“Resgatando Brincadeiras: Plano de Aula para o 1º Ano”

Este plano de aula foi elaborado com o intuito de resgatar a memória afetiva dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental através das brincadeiras da minha época. A proposta é trabalhar de forma lúdica, permitindo que as crianças conheçam e pratiquem brincadeiras que marcaram a infância de seus familiares, promovendo assim um diálogo entre passado e presente. A interação entre gerações será fundamental para fortalecer os laços familiares e a identidade cultural dos alunos.

Valorizando o aprendizado contextualizado e colaborativo, este plano abordará as brincadeiras como um elemento central, permitindo que os alunos explorem diferentes dimensões do conhecimento. As atividades planejadas incluem movimentos corporais, contação de histórias, produção textual e até a criação de regras para novas brincadeiras. Isso garantirá que as crianças desenvolvam não só habilidades motoras, mas também cognitivas e sociais importantes para seu crescimento.

Tema: Brincadeiras da minha época
Duração: 1 bimestre
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o reconhecimento, valorização e resgate de brincadeiras tradicionais, fomentando a interação e a construção da identidade cultural das crianças, através de atividades lúdicas e colaborativas.

Objetivos Específicos:

1. Ensinar aos alunos brincadeiras populares e suas histórias.
2. Estimular a curiosidade e a participação ativa nas atividades propostas.
3. Buscar a conexão entre as brincadeiras do passado e as do presente.
4. Desenvolver a comunicação oral e escrita ao criar novas regras e narrativas sobre as brincadeiras.
5. Promover o respeito e a valorização das tradições culturais.

Habilidades BNCC:

– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
– (EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional.
– (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, avisos, convites, entre outros gêneros do campo da vida cotidiana.
– (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, observando a forma de composição de textos narrativos.

Materiais Necessários:

– Materiais para atividades práticas como cordas, bolinhas, giz para demarcações, folhas de papel, canetas coloridas.
– Recursos audiovisuais para apresentação de brincadeiras, como vídeos curtos ou slides.
– Livros de histórias que abordem brincadeiras e cultura popular.

Situações Problema:

1. O que podemos aprender das brincadeiras que nossos pais e avós jogaram quando eram crianças?
2. Como a forma de brincar mudou ao longo do tempo?
3. Quais brincadeiras podemos recriar na escola e em casa?

Contextualização:

Iniciaremos a aula discutindo com os alunos o que significa brincar. Será promovido um espaço onde as crianças compartilharão lembranças de brincadeiras que aprenderam com suas famílias. Os alunos podem trazer objetos que os lembrem dessas brincadeiras, e os contarão em forma de história. Esta atividade engaja e traz à tona aspectos culturais, permitindo que as crianças se conheçam melhor. Ao longo do bimestre, várias brincadeiras populares serão apresentadas, e seus contextos sociais e culturais serão discutidos.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento será divido em duas partes: semanalmente. Ao longo do bimestre, cada semana terá um tema específico relacionado a uma brincadeira diferente.

Atividades sugeridas:

Semana 1: Apresentação das Brincadeiras
Objetivo: Compartilhar e aprender sobre brincadeiras de diferentes épocas.
Descrição: O professor deve iniciar a aula com uma conversa sobre brincadeiras; depois, cada aluno deverá trazer uma brincadeira que seus pais ou avós jogaram.
Instruções:
1. Cada aluno apresenta sua brincadeira.
2. O professor anota e faz perguntas sobre a origem da brincadeira e regras.
Materiais: Lousa, papel, canetas.
Adaptação: Para alunos com dificuldades de fala, permitir que tragam desenhos ou escrevam sobre a brincadeira.

Semana 2: Mímica de Brincadeiras
Objetivo: Experimentar o movimento e expressões faciais de brincadeiras tradicionais.
Descrição: As crianças participarão de um jogo de mímica, imitando diversas brincadeiras.
Instruções:
1. Formar equipes.
2. Cada equipe deve escolher e apresentar uma brincadeira sem usar palavras.
Materiais: Um espaço amplo para a apresentação.
Adaptação: Para alunos que se sintam inseguros, permitir que participem apenas como espectadores ou em grêmios menores.

Semana 3: Criação de uma Nova Brincadeira
Objetivo: Estimular a criatividade e a colaboração.
Descrição: Em grupos, os alunos criarão uma nova brincadeira, definindo regras e objetivos.
Instruções:
1. Os alunos sentarão em círculos.
2. Cada grupo deverá apresentar a nova brincadeira e suas regras.
Materiais: Papel e canetas para anotações.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, escolher regras que possam ser executadas de forma simples.

Semana 4: A Brinquedoteca da Vovó
Objetivo: Criar objetos para as atividades de jogo.
Descrição: Os alunos farão brinquedos de papel e materiais recicláveis que eram comuns no passado.
Instruções:
1. Coletar materiais recicláveis.
2. Orientar a construção de brinquedos simples como piões, barquinhos.
Materiais: Papelão, tesouras, cordas, tintas.
Adaptação: Alunos que precisarem, podem trabalhar em duplas para ajudar na execução.

Semana 5: Jogo de História
Objetivo: Unir as aprendizagens e reviver as brincadeiras.
Descrição: Organizar um dia de recreação onde as crianças jogarão as brincadeiras aprendidas.
Instruções:
1. Escolher os jogos mais falados.
2. Organizar esta recreação, com espaços definidos para cada jogo.
Materiais: Materiais de jogo de acordo com as brincadeiras escolhidas.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades, promover jogos colaborativos e de equipe.

Discussão em Grupo:

No final de cada semana, promover uma roda de conversa onde os alunos podem compartilhar o que mais gostaram das atividades e quais brincadeiras desejam trazer para casa.

Perguntas:

1. Qual brincadeira você mais gostou e por quê?
2. O que você aprendeu sobre as brincadeiras da sua família?
3. Como seria a sua vida sem as brincadeiras que você conhece?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua e individualizada, observando a participação e engajamento dos alunos nas atividades propostas, além de considerar a capacidade de expressar suas opiniões e aprender com os colegas.

Encerramento:

Ao final do bimestre, um dia de festa será realizado, onde as crianças terão a oportunidade de trazer suas famílias para conhecer as brincadeiras apresentadas e participar em conjunto. Isso permitirá o fortalecimento dos vínculos e a troca de conhecimento entre gerações.

Dicas:

1. Estimular o uso de trajes que remetem ao passado durante a festa.
2. Criar um mural de fotos de crianças brincando.
3. Realizar debates sobre a importância das brincadeiras e como elas ajudam no desenvolvimento.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras sempre fizeram parte da cultura humana, refletindo as tradições, costumes e o modo de viver de um povo. Na infância, brincar é um meio essencial para a aprendizagem e para o desenvolvimento social e emocional das crianças. Através das brincadeiras, os pequenos não apenas se divertem, mas também descobrem regras, aprendem a trabalhar em equipe e, muitas vezes, incorporam valores morais e culturais importantes.

No contexto de nosso plano de aula, o objetivo é proporcionar um espaço onde as crianças possam relembrar e até mesmo vivenciar brincadeiras que marcaram a infância de seus familiares. Isso não só contribui para a construção de uma identidade cultural sólida, como também permite que as crianças entendam a relação entre passado e presente.

A memória afetiva trazida pelas lembranças familiares enriquece o aprendizado e ensina às crianças a importância de suas raízes culturais. Promover debates sobre os jogos, observar as diferenças e semelhanças entre gerações, são maneiras eficazes de construir um ambiente educativo mais inclusivo e respeitoso.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser expandido para incluir temas relacionados a outros aspectos culturais, como a música e a dança de diferentes épocas, o que enriqueceria ainda mais a experiência dos alunos. Com isso, a escola pode também gerar um evento cultural onde todas as turmas podem participar apresentando suas atividades, permitindo um intercâmbio cultural entre os alunos.

Ademais, o plano pode ser desenvolvido para incluir a criação de um diário de brincadeiras, onde os alunos registrariam suas experiências e reflexões sobre as atividades realizadas. Esse diário ajudará a consolidar notavelmente o aprendizado e o desenvolverá as habilidades de escrita e leitura, além de fomentar o autoconhecimento.

Por fim, o contato com os familiares pode ser utilizado para um projeto intergeracional. O convite para que avós e pais venham compartilhar suas histórias e brincadeiras que desempenharam quando eram crianças pode contribuir excessivamente para a formação de vínculos afetivos e para a troca de saberes entre gerações.

Orientações finais sobre o plano:

É importantíssimo que o professor esteja preparado para lidar com todas as emoções que podem surgir durante o desenvolvimento dessas atividades, uma vez que muitos alunos vão trazer recordações boas e ruins sobre suas experiências. O apoio emocional e o ambiente seguro são essenciais durante esse processo. Os educadores devem estar prontos para mediar conflitos e criar uma atmosfera de respeito e acolhida mútua.

Uma reflexão consciente sobre o tema pode resultar em aprendizagens mais profundas. Assim, o professor pode sempre promover debates após cada atividade, permitindo que as crianças expressem suas opiniões, origens e valores, sempre com empatia e respeito. É fundamental integrar os alunos, considerando suas particularidades e experiências, para que todos atuem de mente aberta em relação às diferenças.

Por fim, não se deve esquecer que a educação vai além do conteúdo programático. Essa oportunidade de vivenciar e aprender através das brincadeiras e da história de cada aluno é um passo essencial para cultivar um ambiente escolar inclusivo e que valorize a diversidade. O objetivo final deve ser sempre a construção de um conhecimento significativo, pautado pelo respeito à cultura e às experiências de cada um.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeira do Pique: Ensinar a brincadeira do “Pique” onde um aluno é escolhido para ser o “pegador”, e os outros precisam correr e se esconder. Esta atividade desenvolve as habilidades motoras e também ensina a importância de seguir regras em grupo. Para crianças com dificuldades motoras, o professor pode adaptar a brincadeira, reduzindo o espaço.

2. Corrida de Saco: Uma tradicional corrida onde os participantes devem colocar-se dentro de sacos e saltar até a linha de chegada. Essa atividade incorpora o movimento e a diversão, estimulando ainda a coordenação motora. Para as crianças que possuem dificuldades de locomoção, o professor pode promover uma versão adaptada, como a corrida em duplas, onde um colega pode ajudar.

3. Jogo do “Pular Corda”: O famoso “pular corda” pode ser ensinado em duplas ou em grupos, promovendo momentos de cooperação e desenvolvimento, além da atividade física. Para alunos que têm dificuldade em saltar, sugerir atividades que envolvem apenas o movimento com a corda, como movimentos de balanço.

4. Bingo das Brincadeiras: Criar um bingo onde as diferentes brincadeiras são os espaços a serem preenchidos. Essa atividade lúdica será revitalizadora e ainda ensinará o reconhecimento dos jogos apresentados ao longo do bimestre. Para alunos que têm TDAH ou dificuldade em concentração, optar por um bingo em duplas para fomentar a interação e o suporte social.

5. Brincadeira de Roda: Um dos clássicos que envolve canções e movimentos em roda, estimulando o ritmo e a socialização. Para as crianças que são mais introvertidas, incluir uma opção de participar dando as ordens para a roda.

Com essas atividades, o plano se enriquece, proporcionando experiências completas e inclusivas que garantirão o aprendizado de todos os estudantes ao longo do bimestre.

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