para o panorama cultural contemporâneo.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em duas partes:

Aula 1: Introdução e Teoria
1. Início da aula: Apresentação do tema e discussão sobre o que é performance.
2. Exibição de vídeos curtos de performances famosas.
3. Apresentação das características da performance, como temporalidade, espaço, corporeidade e interação.
4. Debate sobre a importância da performance como linguagem artística.

Aula 2: Prática e Análise
1. Discussão em grupo: artistas brasileiros de performance, com ênfase nos de Mato Grosso.
2. Análise de uma obra de um artista local como estudo de caso.
3. Atividade prática: criação de uma pequena performance em grupos, utilizando os conceitos aprendidos.
4. Apresentação das performances criadas pelos alunos e reflexão sobre as experiências.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução à performance
Objetivo: Apresentar aos alunos o conceito e as características da performance.
Descrição: Através de vídeos e discussão, explore o que constitui a performance e como ela se destaca como uma forma artística única.
Instruções Práticas: Legendagem dos vídeos, seguida de um tempo para reflexão escrita individual sobre o que os alunos entenderam até agora.

Dia 2: Artistas de Mato Grosso e criação coletiva
Objetivo: Realizar uma análise de um artista de Mato Grosso e criar uma performance coletiva.
Descrição: Dividir a turma em grupos e designar um artista para cada um. A turma analisará a obra desse artista e, a partir da inspiração, desenvolverá uma performance própria.
Instruções Práticas: Cada grupo deve apresentar sua performance e proporcionar feedback aos colegas sobre o que funcionou e o que poderia ser aprimorado.

Discussão em Grupo:

– O que foi a experiência de trabalhar com o corpo como forma de linguagem?
– Qual é a importância da performance na expressão cultural e na crítica social?

Perguntas:

1. Como a performance pode refletir as questões sociais contemporâneas?
2. O que diferencia a performance de outras formas de arte, como o teatro ou a dança?
3. Quais emoções ou reações os artistas desejam evocar no público através da performance?

Avaliação:

Os alunos serão avaliados pela participação nas discussões, a qualidade da análise feita sobre os artistas e pela performance apresentada. A apreciação será conduzida em conjunto, considerando o envolvimento e o respeito pelas ideias dos colegas.

Encerramento:

Revisão dos principais conceitos abordados nas aulas e a importância da performance no contexto cultural. O professor poderá propor uma reflexão final sobre como a performance pode ser uma ferramenta poderosa na busca de diálogos sociais mais profundos.

Dicas:

– Incentive os alunos a experimentar diferentes formas de expressão corporal durante o processo criativo.
– Utilize recursos visuais e auditivos que atraem a atenção e o interesse dos alunos para o assunto.
– Crie um espaço aberto onde todos se sintam confortáveis para se expressar sem medo de julgamento.

Texto sobre o tema:

A performance é uma manifestação artística que coloca o corpo em evidência, sendo esta uma forma de comunicação que vai além das palavras. Ela é um meio que possibilita ao artista explorar suas emoções, ideias e críticas sociais por meio do movimento e interação com o público. Histórica e culturalmente, está inserida em uma tradição que dialoga com outras formas artísticas, como teatro e dança, embora tenha suas características específicas.

O uso do corpo como linguagem permite que a performance se torne uma forma de resistência e protesto, sendo capaz de atravessar fronteiras culturais e sociais. Em Mato Grosso, artistas têm utilizado a performance para abordar questões como diversidade, identidade e a situação socioeconômica da população local. Essa articulação não apenas contribui para a cena artística do estado, mas também coloca em voga questões que merecem diálogo e promova a reflexão.

Através da performance, artistas buscam não apenas expressar suas vozes, mas também criar espaços de discussão e conscientização. Dentro desse contexto, a realização de performances em grupo pode ser uma experiência transformadora, onde o corpo se torna um campo de experimentação e diálogo, sendo uma ferramenta eficaz de comunicação em um mundo marcado pela complexidade e diversidade.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula apresentado pode ser desdobrado em diversas outras atividades que exploram a performance em diferentes contextos. Uma possibilidade é promover uma feira de performance na escola, onde os alunos possam apresentar suas criações a um público mais amplo, envolvendo a comunidade escolar. Essa experiência não apenas enriquece a prática pedagógica, mas também fortalece a relação entre a escola e a comunidade.

Outra vertente é a inclusão de palestrantes ou artistas locais que atuam na área de performance, proporcionando aos alunos uma experiência de imersão por meio de workshops práticos. Esses encontros trazem uma bagagem teórica e prática, permitindo que os alunos explorem formatos e estilos que talvez não tenham considerado.

Por fim, a avaliação pode ser ampliada com a criação de um portfólio individual, onde cada aluno documenta seus reflexões, experiências e críticas sobre a performance ao longo do ano letivo. Esse registro proporciona um espaço para que os alunos avaliem seu próprio desenvolvimento e aprofundem suas compreensões sobre o tema.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor mantenha um ambiente seguro e acolhedor em sala de aula, promovendo um espaço de liberdade para a expressão artística dos alunos. Ao trabalhar com performances, é fundamental reforçar a importância do respeito mútuo, permitindo que todos explorem seus potenciais criativos sem medo de julgamento.

Lembre-se de que a performance é uma forma de arte que pode suscitar diversas reações e reflexões entre os alunos. Ser receptivo e aberto para discutir as experiências vividas durante o processo criativo é primordial para uma aprendizagem significativa. Os alunos devem sentir que suas vozes e experiências são valorizadas no processo de ensino-aprendizagem.

Por fim, a conexão entre arte e sociedade deve ser abordada de forma contínua ao longo do curso. Proporcionar momentos de debate e troca de ideias sobre como a performance e outras formas de arte impactam a cultura contemporânea pode enriquecer ainda mais o aprendizado e o desenvolvimento das competências artísticas e críticas dos alunos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Criando Sombras: Os alunos poderão explorar a arte da sombra como forma de performance. Usando luzes e objetos, cria-se um ambiente onde se podem representar histórias e emoções através de gestos e posturas que se tornam sombras. O objetivo é incentivar a criatividade e a imaginação dos alunos na construção de narrativas visuais.

2. Intervenção Urbana: Realizar uma intervenção na escola ou comunidade onde os alunos possam se expressar usando o corpo em um espaço público. Essa atividade incentiva a reflexão sobre o que a performance pode significar em um contexto social real e leva os alunos a interagir com o público de maneira espontânea.

3. Diário do Corpo: Criar um diário do corpo onde os alunos registrarão suas experiências diárias de movimento ou sentir-se dançando, pulando, rindo, ou se expressando. Este exercício incentiva uma conexão pessoal com o tema e promove a consciência corporal e emocional.

4. Teatro da Opressão: Usar a técnica do Teatro do Oprimido para explorar questões sociais por meio de performances em que os alunos devem agir e reagir a situações de opressão, criando diálogo e propostas de mudança.

5. Desafio da Performance: Propor um desafio em que os alunos tenham um tempo limitado para criar e apresentar performances sobre um tema específico, como a celebração da diversidade ou questões ambientais. Esse exercício estimula a agilidade criativa e o trabalho em equipe.

Essas sugestões visam não apenas estimular a aprendizagem relacionada à performance, mas também proporcionar um ambiente de aprendizado ativo, dinâmico e divertido. Elas incentivam os alunos a explorar sua criatividade e a interagir de forma significativa com a arte e com os outros.

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