“Brincadeiras Folclóricas: Aprendizado e Diversão no Ensino”
Neste plano de aula, os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de experimentar e fruir diferentes brincadeiras e jogos do contexto popular e folclórico, valorizando as tradições do Tocantins. A proposta se concentra na importância de reconhecer e respeitar as diferenças individuais e os desempenhos corporais, promovendo a inclusão daqueles que participam das atividades. A aula irá utilizar o lúdico como ferramenta de aprendizado, permitindo que as crianças se conectem com suas raízes culturais.
O plano foi elaborado para proporcionar uma experiência rica e educativa, em que as crianças não apenas aprendem sobre as práticas lúdicas, mas também desenvolvem habilidades essenciais como o respeito mútuo, a cooperação e a valorização da diversidade. O objetivo é que, ao final da aula, cada aluno tenha não só se divertido, mas também entendido a importância da cultura popular como forma de expressão e identidade.
Tema: Experimentar e fruir diferentes brincadeiras e jogos do contexto popular e folclórico comunitário e regional, especialmente do Tocantins
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 7 anos
Objetivo Geral:
Promover a inclusão e a apreciação da cultura local por meio da prática de brincadeiras e jogos populares, respeitando as diferenças individuais de desempenho.
Objetivos Específicos:
– Reconhecer a importância das brincadeiras e jogos do contexto folclórico do Tocantins.
– Desenvolver habilidades motoras e sociais através de atividades lúdicas.
– Fomentar o respeito às diferenças individuais entre os colegas durante as atividades.
Habilidades BNCC:
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
– (EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.
– (EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática, em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas corporais tematizadas na escola, produzindo textos (orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na escola e na comunidade.
Materiais Necessários:
– Espaço amplo para a prática das atividades (pode ser o pátio da escola ou sala de aula com móveis rearranjados).
– Materiais de apoio como cordas, bolas, e outros objetos que possam ser utilizados nas brincadeiras e jogos.
– Cartolinas e canetinhas para que os alunos possam registrar as brincadeiras aprendidas.
– Recursos audiovisuais (caso disponível) para apresentar imagens ou vídeos sobre as brincadeiras do Tocantins e do Brasil.
Situações Problema:
1. Como podemos adaptar as brincadeiras tradicionais para que todos possam participar?
2. Quais são as brincadeiras que mais nos representam como comunidade e cultura?
Contextualização:
As brincadeiras populares e folclóricas são parte essencial da cultura de um povo, transmitindo valores, tradições e costumes de geração em geração. No Tocantins, essas práticas estão inseridas no cotidiano da população e muitas vezes refletem a convivência e a socialização das crianças. Portanto, conhecer e praticar essas brincadeiras permite que os alunos se conectem com suas raízes e compreendam a importância dessas tradições na formação da identidade cultural.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em três momentos principais: introdução, práticas de brincadeiras e registro das experiências.
1. Introdução (10 minutos): O professor inicia com uma breve conversa sobre o que são brincadeiras populares e folclóricas. Os alunos são apresentados a algumas práticas tradicionais do Tocantins, como o “pula corda” e “queimado”. É importante estimular a curiosidade e o interesse dos alunos, promovendo uma reflexão sobre o que essas brincadeiras significam para a cultura local. Utilizar imagens ou vídeos curtos pode ajudar a contextualizar as atividades.
2. Práticas de Brincadeiras (30 minutos): Os alunos serão divididos em pequenos grupos e cada grupo receberá a tarefa de escolher uma brincadeira para recriar. As brincadeiras selecionadas podem incluir:
– Pula corda: Um aluno segura a corda e dois alunos pulam, alternando a vez. O salto deve ser feito em ritmo e as regras podem ser adaptadas para incluir desafios, como contar até 10 ou realizar variações de saltos.
– Queimado: Um jogo de pega-pega, em que uma pessoa é “a queima” e deve pegar os outros. Os alunos devem trabalhar em equipe para se proteger e escapar. Regras básicas devem ser explicadas e seguidas.
– Bambolê: Outro jogo que pode ser realizado em grupos, onde se deve passar o bambolê sem soltar as mãos. Isso desenvolve coordenação e estratégia em equipe.
3. Registro das Experiências (10 minutos): Após brincar, os alunos poderão criar um cartaz em uma cartolina documentando a brincadeira que mais gostaram, incluindo regras e experiências. Além disso, podem fazer um desenho da brincadeira em ação. O professor pode auxiliar na escrita e na organização das ideias, incentivando a colaboração entre os alunos.
Atividades sugeridas:
– Dia 1 – Introdução às brincadeiras populares: Apresentação das brincadeiras e discussões sobre suas origens. Pesquisar imagens e fazer um mural coletivo.
– Dia 2 – Recriação da primeira brincadeira: Escolher uma brincadeira popular e a praticar ao longo da aula. Criar um mini-regulamento em cartaz.
– Dia 3 – Compartilhe experiências: Os alunos compartilham suas vivências sobre a brincadeira do dia anterior, promovendo um diálogo.
– Dia 4 – Criar um jogo folclórico: Em grupos, os alunos inventam uma nova regra ou uma versão de uma brincadeira tradicional, valorizando suas individualidades.
– Dia 5 – Apresentação final: Cada grupo apresenta sua história ou recriação, juntamente com as regras criadas, e as demais turmas são convidadas a participar.
Discussão em Grupo:
Promover uma roda de conversa onde os alunos podem discutir o que aprenderam sobre as diferentes brincadeiras, como se sentiram ao praticá-las e qual a importância de respeitar as diferenças durante a execução das atividades. É um momento para reforçar o aprendizado coletivo e a valorização das culturas locais.
Perguntas:
1. O que você achou da brincadeira que fizemos?
2. Você conhece alguma outra brincadeira popular do Tocantins?
3. Como podemos adaptar brincadeiras para que todos se sintam incluídos?
Avaliação:
A avaliação será formativa e observará a participação dos alunos nas atividades, a colaboração com os colegas e a forma como respeitaram as diferenças individuais. Além disso, será considerado o envolvimento na criação dos cartazes e o diálogo mantido durante as discussões em grupo.
Encerramento:
Finalizar a aula agradecendo a participação e reforçando a importância de manter as tradições culturais vivas. O professor poderá sugerir que os alunos compartilhem as brincadeiras aprendidas em casa, incentivando um ciclo de aprendizado e valorização cultural fora da escola.
Dicas:
– Incentivar os alunos a trazerem suas experiências pessoais com brincadeiras folclóricas em casa e como isso pode ser um ponto de conexão cultural.
– Adaptar as brincadeiras levando em consideração as necessidades especiais dos alunos, garantindo que todos tenham chance de participar plenamente.
– Utilizar músicas e rimas populares para enriquecer as atividades, facilitando a aprendizagem e a internalização do conteúdo.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras e jogos populares são muito mais do que simples divertimentos; elas representam um legado cultural de grande importância para as comunidades e podem ser consideradas uma forma de expressão e identidade. No Brasil, e especificamente no Tocantins, estas práticas têm raízes profundas, alimentadas por influências indígenas, africanas e europeias, que ao longo dos anos foram integradas formando um rico panorama cultural. Ao compartilhar e recriar essas atividades, as crianças não apenas se divertem, mas também aprendem a valorizar suas próprias origens e a história de seu povo.
Brincar, ao mesmo tempo que é um ato espontâneo, é também uma maneira de potencializar o desenvolvimento social e emocional das crianças, permitindo que elas explorem suas habilidades motoras, desenvolvam um senso de cooperação e propaguem valores de respeito e inclusão. No entanto, é fundamental que cada brincadeira e jogo sejam realizados de forma que respeitem as diversidades individuais, garantindo que todos os alunos possam encontrar espaço para participar ativamente.
Por último, o ato de registrar as experiências vividas durante as brincadeiras, seja em forma de desenho, escrita ou relato, é um importante instrumento pedagógico que auxilia na internalização do aprendizado. Com isso, proporciona-se um aprendizado que vai além da sala de aula, fazendo com que as crianças se tornem protagonistas na valorização e manutenção das tradições culturais de sua região.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser expandido para atividades extracurriculares, como um festival de brincadeiras populares, onde as famílias são convidadas a participar e compartilhar suas próprias histórias e experiências. Além disso, pode-se organizar um dia temático onde o foco esteja em músicas e danças populares, celebrando ainda mais a diversidade cultural do Tocantins e do Brasil.
Outro desdobramento pode ser a criação de um clube da leitura onde as crianças possam explorar literatura que envolve histórias sobre as brincadeiras populares, contando com a colaboração dos pais e da comunidade para trazer livros e histórias orais que possam enriquecer essa troca cultural.
Por fim, promover oficinas de artesanato onde as crianças possam criar jogos e brinquedos a partir de materiais recicláveis, ajudará a reforçar a consciência ambiental ao mesmo tempo em que possibilitará que eles experienciem o valor de criar e reproduzir suas próprias ferramentas lúdicas, incentivando a criatividade e a colaboração entre todos.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações a serem seguidas para que o plano de aula seja bem-sucedido envolvem uma preparação prévia cuidadosa, onde o professor deve se inteirar das brincadeiras que serão apresentadas, bem como de suas histórias e relevâncias culturais. Isso garantirá que ele esteja apto a abordar o tema de forma rica e envolvente. A interação entre as crianças deve ser incentivada e mediada pelo professor, que deve assegurar que todos tenham oportunidades iguais de participação, promovendo um ambiente inclusivo e respeitoso.
Ademais, o uso de recursos audiovisuais e visuais são de extrema importância, pois eles podem ajudar a prender a atenção dos alunos e oferecer uma perspectiva mais clara e concreta das brincadeiras que estão sendo discutidas. Facilitar discussões em grupo após as atividades práticas também é fundamental, pois permite que as crianças reflitam sobre o que aprenderam e como se sentiram.
Por fim, é crucial que os registros das brincadeiras sejam guardados e apresentado à comunidade escolar em um formato acessível, como através de exposições ou murais, assegurando que a experiência ultrapasse os limites da sala de aula e possa inspirar outros alunos e a comunidade em geral a valorizar e praticar suas cultura por meio de brincadeiras insurgentes.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Contação de Histórias: As crianças são convidadas a escutar e, em seguida, recontar uma história popular do Tocantins, criando desenhos que ilustrem sua interpretação.
– Objetivo: Desenvolver a oralidade e a habilidade de ouvir.
– Materiais: Livros, canetinhas, folhas de papel para desenho.
2. Dança das Cadeiras Regional: Jogo em que as crianças dançam ao som de músicas regionais e tentam pegar uma cadeira quando a música para.
– Objetivo: Trabalhar a coordenação e socialização.
– Materiais: Cadeiras, uma fonte de música.
3. Caça ao Tesouro Folclórico: Criar pistas sobre folclore e cultura regional que levarão as crianças a uma caça ao tesouro com itens simbólicos.
– Objetivo: Estimular o trabalho em equipe e o raciocínio lógico.
– Materiais: Elementos simbólicos representativos (ex: miniaturas de figuras folclóricas, cartazes).
4. Teatro de Sombras: As crianças podem criar pequenas peças ou histórias usando sombras em uma tela improvisada, incorporando elementos da cultura popular.
– Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão artística.
– Materiais: Lanternas, lençol branco, figuras recortadas.
5. Construindo Brinquedos: Usar materiais recicláveis para que as crianças construam seus próprios brinquedos, como piões ou bonecas.
– Objetivo: Desenvolver habilidades manuais e a consciência ambiental.
– Materiais: Papelão, garrafas PET, fitas adesivas, pinturas.
Essas atividades proporcionam um aprendizado significativo e divertido, ligando a teoria à prática e permitindo que as crianças vivenciem a riqueza da cultura popular de forma criativa e interativa.