“Desenvolvendo Coordenação Motora Fina em Crianças de 2 Anos”

A proposta deste plano de aula é fomentar o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças de maneira lúdica e, ao mesmo tempo, estimular a sua criatividade. A atividade foca na capacidade de coordenar o movimento das mãos para realizar marcas gráficas utilizando diferentes materiais, como giz de cera, canetas e lápis. A prática adequada desse tipo de coordenação é fundamental para o desenvolvimento da escrita e outras habilidades motoras finas que serão essenciais na vida escolar das crianças.

Neste plano, as crianças com idade de 2 anos, que fazem parte do grupo das crianças bem pequenas, terão a oportunidade de explorar a manipulação de materiais variados, sempre acompanhadas por orientações adequadas para garantir um ambiente seguro e estimulante. As atividades propostas visam não só a prática do ato de desenhar e pintar, mas também o fortalecimento da autoimagem e a socialização, respeitando sempre as divertidas interações entre os pequenos.

Tema: Coordenação Motora Fina
Duração: 1 semana (5 aulas)
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

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Estimular a coordenação motora fina das crianças através do uso de diferentes materiais gráficos, promovendo a expressão artística e o desenvolvimento da criatividade.

Objetivos Específicos:

– Promover o uso de giz de cera, canetas e lápis para a realização de marcas gráficas.
– Fomentar a interação social entre as crianças através de atividades em grupo.
– Desenvolver a autoestima e confiança no ato de criar e desenhar.
– Estimular a percepção das diferenças físicas e culturais entre as crianças, respeitando essas variáveis.
– Incentivar a comunicação verbal e não-verbal durante as atividades.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação, explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Giz de cera
– Canetas coloridas
– Lápis
– Papéis diversos (branco, coloridos e texturizados)
– Tintas guache
– Pincéis
– Massinha de modelar
– Tesouras sem ponta
– Fitas adesivas
– Cartolinas

Situações Problema:

– Como podemos compartilhar os materiais durante as atividades?
– O que podemos fazer se alguém não conseguir segurar o giz de cera?
– Quais as diferentes marcas que conseguimos fazer com os materiais disponíveis?

Contextualização:

As atividades da semana foram desenhadas para permitir uma experiência rica em descobertas. Através da manipulação de diversos materiais gráficos, as crianças poderão compreender suas características, desenvolver habilidades motoras e, ao mesmo tempo, iniciar um contato com o mundo das cores e formas. O ambiente deve ser leve e propício para a exploração, onde cada criança tenha o espaço e a liberdade para expressar-se à sua maneira.

Desenvolvimento:

A semana de atividades estará organizada em cinco encontros, onde cada dia terá uma proposta diferente que culminará na exploração da coordenação motora ao longo da semana. Essas atividades devem ser conduzidas com muita interação e afetividade.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Marcação Inicial
Objetivo: Introduzir o uso do giz de cera e as vantagens de utilizá-lo.
Descrição: Oferecer aos alunos folhas de papel em diferentes texturas e permitir que eles explorem. O professor deverá motivar a atividade fazendo marcas no papel e incentivando as crianças a imitar.
Instruções: Fornecer orientações suaves, encorajando os pequenos a desenhar livremente, utilizando todos os lados do giz de cera.
Materiais: Giz de cera e papéis variados.

Dia 2: Colorindo em Grupo
Objetivo: Aprender a compartilhar materiais e trabalhar em equipe.
Descrição: Dispor as crianças em um círculo e criar um mural coletivo utilizando canetas e papéis grandes. Cada criança poderá usar as canetas para adicionar seu desenho ao mural, promovendo a colaboração.
Instruções: Incentivar as crianças a se comunicarem e ajudarem umas às outras com o mural.
Materiais: Canetas coloridas e papel kraft ou cartolinas grandes.

Dia 3: Mão na Tinta
Objetivo: Experimentar as texturas e cores através da pintura.
Descrição: Utilizar tinta guache em folhas de papel, permitindo que as crianças usem os dedos e pincéis. Assim, poderão criar suas próprias obras de arte.
Instruções: Orientar as crianças a misturar as tintas e falar sobre as cores que estão criando.
Materiais: Tintas guache, pincéis e papéis.

Dia 4: História dos Traços
Objetivo: Incentivar a imaginação e o uso criativo de traços.
Descrição: Contar uma história simples e pedir que as crianças desenhem as partes que mais gostaram usando lápis. O professor deve fazer perguntas sobre as ilustrações.
Instruções: Após o desenho, as crianças podem compartilhar suas criações com o grupo.
Materiais: Lápis e folhas de papel.

Dia 5: Criação Livre
Objetivo: Permitir a expressão criativa sem limitações.
Descrição: Oferecer diferentes materiais e deixar que as crianças criem o que quiserem, promovendo a liberdade de criação.
Instruções: Observar a interação e auxiliar nas dificuldades que possam surgir.
Materiais: Giz de cera, canetas, tinta e massinha de modelar.

Discussão em Grupo:

Promover uma conversa ao final de cada atividade, buscando entender como cada criança se sentiu e o que mais gostou durante o processo. Isso ajudará a desenvolver habilidades de comunicação e fortalecerá a autoexpressão.

Perguntas:

– O que você mais gostou de fazer hoje?
– Como se sentiu ao compartilhar os materiais?
– O que você achou mais difícil durante as atividades?

Avaliação:

A avaliação consiste em observar a participação das crianças nas atividades, analisando seu envolvimento e interesse. Considerar o modo como interagem entre si ao compartilhar materiais e articular expressões de exemplos de arte que criaram.

Encerramento:

Ao final da semana, promover um momento especial onde as crianças poderão exibem suas obras de arte e relatar aos coleguinhas sobre suas experiências. Os alunos e professores podem fazer uma pequena exposição para os pais, proporcionando um espaço de valorização das criações.

Dicas:

Estimular sempre a criação e não a perfeição. Falar sobre cada trabalho sem julgar e incentivar as crianças a experimentarem diferentes materiais. Proporcionar um ambiente calmo e acolhedor, onde cada criança se sinta à vontade para explorar e se expressar.

Texto sobre o tema:

As habilidades motoras finas são fundamentais para o desenvolvimento da criança. No caso específico do uso de giz de cera e canetas, é importante compreender que essas atividades vão muito além de apenas traçar formas em papel. Elas proporcionam uma experiência rica que envolve coordenação motora, concentração e criatividade. A prática de desenhar, seja livre ou guiada, permite que a criança explore diferentes texturas e cores, ao mesmo tempo em que desenvolve a força e o controle em seus pequenos músculos das mãos.

Ao manusear corretamente os materiais, as crianças fortalecem não apenas suas habilidades manuais, mas também sua autoconfiança. Cada desenho, cada traço ou cada ponto traz consigo uma expressão única que deve ser valorizada. É importante que, ao longo deste processo, as crianças tenham um adulto que as aponte para a técnica correta de manuseio dos instrumentos, promovendo assim uma autonomia responsável no desenvolvimento dessas habilidades. Sendo assim, o papel do educador é fundamental para guiar e inspirar os pequenos artistas.

Além disso, a interação social que se cria durante essas atividades é outro ponto crucial. Assim que as crianças começam a compartilhar seus materiais, ou discutir livremente suas criações, elas estão aprendendo a importância do respeito e do cuidado ao se relacionar com outro jovem. A arte, portanto, torna-se um elo para potencializar essa troca afetiva e criativa. Estimula-se a liberdade de expressão e o respeitar as diferentes formas de criação, contribuindo para um ambiente escolar saudável e colaborativo.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula preocupa-se em não apenas incentivar o desenvolvimento motor, mas também em criar um espaço onde as crianças possam sentir-se importantes e respeitadas. A interação no contexto das artes visuais é uma verdadeira janela para o mundo da autoexpressão. As atividades projetadas não devem ser vistas como tarefas, mas como oportunidades para cada aluno explorar suas emoções, sentimentos e até mesmo contar suas histórias. Assim, cada criança poderá identificar-se de forma única por meio da criação artística, trazendo um reforço positivo a sua autoimagem.

As experiências aproveitadas ao longo da semana permitirão que as crianças reconheçam a importância do trabalho em equipe, o que é fundamental na construção de habilidades sociais. É interessante observar que, por meio do compartilhamento de materiais e das interações durante as atividades, valores de respeito, empatia e solidariedade vão sendo adquiridos naturalmente. Este aprendizado é indispensável, já que promove a formação de cidadãos conscientes e com uma percepção mais ampliada do coletivo.

Além disso, é fundamental que o professor esteja sempre atento ao potencial de cada aluno, buscando adaptá-lo a cada um. A realidade de uma turma exigirá diferentes abordagens e, consequentemente, um olhar mais sensível para entender como proporcionar as melhores experiências de aprendizado. Ao final, a expectativa é que as crianças não apenas desenvolvam suas habilidades motoras, mas que também criem laços afetivos significativos com seus colegas, resultando em um ambiente escolar mais harmonioso e colaborativo.

Orientações finais sobre o plano:

A implementação deste plano de aula deve ser feita de forma flexível, tendo o professor a liberdade de adaptá-lo às necessidades e características específicas do grupo. Cada atividade deve ser observada e, conforme o desenvolvimento dos alunos, podem ser incorporadas novas propostas ou abordagens diferenciadas. Isso garantirá que todos os alunos sintam-se incluídos e respeitados em suas individualidades, promovendo um aprendizado efetivo e prazeroso.

É importante que o educador esteja sempre atento à dinâmica da turma e disponíveis para auxiliar em qualquer dificuldade que possa surgir durante as atividades. A linguagem deve ser sempre positiva, estimulando as crianças a se desafiarem e se superarem em suas habilidades. Além disso, a escolha dos materiais pode ser ajustada a cada aula de acordo com as preferências dos alunos e o que elas demostraram se interessar durante o desenvolver das atividades.

Por fim, o fechamento da semana deve ser um momento marcante. Uma apresentação do que foi produzido e aprendido deve ser compartilhada não apenas entre os alunos, mas também com os pais, em um momento de celebração e valorização nas obras criadas. Ao estimular essa troca, o educador não apenas enriquece a experiência dos alunos, mas também reforça o vínculo entre escola e família, que é tão essencial no processo de aprendizagem dos pequenos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Mistura de Cores
Objetivo: Explorar a formação de novas cores através da mistura de tintas.
Descrição: Propor uma atividade onde as crianças possam misturar tintas primárias e observar as novas cores geradas.
Materiais: Tintas de diferentes cores, pincéis e papéis.
Modo de Corte: As crianças poderão usar suas mãos para misturar as tintas, estimulando a coordenação e a percepção cromática.

2. Jogo da Formas
Objetivo: Identificar e criar formas utilizando papel.
Descrição: Recortar diversas formas geométricas em papéis coloridos e pedir que as crianças colem em um mural.
Materiais: Papéis de cores variadas e tesouras sem ponta.
Modo de Corte: No processo de colagem, será essencial o trabalho em grupo, promovendo a troca de ideias.

3. Caça ao Tesouro das Cores
Objetivo: Desenvolver habilidades de percepção e coordenação.
Descrição: Organizar uma caça ao tesouro onde as crianças precisam encontrar objetos nas cores que estão desenhando.
Materiais: Objetos coloridos disponíveis na sala de aula.
Modo de Corte: Incentivar o diálogo entre as crianças para sugerirem ideias sobre os objetos que podem procurar relacionadas às cores.

4. Desenhando com a Mão
Objetivo: Explorar o uso das mãos para desenhar.
Descrição: Com tinta, as crianças podem usar suas mãos para criar estampas e formas no papel.
Materiais: Tinta guache e folhas grandes de papel.
Modo de Corte: O professor pode guiar a atividade, fazendo perguntas sobre o que estão criando e qual o sentimento por trás daquela forma.

5. Histórias Ilustradas
Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão verbal.
Descrição: Contar uma história e pedir que as crianças a ilustrem usando o que desejar.
Materiais: Giz de cera, canetas e folhas de papel.
Modo de Corte: Após finalizarem seus desenhos, promover um momento de apresentação onde cada criança conta o que desenhou e relaciona à história contada.

Com este plano de aula, a expectativa é que as crianças se divirtam enquanto aprendem, desenvolvendo habilidades importantes para sua trajetória escolar e pessoal, e criando laços de amizade e cumplicidade ao longo de suas experiências.