“Aprendendo ‘Em Cima’ e ‘Embaixo’ de Forma Lúdica na Educação Infantil”

Neste plano de aula, focaremos no conceito de “em cima” e “embaixo”, abordando de forma lúdica e interativa o aprendizado para crianças da educação infantil. Através de atividades que estimulam a exploração, a comunicação e o movimento, os alunos terão a oportunidade de vivenciar e aprender essas noções espaciais ao se divertirem e interagirem entre si. É fundamental que a aprendizagem nessa faixa etária seja feita por meio de experiências práticas e criativas, permitindo às crianças desenvolverem suas habilidades motoras e sociais. Desta maneira, o contato direto com objetos e movimentos físicos ajuda a solidificar a compreensão dos conceitos.

O plano de aula é elaborado para crianças bem pequenas, com a faixa etária de 2 anos. As atividades a seguir estão divididas em diferentes momentos, incluindo acolhimento, exploração lúdica e atividades artísticas. O objetivo é garantir que cada criança possa experimentar e entender, por meio de diversos estímulos, as noções de espaço propostas, incorporando a música, a dança e a criatividade em suas vivências de aprendizagem.

Tema: Conceito Em cima / Embaixo
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

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Proporcionar às crianças uma compreensão das noções de “em cima” e “embaixo” através de atividades lúdicas, que estimulem a interação, o movimento e a criatividade.

Objetivos Específicos:

– Promover a percepção espacial por meio de ações físicas que representam os conceitos de localização.
– Incentivar a comunicação e a socialização entre as crianças enquanto compartilham brinquedos e exploram o ambiente.
– Desenvolver a coordenação motora através de atividades de movimento e exploração.
– Fomentar a criatividade na atividade artística, utilizando materiais que representam os conceitos abordados.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em cima e embaixo.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do lado).

Materiais Necessários:

– Brinquedos como blocos ou bonecos.
– Uma caixa média para as atividades de esconder e mostrar.
– Folhas em branco ou cartolina.
– Cola.
– Tesoura sem ponta (para manuseio do professor).
– Música animada para a atividade rítmica (opcional).

Situações Problema:

– Como podemos identificar o que está em cima e o que está embaixo?
– O que acontece quando colocamos um objeto em cima de outro?
– Onde o brinquedo se encaixa melhor, em cima ou embaixo?

Contextualização:

As noções de espaço são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Desde cedo, é importante que as crianças aprendam a diferenciar onde os objetos estão posicionados em relação a si mesmas e ao ambiente. Utilizando brinquedos e movimentos, os alunos não apenas memorizarão essas definições, mas também se envolverão de forma significativa, aprendendo enquanto brincam.

Desenvolvimento:

Iniciaremos com uma acolhida lúdica. O professor irá cantar uma canção simples, que inclua gestos para “em cima” e “embaixo”, como levantar os braços para representar “em cima” e abaixá-los para “embaixo”. É importante reforçar a repetição e incentivar as crianças a participarem, levantando e abaixando os braços juntos.

Na exploração com brinquedos, o professor deve mostrar uma caixa e colocar um brinquedo em cima e depois embaixo. Após os demonstrativos, as crianças serão incentivadas a repetir a ação. A cada nova tentativa, incentive-as a verbalizar as palavras “em cima” e “embaixo”. Isso ajuda a construir vocabulário e reforçar o conceito.

Para a brincadeira de movimento, oriente as crianças a levantar os braços e dizer “em cima!” e, em seguida, agachar e tocar o chão, dizendo “embaixo!”. Crie uma dinâmica musical, repetindo esses comandos várias vezes.

Na atividade artística, forneça uma folha com figuras de uma árvore e uma bola. A tarefa será colar a bola em cima e embaixo da árvore, com o auxílio do professor, que deve acompanhar e interagir, oferecendo sugestões.

Atividades sugeridas:

1. Canção com Gestos
– Objetivo: Criar um ambiente lúdico e interativo.
– Descrição: Cantar uma canção simples que inclua gestos.
– Instruções: O professor inicia com “As mãozinhas vão para cima, e as mãozinhas vão para baixo…”
– Materiais: Música.
– Adaptação: Para alunos mais tímidos, o professor pode incentivá-los a participar apenas com movimentos.

2. Caixa Surpresa
– Objetivo: Explorar as noções de em cima e embaixo.
– Descrição: O professor coloca um brinquedo em cima e depois embaixo da caixa, repetindo as palavras.
– Instruções: Após as demonstrações, cada criança pode experimentar colocar o brinquedo.
– Materiais: Caixa e brinquedos.
– Adaptação: Se uma criança não quer participar, ofereça a opção de observar primeiro.

3. Movimento Rítmico
– Objetivo: Fomentar o movimento e a expressão corporal.
– Descrição: Levantar e abaixar conforme as instruções do professor.
– Instruções: Acompanhe com uma música animada.
– Materiais: Música animada.
– Adaptação: Para crianças mais agitadas, ofereça pausas entre os comandos.

4. Atividade Artística
– Objetivo: Desenvolvimento da motricidade fina.
– Descrição: Colar a bola em cima e embaixo da árvore em folhas.
– Instruções: O professor pode ajudar na colagem e incentivar a verbalização das posições.
– Materiais: Folhas, cola, figuras impressas.
– Adaptação: Forneça diferentes figuras para as crianças que demonstrem interesse.

5. Revisão de Conceitos
– Objetivo: Consolidar o aprendizado.
– Descrição: Relembrar onde estão as coisas “em cima” e “embaixo” na sala.
– Instruções: Pergunte o que está “em cima” e “embaixo”, utilizando objetos da sala.
– Materiais: Objetos da sala.
– Adaptação: Para alunos que ainda não falam, incentive o reconhecimento com gestos.

Discussão em Grupo:

A troca de experiências durante as atividades permitirá que as crianças compartilhem suas percepções sobre as noções espaciais. É essencial criar um espaço seguro onde elas se sintam à vontade para expressar seus pensamentos e sentimentos.

Perguntas:

– O que você coloca em cima da mesa?
– E o que fica embaixo da cadeira?
– Como você se sente quando coloca algo em cima?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa. O professor observará o envolvimento das crianças nas atividades, sua habilidade de comunicar e compartilhar com os colegas, assim como sua capacidade de seguir instruções e executá-las.

Encerramento:

Reforce as noções de “em cima” e “embaixo” fazendo perguntas e mostrando exemplos práticos na sala. Isso proporcionará um fechamento significativo para a aula.

Dicas:

– Utilize uma variedade de objetos e brinquedos para manter o interesse das crianças.
– Esteja sempre atento à dinâmica da sala, adaptando atividades conforme necessário.
– Encoraje a participação de todas as crianças, reconhecendo seus esforços e verbalizações.

Texto sobre o tema:

O conceito de “em cima” e “embaixo” é fundamental para a compreensão do espaço e sua organização. Para crianças na faixa etária de dois anos, aprender esses conceitos é mais do que memorizar palavras; é fazer uma conexão real com o ambiente ao seu redor. Durante essa fase de desenvolvimento, a curiosidade e a exploração são características marcantes. Os pequenos aprendem através das experiências, e isso inclui a manipulação de objetos e a execução de movimentos que estimulem suas habilidades motoras.

As atividades lúdicas são o caminho ideal para introduzir esses conceitos, pois proporcionam a vivência prática em um ambiente acolhedor e estimulante. Ao brincar, cantar e fazer movimentos, as crianças não apenas aprendem sobre suas próprias capacidades, mas também interagem com seus colegas, criando laços sociais que são extremamente importantes nessa fase de suas vidas. O aspecto da aprendizagem social é tão significativo quanto o intelectual e motor, e deve ser sempre considerado ao planejar atividades educativas.

Ao longo das atividades propostas, será possível notar como as crianças começam a reconhecer o que está “em cima” e “embaixo” de forma cada vez mais clara. Este conhecimento, embora pareça simples, é um alicerce para conceitos mais complexos que serão abordados mais adiante em sua trajetória educacional. O uso de termos que fazem parte do cotidiano, aliados a ações físicas, facilitam a assimilação e tornará o aprendizado mais prazeroso e significativo para essas crianças.

Desdobramentos do plano:

Ao final dessa unidade de ensino, é possível expandir o aprendizado por meio de novas atividades que explorem diferentes conceitos espaciais. Por exemplo, pode-se introduzir a ideia de “dentro” e “fora”, utilizando caixas ou espaços disponíveis na sala. Essa continuidade enriquece a experiência dos alunos e promove um ambiente de aprendizado dinâmico e envolvente. As atividades também podem incluir jogos que incentivem o seguir de instruções, tanto verbais quanto visuais, para reforçar a compreensão dos conceitos.

Além disso, as interações sociais devem continuar sendo um foco na próxima etapa, pois o aprendizado colaborativo permite às crianças desenvolverem a empatia e o respeito pelas diferenças. Insira discussões que incentivem a escuta ativa e a troca de ideias, criando um senso de comunidade entre os alunos. Isso é essencial para desenvolver habilidades sociais e emocionais, que acompanharão as crianças por toda a vida.

Por fim, a utilização de diferentes suportes, como livros ilustrados que mostram conceitos espaciais, podem ser explorados para enriquecer ainda mais a compreensão. Histórias e ilustrações irão complementar a prática e facilitar a memória das crianças em relação aos conceitos já trabalhados. Esse desdobramento do planejamento é a chave para garantir que a aprendizagem não é uma experiência única, mas, sim, um caminho contínuo e evolutivo.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor se mantenha flexível e adaptável durante todas as fases do plano de aula. Cada criança possui seu ritmo de aprendizado, e é altamente recomendável observar o que funciona melhor para elas em tempo real. Ao notar que alguns alunos se destacam mais em determinadas atividades, pode-se adaptar as próximas etapas para atender a essas necessidades individuais, garantindo que todos se sintam valorizados e parte do grupo.

Além disso, o ambiente da sala deve ser sempre estimulante e seguro, para que as crianças tenham liberdade para explorar. A segurança deve ser uma prioridade, especialmente em atividades que envolvem movimento e manipulação de objetos. Isso dará às crianças mais confiança para se expressarem e se envolve com as atividades propostas.

Por último, envolva as famílias nesse processo educativo. Compartilhar as atividades e resultados com os pais ajudará a criar um laço de confiança e colaboração entre escola e família. Incentive os pais a praticarem as noções de “em cima” e “embaixo” em casa, criando uma extensão do aprendizado fora da sala de aula. Esse vínculo é essencial para o desenvolvimento integral da criança e fortalecerá a relação com a comunidade educacional.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro
– Objetivo: Incentivar a exploração do espaço e reconhecimento de objetos em diferentes localizações.
– Materiais: Figuras de objetos e brinquedos.
– Descrição: Crie uma busca onde as crianças devem encontrar objetos que estão “em cima” ou “embaixo” de determinados locais, como mesas e caixas.

2. O Mundo dos Blocos
– Objetivo: Trabalhar a coordenação e noções espaciais.
– Materiais: Blocos de construção.
– Descrição: As crianças devem construir torres, colocando blocos “em cima” e depois “embaixo”. Essa atividade promove o entendimento prático.

3. Atividade Sensorial com Massinha
– Objetivo: Desenvolver habilidades manuais enquanto explora a noção de espaço.
– Materiais: Massinha de modelar de várias cores.
– Descrição: As crianças devem criar formas e posicioná-las “em cima” e “embaixo” de outros objetos ou suas próprias criações.

4. Dança dos Conceitos
– Objetivo: Aprender de forma rítmica e lúdica.
– Materiais: Música animada.
– Descrição: Quando a música tocar, as crianças devem dançar; ao parar a música, o professor dirá “em cima” ou “embaixo” e elas devem se posicionar conforme indicado.

5. Teatro de Sombras
– Objetivo: Explorar a criatividade e conceitos de espaço.
– Materiais: Lanternas e figuras em papel.
– Descrição: As crianças podem criar histórias onde as figuras devem ser colocadas “em cima” ou “embaixo” de diferentes superfícies, utilizando a luz para criar sombras e interações.

Esse clima de interação e aprendizado através da diversão enriquecerá o desenvolvimento dos alunos, contribuindo de forma positiva para a construção de suas identidades e habilidades.