“Plano de Aula: Atividades Sonoras para Bebês com TDAH”
O plano de aula a seguir foi elaborado com o intuito de oferecer uma experiência educacional rica e envolvente para bebês que apresentam Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Este público exige um planejamento cuidadoso para atender às suas necessidades especiais de aprendizado, proporcionando um espaço que promova o desenvolvimento de suas habilidades de forma lúdica e adaptativa. A ideia central é explorar diferentes fontes sonoras, criando uma atmosfera que estimule a concentração e a interação entre os pequenos.
Neste plano, os educadores poderão utilizar diversas estratégias de ensino que se alinham às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ajudando a facilitar o aprendizado por meio da exploração sensorial. Com uma abordagem centrada no bebê, será possível atuar em sinergia com as necessidades emocionais e cognitivas das crianças, promovendo um ambiente que favoreça o desenvolvimento das competências necessárias para sua rotina.
Tema: Explorar Diferentes Fontes Sonoras
Duração: 35 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses
Objetivo Geral:
O objetivo geral desta aula é proporcionar experiências sonoras diversificadas que estimulem o desenvolvimento da atenção e interação dos bebês, promovendo o aprendizado por meio da exploração e do contato com diferentes fontes sonoras.
Objetivos Específicos:
– Promover a interação social entre bebês e adultos, utilizando a sonoridade como ferramenta de comunicação.
– Estimular o reconhecimento e a exploração de sons variados, melhorando as habilidades auditivas.
– Fomentar a expressão corporal em resposta a diferentes estímulos sonoros, fortalecendo o vínculo entre o corpo e a escuta.
– Proporcionar um ambiente acolhedor que incentive a exploração e o movimento corporal livre.
Habilidades BNCC:
– Campo de Experiência “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– Campo de Experiência “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– Campo de Experiência “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, chocalhos).
– Objetos que produzam sons (garrafa com arroz, panelas, copos).
– Caixas sonoras com diferentes sons (natureza, animais, música).
– Colchonetes ou tapetes macios para o chão.
– Música gravada de diferentes gêneros (clássica, folclórica e sons da natureza).
Situações Problema:
– Como os bebês reagem a diferentes sons?
– Que sons eles preferem ou evitam?
– Como a interação social muda ao envolver sons nas brincadeiras?
Contextualização:
A música e os sons têm um papel fundamental na formação do indivíduo, proporcionando não apenas prazer, mas também oportunidades de expressão e comunicação. No contexto de bebês com TDAH, a exploração sonora pode ser uma estratégia eficaz para captar a atenção da criança e melhorar sua capacidade de interação. Criar um ambiente sonoro diversificado é fundamental para favorecer a percepção sensorial e o desenvolvimento motor dos pequenos.
Desenvolvimento:
1. Boas-vindas e Introdução (5 min): Inicie a aula com uma breve recepção calorosa, utilizando gestos e expressões faciais que demonstrem alegria e acolhimento. Explique sobre a atividade que será realizada, utilizando palavras simples e enfatizando a exploração de sons.
2. Exploração Sonora (15 min): Disponibilize os instrumentos musicais e os objetos que produzem sons em um espaço acessível. Estimule os bebês a experimentarem livremente, encorajando-os a tocar e criar sons. Você pode manipular os instrumentos junto com eles, produzindo uma sinfonia conjunta, e observando suas reações.
3. Roda de Sons (10 min): Forme uma roda com os bebês e adultos. Apague as luzes e inicie uma atividade em que cada participante deve imitar os sons de certos instrumentos ou sons da natureza. Os bebês podem ser desafiados a se identificar com os sons, tentando imitá-los com suas vozes, balbucios ou movimentos.
4. Momento de Relaxamento (5 min): Finalize a atividade com um momento de serenidade, tocando sons relaxantes. Utilize colchões ou tapetes macios onde os bebês possam se deitar e escutar as melodias, proporcionando um espaço de tranquilidade, promovendo assim um fechamento harmonioso da aula.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: “Sonoridade das Cores”
Objetivo: Apresentar associações entre cores e sons.
Descrição: Cada vez que um som é produzido, mostre uma cor correspondente em um papel colorido. Os bebês devem tentar tocar o papel correto ao ouvir o som.
Materiais: Papéis coloridos e instrumentos sonoros.
Adaptação: Para bebês mais novos, utilize sons mais suaves e movimentos de braços para interagir.
– Atividade 2: “A Dança dos Sons”
Objetivo: Estimular movimentos corporais em resposta a sons.
Descrição: Toque diferentes ritmos e verifique como os bebês reagem; encoraje-os a dançar ou se movimentar.
Materiais: Música variada e um espaço amplo.
Adaptação: Crie um ambiente seguro com brinquedos de apoio para bebês que não conseguem se movimentar sozinhos.
– Atividade 3: “Exploradores do Som”
Objetivo: Incentivar a exploração ao ar livre.
Descrição: Leve os bebês para um passeio no parque, onde eles podem escutar sons da natureza (pássaros, vento).
Materiais: Não há necessidade de materiais, apenas a fralda e um cobertor para um piquenique.
Adaptação: Ofereça apoio e segurança para aqueles que são mais ansiosos e precisam de um acompanhamento próximo.
Discussão em Grupo:
Reuna os cuidadores e professores para discutir o impacto do uso de sons no aprendizado dos bebês. Conversar sobre como a introdução de diferentes sons pode ajudar a manter a atenção e a promover interações sociais mais intensas. Utilize este espaço para compartilhar experiências e sugerir novas abordagens.
Perguntas:
– Que sons você mais gosta de ouvir e por quê?
– Como você se sente quando escuta música?
– O que você faz quando um som que você não gosta acontece?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, focando na interação dos bebês com os sons, na comunicação que eles estabelecem e nas reações às atividades propostas. O professor deve observar se os bebês conseguem explorar os materiais e se interagem uns com os outros durante as brincadeiras.
Encerramento:
Para encerrar, faça uma roda com todos os bebês e pais/cuidadores, agradecendo a participação e reforçando a importância da interação social e dos sons para o desenvolvimento infantil. Sugira que continuem explorando novas fontes sonoras em casa, criando um ambiente auditivo culturalmente rico.
Dicas:
Incentive a utilização de instrumentos caseiros, como garrafas PET com feijões, para que os bebês possam explorar sons em casa. Essa prática pode ser estimulante e promove o fortalecimento do vínculo entre família e aprendizado. Outra dica é observar como os bebês interagem com os sons em casa e compartilhar experiências com outras famílias, enriquecendo a prática educativa.
Texto sobre o tema:
A exploração de diferentes fontes sonoras é uma atividade que não só proporciona diversão, mas também é parte essencial do desenvolvimento cognitivo e emocional dos bebês. Os sons podem desencadear uma variedade de respostas nos pequenos, ajudando a formar conexões neurais que são importantes para o aprendizado posterior. As músicas e os sons do ambiente criam uma experiência sensorial rica, permitindo que os bebês aprendam a interagir com o mundo.
Através desse plano de aula, a intenção é proporcionar um espaço onde os bebês possam se sentir confortáveis e estimulados a explorar diferentes sonoridades. O uso do som como ferramenta pedagógica reforça a importância da escuta ativa e a expressão emocional, ajudando-os a encontrar formas de interagir e se comunicar. Além disso, trabalhar diferentes texturas sonoras contribui para o desenvolvimento motor e a coordenação, essenciais nessa faixa etária.
É notável que ao incorporar práticas sonoras no cotidiano, promovemos não só a aprendizagem, mas também o fortalecimento das relações interpessoais entre educadores, bebês e familiares. Dessa forma, conseguimos estabelecer um ambiente educativo onde cada criança se sente engajada e valorizada, podendo expressar suas emoções, desejos e necessidades através da música e dos sons.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser profundamente explorado e adaptado ao longo do tempo. Pode se estender a diferentes temas sonoros, como a exploração de sons da natureza, ritmo e melodia, criando um ciclo de experiências que se complementam. Os professores devem considerar as respostas dos bebês e adaptar as atividades em resposta às suas reações, promovendo assim um ambiente educativo dinâmico.
Além disso, ao envolver as famílias, há uma oportunidade de reforçar a importância de continuar a exploração sonora em casa. A comunicação com os pais e responsáveis pode ser enriquecida por meio da partilha de experiências bem-sucedidas, além de sugerir atividades que podem ser feitas em família, como a criação de uma pequena orquestra com objetos do cotidiano.
Por fim, a ideia é que cada encontro e atividade tenha um impacto significativo na formação da identidade pessoal e social dos bebês, facilitando a formação de vínculos afetivos em um ambiente tranquilo e acolhedor. Assim, o uso do som como recurso pedagógico se torna um elemento central do desenvolvimento infantil, promovendo momentos de alegria, aprendizado e descoberta.
Orientações finais sobre o plano:
No planejamento de aulas para bebês, é fundamental manter a flexibilidade. Cada criança é única, e as interações com os sons podem gerar respostas variadas que requerem adaptação e observação cuidadosa. Este plano deve ser um guia que inspire novas atividades e a construção de um ambiente acolhedor para todos.
Os educadores devem estar atentos não apenas aos aspectos sonoros, mas também ao conforto e à segurança dos bebês durante a exploração. As interações devem ser divertidas e promover um ambiente que favoreça a autoconfiança dos pequenos, permitindo que eles se sintam à vontade para se expressar através dos sons.
É essencial, ao longo do desenvolvimento das atividades, manter um canal aberto para a comunicação entre professores e cuidadores, possibilitando a troca de ideias e estratégias que melhorem ainda mais a experiência de aprendizado dos bebês. O envolvimento dos responsáveis é um aspecto crucial para o sucesso do aprendizado, e trabalhar juntos reforça o valor da educação colaborativa.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caixa de Sons: Crie uma caixa com diferentes objetos que produzem sons. Os bebês devem explorar o conteúdo e descobrir quais sons os objetos fazem. O objetivo é desenvolver a curiosidade e a habilidade de identificação sonora.
2. Brincadeira dos Instrumentos: Armar um espaço com vários instrumentos musicais, onde cada bebê pode experimentar livremente. O objetivo é promover a experimentação musical e a interação social entre os pequenos.
3. Desfile Sonoro: Realizar uma atividade onde os bebês podem se mover e usar diferentes instrumentos, formando um pequeno “desfile”. A intenção é fortalecer a coordenação motora ao ritmo dos sons.
4. Contação de Histórias Musicais: Contar uma história que contenha diferentes sons e ritmos, utilizando instrumentos para ilustrar a narrativa. O objetivo é desenvolver a compreensão de histórias através da música.
5. Exploração da Natureza: Levar os bebês para o ar livre para explorar sons naturais, como canto de pássaros e água corrente. Estimular que imitem os sons ou que façam movimentos de acordo com a sonoridade do ambiente ao redor. O objetivo é incentivar a curiosidade e a capacidade de se conectar com o mundo natural.

