“Desenvolvendo Coordenação Motora Fina em Crianças Pequenas”

O plano de aula para a Coordenação Motora Fina é elaborado com foco em crianças bem pequenas, com idades entre 1 ano e 7 meses até 3 anos e 11 meses. O objetivo central é explorar atividades que promovam o desenvolvimento da coordenação motora fina por meio de brincadeiras que envolvam aproximações e distâncias, utilizando o conceito de “perto e longe”. Essa experiência é fundamental para que os pequenos possam desenvolver suas habilidades manuais, aprimorar o controle motor e colaborar em ações de grupo, sempre respeitando o espaço do outro. Ao longo deste plano, serão abordadas diferentes atividades que engajarão as crianças, oferecendo um espaço seguro para o aprendizado.

Diante disso, a proposta é trabalhar não apenas as habilidades motoras, mas também estimular a interação social, o diálogo, e a comunicação entre os pequenos. As atividades foram cuidadosamente planejadas para garantir que as crianças sintam-se confortáveis e confiantes em explorar o ambiente ao seu redor, sem medo de errar, enquanto desenvolvem a sua autonomia. Além disso, brincadeiras que envolvam o uso de objetos e texturas proporcionarão ricas oportunidades de aprendizado e descoberta.

Tema: Coordenação motora fina
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a coordenação motora fina das crianças por meio de atividades lúdicas que exploram as noções de perto e longe, favorecendo a interação social e os cuidados mútuos.

Objetivos Específicos:

– Proporcionar experiências que promovam a exploração do corpo em atividades que envolvam movimentos de aproximação e distanciamento.
– Estimular a interação entre as crianças, incentivando a expressão de sentimentos e a comunicação ao compartilhar objetos e espaços.
– Trabalhar o reconhecimento e a aceitação das diferenças físicas de forma lúdica, respeitando a individualidade de cada criança.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois).

Materiais Necessários:

– Fitas adesivas coloridas (para demarcar espaços no chão)
– Brinquedos diversos (bolas, blocos, bonecos)
– Massinha de modelar
– Papel e giz de cera

Situações Problema:

Como podemos nos mover entre os objetos e brincar de forma que todos se sintam incluídos e respeitados? Como você gostaria de compartilhar seus brinquedos com os colegas?

Contextualização:

O conceito de perto e longe é um dos primeiros passos para que as crianças desenvolvam não apenas sua coordenação motora, mas também para entenderem as relações espaciais. Trabalhar essa temática por meio de atividades lúdicas permite que as crianças explorem seus próprios limites e aprendam a se relacionar melhor com o ambiente e os outros ao seu redor, promovendo uma interação saudável e divertida.

Desenvolvimento:

O plano de aula será realizado em uma única sessão de 40 minutos, durante a qual as crianças participarão de atividades que envolvam movimentos mais controlados, utilizando o contexto de perto e longe.

Atividades Sugeridas:

1. Caminhada de Perto e Longe
Objetivo: Estimular a noção de espaço e coordenação motora.
Descrição: As crianças caminharão em diferentes níveis de distância — de pé perto um do outro e depois se afastando.
Instruções: Para iniciar, demonstre como andar em frente e para trás, pedindo aos alunos que imitem seus movimentos. Use músicas animadas para tornar a atividade mais divertida.
Materiais: Música animada.
Adaptação: Para alunos com mais dificuldades, proponha que andem de mãos dadas.

2. Brincadeira de Passa-Passa
Objetivo: Trabalhar o ato de passar objetos de uma mão para outra, desenvolvendo a coordenação.
Descrição: O educador passará diferentes objetos para as crianças, que deverão passar adiante.
Instruções: Sente todos em um círculo e comece com um objeto leve, incentivando cada criança a passar o item no sentido horário.
Materiais: Pequenos brinquedos ou bolas.
Adaptação: Pode ser realizada com objetos maiores para facilitar a manipulação.

3. Arte com Massinha
Objetivo: Desenvolver habilidades manuais e a percepção espacial.
Descrição: As crianças usarão massinha para criar formas de objetos que estão perto e longe.
Instruções: Proporcione tempo suficiente para que criem e se sintam à vontade. Pergunte sobre seus objetos, onde estão e se estão perto ou longe.
Materiais: Massinha de modelar.
Adaptação: Use moldes e formas diferentes para cada criança, garantindo que todas consigam participar.

4. Contação de História
Objetivo: Estimular a comunicação e o entendimento sobre o tema.
Descrição: O educador contará a história de dois amigos que estão sempre perto e como eles também se distanciam para explorar.
Instruções: Durante a contação, use gestos e variações de vozes. Encoraje as crianças a interagir durante a narrativa.
Materiais: Livro ilustrado e objetos para ilustração.
Adaptação: Envolver as crianças pedindo que imitem sons ou repitam palavras-chave.

5. Jogo dos Espelhos
Objetivo: Trabalhar noções de proximidade e distância através do movimento.
Descrição: Uma criança fará movimentos que as demais deverão imitar como se fossem seu reflexo.
Instruções: Um educador ou aluno pode iniciar a atividade como padrão a ser seguido. Incentive os alunos a se moverem lentamenta ou rapidamente, criando variações.
Materiais: Nenhum material específico.
Adaptação: Para crianças menos móveis, sugerir movimentos sentados ou com partes do corpo.

Discussão em Grupo:

Promover uma roda de conversa onde as crianças compartilham como se sentiram nas atividades e o que entenderam sobre estar perto e longe.

Perguntas:

1. Como você se sente quando alguém está perto de você?
2. O que você gosta de fazer quando está longe de seus amigos?
3. Como podemos ajudar os amigos que estão se sentindo sozinhos?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá de forma observacional, onde o educador notará a participação, interação e desenvolvimento das atividades propostas, refletindo sobre como as crianças se mobilizam e se comunicam.

Encerramento:

Fechar a sessão em grupo, garantindo o agradecimento pela participação de todos e o convite para explorarem os conceitos de perto e longe em brincadeiras futuras.

Dicas:

– Sempre reforce a importância do brincar, que é essencial na primeira infância.
– Esteja aberto a adaptações, pois cada grupo terá suas características e necessidades singulares.
– Lembre-se de que cada interação é uma oportunidade de aprender e desenvolver habilidades sociais.

Texto sobre o tema:

A conscientização sobre a importância da coordenação motora fina no cotidiano da educação infantil é crucial para o desenvolvimento das crianças. Durante os primeiros anos, elas estão em constante evolução, explorando não apenas as habilidades físicas, mas também sociais e emocionais. A coordenação motora fina permite que as crianças realizem atividades que exigem precisão, como desenhar, pintar e manipular objetos. Estas habilidades são fundamentais para sua autonomia, pois possibilitam o cuidado consigo mesmas e com o espaço ao redor, além de facilitar a interação com os outros.

A ideia de perto e longe é uma ferramenta excelente para a construção de relações nas salas de aula da Educação Infantil. Quando os educadores introduzem atividades que enfatizam essas noções espaciais, as crianças não apenas aprendem sobre movimento, mas também sobre empatia e respeito ao espaço alheio. Elas começam a compreender que cada um tem seu espaço pessoal e que esse respeito é essencial para que possam brincar juntas de maneira harmoniosa.

Por fim, é fundamental reconhecer que a exploração física do ambiente traz um sentimento de segurança e confiança para os pequenos. Ao brincar e se movimentar, eles podem expressar suas emoções, resolver conflitos de forma orientada, e acima de tudo, comunicar-se de maneira simples e efetiva. O aprendizado nesta fase é acelerado e deve ser guiado por práticas que privilegiam a liberdade de movimento e a expressão genuína.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode se desdobrar em diversas atividades que serão incorporadas no cotidiano da sala de aula. Ao introduzir brincadeiras ao ar livre, por exemplo, podemos reinterpretar a ideia de perto e longe, utilizando o espaço externo da escola e promovendo a coordenação motora por meio de atividades que envolvam corridas ou caminhadas em grupo. Além disso, trabalhar a noção de distância durante a hora da alimentação, por exemplo, pode envolver jogos que ensinem as crianças a perceberem como é importante respeitar a distância de cada um ao compartilhar o lanche.

Da mesma forma, é possível integrar as atividades de coordenação motora fina com a musicalidade. Por meio de dança e de interferências rítmicas, os alunos também podem compreender a noção de perto e longe de forma lúdica. A proposta de utilização da música como parte do aprendizado pode enriquecer a experiência e apresentar um canal de comunicação eficaz, integrando o corpo com as expressões sonoras e visuais. A musicalidade tem um papel central no desenvolvimento infantil, já que muitos movimentos e coordenações podem ser trabalhados em harmonia com a dança, estimulando a criatividade e a expressão corporal.

Por último, criar rotinas em sala de aula que incluam atividades de manipulação de objetos, como brinquedos e materiais diversos, agregará um valor importante ao desenvolvimento das habilidades motoras. Estimular os alunos a brincar com blocos, pinturas ou massinha de modelar, sempre garantindo um espaço onde as relações sociais são consideradas, promove um ambiente que respeita suas individualidades. Ao longo do dia, as crianças podem explorar livremente os objetos e assimilar gradualmente as aprendizagens desejadas, formando não apenas um conhecimento técnico, mas também uma vivência social rica.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o educador esteja sempre atento às dinâmicas sociais dentro da sala de aula e que as atividades propostas sejam flexíveis, adaptando-se às necessidades de cada criança. Manter um ambiente de confiança é essencial, pois crianças pequenas precisam sentir-se seguras para explorar o espaço que as rodeia. É o papel do educador criar condições adequadas para que a exploração aconteça, respeitando sempre suas individualidades e promovendo o compartilhamento de experiências.

Incentivar a comunicação durante as atividades pode fazer toda a diferença. Falar sobre o que as crianças sentem ao se movimentar e como é importante estar perto de seus amigos é essencial para desenvolver suas habilidades sociais. O diálogo encoraja também que as crianças se expressem, ajudando a construir uma rede de solidariedade e respeito entre elas.

Por fim, a prática de mediar conflitos e ajudar as crianças a resolverem suas diferenças é uma oportunidade riquíssima de aprendizado. Ao discutirem situações que podem ocorrer durante os jogos, os educadores podem mostrar como é possível encontrar soluções pacíficas para problemas, desenvolvendo o respeito mútuo e a empatia. Trabalhar a ideia de cuidado e compartilhamento logo cedo é um passo essencial para uma formação mais harmoniosa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Perto e Longe
Objetivo: Estimular o reconhecimento de espaços e a coordenação motora.
Desenvolvimento: Organizar um jogo onde as crianças devem encontrar objetos escondidos em diferentes distâncias. Podem ser objetos que estão perto (dentro da sala) e longe (no pátio).
Materiais: Pequenos brinquedos ou cartões.
Instruções: O educador pode descrever onde os objetos estão, utilizando situações de distâncias.

2. Dança das Cadeiras
Objetivo: Desenvolver a percepção de espaço através do movimento.
Desenvolvimento: As crianças dançam ao som de músicas e durante a pausa, cada um deve encontrar uma cadeira para sentar, que pode estar perto ou longe.
Materiais: Cadeiras.
Instruções: Aumente a complexidade conforme a turma se familiariza, modificando o número de cadeiras.

3. Jogo do Arremesso com Distância
Objetivo: Trabalhar a coordenação fina e a compreensão de distâncias.
Desenvolvimento: As crianças se dividem em grupos e tentam arremessar bolas dentro de cestos a diferentes distâncias.
Materiais: Bolas leves e cestos.
Instruções: Ao longo do jogo, converse sobre o que está perto e longe durante o arremesso.

4. Conteúdo Sensorial
Objetivo: Explorar texturas e sensações.
Desenvolvimento: Montar uma caixa sensorial com diferentes materiais e texturas e incentivar as crianças a tocá-los.
Materiais: Areia, algodão, arroz, folhas.
Instruções: Incentive o diálogo sobre como cada material se sente perto e longe ao toque.

5. Construindo um Mundo de Papel
Objetivo: Desenvolver a criatividade.
Desenvolvimento: As crianças podem construir uma cidade no chão com papel e objetos, representando que algumas partes estão perto e outras longe.
Materiais: Papel colorido, tesoura (uso supervisionado), cola.
Instruções: Deixe que eles decidam como posicionar os objetos e conduza uma conversa sobre as distâncias dos elementos que criaram em suas cidades.

Com estas sugestões, o plano de aula se torna um guia abrangente que proporciona uma vivência rica e lúdica, não somente em relação à coordenação motora fina, mas também para fortalecer as interações sociais desde a infância.


Botões de Compartilhamento Social