Atividade Inclusiva: Desenvolvendo Habilidades em Crianças 2-3 Anos

Introdução:
Este plano de aula tem como foco uma atividade inclusiva que visa desenvolver habilidades motoras e de socialização em crianças bem pequenas, com idades entre 2 e 3 anos. A atividade proposta consiste em pegar objetos utilizando apenas um braço, promovendo a coordenação motora e a percepção do espaço. Além de ser ludicamente desafiadora, essa atividade busca incorporar elementos de inclusão e cooperação, fomentando o aprendizado social e emocional dos pequenos.

Implementar atividades que incentivem a utilização de apenas um dos braços pode ajudar as crianças a perceberem a importância de se adaptar a diferentes situações e a desenvolverem habilidades de resolução de problemas. Além disso, é essencial que essas ações sejam realizadas em um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças se sintam à vontade para explorar suas capacidades e interagir com os colegas.

Tema: Atividade inclusiva usando um braço
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o desenvolvimento motor e a interação social entre as crianças por meio da atividade de pegar objetos utilizando apenas um dos braços, estimulando a cooperação e a inclusão.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a coordenação motora grossa e fina através da manipulação de objetos.
– Estimular a socialização e o respeito às diferenças físicas entre as crianças.
– Promover a comunicação e a expressão de sentimentos durante as atividades em grupo.
– Fomentar a confiança nas próprias habilidades e a capacidade de enfrentar desafios.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

Materiais Necessários:

– Objetos de diferentes tamanhos, texturas e cores (bolas de tênis, almofadas leves, brinquedos de pelúcia).
– Cestos ou caixas para armazenar os objetos.
– Música animada para o aquecimento e momentos de interação.
– Tapetes ou colchonetes para criar um espaço seguro de atividade.

Situações Problema:

Durante a atividade, as crianças podem enfrentar dificuldades para pegar ou equilibrar os objetos com uma mão. Isso pode gerar oportunidades de aprendizagem em equipe, onde elas podem ajudar umas às outras, ensinando-as a compartilhar e a se comunicar.

Contextualização:

Este plano de aula está alinhado com as necessidades fundamentais de crianças em fase de desenvolvimento motor e social. Ao se envolver em uma atividade que permite o uso de apenas uma das mãos, as crianças podem aprender sobre suas capacidades, bem como sobre a importância de ajudar e respeitar os coleguinhas, promovendo, assim, uma cultura de inclusão.

Desenvolvimento:

1. Aquecimento (10 minutos):
– Reúna as crianças em círculo e inicie uma música animada.
– Incentive-as a dançar e a se movimentar utilizando ambos os braços, depois explique que usarão apenas um braço durante a atividade.

2. Apresentação dos Objetos (10 minutos):
– Mostre os objetos que serão utilizados e instigue a curiosidade das crianças.
– Pergunte a elas sobre as características dos objetos (cor, formato) e como podem usá-los.

3. Atividade Principal (25 minutos):
– Crie uma área delimitada com os cestos que contenham os objetos.
– Explique que cada criança deverá pegar um objeto utilizando apenas um braço e trazê-lo de volta ao cesto.
– Incentive-as a se revezarem e a ajudarem umas às outras, dando feedback e parabenizando suas conquistas e tentativas.
– Observar e registrar as interações entre as crianças e como elas se adaptam à situação proposta.

4. Relaxamento (5 minutos):
– Termine a atividade com um momento de relaxamento, onde as crianças poderão deitar em colchonetes, explorando a sensação de relaxamento após a atividade.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Explorando Texturas: Diversos objetos com diferentes texturas (fibra, macio, rugoso) devem ser colocados em um espaço. O objetivo é que cada criança escolha um objeto e descreva a sensação ao tocá-lo.
Dia 2: Corrida de Mãos: As crianças serão divididas em duas equipes e, somente usando uma mão, devem levar um objeto de um local marcado até outro. O foco é o trabalho em equipe e a comunicação.
Dia 3: Pintando com uma mão: Usar tinta e pincel, mas com a regra de usar apenas uma mão. Analisando como isso afeta a criação artística de cada criança.
Dia 4: Brincadeira do “Peça e Dê”: Uma atividade em que uma criança pede a outra um objeto e a que está com ele deve entrega-lo utilizando somente uma mão, discutindo a importância da troca.
Dia 5: Música e Movimento: Usar objetos para criar movimentos em danças, onde cada criança deve usar apenas uma mão para acompanhar o ritmo da música.

Discussão em Grupo:

– Como foi a experiência de usar apenas uma mão?
– O que foi fácil e o que foi difícil ao tentar pegar os objetos?
– Como vocês se sentiram ajudando um ao outro?

Perguntas:

– Que objeto você mais gostou de pegar e por quê?
– O que você sentiu ao tentar pegar com uma mão só?
– Como podemos ajudar nossos amigos quando eles têm dificuldades?

Avaliação:

A avaliação será observacional, registrando como cada criança se adaptou à atividade e suas interações. As crianças que demonstrarem maior facilidade ou dificuldade em pegar os objetos devem receber atenção especial para garantir que todos se sintam incluídos e motivados.

Encerramento:

Para encerrar a atividade, reúna todas as crianças e faça um círculo, onde cada uma poderá compartilhar uma palavra que descreve como se sentiu durante a atividade. Isto reforça a comunicação e o respeito às percepções alheias.

Dicas:

– Mantenha um ambiente seguro, evitando objetos que possam ser perigosos para as crianças.
– Incentive as crianças a trocarem objetos durante a atividade para promover a partilha.
– Sempre que uma criança parecer frustrada, intervenha com palavras de incentivo e ajuda.

Texto sobre o tema:

O uso de atividades que envolvem a utilização de somente um braço é uma excelente estratégia para auxiliar no desenvolvimento motor e social de crianças bem pequenas. Neste contexto, é vital que a criança tenha a oportunidade de explorar seus limites e compreender as habilidades que possui. Ao restringir o uso de uma mão, a criança é desafiada a encontrar soluções e a desenvolver novas formas de realizar tarefas que, em um primeiro momento, podem parecer simples, mas que requerem uma quantidade considerável de coordenação e planejamento. Essa prática estimula a conscientização sobre sua própria capacidade e a importância de buscar apoio em outros, promovendo assim um ambiente inclusivo e solidário.

Por outro lado, estas atividades não devem se limitar ao mero desenvolvimento físico, mas também devem abranger o aspecto social. É essencial que as crianças aprendam a interagir, respeitar as diferenças de cada um, seja pela capacidade motora, física ou ainda pela abordagem com que cada uma lida com o desafio proposto. Essa troca de experiências entre pares não só fortalece o vínculo entre as crianças, mas também trabalha aspectos fundamentais da convivência e do respeito mútuo. Este aprendizado é crucial, pois contribui para a formação de uma sociedade mais consciente e empática, onde cada um tem seu lugar respeitado e valorizado.

Os educadores devem atentar para o fato de que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, e isso deve ser respeitado. Portanto, ao implementar esse tipo de atividade, é importante que se faça um acompanhamento individual, garantindo o potencial máximo de participação de todos, criando um espaço onde ninguém se sinta excluído ou menos capaz. O papel do educador é fundamental para proporcionar um ambiente seguro, onde a criança se sinta à vontade para explorar seus limites e se relacionar com os outros, oferecendo sempre a oportunidade de crescimento e aprendizado em conjunto.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ter diversos desdobramentos. Em primeiro lugar, é possível criar um ciclo de atividades que explore não apenas a manipulação de objetos com uma mão, mas também integrar outras formas de interação, como músicas que incentivem movimentos corporais com restrições específicas. A utilização de canções que reforcem o tema da solidariedade e da cooperação poderá potencializar o aprendizado, permitindo que as crianças se conectem com a proposta de maneira mais profunda e significativa.

Em segundo lugar, o desenvolvimento de conteúdos que abordem a diversidade de habilidades motoras pode ser uma continuidade rica para o aprendizado. Além de atividades práticas, podem ser inseridos momentos de discussão onde as crianças possam compartilhar suas experiências individuais em relação à destreza, assim como o que sentem ao ver amigos superando dificuldades. Isso fomenta um ambiente em que a empatia e a coautoria se tornam naturais, ajudando a formar indivíduos que se tornam mais conscientes das diferenças e que acolhem a diversidade.

Por fim, é possível estabelecer uma parceria com outras disciplinas ou áreas do conhecimento, integrando essa atividade inclusiva com projetos que abordem a cidadania, a natureza, ou até mesmo artes plásticas, onde as crianças poderão usar as experiências adquiridas no jogo como inspiração para produzir algo em conjunto. Essa abordagem multidisciplinar não apenas enriquece a proposta inicial, mas também amplia a noz da prática pedagógica, pois permite uma vivência mais abrangente e significativa da aprendizagem, sempre à luz da inclusão e do respeito.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar atividades como esta, é crucial que o educador mantenha um olhar atento para as dinâmicas grupais e as habilidades individuais de cada criança. A construção de um ambiente acolhedor e seguro é fundamental para o sucesso da atividade, pois as crianças precisam sentir que têm espaço para se expressar e também para errar. O desafio de usar apenas um braço deve ser visto como uma oportunidade de crescimento, não apenas para as crianças, mas também para os educadores que poderão observar e aprender com cada interação.

Outra orientação importante é documentar o processo. Sempre que possível, registre como as crianças se saem durante a atividade, tire fotos e faça anotações sobre as interações e as aprendizagens que surgem. Esses registros podem ser muito valiosos para refletir posteriormente sobre a prática e também para compartilhar com os responsáveis sobre o que foi aprendido em sala. Envolver os pais nesse processo não apenas traz um sentimento de comunidade, mas também reforça a importância da continuidade do aprendizado em casa.

Por último, é imprescindível estar aberto a inovações e adaptações. Cada grupo de crianças é único e pode responder de diferentes maneiras ao que é proposto. Portanto, o educador deve estar preparado para adaptar as atividades conforme as necessidades e o desenvolvimento do grupo, respeitando os tempos de cada um, promovendo assim um aprendizado mais significativo e que respeite a individualidade e as particularidades de cada criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Arrecadação de Objetos: Crie uma “caça ao tesouro”, onde as crianças devem procurar e trazer objetos usando apenas um braço. A atividade deve incluir a descrição dos objetos ao final, discutindo suas características para promover a interação.

Estátua Musical: Durante a música, as crianças devem dançar livremente. Quando a música parar, elas devem parar usando apenas um dos braços, imitando uma estátua. Após a pausa, discutir como foi o controle do corpo.

Mural Artístico: Usar tinta e papel em um mural onde cada criança cria sua arte usando um braço. Ao final, elas devem falar sobre o que desenharam e por que escolheram aquele desenho, promovendo expressão verbal e reflexão.

Jogo da Memória tátil: Coloque objetos em uma caixa e cubra. As crianças podem usar uma mão para pegar os objetos e discutir seus formatos e texturas. Esse jogo estimula a percepção sensorial e a troca de informações.

Contação de Histórias: Após a atividade, cada criança deve criar e contar uma mini-história utilizando um objeto específico. Essa atividade pode ser uma forma divertida de estimular a criatividade e as habilidades linguísticas, utilizando os aprendizados de forma prática.

Essas sugestões lúdicas complementam a atividade principal, promovendo uma variedade de experiências que fortalecem as habilidades motoras e sociais das crianças, preparando um ambiente de aprendizado rico e dinâmico.

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