“Revoltas de Escravizados: Aprendizado Dinâmico para Crianças”

Neste plano de aula, abordaremos o tema das revoltas de escravizados, um assunto fundamental que nos ajuda a compreender a história da luta por liberdade e direitos humanos no Brasil. O plano, estruturado para duas aulas, será focado em uma abordagem que une teoria e atividades lúdicas, promovendo uma experiência de aprendizado dinâmica e significativa para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. O uso colaborativo e respeitoso das diferentes histórias e experiências abordadas nas atividades proporcionará um entendimento mais abrangente e empático sobre o passado e seu impacto no presente.

Além disso, essa proposta almeja desenvolver habilidades essenciais em Língua Portuguesa, História e Artes, alinhadas com as demandas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As atividades foram cuidadosamente planejadas para facilitar a interação social, o pensamento crítico e a expressão artística, assegurando que cada aluno tenha a oportunidade de se engajar ativamente, expressando suas ideias e sentimentos sobre a temática abordada.

Tema: As revoltas de escravizados
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 10 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos uma compreensão sobre as revoltas de escravizados, suas causas e consequências, despertando o senso crítico e a reflexão sobre a história da escravidão no Brasil, promovendo empatia e conscientização acerca dos direitos humanos.

Objetivos Específicos:

– Identificar as principais revoltas dos escravizados no Brasil e suas motivações.
– Incentivar a leitura e a escrita de textos relacionados ao tema abordado.
– Estimular a expressão artística através de representações em grupo.
– Promover discussões sobre os conceitos de liberdade, respeito e direitos humanos.

Habilidades BNCC:

– (EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família e/ou de sua comunidade.
– (EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e as histórias de sua família e de sua comunidade.
– (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação.
– (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor, textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses.
– (EF12LP05) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados.

Materiais Necessários:

– Livros didáticos da editor FTD sobre o tema.
– Lápis de cor e canetinhas.
– Papel kraft ou cartolina.
– Revista e jornais antigos para recortes.
– Cola e tesoura.
– Materiais de áudio para leitura de contos e poesias.

Situações Problema:

Como as revoltas de escravizados influenciaram a luta pelos direitos humanos hoje? De que maneira as histórias de resistência podem servir de inspiração para as lutas atuais por liberdade e justiça?

Contextualização:

As revoltas de escravizados no Brasil, como a Revolta dos Malês e a Revolta de Canudos, refletem a luta por liberdade e dignidade humana. Compreender essas histórias nos ajuda a valorizar não apenas o passado, mas também as conquistas que foram feitas ao longo do tempo. Essa contextualização é relevante para que os estudantes possam se relacionar emocionalmente e desenvolver um sentido crítico em relação aos direitos humanos.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em duas partes. Na primeira aula, o professor apresentará a história das revoltas de escravizados através de uma leitura compartilhada com o apoio dos livros da editora FTD. A leitura será seguida de uma breve discussão sobre o conteúdo lido, permitindo que os alunos compartilhem suas impressões e sentimentos.

Na segunda aula, os alunos serão divididos em grupos e responsáveis por criar um mural que represente uma das revoltas estudadas. Eles poderão utilizar revistas, recortes de jornais, desenhos e escritas para expressar as ideias e as emoções que esse evento provocou neles. Os grupos apresentarão seus murais para a turma, explicando as escolhas que fizeram, promovendo assim uma experiência coletiva de aprendizado e troca de ideias.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Leitura e Discussão (Aula 1)
Objetivo: Identificar as principais revoltas dos escravizados e suas significações.
Descrição: O professor realizará uma leitura compartilhada de um texto do livro da editora FTD sobre uma revolta específica. Após a leitura, será promovida uma discussão sobre o que os alunos aprenderam.
Instruções práticas: Após a leitura, pergunte aos alunos como se sentem em relação ao que foi lido. Estimule-os a compartilhar histórias que conhecem sobre suas famílias em relação à luta por direitos.
Materiais: Livro didático, folha para anotações.

Atividade 2: Criação do Mural (Aula 2)
Objetivo: Estimular a criatividade e a colaboração em grupo.
Descrição: Dividir a turma em grupos. Cada grupo criará um mural ilustrativo sobre a revolta que estudaram.
Instruções práticas: Informe os alunos sobre os materiais disponíveis e incentive a pesquisa sobre a revolta escolhida. Cada mural deve incluir imagens, palavras e frases que representem as emoções ligadas ao tema.
Materiais: Papel kraft, canetinhas, revistas, jornais, cola.

Atividade 3: Apresentação dos Murais (Aula 2)
Objetivo: Desenvolver habilidades orais e de apresentação.
Descrição: Cada grupo apresentará seu mural e explicará as representações que escolheram.
Instruções práticas: Encoraje os alunos a serem respeitosos e a fazer perguntas após cada apresentação, promovendo o diálogo e a empatia.

Discussão em Grupo:

Os alunos discutirão em grupos pequenos as perguntas propostas durante a aula, refletindo sobre o significado da liberdade e os direitos que devemos respeitar e garantir para todos.

Perguntas:

– O que você sentiu ao ler sobre as revoltas de escravizados?
– Por que você acha que essas lutas foram importantes para a sociedade?
– Como nós, como cidadãos, podemos continuar essa luta por liberdade e direitos hoje?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação do envolvimento dos alunos nas discussões, na realização das atividades em grupo e na apresentação dos murais. O professor poderá considerar a participação individual, a colaboração em grupo e a criatividade demonstrada.

Encerramento:

Refletiremos sobre as atividades realizadas, destacando a importância das revoltas de escravizados na formação de uma sociedade mais justa. Os alunos poderão compartilhar como se sentiram durante o aprendizado e o que aprenderam sobre liberdade e respeito.

Dicas:

– Estimule as crianças a explorarem materiais como músicas e poesias relacionadas ao tema.
– Proponha a criação de um diário de bordo em que os alunos possam escrever suas reflexões diárias sobre o que aprenderam.
– Considere a possibilidade de trazer convidados que possam falar mais sobre a história das revoltas de escravizados e seus impactos na atualidade.

Texto sobre o tema:

As revoltas de escravizados no Brasil foram manifestações significativas na luta pela liberdade diante de um sistema opressor. A escravidão, que durou mais de três séculos, deixou marcas profundas na sociedade brasileira, e entender essas revoltas é essencial para valorizar a luta por direitos humanos. Eventos como a Revolta dos Malês, em 1835, e a Revolta de Canudos, no final do século XIX, demonstram a coragem de homens e mulheres que lutaram contra a injustiça e a desigualdade. Essas revoltas não apenas questionaram a ordem social da época, mas também refletiram a resistência cultural e a capacidade de organização dos escravizados e seus descendentes.

O impacto dessas revoltas ainda pode ser sentido hoje. Elas são um chamado à ação para que continuemos a luta contra a opressão e a desigualdade. Explorar essa história permite que desenvolvamos uma maior empatia e compreensão das lutas contemporâneas por direitos e justiça social. Ao discutirmos esses temas em sala de aula, podemos inspirar nossos alunos a se tornarem defensores dos direitos humanos em suas comunidades.

Além disso, ao tratar de um tema tão profundo e complexo, como as revoltas de escravizados, é importante criar um ambiente seguro onde os alunos possam expressar suas emoções e opiniões. Através da leitura, da arte e das discussões, eles podem se conectar com o passado e refletir sobre sua relevância no presente. O aprendizado deve ser uma reação, uma busca pela verdade que nos ajude a moldar um futuro melhor, onde todos sejam respeitados e tratados com dignidade.

Desdobramentos do plano:

As atividades propostas podem ser desdobradas em uma série de outras abordagens educacionais que focam na história e na cultura afro-brasileira. Uma possível continuação do projeto é a criação de uma linha do tempo, onde os alunos podem registrar não apenas as revoltas, mas diversos eventos importantes na história da luta pela liberdade e direitos dos negros no Brasil. Isso promoverá uma maior compreensão da cronologia dos eventos e como eles se interligam na construção da sociedade atual.

Além disso, podemos ampliar a discussão ao incluir outros temas que dialoguem com o assunto, como a cultura afro-brasileira nas artes, música e culinária, permitindo aos alunos explorar essa rica herança cultural. Por exemplo, chá de histórias sobre líderes negros ou artistas que influenciaram a cultura brasileira pode ser uma excelente forma de expandir o aprendizado.

A criação de um projeto de consciencialização pode ser planejada, onde os alunos, junto com a comunidade escolar, podem desenvolver atividades que promovam a cultura afro-brasileira, como exposições, danças e apresentações teatrais. Ao fazer isso, não apenas celebramos a história, mas também ajudamos a afirmá-la recursos educacionais.

Orientações finais sobre o plano:

A implementação deste plano de aula requer sensibilidade e preparação para lidar com temas que envolvem um passado doloroso, mas necessário para a formação de cidadãos críticos e respeitosos. É importante que os educadores estejam atentos às emoções de seus alunos durante as discussões e intervenções, criando um ambiente onde todos se sintam seguros para compartilhar suas opiniões e sentimentos.

Além disso, a formação contínua dos educadores sobre a história e a cultura afro-brasileira é vital para que possam abordar esses temas com segurança e conhecimento. Recursos, como cursos e leituras, são importantes para garantir que o educador possa se sentir confortável e preparado para discutir esses tópicos.

Por fim, a avaliação do aprendizado deve ser um processo contínuo, onde feedback e reflexões são parte integrante da jornada educacional dos alunos. Promover um espaço de diálogo constante permitirá que as experiências sejam renovadas e os alunos possam continuar a explorar e entender a importância das revoltas de escravizados na sociedade.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de fantoches: Os alunos podem criar fantoches para representar figuras históricas envolvidas nas revoltas. O objetivo é ajudá-los a compreender diferentes perspectivas sobre a história. Os alunos devem desenhar e montar os fantoches, e em seguida, apresentar suas histórias em um pequeno teatro.

2. Caça ao Tesouro Histórica: Organize uma caça ao tesouro na escola ou no pátio, onde os alunos encontrarão pistas sobre diferentes revoltas dos escravizados. A cada pista, eles aprendem um pouco mais sobre cada revolta. O objetivo é incentivar a pesquisa e o trabalho em equipe.

3. Desenhos Temáticos: Os alunos podem criar uma série de desenhos que representam o que aprenderam sobre as revoltas. O objetivo é expressar suas ideias e sentimentos através da arte. Uma exposição poder ser realizada para mostrar as obras.

4. Dança e Música: Explore a dança e a música afro-brasileira ligada à história das revoltas. Os alunos podem aprender a coreografia de uma dança e discutir como o ritmo e a música estavam presentes como formas de resistência.

5. Jogo de simulação: Crie um jogo em sala onde os alunos devem se organizar como um grupo de escravizados planejando uma revolta. Eles serão apresentados a diferentes cenários e deverão encontrar a melhor solução coletiva. O objetivo é entender a importância do trabalho em equipe e da estratégia na luta por liberdade.

Essas atividades proporcionam uma experiência lúdica e educativa, conectando os alunos ao tema de forma significativa e envolvente. A combinação de teoria e prática reforça o aprendizado e ajuda a construir um conhecimento mais sólido sobre a história das revoltas de escravizados.

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