“Contação de Histórias de Terror: Criatividade e Tecnologia na Aula”
Este plano de aula foi elaborado para explorar a prática da contação de histórias com foco especial em contos de terror e a aplicação de tecnologias emergentes, como a escuta de podcasts. A proposta é desenvolver habilidades de narração e criatividade através de relatos pessoais. Os alunos terão a oportunidade de se engajar de maneira inovadora e interativa, permitindo não apenas a construção de conhecimento, mas também a valorização da diversidade cultural ao contar histórias que podem variar em temas e contextos.
A atividade está prevista para promover um aprendizado ativo, onde os alunos podem expressar suas opiniões e sentimentos em relação aos contos de terror, além de integrar essa temática a um ambiente colaborativo e tecnológico. Utilizando plataformas digitais como o Tinkercad, os alunos terão um espaço para criar representações visuais das histórias que desenvolverem, complementando sua experiência de aprendizagem e tornando o ensino mais dinâmico.
Tema: Contação de Histórias através de Contos de Terror
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 13 a 14 anos
Objetivo Geral:
Possibilitar que os alunos desenvolvam a habilidade de contar histórias e relatar experiências pessoais de forma criativa e inovadora, utilizando elementos do gênero terror, aliando a narrativa digital à contação oral.
Objetivos Específicos:
– Promover a análise dos elementos que caracterizam o gênero de contos de terror.
– Incentivar a compreensão e a utilização de tecnologias para expressar narrativas.
– Desenvolver a capacidade de criar histórias originais a partir de vivências pessoais ou relatos coletivos.
– Estimular o pensamento crítico e a reflexão sobre os meios de comunicação e suas influências.
Habilidades BNCC:
– (EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos.
– (EF09LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos.
– (EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital envolvidos no trato com a informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
Materiais Necessários:
– Computadores ou tablets com acesso à internet.
– Plataforma de podcast para escuta dos contos de terror.
– Acesso à ferramenta Tinkercad.
– Papel e caneta para rascunhos e anotações.
– Projetor multimídia para apresentação do conteúdo.
Situações Problema:
Como podemos contar histórias de terror de maneira envolvente e impactante, utilizando novas tecnologias para expressar nossas ideias? Quais elementos são essenciais para criar suspense e emoção em uma narrativa?
Contextualização:
Os contos de terror têm uma longa tradição nas culturas de todo o mundo, servindo não apenas como entretenimento, mas também como formas de transmitir valores e advertências. A inserção de tecnologia na educação tem se mostrado uma ferramenta poderosa para enriquecer o aprendizado, e podcasts são uma maneira eficaz de engajar alunos que são nativos digitais.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Gênero Contos de Terror (10 min): O professor fará uma breve apresentação sobre as características dos contos de terror, abordando autores famosos e suas obras. Exemplos de contos em formato de podcast serão apresentados para instigar a curiosidade dos alunos.
2. Escuta do Podcast (15 min): Os alunos ouvirão um episódio de podcast de contos de terror. Durante a escuta, eles devem anotar os elementos que consideraram mais impactantes na narrativa.
3. Compartilhamento de Relatos (15 min): Após a escuta do podcast, os alunos serão divididos em grupos pequenos e terão um tempo para compartilhar suas próprias experiências de terror ou criar histórias curtas inspiradas no que ouviram.
4. Criação Digital (10 min): Os alunos usarão o Tinkercad para desenvolver uma representação visual de suas histórias, podendo criar cenários ou personagens utilizando a plataforma de design 3D.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Escutar um podcast de contos de terror.
– Objetivo: Introduzir o gênero e provocar discussões sobre os elementos narrativos.
– Descrição: Os alunos ouvirão o podcast e, ao final, discutirão em grupo.
– Materiais: Computador/tablet, acesso à internet.
– Atividade 2: Compartilhar relatos de terror.
– Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão oral.
– Descrição: Em grupos, os alunos compartilharão suas histórias de terror.
– Materiais: Papel e caneta para anotações.
– Atividade 3: Criação de uma história no Tinkercad.
– Objetivo: Integrar a narrativa com a criação digital.
– Descrição: Os alunos criarão uma cena que represente a história que contaram.
– Materiais: Acesso ao Tinkercad, computadores.
Discussão em Grupo:
Pensem sobre como as histórias de terror podem refletir medos e tensões sociais. Quais mensagens podemos encontrar nas histórias que ouvimos e contaremos? Como podemos utilizar a tecnologia para intensificar nossa narrativa?
Perguntas:
1. Quais elementos vocês acham que são essenciais para criar uma boa história de terror?
2. Como a tecnologia pode ajudar ou atrapalhar a contação de histórias?
3. O que aprenderam sobre os medos culturais através das histórias de terror que discutimos?
Avaliação:
A avaliação será realizada por meio da observação da participação dos alunos nas discussões em grupo, na qualidade das histórias criadas e na criatividade aplicada no Tinkercad.
Encerramento:
Ao final da aula, será promovida uma reflexão sobre a importância do gênero de terror na literatura e como ele pode nos ajudar a explorar emoções e medos. Os alunos poderão compartilhar suas experiências com a criação digital.
Dicas:
– Esteja preparado para uma classe dinâmica e envolvente. Não tenha medo de explorar temas delicados, mas sempre assegure um ambiente respeitoso.
– Incentive os alunos a pensar fora da caixa e a utilizar sua criatividade nas narrativas.
– Considere a possibilidade de trazer exemplos de contos de terror de diferentes culturas para enriquecer a diversidade da aula.
Texto sobre o tema:
Os contos de terror têm fascinado leitores por séculos, servindo como um meio eficaz de explorar nossas emoções mais profundas e medos primais. Ao longo da história, esses contos têm se transformado, refletindo as ansiedades de diferentes sociedades em distintos períodos. Desde as histórias clássicas de fantasmas até os thrillers psicológicos contemporâneos, a narrativa de terror se adapta, mas sempre se mantém fiel à sua essência: provocar medo e reflexão.
Um dos aspectos mais poderosos do gênero terror é a sua capacidade de transmitir valores e advertências através do medo. Em muitas culturas, os contos de terror funcionam como rotas de acessibilidade a tabus sociais, permitindo que os ouvintes abordem questões difíceis e complexas de maneira segura. O horror muitas vezes representa os limites da moralidade, obriga o público a confrontar suas percepções sobre o bem e o mal de forma mais intensa.
No contexto educacional, a integração de tecnologias emergentes, como os podcasts, é uma forma poderosa de aproximar os alunos do mundo da literatura. Permite que eles se engajem com o conteúdo de maneira interativa e significativa, além de estimular a reflexão crítica sobre o que é apresentado. Ao compartilhar suas narrativas de terror, os alunos não apenas exercitam a criatividade e a comunicação, mas também promovem um sentido de pertencimento e empatia através das experiências de outros.
Desdobramentos do plano:
A proposta de trabalhar com contos de terror pode ser expandida em outras atividades, que permitam aprofundar ainda mais os conhecimentos adquiridos. Um desdobramento interessante seria a realização de um seminário de terror, onde os alunos pudessem apresentar diferentes contos de terror de diversas culturas, explorando a forma como o gênero é percebido ao redor do mundo. Essa atividade não apenas enriqueceria o aprendizado sobre o terror, mas também proporcionaria uma oportunidade para que os alunos desenvolvessem habilidades de apresentação e análise crítica, essenciais para a formação acadêmica.
Outra possibilidade de desdobramento seria a criação de um clube do livro de terror, onde os alunos pudessem ler e discutir obras clássicas e contemporâneas do gênero. Essa iniciativa estimularia o hábito da leitura, o debate saudável e a interpretação de textos, vitais para o desenvolvimento de um pensamento crítico. Eles poderiam até mesmo convidar escritores ou especialistas para debater a evolução do terror na literatura e suas implicações sociais.
Por fim, os alunos poderiam também desenvolver um projeto com a comunidade, conduzindo entrevistas sobre as experiências de horror no cotidiano das pessoas. Esse tipo de atividade não só aproxima os alunos da realidade fora da sala de aula, mas também promove a empatia e a compreensão das narrativas que não estão apresentadas em livros. Isso enriqueceria a experiência didática, tornando o aprendizado mais contextualizado e significativo.
Orientações finais sobre o plano:
Lembrar que a contação de histórias é uma prática que vai além da simples narração; se trata de conectar-se com a audiência e comunicar emoções profundas. Incentivar os alunos a compartilhem suas experiências pessoais pode enriquecer ainda mais a atividade, pois a arte de contar histórias é, em grande parte, sobre autenticidade. Adicionalmente, o uso de tecnologias deve ser visto não apenas como um meio de facilitar a aprendizagem, mas como uma forma de expandir a capacidade de entendimento e comunicação entre os alunos.
Por último, o professor deve estar sempre atento às reações dos alunos durante a atividade. O gênero do terror pode trazer à tona emoções fortes, e é crucial garantir que todos se sintam seguros e confortáveis. Um ambiente de discussão saudável e respeitosa permitirá que todos explorem suas emoções e opiniões sem medo de julgamento, promovendo um aprendizado inclusivo e enriquecedor.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras: Os alunos poderão criar uma apresentação de teatro de sombras, recriando suas histórias de terror. Utilizando papel e um projetor, eles desenvolverão cenários e personagens, propiciando uma experiência visual e auditiva para o público.
2. Jogo da Verdade ou Mito: Dividir a turma em grupos e criar um jogo onde os alunos têm que identificar se um relato é verdadeiro ou uma lenda urbana. Isso estimulará a pesquisa sobre histórias de terror da cultura pop e folclore.
3. Escuta Invertida: Durante a escuta do podcast, os alunos devem fazer pausas em momentos críticos e discutir, em grupos pequenos, como os sons e a música contribuem para a construção de tensão.
4. Caça ao Tesouro Literário: Criar um jogo de caça ao tesouro na escola, onde pistas sobre contos de terror os levem a momentos da história da literatura de terror. Isso irá promover uma interação divertida e educativa.
5. Podcast Criativo: Em grupos, os alunos vão criar e gravar seu próprio podcast de terror, incorporando sons e efeitos que aumentem a atmosfera. Eles também poderão compartilhar seus podcasts com os colegas, promovendo um debate sobre as diferentes técnicas usadas.
Estes elementos propostos visam enriquecer a experiência dos alunos com a contação de histórias, explorando o gênero terror de maneiras variadas e dinâmicas, e utilizando as tecnologias disponíveis para permitir um envolvimento maior com o tema.