“Explorando o Folclore Brasileiro na Educação Infantil”

Este plano de aula tem como objetivo principal promover a exploração do folclore brasileiro entre crianças bem pequenas, favorecendo a o reconhecimento da diversidade cultural e das diferenças físicas através de contos, músicas e brincadeiras. Com uma duração de cinco dias, as atividades propostas estarão conectadas ao cotidiano dos alunos, proporcionando um ambiente lúdico que estimula a interação social e o desenvolvimento da autonomia. A abordagem é centrada na promoção da identidade, respeitando as características individuais de cada criança e incentivando o compartilhamento de experiências, além da identificação de números, promovendo a primeira alfabetização numérica.

Tema: Folclore
Duração: 5 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos

Objetivo Geral:

Estimular a percepção, a comunicação e o respeito às diferenças através da exploração do folclore brasileiro, promovendo interações e o desenvolvimento de habilidades sociais nas crianças.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Desenvolver uma imagem positiva de si e dos outros, respeitando as diferenças físicas e culturais.
– Promover a comunicação e a socialização através de atividades lúdicas.
– Fomentar o reconhecimento de números e contagem em diferentes contextos.
– Criar momentos de interação e compartilhamento entre as crianças, envolvendo atividades práticas e brincadeiras.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
– (EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos.

Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
– (EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
– (EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos, presentes e ausentes).

Materiais Necessários:

– Livros infantis sobre o folclore brasileiro (ex: “Boi da Cara Preta”, “Saci Pererê”).
– Bonecos ou fantoches representando personagens folclóricos.
– Materiais para artesanato (papel, tintas, cola, tesoura).
– Objetos que representem números (bloquinhos, brinquedos, imagens).
– Caixas para organizar e guardar os materiais.

Situações Problema:

– Como as diferentes culturas do Brasil nos ensinam sobre as diferenças?
– De que forma podemos expressar nossas emoções e ideias através de histórias folclóricas?
– Como podemos contar e comparar a quantidade de crianças presentes e ausentes utilizando números?

Contextualização:

Nas primeiras etapas da Educação Infantil, é fundamental que as crianças tenham experiências significativas com o mundo que as cerca. O folclore é uma excelente ferramenta para abordar temas como a identidade, as diferenças físicas e o respeito à diversidade cultural. Ao interagir com histórias e figuras folclóricas, as crianças conseguem se identificar, compreender e valorizar suas raízes e as dos outros. A proposta é trabalhar com contos e músicas que fazem parte do imaginário popular, possibilitando momentos de aprendizado e diversão, essenciais nesta fase.

Desenvolvimento:

Planejaremos uma semana de atividades diversificadas, intercalando leitura, arte, música e brincadeiras, sempre com o foco no folclore brasileiro e nas habilidades a serem desenvolvidas.

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Contação de História
Objetivo: Introduzir os personagens do folclore.
Descrição: O professor lerá uma história simples do folclore brasileiro, como a do Saci Pererê, utilizando bonecos para ilustrar a narração e expressar emoções.
Instruções:
1. Escolher um espaço aconchegante e convidativo.
2. Ler a história com entonação expressiva.
3. Perguntar sobre as emoções dos personagens.
4. Convidar as crianças a falar sobre como se sentem em relação à história.

Dia 2 – Artesanato do Saci
Objetivo: Estimular a criatividade e a coordenação motora.
Descrição: As crianças farão um boneco do Saci com materiais simples como papel e tintas.
Instruções:
1. Distribuir materiais (papel ou feltro, tesoura, cola, tintas).
2. Auxiliar as crianças a recortarem e colarem as partes do corpo do Saci.
3. Incentivar a pintura e a personalização dos bonecos.

Dia 3 – Jogos de Movimentos de Folclore
Objetivo: Desenvolver percepção corporal e respeito às diferenças.
Descrição: Realizar brincadeiras folclóricas que envolvem movimentos, como o jogo “Bruxa, está me vendo?”.
Instruções:
1. Explicar a brincadeira, onde as crianças têm que imitar os movimentos de cada personagem folclórico.
2. Observar e corrigir as posturas.
3. Encorajar a expressão individual e a imitação de diferentes movimentos.

Dia 4 – Cantigas de Roda
Objetivo: Estimular a comunicação e a interação.
Descrição: Cantar cantigas de roda que contemplem personagens folclóricos, incorporando gestos que representem as ações.
Instruções:
1. Ensinar uma cantiga simples, com movimentos associados.
2. Incentivar cada criança a imitar os movimentos em grupo.
3. Estimular discussões sobre os personagens representados nas músicas.

Dia 5 – Contagem e Registro de Crianças
Objetivo: Introduzir os números e a contagem.
Descrição: Registrar quantas crianças estão presentes e quantas usam roupa de diferentes cores.
Instruções:
1. Fazer uma roda e contar as crianças presentes.
2. Pedir que identifiquem algumas características, como cor da roupa, e registrem em um papel.
3. Conversar sobre quantidades, questionando: “Quantas meninas estão aqui? E meninos?”

Discussão em Grupo:

Promover um espaço de diálogo após as atividades, onde as crianças podem compartilhar suas experiências e sentimentos. Incentivar a troca de ideias sobre o que aprenderam. Algumas perguntas que podem guiar a discussão incluem:
– O que você mais gostou na história?
– Como se sentiu fazendo o boneco do Saci?
– Você conhece outras histórias ou personagens folclóricos?

Perguntas:

– Quem é o seu personagem folclórico favorito?
– O que podemos aprender com as diferenças?
– Quantas crianças estão aqui e quantas bonecas você fez?

Avaliação:

A avaliação será contínua e se dará através da observação das interações das crianças durante as atividades. O professor deve atentar-se à participação, ao envolvimento e à capacidade de comunicação e compartilhamento das crianças, além de observar como lidam com as diferenças e com a contagem numérica.

Encerramento:

Ao final da semana, promover um momento de reflexão sobre tudo o que foi aprendido. Estimular as crianças a contarem sobre suas experiências com as histórias e personagens do folclore, podendo até realizar uma pequena apresentação com seus bonecos feitos durante a atividade do artesanato.

Dicas:

– Sugerir que as crianças tragam de casa um objeto que represente sua cultura ou tradições.
– Incorporar elementos visuais como cartazes ou fantoches para enriquecer as narrativas.
– Reforçar a importância da escuta e do respeito às opiniões e sentimentos dos colegas durante as discussões em grupo.

Texto sobre o tema:

O folclore brasileiro é um rico repertório cultural que se expressa em diversas formas, incluindo lendas, mitos, danças, músicas e artesanato, tudo isso refletindo as multiculturalidades das várias regiões do país. Desde o Saci Pererê, famoso personagem de uma perna só que se associa a travessuras e travessuras, até o Boi da Cara Preta, que cuida de nossas tradições e frustra nossos medos de maneiras divertidas, esses personagens são parte do imaginário coletivo. Introduzir as crianças ao folclore é um passo importante para que desenvolvam um senso de identidade cultural, promovendo o respeito pelas diferenças e a valorização de suas próprias raízes. Assim, as aulas irão além do conteúdo, advogando por uma formação integrativa que valoriza a diversidade.

Além disso, as histórias folclóricas desempenham um papel crucial no desenvolvimento da linguagem e da cognição nas crianças. Através das narrativas, elas são instigadas a pensar criativamente, a expressar seus sentimentos e a dialogar com seus pares. O aprendizado acontece de forma contextualizada e significativa, promovendo um ambiente de cooperação e empatia. As práticas lúdicas que envolvem movimentos, canções e a representação de personagens folclóricos contribuem para o desenvolvimento motor e social. Por meio das cantigas de roda, as crianças podem vivenciar momentos de prazer e diversão, ao mesmo tempo em que aprendem sobre a riqueza do folclore brasileiro.

Por fim, trabalhar com o folclore permite que as crianças conheçam suas identidades, fortaleçam laços e aprendam a importância de respeitar os diferentes. As atividades propostas têm em mente a realidade das crianças pequenas, proporcionando um encontro com o saber que é ao mesmo tempo educativo e prazeroso. Assim, a magia das histórias folclóricas se desdobra em experiências de aprendizado, que ficam sementadas no coração e na mente das crianças, fazendo do folclore uma ponte entre o passado cultural e o presente, na construção de um futuro respeitoso e solidário.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano podem se estender para diferentes áreas do conhecimento, além do folclore. As experiências vividas na semana podem servir como base para um projeto interdisciplinar, focando em temas como meio ambiente, respeito à diversidade e cultura. Por exemplo, após conhecer personagens folclóricos que representam a natureza, como a Iara ou o Curupira, podemos promover uma reflexão sobre a conservação da natureza e a importância de cuidar do meio ambiente. As crianças podem ser estimuladas a fazer desenhos ou construir maquetes de como gostariam de cuidar da natureza, fortalecendo essa relação com o folclore.

Ademais, é possível explorar a música folclórica, integrando-a às aulas de educação musical, onde podemos ensinar canções que convidam à dança e à interação. As crianças têm uma incrível capacidade de aprender através de canções e ritmos, e isso não apenas reforça a memória, mas também promove a cultura popular. Assim, as músicas folclóricas podem ser um elo importante na construção da identidade cultural das crianças e da relação delas com o mundo ao seu redor.

Por último, o folclore pode se entrelaçar com a matemática, através da contagem de objetos nas histórias, nas danças ou até mesmo nas brincadeiras. Utilizando itens que remetam às narrativas folclóricas, as crianças têm a oportunidade de vivenciar a contagem de uma forma concreta, lúdica e contextualizada, favorecendo sua familiarização com os números de maneira significativa e direta. A diversidade de atividades pode enriquecer o aprendizado, tornando-o muito mais envolvente e integrador para as crianças.

Orientações finais sobre o plano:

Ao finalizar a implementação deste plano, é fundamental que os educadores reflitam sobre a experiência coletiva, considerando o impacto que as atividades tiveram na formação das crianças. Este processo de reflexão deve incluir tanto as observações feitas durante as atividades quanto o feedback das crianças. Avaliar o que funcionou, o que poderia ser melhorado e como as crianças reagiram às diferentes propostas enriquece o conhecimento do professor, permitindo um planejamento futuro ainda mais ajustado às necessidades e aos interesses dos alunos.

Além disso, a colaboração com os pais é essencial para o enriquecimento da proposta. Envolver as famílias, compartilhando as experiências do dia a dia, como os contos folclóricos em casa, não apenas fortalece o vínculo escola-família, mas também proporciona um ambiente mais dinâmico de aprendizado. As famílias podem ter um papel ativo em apoiar as crianças, contando histórias, participando de atividades ou simplesmente incentivando discussões sobre o tema em casa.

Por fim, não podemos esquecer do aspecto da inclusão, garantindo que todos os alunos, independentemente de sua individualidade, tenham espaço para se expressar e participar. Adaptar as atividades para que todos possam interagir e aprender é um desafio que deve ser sempre considerado. Isso evita a exclusão e permite que todos os alunos se sintam valorizados e respeitados em suas identidades. Na educação infantil, cada momento conta para formar a base das futuras interações sociais e acadêmicas das crianças.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Caça ao Saci
Objetivo: Incentivar o movimento e a ação.
Descrição: Criar uma caça ao Saci no pátio da escola.
Instruções:
– Colocar cartazes com a imagem do Saci em diferentes lugares.
– Dividir as crianças em grupos e incentivá-las a encontrar os cartazes.
– Após a atividade, promover um momento de conversa sobre o personagem e suas características.

Sugestão 2: Pintura Coletiva de Personagens Folclóricos
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a expressão artística.
Descrição: Criar um mural com desenhos dos personagens, onde cada criança colori sua parte.
Instruções:
– Propor um desenho grande de um personagem folclórico e distribuir tintas.
– Estimular a colaboração, onde cada um pinta uma parte do mural.
– Ao final, discutir o que cada criança pintou e sua relação com a história.

Sugestão 3: Dança das Cores
Objetivo: Aumentar a percepção corporal e promover a identidade cultural.
Descrição: Realizar uma dança inspirada nas danças folclóricas brasileiras.
Instruções:
– Ensinar um movimento simples de dança.
– Incorporar diferentes cores de lenços que representam os personagens folclóricos.
– Ao tocar a música, as crianças dançam e movimentam os lenços, expressando a alegria e a cultura.

Sugestão 4: Criar uma Canção de Roda
Objetivo: Estimular a criatividade e a comunicação.
Descrição: Criar uma cantiga com a ajuda das crianças sobre o Saci.
Instruções:
– Juntar as crianças em roda e partir de uma melodia conhecida.
– Incentivar a criação de letras relacionadas ao Saci.
– Registrar a canção e cantar em conjunto.

Sugestão 5: Caixa de Histórias
Objetivo: Fomentar a escuta e a expressão oral.
Descrição: Criar uma “caixa de histórias” com objetos que representem narrativas folclóricas.
Instruções:
– Colocar diversos itens dentro da caixa (por exemplo, chapéus, bonecos, etc.).
– A cada dia, selecionar um objeto e incentivá-las a contar uma história relacionada a ele.
– Essa atividade gera um espaço para todos se expressarem, respeitando as diferenças de cada um.

As sugestões acima foram desenvolvidas pensando em proporcionar um aprendizado dinâmico e enriquecedor, respeitando a individualidade das crianças enquanto promovem o conhecimento sobre o folclore brasileiro.

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