“Resgatando Brincadeiras Antigas: Diversão e Aprendizado”
A proposta deste plano de aula é trazer às crianças a oportunidade de resgatar e vivenciar as brincadeiras antigas que fazem parte da cultura popular. Através de jogos tradicionais, os alunos poderão não apenas se divertir, mas também aprender sobre a história, as regras e os significados que essas brincadeiras possuem em nosso cotidiano. Ao estimular a prática dessas atividades, o professor contribuirá para a promoção de valores como a cooperação, a inclusão e o respeito às diferenças.
Neste plano de aula, o foco será em jogos simples que podem ser jogados em grupo. O resgate dessas brincadeiras visa criar um ambiente divertido e educativo que, além de promover a interação social entre os alunos, também possibilita a reflexão sobre a história e a importância da cultura popular. A aula será planejada de maneira a permitir que as crianças explorem e expressem suas percepções e conhecimentos de forma lúdica.
Tema: Jogos resgatados das brincadeiras antigas
Duração: 2 aulas
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 anos
Objetivo Geral:
Promover o conhecimento e a vivência de jogos e brincadeiras tradicionais, resgatando a cultura popular e estimulando a interação social e a cooperação entre os alunos.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar a vivência de jogos tradicionais do Brasil e suas regras.
– Estimular a reflexão sobre a importância das brincadeiras na formação da identidade cultural.
– Desenvolver habilidades motoras e sociais por meio da prática de jogos em grupo.
– Promover a escrita e a leitura a partir da elaboração de regras dos jogos.
Habilidades BNCC:
(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
(EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação.
(EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.
(EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Materiais Necessários:
– Cordas para brincadeiras como “pular corda” ou “amarelinha” (caso não sejam utilizados desenhos no chão).
– Bolas para jogar “queimada”.
– Giz para desenhar no chão, se necessário.
– Cartolina e canetinhas para a produção de regras e relatos dos jogos.
– Aparelhos de som e músicas para potencializar a interação durante as brincadeiras.
– Materiais de apoio como pranchetas e lápis.
Situações Problema:
O que podemos aprender com as brincadeiras do passado? Quais valores essas brincadeiras trazem para a nossa convivência atual? Como as regras dos jogos podem ser criadas ou adaptadas para tornar a prática mais divertida para todos?
Contextualização:
As brincadeiras e jogos tradicionais são parte importante da cultura popular brasileira e são transmitidos de geração para geração. O resgate dessas atividades proporciona não apenas momentos de diversão, mas também uma reflexão sobre identidade cultural, história e os valores sociais que essas brincadeiras promovem.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em duas partes, envolvendo dinâmica prática e discussão. Na primeira aula, o professor apresentará histórias sobre algumas brincadeiras tradicionais e conduzirá os alunos em uma atividade de aquecimento, onde cada um poderá compartilhar uma brincadeira que conhece. A seguir, serão divididos em grupos e os estudantes escolherão uma brincadeira para praticar. O professor intervirá durante as atividades, ensinando e supervisionando.
Na segunda aula, o foco será a reflexão sobre as experiências adquiridas nas brincadeiras. Os alunos deverão se reunir em grupos para criar um pequeno relato sobre a brincadeira que praticaram, descrevendo suas regras e experiências. O professor guiará a escrita, garantindo que utilizem a grafia correta e pontuação adequada.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Conhecendo e Praticando as Brincadeiras Antigas
– Objetivo: Incentivar a socialização e a prática de jogos tradicionais.
– Descrição: Após apresentar o tema e realizar uma roda de conversa sobre brincadeiras conhecidas pelos alunos, o professor selecionará 2 ou 3 brincadeiras principais, como “pular corda”, “amarelinha” e “queimada”.
– Instruções para o professor: Dividir a turma em grupos e, após explicar as regras de cada jogo, permitir tempo suficiente para que os alunos pratiquem. Cada grupo deve rodar entre as atividades, experimentando todas as brincadeiras.
Dia 2: Relato e Produção Escrita
– Objetivo: Desenvolver as habilidades de escrita e criatividade.
– Descrição: Cada grupo escolherá a brincadeira que mais gostaram e deverá registrar as regras, utilizando cartolinas e canetinhas.
– Instruções para o professor: Orientar os alunos para que utilizem uma linguagem clara e correta, estimulando a segmentação das palavras e o uso adequado da grafia.
Discussão em Grupo:
No final da segunda aula, gere uma discussão em que cada grupo compartilhe suas experiências e registros com a turma. Pergunte como se sentiram jogando as brincadeiras e o que aprenderam com elas.
Perguntas:
1. Quais foram as brincadeiras que mais gostaram? Por quê?
2. O que as brincadeiras ensinavam sobre o trabalho em equipe?
3. Como podemos adaptar uma brincadeira antiga para modernizar e torná-la mais divertida?
Avaliação:
A avaliação será realizada através da observação dos alunos durante as atividades práticas e no produto final que consiste no relato das brincadeiras. O professor observará a participação, o respeito às regras e a colaboração em equipe.
Encerramento:
Finalizar a aula ressaltando a importância da tradição das brincadeiras na manutenção da cultura. Encorajar os alunos a compartilhar suas experiências em casa, propondo que joguem essas brincadeiras com suas famílias.
Dicas:
– Sempre que possível, envolva a comunidade escolar, convidando-os a compartilhar suas experiências com as brincadeiras antigas.
– Considere fazer uma festa temática de brincadeiras antigas ao final de todas as atividades.
– Incentive a criação de novas regras ou adaptações para o jogo, incentivando a criatividade e o protagonismo dos estudantes.
Texto sobre o tema:
Os jogos e brincadeiras tradicionais possuem um papel fundamental na formação da identidade cultural de um povo. Ao longo das gerações, essas atividades foram sendo transmitidas de pai para filho, de avô para neto, servindo como um elo entre o passado e o presente. Através dessas brincadeiras, as crianças não apenas se divertem, mas também aprendem sobre valores como cooperação, respeito e solidariedade.
Brincadeiras como “pular corda”, “bola de gude”, “amarelinha” e muitos outros, têm suas raízes na cultura popular, refletindo a história e as experiências dos grupos sociais. Elas se tornam, assim, um meio de transmitir saberes, de celebrar a comunidade e de estabelecer laços sociais importantes durante a infância. O convite ao resgate dessas atividades não é apenas um retorno a tempos antigos, mas uma forma de mantener viva a cultura de um povo e fazer com que os jovens se sintam parte dela.
Encerrar as aulas de brincadeiras antigas com uma reflexão sobre a aprendizagem, e os benefícios que essas práticas trazem para o bem-estar emocional e social das crianças é essencial. Além de se divertirem, os alunos poderão adquirir competências sociais valiosas, como a comunicação, o liderazgo e a empatia, que são fundamentais na vida em comunidade e nos relacionamentos interpessoais.
Desdobramentos do plano:
Após a implementação do plano de aula, é possível desenvolver atividades que vão além da sala de aula. Uma sugestão é criar um “dia da brincadeira”, onde alunos, professores e familiares possam se reunir para desfrutar de diversas brincadeiras tradicionais. Isso não apenas consolidaria o aprendizado em sala, como também fortaleceria os vínculos entre a escola e a comunidade.
Outro desdobramento interessante é a realização de uma pesquisa onde os alunos possam entrevistar familiares sobre as brincadeiras que jogavam quando eram crianças. Essa atividade pode gerar registros de memórias e criar um acervo de histórias sobre como as brincadeiras mudaram ou permaneceram ao longo do tempo, mostrando a continuidade cultural e as mudanças sociais.
A ideia é promover a integração das aulas de brincadeira com outras disciplinas, como História e Educação Física. Os estudantes podem criar um pequeno livro sobre as brincadeiras, incluindo ilustrações e relatos pessoais, que podem ser compartilhados com outras turmas, incentivando a troca de experiências e o aprecio pela diversidade cultural nas brincadeiras.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor esteja preparado e adaptável às necessidades dos alunos durante as atividades. Certifique-se de que todos os alunos possam participar e se sentirem incluídos, promovendo um ambiente onde a diversidade é respeitada e valorizada.
Os alunos devem ser encorajados a expressar suas opiniões e sentimentos acerca das brincadeiras, facilitando a comunicação aberta e o respeito mútuo. Utilize as discussões como uma ferramenta para que os alunos possam relatar suas conquistas e desafios durante as vivências dos jogos, refletindo sobre como cada um contribuiu para a construção do aprendizado coletivo.
Por fim, valorize as diferentes formas de expressão e participação dos alunos, reconhecendo que cada um tem seu próprio ritmo e estilo de compartilhar suas experiências. Brincar é um direito de toda criança, e o papel do educador é mediá-lo de forma que promova não apenas a diversão, mas também o aprendizado e o desenvolvimento social.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Oficina de Criação de Brincadeiras: Dividir os alunos em grupos e desafiá-los a criar uma nova brincadeira baseada em elementos de jogos tradicionais. Cada grupo apresenta sua proposta e pode, posteriormente, jogá-la em sala.
2. Caminhada Cultural: Realizar uma caminhada pela escola ou pelo bairro, onde os alunos possam identificar espaços que possam ser utilizados para brincadeiras e discutir sobre a história desses locais.
3. Caça ao Tesouro Tradicional: Organizar uma caça ao tesouro em que as pistas e desafios estejam baseados em jogos antigos. Isso promove a atividade física ao mesmo tempo em que incentiva a cooperação em grupo.
4. Roda de Histórias: Promover um momento em que as famílias possam compartilhar histórias de brincadeiras de sua infância. Os alunos podem registrar essas histórias em forma de quadrinhos, criando um livro coletivo.
5. Festival de Brincadeiras: Programar um dia especial onde as diferentes brincadeiras são realizadas em estações (ex.: amarelinha, pular corda, dança das cadeiras) e todos podem participar. Esse evento pode incluir a participação das famílias, fortalecendo os laços comunitários.
Essas atividades são projetadas para promover não apenas a aprendizagem, mas também a diversão e o afeto, construindo um espaço de acolhimento e respeito pela cultura popular e pelo que ela representa para cada um dos integrantes da turma.