“Atividades de Folclore Sulista para Bebês: Artes e Descobertas”

O plano de aula a seguir foi elaborado com o foco em proporcionar uma experiência rica e envolvente, utilizando o folclore da região Sul do Brasil como ponto de partida. O objetivo é explorar de forma lúdica e criativa as tradições culturais dessa região, engajando os bebês em atividades que incentivem a articulação social, a expressão artística e as descobertas sensoriais. Levando em conta a faixa etária dos alunos, as atividades foram cuidadosamente planejadas para promover o desenvolvimento integral das crianças, respeitando suas particularidades e a natureza exploratória dessa etapa da vida.

Este projeto de artes, ao longo de um mês, contemplará o uso de música, danças, encenações e produções artísticas variadas, como desenhos, pinturas e atividades de artesanato, sempre com a intenção de estimular a interação e a exploração sensorial. Sendo assim, este plano visa não apenas apresentar as tradições do folclore sulista, mas também proporcionar um espaço seguro e acolhedor para que os pequenos aprendam e se expressem.

Tema: Projeto de Artes (Folclore – Região Sul)
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular a exploração das tradições do folclore da região Sul do Brasil através de atividades artísticas que promovam a interação social, a expressão cultural e o desenvolvimento sensorial nos bebês.

Objetivos Específicos:

– Promover a interação entre os bebês e os educadores, assim como entre as crianças;
– Estimular a expressão corporal e emocional por meio da dança e movimentos inspirados em danças folclóricas;
– Fomentar o reconhecimento de sons e ritmos característicos do folclore sulista;

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O Eu, O Outro e o Nós”
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.

Campo de Experiências “Corpo, Gestos e Movimentos”
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

Campo de Experiências “Traços, Sons, Cores e Formas”
– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Materiais Necessários:

– Instrumentos musicais simples (como pandeiros, tamborins, maracas);
– Papel, tintas e pincéis para atividades de arte;
– Espaço para dançar e realizar atividades de movimento;
– Bonecos e fantoches representando personagens do folclore;
– Almofadas e mantas para conforto durante as atividades.

Situações Problema:

– Como se sentem ao ouvir músicas folclóricas da região Sul?
– Quais sons conseguem produzir com os próprios corpos e objetos?
– Como podem representar um personagem folclórico através da dança?

Contextualização:

Explorar o folclore da região Sul do Brasil traz à tona lendas, danças tradicionais como o dengoso, a chula, e as ricas composições musicais que fazem parte do cotidiano dos povos dessa região. É fundamental que desde cedo as crianças tenham contato com sua cultura local e com as diferentes formas de expressão que a arte oferece, criando uma base sólida para o respeito e a valorização da diversidade cultural.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em quatro partes principais: acolhimento, exploração musical, atividade artística e rodas de conversa. No acolhimento, os educadores irão receber os bebês com músicas folclóricas que remetam à cultura da região Sul, criando um ambiente sonoro acolhedor e estimulante. Na sequência, os bebês serão convidados a explorar instrumentos musicais simples, promovendo a produção de sons e movimentos. Após essa interação musical, será introduzida uma atividade de arte onde os bebês poderão, com ajuda dos educadores, criar suas próprias obras utilizando tintas e papéis. Por fim, uma roda de conversa será realizada, onde os educadores poderão conversar sobre as experiências da aula e encenar de forma simples algumas danças.

Atividades sugeridas:

1. Explorando os Sons:
Objetivo: Incentivar a percepção auditiva e a experimentação com sons.
Descrição: Os educadores tocarão diferentes músicas folclóricas e os bebês poderão tocar instrumentos musicais.
Instruções Práticas: Forneça os instrumentos aos bebês e incentive-os a imitar os sons que ouvem.
Materiais: Instrumentos musicais.
Adaptação: Para crianças que não movimentam os braços, incentive a percussão com os pés.

2. Dança Folclórica:
Objetivo: Estimular a movimentação do corpo e a expressão corporal.
Descrição: Os educadores ensinarão passos simples de danças folclóricas e os bebês poderão participar.
Instruções Práticas: Realize os movimentos devagar e permita que os bebês imitem.
Materiais: Música folclórica.
Adaptação: Para crianças que não conseguem ficar em pé, estimule a dançar com as mãos ou sentados.

3. Atividade de Pintura:
Objetivo: Introduzir o uso de cores e texturas.
Descrição: Os bebês serão incentivados a usar tintas para criar traços no papel.
Instruções Práticas: Fornecer diferentes suportes e tintas e permitir que explorem livremente.
Materiais: Tintas, papéis e pincéis.
Adaptação: Coloque os bebês em alta cadeira e ofereça a pintura no papel aderido à mesa.

4. Encenação de Histórias Folclóricas:
Objetivo: Trabalhar a linguagem verbal e a comunicação.
Descrição: Utilizando fantoches e bonecos, encenar pequenas histórias com a participação dos bebês.
Instruções Práticas: Incentivar os bebês a interagirem com os fantoches, fazendo sons e movimentos.
Materiais: Fantoches e bonecos.
Adaptação: Para crianças que não conseguem verbalizar, incentive sinais e gestos.

5. Cantos e Quadrinhas:
Objetivo: Desenvolver o senso rítmico e a entonação.
Descrição: Ensinar cantigas populares e quadrinhas típicas da região Sul.
Instruções Práticas: Cantar em grupo, acompanhando as canções com palmas e movimentos de mão.
Materiais: Letra das canções (se possível, com ilustrações).
Adaptação: Use acessórios como lenços ou fitas para estimular a participação.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, uma roda de conversa será realizada para que os bebês e educadores compartilhem suas impressões sobre as atividades. Perguntaremos sobre quais sons eles mais gostaram de fazer, se se divertiram dançando e o que mais chamaram a atenção nas histórias contadas.

Perguntas:

– Qual foi a sua parte favorita da dança?
– Você gostou de produzir sons com os instrumentos?
– Como se sentiu quando pintou?
– Quem você mais gostou no conto?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua e observar o envolvimento da criança nas atividades. Identificar se elas se comunicam através de gestos ou balbucios, interagem com seus pares e as respostas emocionais que apresentam ao longo das atividades. O foco deve ser sempre a observação do progresso e da participação.

Encerramento:

Para fechar a aula, os educadores agradecerão a participação dos bebês, reforçando a importância da cultura e do folclore na formação de identidade. O uso de músicas para despedida que remetam ao folclore sulista proporciona um momento de continuidade no aprendizado e no respeito à diversidade cultural.

Dicas:

– Utilize tecidos coloridos nas atividades de dança para criar um ambiente visualmente estimulante.
– Faça uso de materiais recicláveis nas atividades de arte para desenvolver a consciência ambiental.
– Considere a individualidade de cada bebê, proporcionando adaptações quando necessário e respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um.

Texto sobre o tema:

O folclore brasileiro é uma rica tapeçaria de lendas, histórias e tradições que refletem a diversidade cultural do país. A região Sul, com sua mistura de influências indígenas, europeias e africanas, apresenta um repertório único que merece ser explorado, especialmente na educação infantil. As danças, contos e músicas folclóricas não apenas entretem, mas também são ferramentas valiosas para o desenvolvimento da identidade cultural e da valorização das raízes.

No ambiente escolar, introduzir as crianças a essas tradições folclóricas pode ser feito de maneira lúdica e acessível, aproveitando as características do desenvolvimento infantil, como a curiosidade e a necessidade de explorar o ambiente. Atividades que envolvem movimento, som e arte são essenciais para que os pequenos possam assimilar a cultura de sua região de maneira divertida e interativa.

Advogar pelo folclore sulista não é apenas preservar a história, mas sim garantir que novos círculos sociais se formem, permitindo que cada criança encontre eco em sua própria identidade, enquanto se conecta a um universo maior de histórias populares e tradições. A compreensão desses elementos também auxilia na construção do respeito às diferenças e no fortalecimento dos laços comunitários.

Desdobramentos do plano:

Ao longo do mês, o planejamento contempla diferentes aspectos do folclore da região Sul, permitindo que as crianças vivam uma experiência imersiva na cultura local. Apesar da idade, o que é primordial é que a abordagem seja lúdica e adaptável às capacidades de cada bebê. Pode-se começar uma série de interações sociais a partir das narrativas populares, fazendo com que cada criança se sinta parte de algo maior. Essas práticas promovem um ambiente saudável onde as crianças se sintam seguras e acolhidas para se expressar.

Além das danças e músicas, as atividades também irão focar em momentos de reflexão e escuta ativa, onde os educadores poderão conduzir os bebês a entenderem como cada ação sua tem um impacto nos outros. Isso reforça não apenas a individualidade, mas a conexão social e emocional com os colegas, criando uma rede de suporte e interação.

As atividades propostas podem gerar um rico feedback entre educadores e familiares, onde os resultados poderão ser analisados em reuniões, trazendo uma perspectiva ainda mais ampla sobre a importância do folclore e da cultura local na formação cultural e emocional das crianças. Essa troca contribui também para o fortalecimento de laços entre escola e comunidade, um aspecto fundamental para a educação infantil.

Orientações finais sobre o plano:

Reforçar a importância das expressões culturais no ambiente escolar é essencial para a formação de um cidadão consciente e crítico. Planejar aulas que contemplem o folclore não deve se limitar a uma única atividade, mas sim envolver diferentes abordagens e experiências que se complementem. O plano deve ser flexível, permitindo que os educadores ajustem as atividades às reações e interações das crianças, promovendo atendimentos individualizados.

A diversidade cultural representa um dos pilares da educação, então, apresente conteúdos que possibilitem experimentos e explorações. Isso não só facilita a aprendizagem, como promove uma ampla variedade de experiências sensoriais capazes de instigar a curiosidade e a vontade de descobrir. As atividades devem ser continuamente observadas e adaptadas, sempre que necessário, para acompanhar o desenvolvimento natural das crianças, garantindo que cada uma encontre a sua voz.

Por fim, a aula deve sempre envolver os familiares no processo educativo, encorajando que levem as experiências para casa. É essencial que se firmem laços entre tradição e moderno, e que o folclore permaneça como um tesouro a ser compartilhado e valorizado entre as gerações futuras. Assim, construímos um espaço de aprendizado respeitoso, interativo e culturalmente rico.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Explorando Cores e Texturas (0 a 6 meses): Utilizar almofadas coloridas e brinquedos sensoriais que remetam às matizes da bandeira do Sul do Brasil para estimular o tato e a visão. Brincar sobre essas cores enquanto os bebês arrastam ou tentam alcançar os objetos.

2. Contos com Som (6 meses a 1 ano): Ler histórias folclóricas utilizando sons de animais ou instrumentos para representar personagens. Usar fantoches simples para facilitar a compreensão da narrativa, estimulando a reação e a interatividade das crianças.

3. Música e Movimento (0 a 1 ano e meio): Criar um momento de dança em círculo com músicas folclóricas, encorajando os bebês a se moverem livremente ao som da música e a expressarem seus sentimentos, acompanhando a letra em gestos ou posições.

4. Arte com os Pezinhos (0 a 1 ano e meio): Fazer uma “pintura dos pés” onde as crianças, com supervisionamento cuidadoso, usam as plantas dos pés para carimbar papel. Isso promove a criatividade e interação com a arte de maneira tátil.

5. Caça ao Tesouro Folclórico (1 ano e meio): Em um espaço seguro, esconder objetos que representem elementos folclóricos e criar sons de referência. As crianças poderão explorar o ambiente com os educadores, procurando e descobrindo novos sons e significados.

Com essa proposta, é esperado que a interação, a exploração e a expressão criativa ocupem um lugar de destaque na formação dos bebês, construindo assim um alicerce que trará muitos frutos no futuro educacional e cultural de cada um deles.


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