Aula Lúdica: Explorando o Tema “Morto Vivo” no 2º Ano

O plano de aula a seguir foi elaborado para abordar o tema “morto vivo” de forma lúdica e educativa, adequado às necessidades do 2º ano do Ensino Fundamental. O objetivo é proporcionar aos alunos uma imersão nos elementos de ficção, terror e mistério, utilizando uma abordagem criativa e interdisciplinar. Este plano visa estimular a imaginação, a produção verbal e a criatividade dos estudantes, ao mesmo tempo em que fortalece suas habilidades de leitura e escrita.

Tema: Morto Vivo
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7-8 anos

Objetivo Geral:

Fomentar a criatividade e a imaginação dos alunos por meio da temática de “morto vivo”, usando contos e atividades que incentivem a produção de textos e o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e oralidade.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Desenvolver a capacidade de criação de narrativas e textos curtos inspirados no tema.
– Estimular a leitura e compreensão de histórias ligadas ao universo do terror e da ficção.
– Promover o uso da grafia correta, pontuação e estrutura de textos.
– Incentivar a expressão oral e a participação em discussões em grupo sobre o tema.

Habilidades BNCC:

– (EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação.
– (EF02LP12) Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
– (EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
– (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Materiais Necessários:

– Cadernos e canetas ou lápis
– Imagens de filmes ou histórias famosas com a temática de “morto-vivo” (por exemplo, “A Noiva Cadáver”, “Os Mortos-Vivos” em animações)
– Projetor ou TV para exibição de imagens
– Folhas em branco para as atividades de produção de texto
– Materiais artísticos (tinta, giz de cera, papel colorido)

Situações Problema:

– O que faz um “morto vivo”? Como seria contar uma história a partir da perspectiva desse personagem?
– Como criar uma narrativa que envolva suspense e imaginação sobre um “morto vivo”?

Contextualização:

Iniciar a aula discutindo com os alunos o que eles conhecem sobre histórias de “mortos vivos”. Perguntar se eles já viram filmes ou leram histórias sobre o tema e quais sentimentos essas histórias evocam. Utilizar imagens e vídeos que ilustram a temática para criar um clima de curiosidade e engajamento.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos):
– Conversa inicial sobre a imagem que os alunos têm de mortos-vivos.
– Mostrar imagens e discutir como é o visual de um morto vivo em desenhos animados ou filmes.
– Perguntar aos alunos o que acham que esses personagens sentem.

2. Leitura e Análise (15 minutos):
– Ler uma história curta sobre um morto-vivo, destacando elementos como suspense e humor (por exemplo, uma versão leve de um conto).
– Discutir em grupo qual é a “moral” ou lição da história.

3. Produção de Texto (20 minutos):
– Pedir para os alunos escreverem a própria história de um morto-vivo. Dirigir os alunos a pensarem em como o personagem se sente, o que ele faz e como ele interage com os vivos.
– A atividade deve ser acompanhada pela ajuda do professor, que pode circular entre os alunos para oferecer ideias e corrigir grafias. Incentivar o uso de pontuação e de frases completas.

4. Apresentação (5 minutos):
– Alguns alunos poderão ler suas histórias em voz alta para a turma, promovendo a expressão oral e a autoestima.

Atividades sugeridas:

1. Atividade 1: Criação do Cartaz do Morto Vivo
Objetivo: Estimular a criatividade e expressão artística.
– Os alunos devem desenhar e criar um cartaz ilustrando como imaginam um morto-vivo. Podem incorporar elementos de texto como uma “biografia” fictícia do personagem.
Materiais: Papel, lápis de cor, canetinhas.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldade com o desenho, sugerir que façam um esboço simples ou usem figuras recortadas de revistas.

2. Atividade 2: Poema de Halloween
Objetivo: Produzir um texto poético sobre a temática.
– Cada aluno deve escrever um poema curto sobre um mortovivo, utilizando rimas e descrições expressivas.
Materiais: Caderno e caneta.
Adaptação: Fornecer um modelo de poema com rimas para os alunos que precisarem de mais suporte.

3. Atividade 3: Teatro de Sombras de Histórias
Objetivo: Incentivar a imaginação e o trabalho em grupo.
– As turmas podem se dividir em grupos para criar pequenas cenas de histórias que envolvem seres mortos-vivos, usando sombras para apresentar ao restante da turma.
Materiais: Cartolina, lanternas, tesoura para recortar as silhuetas.
Adaptação: Estudantes mais tímidos podem atuar atrás do palco (usando apenas as sombras).

4. Atividade 4: Jogo de Perguntas e Respostas
Objetivo: Reforçar a aprendizagem do tema de forma interativa.
– Criar um jogo simples de perguntas sobre histórias de mortos-vivos, onde alunos competem em duplas.
Materiais: Cartões com perguntas e respostas.
Adaptação: Permitir que os alunos façam perguntas uns aos outros em grupos menores.

5. Atividade 5: Leitura de Contos de Terror
Objetivo: Ampliar o gosto pela leitura e explorar diferentes narrativas.
– Selecionar contos leves de terror para serem lidos em casa e discutidos na próxima aula.
Materiais: Contos impressos ou links para leitura.
Adaptação: Oferecer a versão simplificada do texto para alunos que precisam de suporte maior na leitura.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover um debate sobre as emoções que as histórias de mortos-vivos despertam nos alunos. Perguntar como a criatividade foi utilizada nas produções e o que aprenderam sobre a escrita e a narrativa.

Perguntas:

– O que diferencia um morto-vivo de um personagem tradicional de terror?
– Como vocês descreveriam a sensação de encontrar um morto-vivo?
– Quais sentimentos podem ser explorados em histórias sobre mortos-vivos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e feita através da observação direta do professor durante atividades de escrita, expressão oral e participação nas discussões. Será avaliado o uso correto da grafia e da gramática, bem como a capacidade de criar narrativas coesas.

Encerramento:

Finalizar a aula revisitando as ideias principais discutidas e as histórias criadas. Incentivar os alunos a compartilhar suas preferências sobre o que mais gostaram na aula de hoje e deixar uma sugestão de leitura para casa.

Dicas:

– Estimular os alunos a trazerem histórias ou imagens de mortos-vivos de outros meios, como livros e filmes.
– Usar o clima do Halloween (se próximo) para ampliar o tema e contextualizar mais atividades.
– Oferecer um ambiente seguro e divertido para a discussão de temas que possam ser considerados polêmicos ou assustadores.

Texto sobre o tema:

O tema “morto vivo” é fascinante e instigante, não apenas pela sua ligação com o sobrenatural, mas também pelas emoções que ele pode evocar. Historicamente, a figura do morto-vivo tem raízes em diversas culturas, associada à crença em seres que retornariam do mundo dos mortos. Essa temática é amplamente explorada em filmes, livros e contos, atraindo tanto o medo quanto a curiosidade das pessoas. Para a criança, essas histórias podem representar um meio de explorar sentimentos de medo e superação em um ambiente seguro.

Além disso, a narrativa em torno de mortos-vivos frequentemente apresenta um espaço para reflexões profundas sobre a vida, a morte e o que significa ser humano. Ao abordar um tema como este na sala de aula, não apenas proporcionamos entretenimento, mas também oportunidades para o desenvolvimento crítico e criativo dos alunos. Eles são convidados a explorar não só o diversión, mas a entender as emoções e as narrativas que são tão intrínsecas à condição humana.

A educação artística também pode ser uma ferramenta poderosa na interpretação deste tema. Através da pintura, do desenho e do teatro, os alunos podem levar suas interpretações pessoais e expressivas de um tema que, à primeira vista, parece ser exclusivo de histórias de terror. Superar o medo por meio da expressão artística não só ajuda a entender as narrativas, mas também promove um ambiente de diálogo e respeito às diversas formas de interpretação.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula, centrado no tema “morto vivo”, pode se desdobrar em diversas direções enriquecedoras. Primeiramente, é possível desenvolver um projeto musical onde os alunos compõem pequenas canções ou poemas que dialoguem com a temática, explorando a rima e o ritmo. Esse salto para a música auxiliará no desenvolvimento das habilidades linguísticas de uma maneira divertida e acessível. A música é uma linguagem universal, e através dela, os alunos podem externalizar seus sentimentos em relação ao tema, experimentando a sonoridade e o conto.

Outro desdobramento interessante é a elaboração de um livro coletivo da turma que compile as histórias e ilustrações feitas pelos alunos. Essa atividade não só promove a autoria compartilhada, mas também aumenta o senso de comunidade na sala de aula. Ao criar o livro, os alunos também poderão praticar a edição de textos, revisando uns os outros e discutindo as escolhas linguísticas que fazem.

Finalmente, pode-se integrar o tema a aspectos de Educação Física e Artes, organizando uma apresentação teatral que dramatize algumas das histórias que foram contadas. Os alunos podem desenvolver não somente as histórias, mas também a cenografia e a trilha sonora, proporcionando uma experiência imersiva que integra diversos campos do conhecimento.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final do plano, é essencial que o professor reflita sobre as aprendizagens dos alunos. O feedback é uma parte importante do processo, e deve-se discutir o que funcionou bem e quais aspectos podem ser ajustados em futuras experiências. Criar um ambiente de aprendizagem colaborativa é vital, e isso pode ser feito a partir de conversas com os alunos sobre suas preferências e dificuldades encontradas durante as atividades.

Além disso, os educadores são encorajados a buscar novas maneiras de integrar temas desafiadores no cotidiano da sala de aula, permitindo que os alunos se sintam à vontade para explorar seus medos e inseguranças através da arte e da expressão literária. Essa abordagem não apenas aumenta o interesse dos alunos pelo tema, mas também os ajuda a desenvolver um olhar crítico mais saudável em relação ao desconhecido.

Por último, é sempre válido considerar o que cada aluno traz para a aula, suas experiências e suas opiniões, enriquecendo a discussão em torno do tema. Ao envolver os alunos no planejamento e na execução de futuras atividades, o professor promove uma maior autonomia e engajamento deles, características essenciais para um aprendizado significativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeira do “Morto Vivo”:
Objetivo: Explorar o condicionamento físico e as expressões faciais.
– Os alunos representam “mortos-vivos” e devem se mover em movimento lento e exagerado pela sala. Os colegas podem tentar tocá-los sem deixá-los “congelar” em suas poses. Isso ajuda a trabalhar a agilidade e a coordenação motora.
Adaptação: Para alunos com dificuldades de movimento, propôr adaptações onde eles se expressem por gestos e sons, criando uma parte do grupo que apenas se comunica verbalmente.

2. Caça ao Tesouro Temática:
Objetivo: Estimular o trabalho em equipe e a busca por pistas.
– Organizar uma caça ao tesouro em que as pistas estejam relacionadas a temas de histórias ou mitos sobre mortos-vivos, levando os alunos a aprender mais enquanto se divertem.
Adaptação: Para alunos que necessitam de suporte maior, ajustes nas pistas podem ser feitos utilizando imagens ao invés de texto.

3. Contação de histórias em grupo:
Objetivo: Desenvolver habilidades de escuta e narrativa.
– Os alunos devem se sentar em círculo e, em sequência, contar partes de uma história sobre mortos-vivos. Cada aluno adiciona uma nova parte à narrativa.
Adaptação: Permitir que alunos mais tímidos contribuam em duplas antes da apresentação em grupo.

4. Expressão Corporal:
Objetivo: Trabalhar interpretação e movimento.
– Os alunos devem criar uma pequena coreografia que represente como eles imaginam um morto-vivo se movendo. Essa expressão corporal ajuda a traduzir o conceito em uma atividade prática.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldades de movimento, sugerir que usem objetos da sala para se apoiar e se movimentar e sugerir diferentes formas de expressão, como sons ou gestos.

5. Workshop de Máscaras:
Objetivo: Trabalhar com a criatividade e a arte.
– Os alunos confeccionam máscaras que representam os mortos-vivos de suas histórias. Isso envolve desenho, pintura e montagem.
Adaptação: Alunos com dificuldades motoras podem criar as máscaras com ajuda e supervisionamento, garantindo que todos tenham recursos para participar do processo criativo.

Com esse plano de aula, espera-se que os alunos não apenas compreendam um tema que provoca curiosidade, mas o explorem de forma criativa, desenvolvendo habilidades essenciais ao longo do processo.

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