“Explorando o Folclore: Atividades Lúdicas para Crianças de 3 Anos”

A educação infantil é um momento crucial na formação das crianças, especialmente na faixa etária de três anos. O plano de aula proposto explora o folclore, um tema rico em significados e tradições que estimula a criatividade e a imaginação dos pequenos. Ao trabalhar com esse tema, as crianças são apresentadas a personagens, músicas e histórias que fazem parte do patrimônio cultural, promovendo a interação e o reconhecimento da diversidade.

Neste plano, as atividades são desenhadas para proporcionar experiências significativas que promovam a comunicação, a expressão corporal e a exploração sensorial. O objetivo é que, através do folclore, as crianças tenham a oportunidade de aprender sobre suas raízes culturais, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades fundamentais para o convívio em grupo e a percepção do mundo ao seu redor.

Tema: Folclore
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar às crianças experiências lúdicas e culturais por meio do folclore brasileiro, explorando músicas, danças e histórias que estimulem a interação social, a expressão corporal e a criatividade.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a comunicação através de gestos, balbucios e palavras ao interagir com adultos e colegas.
– Desenvolver a percepção das emoções e sensações a partir das histórias e músicas folclóricas.
– Promover a exploração do corpo e do espaço, imitando movimentos e ritmos durante as atividades.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos e brinquedos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.

Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.

Materiais Necessários:

– Livros ilustrados de histórias folclóricas.
– Instrumentos musicais simples (como chocalhos ou tambores).
– Materiais para pintura (tintas e pincéis).
– Bonecos ou fantoches que representem personagens folclóricos.
– Espaço amplo para a realizada das atividades.

Situações Problema:

Como apresentar e tornar acessível a tradição do folclore brasileiro para crianças tão pequenas? De que maneira as histórias e personagens podem ser trazidos para o cotidiano da sala de aula, estimulando o interesse e a participação dos alunos?

Contextualização:

O folclore brasileiro é uma rica fonte de histórias, danças e canções que traduzem a cultura e a identidade do nosso povo. Ele abrange uma diversidade de personagens, como o Saci-Pererê, a Iara e o Curupira, que podem ser introduzidos nas atividades de forma lúdica, atraindo a atenção das crianças e despertando a curiosidade. A contextualização por meio de músicas e rimas folclóricas facilita a identificação e o reconhecimento cultural.

Desenvolvimento:

As atividades serão distribuídas em quatro momentos principais:

1. Acolhida (10 minutos)
Neste momento, o educador deve receber as crianças de forma acolhedora, promovendo um ambiente seguro e confortável. Sugira que as crianças sentem em círculo e inicie uma breve conversa sobre o tema folclore, utilizando uma história simples.

2. Rodinha (10 minutos)
Na rodinha, o educador pode contar uma história folclórica utilizando fantoches ou livros ilustrados. Pergunte às crianças o que elas acharam da história e incentive-as a expressar suas impressões. Assegure que elas sintam liberdade para fazer perguntas ou comentar sobre a história, promovendo a interação.

3. Atividade 1 – Música e Dança (15 minutos)
Escolha uma música folclórica simples, como “Sapo Cururu”, e faça uma apresentação da canção junto com movimentos que imitam os animais. Estimule as crianças a acompanharem os gestos e movimentos, permitindo que expressem suas emoções e divirtam-se juntas.

4. Atividade 2 – Pintura Temática (15 minutos)
Ofereça tintas e pincéis para que as crianças possam criar suas representações artísticas dos personagens folclóricos que ouviram na história. Pode ser um Saci-Pererê ou uma Iara. Ajude as crianças a se expressarem através da arte, destacando as cores e formas dos desenhos.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Acolhida e Apresentação da História
– Objetivo: Introduzir a história do folclore.
– Descrição: Conversar com as crianças utilizando um livro ilustrado.
– Materiais: Livro ilustrado.

Dia 2: Música e Dança do Sapo Cururu
– Objetivo: Desenvolver a expressão corporal.
– Descrição: Ensino e repetição da canção “Sapo Cururu”.
– Materiais: Música gravada.

Dia 3: Pintura dos Personagens Folclóricos
– Objetivo: Expressão artística.
– Descrição: Pintar com tinta as imagens dos personagens.
– Materiais: Tintas e pincéis.

Dia 4: Jogo de Imitar Animais
– Objetivo: Estimular a imitação e a expressão corporal.
– Descrição: Fazer um jogo onde as crianças imitam os sons e movimentos dos animais.
– Materiais: Nenhum, apenas espaço livre.

Dia 5: Contação de Histórias com Fantoches
– Objetivo: Promover a escuta e a participação.
– Descrição: Usar fantoches para narrar uma história folclórica.
– Materiais: Fantoches.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, proporcionar um momento onde as crianças possam comentar o que mais gostaram e o que aprenderam sobre os personagens folclóricos. Essa troca de ideias é fundamental para que elas se sintam parte do grupo e desenvolvam a comunicação.

Perguntas:

– Quem se lembrou do nome do personagem da história?
– O que vocês acharam do Saci-Pererê?
– Como o Saci se movimenta?
– Que sons você pode imitar do folclore?

Avaliação:

A avaliação será contínua e qualitativa, observando a participação, a interação e o interesse das crianças nas atividades. O educador deverá anotar comportamentos que demonstrem as habilidades descritas na BNCC, como a comunicação e a expressão corporal.

Encerramento:

No final da aula, agradecer a participação das crianças e reforçar a importância da cultura folclórica. Poderia fazer uma breve revisão do que foi aprendido, usando algum personagem ou música para despertar o entusiasmo.

Dicas:

– Incentivar pais e responsáveis a contarem histórias folclóricas em casa.
– Utilizar fantoches para facilitar a comunicação nas contações de histórias.
– Criar um espaço de leitura na sala de aula com livros sobre folclore.

Texto sobre o tema:

O folclore brasileiro é um mosaico vivificante de tradições e histórias que atravessam gerações. São relatos que exploram a vida cotidiana, os medos e os anseios do povo. As histórias do Saci-Pererê, do Curupira e da Iara transportam as crianças para um universo mágico, onde a realidade se mistura ao fantástico. A formação da identidade cultural é essencial na educação infantil, pois desde cedo as crianças começam a reconhecer e valorizar suas raízes.

Muito mais do que entretenimento, essas narrativas têm o poder de ensinar valores e lições sobre a convivência e a importância da preservação cultural. Além disso, ao apresentar o folclore, os educadores criam um espaço de prazer na leitura e na escuta, que despertam o interesse e a curiosidade dos pequenos pela diversidade cultural. Nas interações sobre essas histórias, as crianças exercitam sua imaginação e desenvolvem habilidades sociais, como o respeito às diferenças e a empatia.

As canções e as danças folclóricas complementam essa experiência, permitindo que as crianças expressem suas emoções e desenvolvam a percepção do ritmo e da música. Ao movimentar-se e participar ativamente, as crianças não só aprendem sobre o conteúdo cultural, mas também exercitam o corpo, promovendo a coordenação motora e a consciência corporal. Incorporar o folclore nas práticas pedagógicas é fundamental para construir uma educação que valorize e respeite a pluralidade cultural do Brasil, preparando os pequenos para um futuro com mais sentido e conectividade.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula pode se desdobrar em diversas atividades relacionadas ao folclore, permitindo que a exploração do tema aconteça de forma dinâmica. Por exemplo, a introdução de outros personagens folclóricos pode ser feita ao longo das semanas. O Boi-Bumbá e a Mula-sem-cabeça são algumas sugestões que podem ser trabalhadas nas próximas aulas, sempre abordando a parte histórica e cultural por trás de cada um.

Ademais, é possível realizar exposições artísticas com as pinturas e trabalhos que as crianças realizarem. Momentos de exposição podem ajudar a fortalecer o reconhecimento entre os pequenos, promovendo uma atmosfera de comunidade ao valorizar as criações individuais. Estas exposições podem ser abertas a familiares, trazendo um aspecto de envolvimento do lar com as atividades pedagógicas.

Outra possibilidade é a trilha sonora. Criar momentos em que os alunos possam escutar músicas folclóricas em diferentes contextos ajuda a criar uma imersão no tema, permitindo que as crianças vivenciem a sonoridade e a musicalidade que estão associadas à cultura brasileira. Ao fazer uma conexão constante com a música, dança, e arte, você observa não só o desenvolvimento das habilidades motoras, mas também a ampliação do repertório cultural das crianças.

Orientações finais sobre o plano:

Para a execução do plano de aula com os bebês, é importante que o professor tenha uma postura acolhedora e que permita que as crianças se sintam à vontade para explorar os conteúdos apresentados. A flexibilidade e a adaptação são fundamentais, pois cada grupo de bebês possui características e ritmos de aprendizado distintos. Por isso, é essencial observar individualmente cada criança, respondendo às suas necessidades e curiosidades.

Além disso, o uso de recursos visuais e sonoros é imprescindível para captar a atenção dos pequenos. Os fantoches, histórias e músicas devem ser apresentados de maneira envolvente, garantindo que o interesse permaneça ao longo da atividade. Sempre que possível, incentive a participação ativa dos bebês com gestos, sons e movimentos, pois essas práticas enriquecem a experiência educativa.

Por fim, reforçar a importância do contexto familiar é essencial para o aprendizado. Envolva os responsáveis e procure orientá-los sobre como podem contribuir com o aprendizado de folclore em casa. O folclore é uma vivência cultural que deve ser enriquecida no cotidiano da criança, e essa conexão pode ser poderosa ao restabelecer laços entre as tradições e as novas gerações.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Contação de Histórias com Fantoches: Os alunos participam na elaboração de um pequeno teatrinho, onde cada um pode manipular um personagem folclórico e interagir com a história contada.

2. Música e Dança Livre: Criar um momento onde as crianças podem dançar livremente ao som de músicas folclóricas, imitando movimentos dos animais que aparecem nas histórias e canções.

3. Atividade Sensorial com Materiais Naturais: Juntar elementos como folhas, pedras e areia, oferecendo uma experiência tátil que remete ao contato com a natureza e às lendas folclóricas que envolvem a flora e a fauna.

4. Exploração de Sons: Propor uma atividade onde as crianças podem fazer sons com o próprio corpo e com objetos, criando uma orquestra com tambores, chocalhos e outros instrumentos simples, estimulando a comunicação e a percepção sonora.

5. Pintura Coletiva Inspirada em Personagens: Montar um mural onde as crianças possam colorir e desenhar suas interpretações de personagens folclóricos, promovendo a união entre elas na atividade e a valorização dos trabalhos individuais.

Este plano busca proporcionar um espaço lúdico e rico em experiências para as crianças, garantindo que o contato com o folclore brasileiro seja enriquecedor e transformador, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada bebê.

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