“Plano de Aula: Celebrando o Dia da Mulher Negra na Infância”

A celebração do Dia da Mulher Negra, Latino-Americanas e Caribenhas é uma oportunidade valiosa para promover a diversidade e a inclusão desde os primeiros anos de vida. Este plano de aula é cuidadosamente elaborado para crianças bem pequenas, com o objetivo de introduzir conceitos de respeito, solidariedade e valorização das diferenças. Ao explorar a identidade e a cultura, as crianças perceberão a importância do lugar que cada um ocupa na sociedade, além de desenvolverem a empatia e a valorização do próximo.

Neste plano, as atividades são pensadas para que, por meio de brincadeiras e interações, as crianças conheçam um pouco mais sobre as figuras femininas que são parte fundamental de suas comunidades. Por meio da arte, música e brincadeiras, as crianças não só aprenderão sobre a história e cultura afro-latino-americana, mas também desenvolverão habilidades sociais e emocionais importantes para a sua convivência em grupo.

Tema: Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha
Duração: 2 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a consciência sobre a importância da mulher negra na sociedade, promovendo a empatia, o respeito às diferenças e o cuidado no convívio social, através de atividades lúdicas e artísticas.

Objetivos Específicos:

– Fomentar atitudes de cuidado e solidariedade nas interações.
– Valorizar as características físicas e culturais de cada um, respeitando as diferenças.
– Incentivar a comunicação entre crianças e adultos, promovendo a compreensão mútua.
– Estimular habilidades motoras e criativas através de atividades artísticas e jogos.
– Promover o reconhecimento sonoro e visual da cultura afro-latino-americana.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos.

Materiais Necessários:

– Papel sulfite
– Tintas de diversas cores
– Pincéis e esponjas
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos)
– Histórias ilustradas sobre mulheres afro-latino-americanas
– Bonecas, figuras ou imagens representativas
– Materiais recicláveis (caixas, garrafas)

Situações Problema:

– Como podemos mostrar amor e respeito pelas mulheres negras em nossa comunidade?
– Por que as diferenças são importantes e devem ser celebradas?

Contextualização:

O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha é uma data importante, não apenas para refletir sobre as conquistas, mas também para reconhecer as lutas enfrentadas por estas mulheres. Essa celebração traz à tona a necessidade de valorizar as culturas afro-latino-americanas, proporcionando um espaço para que as crianças conheçam e respeitem a diversidade desde cedo. Além disso, ressalta a importância de construir relações afetivas e solidárias entre os membros da sociedade.

Desenvolvimento:

O plano de aula se desenvolverá ao longo de dois dias, sendo que cada dia terá um enfoque diferente, dentro do mesmo tema.

Dia 1: Histórias e Música
Abertura: Realizar um círculo com as crianças e apresentar as histórias sobre mulheres afro-latino-americanas. Contar uma história simples, com imagens ilustrativas, destacando personagens fortes e inspiradoras.
Atividade musical: Após a leitura, envolver as crianças na criação de sons com instrumentos musicais simples que elas podem tocar, acompanhando canções populares relacionadas à cultura afro.
Pintura livre: Em seguida, oferecer papel e tintas. As crianças poderão expressar o que aprenderam através da arte. Elas podem pintar imagens de figuras femininas que representam suas culturas ou desenhar suas interpretações desses personagens.

Dia 2: Arte e Movimento
Atividade de dança: Iniciar o dia pedindo às crianças que dancem juntos ao som de músicas africanas ou latino-americanas, incentivando a exploração de movimentos e gestos expressivos.
Construção de bonecas: Utilizar materiais recicláveis para que as crianças possam criar suas bonecas, representando mulheres inspiradoras. Essa atividade trabalhará a coordenação motora fina e a criatividade.
Círculo final: Finalizar o dia em círculo, fazendo uma roda de conversa onde as crianças podem compartilhar o que aprenderam sobre as mulheres negras e sua importância, fomentando o diálogo e a expressão de sentimentos.

Atividades sugeridas:

1. Contação de Histórias:
Objetivo: Desenvolver a escuta e a compreensão verbal.
Descrição: Utilize um livro com ilustrações sobre mulheres negras.
Prática: O professor deve ler em voz alta, fazendo gestos e entonações que chamem a atenção das crianças. Elas serão incentivadas a participar do relato, repetindo algumas frases ou expressões.
Materiais: Livro ilustrado, almofadas para as crianças se sentarem.

2. Pintura e Criação de Imagens:
Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão artística.
Descrição: As crianças irão pintar com as cores que representam a diversidade.
Prática: Após ler a história, incentive-as a pintar um personagem que lhes chamou atenção.
Materiais: Tintas, pincéis, papel sulfite.

3. Música e Som:
Objetivo: Explorar diferentes sons e ritmos musicais.
Descrição: As crianças experimentarão o uso de instrumentos durante as canções.
Prática: Organize um momento onde cada criança possa tocar um instrumento ao ritmo da música, promovendo a interação e o som coletivo.
Materiais: Instrumentos (pandeiros, chocalhos).

4. Dança e Movimentação:
Objetivo: Estimular o movimento e a coordenação motora grossa.
Descrição: Dançar ao som de músicas tradicionais, incentivando a liberdade de se mover.
Prática: Proponha que as crianças imitem passos simples e, em seguida, elas podem inventar seus movimentos.
Materiais: Música com ritmos afro-latino-americanos.

5. Criação de Bonecas:
Objetivo: Desenvolver habilidades manuais e promover a criatividade.
Descrição: Usar materiais recicláveis para construir bonecas.
Prática: As crianças devem criar bonecas que representem figuras femininas admiradas.
Materiais: Garrafas, tecidos, cola, tesoura.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover uma discussão em que as crianças possam expressar o que aprenderam. Questões a serem abordadas incluem:
– Quais mulheres vocês lembram?
– Por que elas são importantes?
– Como podemos cuidar e respeitar as diferenças?

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre as mulheres afro-latino-americanas?
– Você conhece alguém na sua vida que é uma mulher forte?
– Por que é importante respeitar as diferenças dos outros?

Avaliação:

A avaliação será contínua e se dará por meio da observação do envolvimento das crianças nas atividades propostas, sua capacidade de se comunicar com os colegas e a forma como demonstram respeito pelas diferenças. O feedback será dado em momentos informais, reforçando comportamentos de cuidado e empatia.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma roda de conversa onde as crianças podem compartilhar suas experiências, sentimentos e o que mais gostaram nas atividades realizadas. Estabelecer um ambiente acolhedor é fundamental para fortalecer as relações e garantir que as crianças se sintam valorizadas e ouvidas.

Dicas:

– Utilize sempre imagens e materiais visuais que representem a diversidade das mulheres afro-latino-americanas para cativar a atenção das crianças.
– Encoraje as crianças a expressarem seus sentimentos através da arte e da música, criando um ambiente seguro para a autoexpressão.
– Ao lidar com discussões sobre diferenças, use uma linguagem simples e adequada à faixa etária, assegurando que todos possam compreender e participar.

Texto sobre o tema:

O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha é uma data significativa que celebra e reconhece as contribuições dessas mulheres históricas e contemporâneas nas esferas social, cultural e econômica. Este dia serve para lembrarmos as lutas que elas enfrentam e para refletirmos sobre a importância da representatividade. Através de suas histórias e experiências, as mulheres negras inspiram uma nova geração a abraçar suas identidades, a se posicionar contra discriminações e a valorizar a diversidade que habita em suas comunidades.

Cultivar o respeito pela diversidade desde cedo é vital para que as crianças desenvolvam uma visão crítica do mundo ao seu redor. Ao falarmos sobre a mulher negra latina e caribenha, proporcionamos às crianças exemplos de resiliência, força e comprometimento com sua cultura. Além disso, apresetamos um modelo de solidariedade e empatia, características que devem ser lapidadas desde os primeiros anos de vida, criando cidadãos mais conscientes e respeitosos no futuro.

A educação infantil é uma fase primordial para a construção da identidade e valores sociais das crianças. Neste contexto, é necessário abordar as diversas culturas, promovendo o respeito e a valorização de cada uma delas. Através de práticas educativas que incluam a arte, a música e a literatura, as crianças podem não apenas aprender sobre o passado, mas também desenvolver um senso de pertencimento e orgulho de suas próprias raízes, além de um respeito absoluto por todas as outras.

Desdobramentos do plano:

Além das atividades planejadas para o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, é possível ampliar este contexto através de outras ações e projetos que promovam o respeito à diversidade cultural. Uma boa ideia seria dedicar uma semana onde cada dia represente uma cultura diferente, trazendo artistas, histórias e músicas que representem diferentes etnias e tradições. Isso ajudaria a diversificar a aprendizagem, permitindo que as crianças explorem diferentes cenários e vivências.

A roda de conversa pode ser um ótimo espaço para que as crianças compartilhem suas vivências e familiares, trazendo histórias de pessoas que marcaram suas vidas. Esta atividade pode ser adaptada para incluir apresentações, onde as crianças podem falar sobre figuras relevantes em suas próprias culturas ou mesmo em suas famílias. Estimular essas narrativas fortalece o sentimento de identidade, além de promover um ambiente rico em trocas e aprendizagens.

Além disso, pode ser interessante criar um mural coletivo, onde as crianças desenham ou colam imagens que representem a diversidade cultural, podendo ser um espaço de reflexão e aprendizado contínuo. Com isso, as crianças têm a oportunidade de revisitar esses conceitos ao longo do ano, reforçando a ideia de que a diversidade é uma riqueza e que todas as vozes e histórias são importantes.

Orientações finais sobre o plano:

Ao desenvolver este plano, é essencial manter uma mentalidade aberta e inclusiva, pois cada criança traz experiências únicas que podem enriquecer as atividades. É importante estar atento às necessidades de cada criança, oferecendo suporte e adaptações conforme necessário para que todos possam participar ativamente das atividades.

A participação da família é outro ponto a ser incentivado; por isso, é válido enviar convites ou feedback sobre as atividades, envolvendo os pais e responsáveis no processo de aprendizado. Propor uma atividade em casa onde as crianças possam pesquisar sobre mulheres importantes em suas famílias ou comunidades pode ser uma forma de ampliar o aprendizado de forma lúdica e interativa.

Por fim, a formação contínua dos educadores também é fundamental no trato com temas que envolvem diversidade e igualdade. Participar de oficinas, palestras e grupos de discussão que abordem as questões dos direitos humanos e da equidade pode proporcionar novas perspectivas, ferramentas e metodologias que podem ser aplicadas no cotidiano escolar.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Sombras:
Objetivo: Trabalhar a expressão corporal e a narração de histórias de forma lúdica.
Descrição: As crianças criam figuras em cartolina para serem usadas como sombras.
Passo a Passo: O grupo se reuniu para criar as silhuetas de mulheres negras que fizeram história. Com a ajuda de uma lanterna, as figuras são projetadas na parede, e o professor conta a história dessas figuras.
Materiais: Cartolina, tesoura, lanterna.

2. Jardim da Diversidade:
Objetivo: Desenvolver a conscientização sobre a diversidade.
Descrição: Criar um mini jardim onde cada flor representa uma cultura, incluindo africanas, latinas e caribenhas.
Passo a Passo: As crianças poderão colorir as flores e desenhar em papéis, representando as culturas.
Materiais: Papel colorido, tesoura, canetinhas.

3. Banco de Memórias:
Objetivo: Inserir a cultura da oralidade na educação.
Descrição: Criar um “banco de memórias” onde as crianças e os responsáveis podem contar e registrar histórias de suas famílias.
Passo a Passo: As crianças devem trazer histórias ou relatos de mulheres inspiradoras de suas famílias, e fazer um mural com registros.
Materiais: Papel, canetas.

4. Roda da Diversidade:
Objetivo: Celebrar as diferentes culturas presentes na turma.
Descrição: Em um formato de círculo, as crianças devem cantar e dançar juntas, promovendo a troca cultural.
Passo a Passo: O professor pode introduzir a música e os passos, enquanto as crianças são incentivadas a criar suas próprias danças.
Materiais: Música tradicional e instrumentos.

5. Minhas Raízes:
Objetivo: Promover a identidade cultural.
Descrição: Cada criança desenha a própria família, representando suas origens.
Passo a Passo: Ao final, promover uma conversa onde cada criança compartilha suas origens.
Materiais: Papel, lápis ou giz de cera.

Este plano de aula não só propõe uma abordagem inclusiva e acessível, mas também leva em consideração a importância da expressão cultural e a necessidade de respeito à diversidade desde a mais tenra idade.


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